It's friday, I'm in love. escrita por Larissa Verlindo


Capítulo 1
Único - É sexta e eu estou apaixonado.


Notas iniciais do capítulo

Não é grande, mas tanto faz, eu só queria escrever algo Rose x Scorpius. Espero que vocês gostem.



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Adentrou a cafeteria, feliz por sair do frio que estava fazendo no lado de fora, e se encaminhou para a mesa de sempre. Não era surpresa a ruiva estar ali, toda sexta-feira ela ia para a mesma cafeteria, sentava na mesma mesa no fundo perto da janela, pegava algum livro e passava a tarde ali. E também não era surpresa Scorpius Malfoy a admirar.

***

Tudo começou em uma sexta-feira de julho– dia 18, para ser mais preciso. Scorpius teve de substituir seu colega, pois o mesmo tinha exames médicos para fazer. De inicio, ele achou um saco ter que trabalhar na sexta, não era seu sonho passar a tarde toda atrás de um caixa, anotando pedidos. Mas tudo mudou quando uma garota de cabelos ruivos e olhos verdes felinos entrou no estabelecimento.

Ela era bonita, sim, mas não foi isso que chamou a atenção de Scorpius. O que o fez notar a garota foi como os seus cabelos eram bonitos, uma cachoeira de largos cachos que pareciam fogo. Os vários – e grossos– livros que ela carregava debaixo do braço também atraíram sua atenção. E ele estranhou, pois ela não era, nem de longe, seu tipo de garota, mas havia algo que despertou sua curiosidade.

Ele observou ela se sentar numa mesa mais ao fundo do local que tinha uma janela com vista para a rua. Ela, depois que largou os livros pesados na mesa, se encaminhou até o caixa para fazer o pedido. Seu andar era decidido, como se nada a abalasse.

– Oi.

–Ér...O-oi.–Scorpius gaguejou.

Que diabos, Scorpius Malfoy não gagueja perto de garotas.Ele pensou.

– Um chá preto com limonada, por favor.– ela sorriu.

Ele anotou o pedido e ela voltou a se sentar. Ele se perguntou como alguém poderia gostar de chá preto com limonada e ela se perguntou como alguém tão bonito poderia gaguejar por sua causa. Muitas perguntas e curiosidades se passavam cabeça dos dois, mas era inegável o fato de que eles dominavam o pensamento um do outro.

***

Depois daquela sexta-feira, Scorpius decidiu trocar seu turno com o amigo. Ele trabalharia, oficialmente, todas as sextas de tarde. E Rose continuou sua rotina de ler no café enquanto bebia chá preto com limonada– essa era sua bebida favorita no verão.

Por muito tempo– dois ou três meses– Scorpius observou a ruiva– que se chamava Rose, ele descobriu. Não tinha um ato dela que ele não achasse gracioso. A cara dela enquanto lia era simplesmente encantadora, as sobrancelhas franzidas, o olhar concentrado;tudo nela o encantava. E então ele percebeu. Aquilo não era apenas curiosidade ou admiração, ele gostava dela. Mas ela nem o percebia... O máximo que fizeram foi trocar algumas palavras sobre quanto o clima estava muito quente.

A verdade era como um soco no estômago– talvez até pior. Ela não iria notá-lo, nunca. Afinal, ela era inteligente, sabia das coisas e ele, o que era? Bonito, sim, mas ela não parecia ser o tipo de garota que namorava garotos por beleza, ela olhava o conteúdo. E Scorpius não era o mais inteligente da turma. Realmente, ele era azarado, a primeira garota pela qual se apaixona era uma nerd que jamais iria querer algo com ele porque seu cérebro era do tamanho de uma ervilha. Sensacional.

Era óbvio que, com todo esse pessimismo e cérebro de ervilha, Scorpius não notou os olhares que Rose o lançava. De fato, ela não era o tipo que namorava por beleza, mas o louro chamou atenção dela, havia algo– que clichê!– que a puxava para ele. A ruiva era sensata, mas ainda acreditava em destino e em amor verdadeiro. Talvez, quem sabe, ele fosse o seu verdadeiro amor. Scorpius – nome que ela descobriu pelo crachá– não parecia ser ruim, era bonito, gentil e,pelo que aparentava, inteligente. Parecia o tipo de pessoa que se consegue bater um papo cabeça.

Assim que entrou na cafeteria, Rose sorriu para Scorpius. Ela fez seu caminho até a mesa de sempre e se sentou. A ruiva foi para o caixa para fazer seu pedido e se aquecer com um maravilhoso chocolate quente.

– Oi, Scorpius.– ela sorriu.– Tempo louco, não?

– Boa tarde!– ele retribuiu o sorriso.– Pois é, o tempo em outubro normalmente é quente.

–Uhum, se bem que eu estou feliz. Gosto desse clima frio.– olhou a rua pela janela.– Ah, é, desculpa. Vou querer um chocolate quente, por favor.

– Relaxa, o lugar tá parado hoje. Tá' tão silencioso que você pode se concentrar mais nos livros.

– Pois é, gosto do silêncio, mas sinto falta do falatório diário. Enfim, vou me sentar.

Scorpius, seu burro! Perdeu a chance de chama-la para sair! Pensou, inconformado.

Sério mesmo, Rose? Falar sobre o clima é tão ruim quando a comida da mamãe. Eu sou muito idiota. Pensava ela, querendo se dar um soco pela idiotice.

Rose leu tanto que nem viu a hora passar. Bem, talvez ela tenha passado todo esse tempo encarando uma página e pensando na chance que perdeu. Scorpius não estava diferente, ficou horas olhando para a garota e pensando que era um idiota por não ter falado nada.

O louro olhou o relógio e se espantou.

– Rose!– chamou.– Já são 18hrs. É melhor ir pra casa, já tá' tarde.

–Ah meu Deus, é verdade. Nem vi o tempo passar.

– Eu vi, você tava' bem concentrada.– ele riu.– Nem se mexia.

Ela corou. Ele estava a observando?

– Como sabe?

–Ãh? Sei o quê?

– Que eu estava tão concentrada... Você estava olhando?

Parabéns, Scorpius. Não sei como ainda não ganhei o certificado de estupidez extrema! Exclamou em pensamento. Ah, quer saber? Que se dane!

– Na verdade, eu tava' sim.– admitiu.– Eu te observei durante todo esse tempo. Desculpa.

Ela o encarou.

Ele estava tremendo, era agora ou nunca. Sua última chance era essa, não podia desperdiçar.

–Sabe, durante todo esse tempo eu venho tentando te chamar pra sair, porque eu te acho muito especial. É verdade que eu não te conheço direito, nós mal nos falamos, mas tem algo em você que prende minha atenção. Eu normalmente não acredito nessa coisa de destino, mas tenho certeza que não te botaram no meu por nada. Então, será que você aceita sair comigo?

O louro se sentiu livre. Um peso– enorme– saiu das suas costas.

– Você diz que me observa todo esse tempo e ainda quer sair comigo?– ela indaga, séria.

– Bem... Sim.

– Então você está louco!– exclama.– Totalmente louco! Porque ninguém em sã consciência iria querer sair com uma nerd como eu.

Ele riu, surpreso.

– Eu nunca disse que não era louco. Eu realmente quero sair com você e te conhecer melhor.

Ela sorriu. Ajeitou o livro debaixo do braço e o encarou. Azul no verde.

– Que horas acaba teu expediente?

Talvez, quem sabe, Scorpius Malfoy realmente seja o amor verdadeiro de Rose Weasley.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Se sim, comentem. Se não, comentem. Se querem empadinha, comentem.