Na manha seguinte Oliver se encontrou com os amigos e decidiram que iriam entrar na casa de Blood, à noite, para tentar encontrar uma pista sobre a vingança de Slade.

Três dias depois Oliver estava sozinho em casa, eram sete horas da noite e decidiu ir ao clube, não havia aparecido por lá desde que voltara e lá tinha certeza de que não iria encontrar nada que o fizesse lembrar-se do olhar magoado que Felicity lhe havia dirigido antes de sair do escritorio batendo porta..

Foi recebido com alegria pelos antigos companheiros e depois de conversarem ele sentou-se numa cadeira de encosto alto. Quem olhasse a cadeira por trás não conseguiria ver quem estava ali.

Ele pediu uma dose de whisky, sabia que era cedo para beber algo tão forte, mas ele não estava se importando. Precisava amortecer sua mente para parar de pensar nela.

Diggle apareceu por lá e sentou-se do lado dele. Também não estava no melhor dos humores. Lady Lyla, sua grande paixão estava fora da cidade e ele não tinha noticias suas.

Pediu também sua dose de bebida e resolveram lamentar sobre suas vidas amorosas.

– John...ela é a única mulher que me importa na vida – Oliver já estava na terceira dose de whisky e tinha pedido a quarta – não sei o que vou fazer com ela!

– Ela é perfeita para você, meu amigo! Deveria pedi-la em casamento logo! Ouvi dizer que há um certo lorde por ai que está pesando em fazer o pedido.

– Eu fujo com ela para Gretna Gree e me caso com ela lá....

Diggle riu...

– Podemos fugir os quatro e fazer um casamento duplo!

– Ela vai ser minha perdição! Não posso ficar perto dela, estaria a colocando em risco.

– Meu amigo, eu acho que se ela souber que você se afastou dela para não colocá-la em risco ela vai ficar muito brava e vai deixar de falar contigo! Alias, ela já não quer falar contigo!! - Oliver olhou para o amigo com desgosto sabendo que ele tinha razão.

Depois da quinta dose do Oliver a da terceira de Diggle, Oliver levanta e diz alto:

– Eu vou lá! Vou pedir perdão e me declarar! Vamos a casa dela, quero você de testemunha!

– Então vamos!!

E os dois saíram aos tropeços, se apoiando um no outro em direção a casa da Felicity.

Depois eles pensariam em como conseguiram chegar a casa dela.

Oliver não sabia exatamente onde era o quarto dela, mas tinha uma noção. Se botou embaixo da janela e começou a chamar por ela:

– FELICITYYYYYY!!!!!!

Diggle estava logo atrás dele e reforçou o coro:

– FELICITYYYY!!!

Os criados acordaram e vieram a porta da cozinha, nao falaram nada aos dois, mas comentavam entre si.

De repente Sarah e Ray aparecem na janela ao lado:

– Oliver! Diggle! O que vocês estão fazendo? Enlouqueceram? - Sarah segurava o riso enquanto seu marido ria abertamente! Eles sabiam que os dois só podiam estar bêbados.

– FELICITYYYY!!! Apareça! Preciso falar contigo, meu amoorr!!!!!

Felicity tinha acordado na primeira vez que ouviu seu nome e reconheceu a voz imediatamente! Ele estava bêbado, ela tinha certeza!

Despois do terceiro grito resolveu ir ate a janela para mandá-lo embora, quando o ouviu chamá-la de meu amor. Seu coração traiçoeiro quis amolecer, mas ela não podia.

– Vai embora Sr. Queen!!! O senhor esta bêbado! Vai acordar a vizinhança toda!

– Felicity! Não seja assim, me perdoe...eu juro que não chegarei mais nem perto de mulher alguma! Por favor! Eu te amo!!!

– Não se atreva falar em amor! Saia daqui!!!

– Eu falo de amor, sim! 'E o que eu sinto por você!!! Mesmo que você não acredite!

Ela tinha lagrimas nos olhos, sempre foi o que ela quis ouvir daqueles lábios, mas ela sabia que não podia acreditar num homem bêbado!

– Eu só te peço que vá embora! - Ela olhou para prima e para Ray num pedido silencioso. E logo depois os viu ir em direção de Oliver e John.

Ela fechou a janela. Tentou voltar a dormir mas não conseguiu, apesar do seu estado ele estava lindo....ela tinha saudades dele, sentiu seus olhos arderem pelas lagrimas e pela ausência do sono.

E depois de muito chorar e pensar decidiu voltar para sua propriedade no campo.

Sarah não estava mais sozinha e ela podia retornar sem culpa.

Iria no dia seguinte, assim que conseguisse arrumar tudo.

Na manha seguinte comunicou Sarah de sua decisão.

– Não posso mais ficar...não vou consegui vê-la com outra mulher...

– Felicity...

– Sim, Sarah...eu o amo...ha mais tempo do que posso lembrar...e naquele dia no jardim eu tive esperanças de que poderíamos ser felizes. Mas parece que para ele não significou nada.

– Não acredito que ele seja esse tipo de homem. Ele mudou muito, se você me dissesse isso ha dez anos atrás ate poderia ser verdade Deve haver algum motivo, um bem forte, para ele se afastar...ele pareceu sincero ontem, mesmo embriagado.

– Não posso ficar esperando por ele. Alem disso o fato dele ter vindo aqi ontem e feito o que fez... Vou partir depois do café, assim chego em casa antes do anoitecer.

Sarah se conformou, não iria fazê-la mudar de idéia. Oliver, se a amasse de verdade, teria que dar um jeito na confusão que armou.

– Certo, já que não consigo te convencer a ficar ao menos leve um dos rapazes com você. As estradas andam muito perigosas...

– Não tem necessidade, prima...o caminho não é tão longo afinal.

Tomaram café juntas e depois de tudo organizado ela partiu. Prometeu voltar para o baile de máscaras do Almack´s.