Elsanna Handball escrita por Let It Go


Capítulo 3
Capítulo 3




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Na manhã seguinte, Anna acordou em uma névoa de alegria. A noite anterior havia sido tão irreal. Ela havia encontrado a garota mais linda de todas enquanto jogava handebol. Não apenas isso, mas a tal garota havia dado a Anna seu número de telefone e depois de uma corrida vigorosa pós-jogo, ela até lhe deu seu nome: Elsa. Ela havia tentado encontrar a coragem para ligar para a linda loira, com grande sucesso! Elas conversaram por mais de meia hora no celular e fizeram planos para se ver no próximo final de semana. Não era exatamente um encontro, mas era um começo e tudo o que importava para Anna naquele momento.

O rosto da ruiva estava cheio de felicidade e animação. Ela tomou um banho, escovou os dentes e colocou suas roupas. Ela pegou seu celular e sua mochila e desceu as escadas. Seus pais já haviam ido para o trabalho. Ela pegou suas chaves no pote de chaves e trancou a porta da frente quando saiu. Ela entrou em seu carro e pôs o cinto. Pegou seu celular e procurou o nome da sua melhor amiga.

‘Então, eu estou conversando com essa garota...’ Ela acrescentou uma carinha sorridente e apertou Enviar. Anna jogou seu telefone de lado e ligou o carro. Ela saiu da garagem e dirigiu para a escola.

Quando ela achou uma vaga, ela estacionou o carro. Ela desligou seu carro e jogou suas chaves em um dos muitos bolsos em sua mochila. Ela fechou o zíper e pegou seu celular.

‘Ooohhhhh, Anna achou uma namorada!’

Anna riu com a mensagem. ‘Nós não somos namoradas’, porém, eu gostaria que fôssemos! ‘Eu mal a conheço.’ Anna clicou em Enviar. Mas eu sei que ela tem o sorriso mais lindo que eu já vi. Seu cabelo é tão radiante quanto o Sol. Talvez ela é uma filha de Hélio? Anna revirou os olhos e franziu sua sobrancelha em confusão com seu pensamento. Que diabos? Desde quando eu acredito em deuses gregos? Anna balançou a cabeça. Ela agarrou a alça de sua mochila e saiu do carro. Ela foi até as portas de vidro da sua escola: Colégio Corona.

Anna empertigou sua coluna, seu queixo levantado, e sua mochila pendendo em um ombro. Ela não conseguiria tirar o sorriso do rosto mesmo se tentasse. Eu tenho um quase-encontro com a Elsa. Eu não consigo acreditar! Vai ser tão divertido!

Ela caminhou até a lanchonete e colocou sua mochila em uma mesa vazia. Anna fuçou em sua bolsa e pegou sua carteira. Ela pegou dois dólares e foi até a seção dos alunos na cozinha. A comida estava alinhada para o café da manhã como em um buffet. Anna pegou uma bandeira e foi para o começo do buffet. Ela pegou uma bolacha com um apanhador e depois usou uma colher para derramar um pouco de molho de salsinha em cima da bolacha. Ela foi para frente na fila e pegou três fatias de bacon. Quando ela chegou ao fim da fila, ela pegou uma caixinha de achocolatado. Anna colocou sua bandeira no caixa e assistiu enquanto a moça da lanchonete dava uma olhada para sua comida.

“São três dólares”, a moça da lanchonete disse com uma voz velha e grossa.

“Três dó-? Quando o preço subiu? Eu sempre comprei isso por dois dólares”, exclamou Anna.

“Leia o aviso”, disse a moça da lanchonete apontando para a lousa no começo do buffet. “O preço de tudo subiu. Agora, três dólares ou sem comida... Sua escolha, querida.”

O lábio superior de Anna curvou um pouquinho. Ela sempre odiou quando a moça da lanchonete a chamava de querida. Ela sempre sentiu como se a moça estivesse dando em cima dela, e enquanto Anna era uma lésbica orgulhosamente fora do armário, ela nunca viu a moça da lanchonete como nada mais que a pessoa entre ela e sua comida sendo enfiada em sua garganta.

“Hm... eu posso devolver o bacon? Isso vai fazer abaixar para dois dólares?”

A moça da lanchonete encarou Anna com olhos mortos. Seus lábios eram retos e seus olhos eram fundos. Ela era muito magricela também, e seu cabelo era dividido no meio com cores diferentes. Um lado do cabelo era branco pérola enquanto o outro lado era negro como petróleo. Anna regularmente se referia a ela como Duas-Caras mesmo que seu rosto fosse extremamente simétrico, com rugas e sobrancelhas arqueadas. Seu nariz de porco não ajudava com sua imagem também.

A moça da lanchonete pegou o bacon com suas mãos. Ela abriu um bolso em seu avental branco e colocou o bacon nele. Ela sorriu para Anna. “É para os meus dálmatas”, ela sussurrou com um sorriso espertalhão.

Anna bateu os dedos em sua bandeja e riu nervosamente. Ela sentiu suor formando em sua testa. Ela afastou os olhos da moça magricela e lentamente lhe deu dois dólares. Ela fez seu melhor para não tremer enquanto entregava o dinheiro.

“Tenha um ótimo dia, querida”, a moça da lanchonete disse provocante.

Anna pegou sua bandeja e correu de volta para a mesa que tinha sua mochila em cima. Ela jogou sua bandeja na mesa e quase a deixou escapar quando ela deslizou para o outro lado da mesa. Anna se esticou para frente, perdendo o mínimo de elegância que tinha quando segurou a bandeja pondo a mão no molho quente e grosso. Ela levantou sua mão e observou a gosma cair dela, voltando para o prato em que estava antes.

“Nojento”, Anna disse, curvando seu lábio superior. Ela moveu seus olhos para ver se tinha mais alguém na lanchonete. Quando viu que não tinha ninguém, ela lambeu sua mão. Mas é um molho delicioso!

Ela lambeu a maioria do molho da sua mão e usou guardanapos para limpar o resto. Ela sentou perto da sua mochila e puxou o celular dela. Ela leu a mensagem da sua melhor amiga.

‘Mas, vocês podem se conhecer melhor, se você entende o que quero dizer...’ Havia uma carinha piscando seguindo a mensagem.

Anna corou.

‘Meu Deus, Rapunzel, nós nem fomos num encontro ainda! Você sabe que eu não sou esse tipo de garota.’ Anna apertou Enviar. Ela queria manter o fato de já ter sentido Elsa para si, porque se Rapunzel soubesse desse pequeno fato ela iria encher Anna para ir em frente e chegar há última base. “E eu não jogo beisebol”, Anna disse para si mesma. “Eu jogo handebol.”

Um sorriso se formou nos lábios de Anna enquanto ela imaginava Elsa em seu uniforme azul, deitada embaixo dela. Ela imaginou sua mão no seio de Elsa de novo, exceto que ao invés de estar apenas tocando, ela estava o apertando ternamente. Anna mordeu a ponta da sua língua sem força, por ter se perdido na fantasia.

“O que você está fazendo?”

A voz macia e interrogativa quebrou o pensamento fantástico de Anna e a trouxe de volta para a realidade. Ela balançou a cabeça e olhou para a jovem mulher parada na sua frente, do outro lado da mesa. Ela tinha a altura de Anna, mas seu cabelo sempre a fazia parecer mais alta, porque a jovem mulher sempre tinha seu cabelo num coque alto. Sua pele tinha um tom suave de marrom, como leite achocolatado. Seus lábios eram cheios e vermelhos, com gloss. Sua sombra roxa acentuava seus olhos castanhos. Porém, não era apenas a sombra que destacava seus olhos, também era as manchas douradas dispersas em suas íris, elas acentuavam a beleza natural que fazia com que qualquer um achasse difícil desviar o olhar.

“T-Tiana”, Anna gaguejou. “O-oi!”

“Anna”, Tiana disse puxando uma cadeira e sentando, “o que você tá fazendo?” Ela acenou com a cabeça para a mão de Anna.

Anna olhou para baixo e percebeu que sua mão descansava em seu seio. Seus olhos arregalaram e ela rapidamente deixou sua mão desaparecer debaixo da mesa. Infelizmente, seu mamilo agora estava aparecendo pela camiseta. Seu outro mamilo não estava ereto. Anna corou e agarrou sua mochila e a colocou na frente do seu peito.

Ela tentou falar, mas ela estava envergonhada demais para conseguir trazer qualquer palavra para sua boca. Ela engasgou em sua própria saliva. Anna começou a tossir enquanto seu rosto ficava vermelho. Eu realmente estava me satisfazendo na escola?! Eu estava mesmo deixando minha fantasia sobrepor o mundo real? Quer dizer, claro, eu tive uma excelente fantasia com Elsa na noite passada na cama que resultou em um pouquinho de diversão, mas qual é! Aqui é escola, Anna! Eu não posso fazer essas coisas na escola!

“Eu vou fingir que você estava checando se tinha caroços”, Tiana disse com um pequeno sorriso.

Anna olhou para Tiana e abaixou seus olhos para a mesa onde estava sua bandeja. Ela levantou os olhos de volta para a sua linda amiga sentada do outro lado da mesa. Ela encarou aqueles olhos castanhos com manchas douradas e quase se perdeu. Ela puxou sua cabeça para trás e balançou.

“Hm, a-aham”, Anna balbuciou. “Eu estava apenas-apenas che-checando...” Ela deixou as palavras sumirem.

Tiana riu. “Você é completamente doida, Anna, e eu amo você. Eu vou pegar algo pro café da manhã!” Tiana se levantou e foi até a sessão da cozinha reservada aos alunos.

Anna rapidamente se virou. “Os preços subiram!” Ela se virou de novo, feliz e aliviada pela fantasia de Elsa não ter voltado à sua cabeça. Ela moveu seus olhos e voltou-se para Tiana. Ela gritou logo antes dela entrar na sessão da cozinha. “Cuidado com a Duas-Caras! Ela pode dar em cima de você.”

Tiana se virou e riu. “Ah, Anna. Pequena e inocente Anna. Todo mundo sabe que a Madame De Vil da lanchonete tem uma coisa só por você.”

O rosto de Anna caiu, junto com seus ombros. Ela lentamente se virou e abaixou o olhar para seus biscoitos e o molho. Ela mexeu no molho com o garfo de plástico. Ela empurrou sua bandeja e um arrepio de nojo desceu pela sua espinha.

Nojento...


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