Scream For Me escrita por Camila


Capítulo 23
Consequências


Notas iniciais do capítulo

OOOI GENTE!
~leiam aqui por favor~
Antes de agradecimentos, antes de capítulo, antes de mais nada, eu queria pedir as minhas mais sinceras desculpas. Pois é, esse meu chá de sumiço teve motivo e foram mais de um. Minha vida virou uma completa bagunça gente, eu não sabia mais nem pra onde olhar. Deixei muita coisa de lado, muita gente pra trás, desapeguei de vários pesos que só me faziam mal, maaas agora to bem. Por causa desse montão de problemas, eu tinha perdido o ânimo de fazer coisas que eu adoro, como escrever SFM (e outras que estão por vir) e postar no meu blog também. Enfim, não vale a pena ficar aqui desabafando minhas tretas com vocês, o importante é que estou de volta e não vou mais embora o/
Enfim, vaaaarias pessoas estavam me perguntando se eu havia desistido de Scream For Me, deixaram reviews, mandaram msg, e por causa disso, de vocês, eu voltei com a fic. Além do fato de eu amar escrever :)
Obrigada então a galera dos reviews, dos favoritos e tooodos que estão por aqui! Ao DLeindecker por vir falar comigo e pedir pra SFM voltar. A Rosie Santana, a Mandy_cat, Sammy, a Summer, a deusa succubus, a Jedi pelos maravilhosos comentários ♥♥ E é claro, ao Heitor Mellark Gostoso pela bela recomendação. To chorosa aqui hahah Obrigada gente.
I'M BACK BITCHES!
Desculpem qualquer erro aí please! Enfim.
Capítulo de hoje, Consequências... ~imaginem aquela voz de narrador de série do sbt~



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Acordo ao sentir uma claridade tocar meu rosto, mas continuo mantendo meus olhos ainda fechados. De repente me lembro do que aconteceu noite passada e simplesmente tenho vontade de me estapear. Ok que foi incrível. Ok que John é gostoso. Ok que eu estava mesmo sentindo falta de sexo, mas agora, pensando aqui comigo, não sei se foi a melhor coisa a se fazer. Não sei como será minha relação com John a partir de agora. Quer dizer, se ele resolver fingir que nada aconteceu, eu juro que corto suas bolas, mas também seria meio estranho se agíssemos como um casal em pleno apocalipse zumbi. Não seria?

Decido abrir meus olhos e dou de cara com a imensidão verde dos olhos de John me encarando. Ele está deitado virado pra mim e parecia me observar dormindo. Ai caramba, já lidei com situações assim antes do mundo ir à merda, mas agora, pareço uma virgenzinha descabaçada. Afasto esse pensamento estúpido.

– Bom dia. – John diz e sorri. Agradeço mentalmente por isso. É que ele é tão bipolar que eu nunca sei o que esperar.

– Bom dia Maddox.

John continua me encarando e isso me deixa um pouco desconfortável. Meu cabelo deve estar uma merda. Ai meu Deus, por que estou me preocupando com o meu cabelo quando há um cara pelado na minha frente? Por que estou pensando isso? Ai que merda. John parece ler a confusão em meu rosto e então ri.

– O que foi? – pergunto.

– Nada. É só que você fica meio gostosa demais em cima de um ônibus, com apenas uma manta tampando sua... Nudez. Ah e não podemos nos esquecer dessa paisagem incrível que está no fundo. Eu poderia me acostumar a acordar toda a manhã assim.

E é então que ele me destrói. Eu não sei se é a voz rouca de John, ou sua cara de sou-sexy-até-quando-acordo, ou qualquer outra coisa relacionada com isso, mas nesse momento estou corando. Sim, estou fodidamente corando. Jesus, eu não sou disso.

– Você não deveria ficar falando essas coisas, você sabe né? – digo, me sentando e puxando a manta comigo, afim de cobrir meus seios.

– Por que não?

– Porque não.

– Por que assim você se apaixona mais rápido? – ele pergunta, erguendo uma sobrancelha.

– Vai se foder Maddox.

E ele ri. John gargalha ao meu lado enquanto apenas encaro o horizonte a minha frente. Maldito. Seguro o riso que definitivamente não vou deixar sair. Não posso dar esse gostinho a John.

Volto a olhar para ele quando percebo que já cessou um pouco do riso. John sorrindo é uma coisa fascinante, mas é claro que não vou dizer isso a ele. Maddox então se aproxima de mim e me olha nos olhos antes de me beijar. Quando sua língua pede passagem, não êxito, até porque é tão bom. Ele aperta minha cintura com uma mão e eu seguro seu rosto, o trazendo mais pra mim. O beijo de John não é desesperado, e muito menos leve demais. É tão firme e ao mesmo tempo suave que me deixa um pouco ansiosa por mais. Poderia ficar aqui pra sempre. Quando ele se afasta, encara meus lábios por alguns segundos antes de voltar sua atenção aos meus olhos.

– Eu tenho uma coisa pra você. – John diz, se esticando até onde está a sua calça. Ele vasculha os bolsos até encontrar o que queria e então se volta pra mim. – Bem... – ele começa, olha pra longe e depois pra mim de novo. – eu vi isso na loja onde fomos buscar roupas e, não sei, me fez lembrar de você.

Percebo que John parece um pouco nervoso, mas quando ele levanta um colar com um pingente azul, o sorriso já está em meu rosto e ele não poderia ser maior. Era isso que John quis dizer ontem quando falou que havia trago um presente pra mim. Bom, não poderia ser mais lindo.

Olho para John que está parado me encarando, esperando eu dizer alguma coisa. Observo mais uma vez o colar com o pingente em forma de gota e sorrio ainda mais. Ah man, quando foi que John ficou tão... apaixonável?

– Você... Sei lá, gostou? – John pergunta dando de ombros. Me viro pra ele e jogo meus braços em volta do seu pescoço. Ele parece um pouco surpreso, mas rapidamente retribuo o abraço, me apertando junto a ti.

– É lindo John, eu amei. Obrigada. – digo em seu ouvido e vejo ele se arrepiar. Sorrio e me afasto. Puxo mais uma vez o cobertor para cima, para cobrir meus seios. Oops!

– Posso... Por em você? – John pergunta suavemente. Cristo, ele sempre foi assim tão... fofo e eu nunca percebi ou o quê? Quer dizer, John não é fofo. Certo?

– Claro que sim. – me viro de costas pra ele e puxo meus cabelos sobre um dos ombros. John passa o colar pelo meu pescoço e o fecha atrás. Quando ele se afasta me volto para ele e vejo John me encarando, de novo.

– Quando eu vi, me lembrei da cor dos seus olhos. É quase o mesmo tom. – ele diz.

Abaixo a cabeça e fito o pingente azul. Sim, ele tem razão, é bem parecido mesmo. Sorrio. Alguém me explica como eu faço para tirar esse sorriso do rosto? Saudades Google.

– Obrigada. – digo, de novo. E John sorri pra mim de volta, com certeza o sorriso mais sincero e sem armaduras que eu já vi em seu rosto. Ah, eu estou ferrada. Ah, foda-se.

Aproximo-me de John e lhe beijo, como um agradecimento. Combinamos aqui, esse é melhor do que um simples ‘obrigada’. Maddox é espertinho e não perde tempo, já se deitando em cima de mim. Suas mãos exploram meu corpo sem pudor e eu gemo baixinho quando ele aperta minha coxa, puxando-me mais pra perto. Não consigo mais pensar. Sinto o abdômen de John em minha barriga e eu apenas o que mais pra mim, mais em mim. Minha mão está em seu pescoço, arranhando sua nuca e aprofundo ainda mais o beijo, mas então, de repente, a capacidade de pensar volta a mim e me afasto bruscamente, sentando em seguida. Puxo mais uma vez a mante para tampar meus seios. Droga, eu deveria por logo o sutiã para poupar incomodo. É o que faço. Viro minha cabeça freneticamente à procura do bendito sutiã e o aviso ao lado da cueca de John. Ai merda. Pego o sutiã e o coloco. John me encara sem entender nada.

– O que foi? O que aconteceu? – ele pergunta confuso. Olho pra ele e desvio o olhar na mesma hora. Não dá pra pensar direito com um John Maddox sem camisa na sua frente, com os lábios inchados e avermelhados.

Encarando o sol que já nasceu, começo a contar baixinho, usando meus dedos. Um, dois, três, quatro...

– Que caralho você está fazendo? – John pergunta, delicado. Ignoro e continuo contando.

– Cinco, seis, sete, oito... – olho para meus dedos e conto mentalmente. Dezenove, vinte, vinte e um.

– America? Você está bem? Acho que tá com algum tipo de distúrbio.

– Cala a boca. – digo e termino de contar. E um suspiro aliviado sai pela minha boca. Viro-me para John, sorrindo, enquanto ele continua me olhando como se eu estivesse louca.

– Terminou?

– Sim. Estamos seguros.

– Do que diabos você está falando?

– Eu estava contando os dias e verificando o meu período fértil. – digo, por fim, dando de ombros.

– E isso tem a ver com...? – John faz cara de que não entendeu muito bem, e eu reviro os olhos. Tá me zoando né?

– Minha menstruação Maddox.

Os olhos de John se arregalam e eu quase rio da sua cara. Não, na verdade eu rio mesmo. Ele solta um assobio e coça a nuca.

– Então... – ele começa.

– Estamos bem. Sem bebê.

– Ah caralho. Sem bebê. – ele diz olha pra baixo, e então balança a cabeça. – Isso é ótimo né?

– Com certeza. – confirmo com a cabeça rapidamente. - Eu não quero agradecer somente a Deus, mas também a Jesus.

John ri e eu também. Ouço um barulho de dentro do ônibus, a galera já deve estar começando a acorda. Estico-me e alcanço nossas roupas. Entrego as dele e separo as minhas, vestindo-me. John me encara sério e levanta uma sobrancelha.

– Não vamos continuar de onde paramos? Estamos seguros certo?

– Certo, mas não vamos continuar. O pessoal acordou. – termino de me vestir rapidamente, enquanto ouço John bufar e colocar a cueca.

– Ainda não vejo problema algum. – ele diz. Bato em seu braço e John ri, já fechando a calça.

Escuto vozes e risadinhas lá embaixo. Ah que ótimo, já começaram a pensar que aconteceu alguma coisa aqui. Bem, realmente aconteceu. Antes que eu possa sequer raciocinar, escuto George gritando:

– Tem alguém pelado aí em cima?

John se vira pra mim e revira os olhos. A relação dele e do George é meio engraçada, meio trágica. Já me acostumei. Rio.

– Não tem não George. – respondo.

– Beleza, to subindo. – ele fala.

John resmunga. Ele ainda está com a camiseta na mão e olha pra mim.

– Era só essa que me faltava.

– Para John. – ponho a mão em seu braço, rindo. John ri também, e encara meu decote descaradamente. Dou um tapa em seu braço, não percebendo que é o que ainda estava machucado. Sarando, mas ainda assim...

– Ai caralho! – ele xinga me olhando de cara feia.

– Ai desculpa. – dou de ombro e selo nossos lábios em seguida. John sorri depois e me olha.

– Tá desculpada amorzinho. – ele diz, irônico.

Trinco de rir. George enfim aparece na saída de emergência e coloca todo o corpo pra fora, subindo por completo em cima do ônibus. Ele olha para nós dois e semicerra dos olhos rapidamente.

– Você me disse que não tinha ninguém pelado aqui. – ele diz pra mim. Me viro para John revira os olhos e coloca a camiseta. – Bem melhor agora né? Sem ofensa John, sei que toda essa sua testosterona não consegue ser contida dentro de uma camiseta, mas não estou a fim de ficar vendo seus mamilos.

– Já cedo Rhode Island? Sério? – John pergunta rabugento.

– É a vida meu amigo. Não dá pra ficar só transando não, a realidade infelizmente nos chama. – George diz, e me pergunto se ele tem algum tipo de filtro para palavras. Cristo! Tampo o rosto com uma mão, morrendo de vergonha.

– Não dá pra falar mais baixo não? – pergunto.

– Foi mal Mare, mas eu tenho o sono muito leve e deu pra ouvir a... Ralação de vocês.

John leva a mão à nuca e balança a cabeça, revirando os olhos em seguida. Apenas para não perder o costume.

– Foda-se. Ninguém tem nada a ver com isso. – John diz, seco.

George ri, porque de uma forma meio sobrenatural, ele nunca perde o humor. Isso é realmente invejável. Ele olha mais uma vez para nós e sorri malicioso.

– Hmmmmmm vocês dois. – George faz um gesto com as mãos, meio obsceno. Ai meu Deus, ele não vai mais nos dar sossego. – Até que enfim hein? Estavam enrolando demais.

– Cala a boca e cai fora daqui. – John perde a paciência.

George levanta as mãos, em sinal de rendição e ri, debochado.

– No stress Maddox. Já estou indo. Só vim avisar que o pessoal já acordou e que estão esperando vocês lá embaixo, já que o Russell quer falar alguma coisa com a galera. – George então desce pela saída de emergência, tão rapidamente quanto entrou.

Viro-me para John e franzo a testa.

– O que será que o Russell quer falar? – pergunto com as mãos na cintura. John dá de ombros.

– Não sei, deve ser sobre uma informação que o Parker nos contou.

– Parker?

– É, aquele cara que a gente trouxe sabe?

– Ah tá. – levanto as sobrancelhas, achando tudo isso muito estranho. Que informação é essa que tem que chamar todo mundo?

– Vamos lá. – John diz e me puxa pela mão. Ele desce primeiro pela saída de emergência e me espera. – Desce que eu te seguro.

Pulo pela saída e paro nos braços de John. Ele sorri pra mim e andamos pelo corredor do ônibus. Mais pra frente, o pessoal está reunido, tendo claramente Russell como o porta-voz. Vejo o tal de Parker ao seu lado, observando tudo com uma certa apreensão. Franzo a testa ao perceber que ele usa uma farda muito parecida com a de John. Esse cara também é do exército? Russell espera que eu e John estejamos mais perto para começar a falar.

– Pra quem não sabe, esse é o Parker. – ele aponta para o cara ao seu lado. – Nós o encontramos ontem na expedição em uma base militar abandonada. Parker é o único sobrevivente de lá.

Vejo John balançar a cabeça, desaprovando. Antes de eu perguntar o porquê, Russell continua falando.

– Parker nos contou ele e o pessoal de sua base iriam ao tal de QCI, Quartel de Controle de Infecções, onde há um centro de refugiados. – Russell faz uma pausa e posso ver a confusão e preocupação no rosto de algumas pessoas. – Bom, de acordo com Parker, nesse QCI há cientistas que estão trabalhando para a cura do vírus que transforma mortos em... zumbis.

– Isso é possível? Uma cura? – Phillip pergunta. Noah está em sua frente e o pai está com as mãos nos ombros do filho.

– Ao que parece sim. – Russell responde.

– Qual é o plano? – Jackie se manifesta. Russell parece pensar por um breve segundo, mas percebo que ele já deve ter tudo esquematizado em sua mente.

– Iremos para Richmond, onde fica o QCI. Se houver uma cura, estaremos bem. Se o campo de refugiados estiver de pé, teremos um lugar seguro para ficar.

– E se não houver nenhuma dessas coisas? – pergunto simplesmente porque não dá mais pra ficar calada. Tudo isso me parece um pouco loucura. – E se em Richmond estiver tudo devastado e nada mais lá existir além de uma cidade com uma enorme quantidade de walkers prontos para nos devorar?

– Me parece exatamente isso o que há lá. Um cemitério vivo pronto para nos engolir. – John diz ao meu lado, e por um instante fico feliz dele ter a mesma opinião que a minha. Isso é meio difícil de acontecer.

– Precisamos arriscar. – Russell diz. – Pode ser mesmo que essa promessa de cura e de campo de sobreviventes seja uma besteira e uma fatal armadilha, mas também pode ser a nossa salvação. Nossa chance de sair desse pesadelo.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam desse capítulo? Gostaram? Tá mais ou menos? o que precisa melhorar? Vocês sabem que eu adoro opiniões né.
Como fazia um tempão que eu não escrevia (voltei hoje, sério, escrevi esse cap. hoje e já postei pra vocês), acho que estou um pouco enferrujada. Espero não ter decepcionado vocês :/
No próximo capítulo, teremos mais Jomerica (adooooro), Craig (hmmm), Jackie (bitchhh) e a galera indo para o QCI. Vai dar uma agitadinha legal nas bgç! Além de que pretendo contar um pouquinho sobre o passado de algum dos personagens.
Bom, é isso amores. Espero que quem acompanhava SFM continue por aqui e os novinhos, pode chegar! :)))
BJOS DA CAMILA