Equalize escrita por LunaRangel


Capítulo 2
Eu vou equalizar você!


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, voltei até que rápido.Créditos a minha nova Beta!!
Obrigada pelos comentários no capítulo anteriror, comentem nesse pessoal, assim quem sabe não faço um bônus?
Espero que gostem, Gui meu amor é pra você Liebe dich!!
Beijos pessoal!!



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Tudo que faço e corresponder seus movimentos, sentindo seus lábios entorno dos meus e suas mãos em minhas costas. Encerro o beijo e desvio o olhar, para o vento batendo nas árvores envolta de nós.

– Você gostou? - pergunta passando a mão sobre minhas costas, eu simplesmente me viro e o encaro.

– Sim - sorrio levemente, e ele também.

– E você e esse seu amigo? Quem ele é? – cobra Marvel.

– Eu não sei.E você não precisa saber quem ele é! - retruco mal humorada, com o rumo de nossa conversa. Ele não tem nada haver com minha vida. Sinceramente nem sei o porque de ter lhe falado algo.

– Se você diz - verbaliza seco.

– Eu já vou indo - falo levantando-me e pegando minha bolsa. A confusão se tornando ainda maior.

– Espera, não vai! - pede, e olha-me suplicante.

– Não dá.

Deixo-o para trás, sabendo que fiz merda. Essa conclusão se torna ainda mais evidente quando eu encontro meus amigos no meio do caminho, e eles me olham com desaprovação.

Peeta está ao fundo deles, agarrado a bolsa, e com óculos escuros, cobrindo suas orbes azuis perfeitas. Sinto um tranco em meu coração, ao vê-lo assim, ainda mais por minha culpa, mas não digo nada, eles não viram. Não precisam de detalhes.

– E ai pessoal - falo tentando soar animada.

– Oi Kat - fala Annie, sorrindo levemente. Ela me conhece, sabe como estou só de olhar-me.

– Vamos entrar? Tem aula de Geografia - avisa Cecília, todos concordamos. Descemos as escadas, e sinto um olhar queimando em minha nuca. Sei de quem é, mas me recuso a olhar.

O silêncio se segue até a sala, que ainda está um pouco vazia, sento-me em meu lugar, e pego meu livro concentrando-me nele.

– Eu sei de tudo Kat, eu te conheço. Só dá um tempo pro pessoal, eles só estão preocupados com você e o Peeta - fala Finn atrás de mim.

– Tudo bem - falo.

Como sempre as aulas correm por meus olhos, eu não consigo e não quero prestar atenção em nada. Em nenhuma palavra dos professores, meu cérebro frita com tudo que o rodeia.

Na hora da saída eu fico ao lado de Annie, vamos juntas a festa do distrito 12 amanhã a noite, e eu vou ficar na casa dela. Vejo-a se despedir de Finnick, e dos outros. Faço o mesmo, o clima melhorou muito entre nós durante o dia, já me sinto melhor. Peeta está mais calmo, e já troca algumas palavras comigo.

Marvel passa por mim, e manda-me um olhar de confusão e de lamentação, que eu sustento. Logo os pais de Annie chegam, e nós vamos até a casa dela. Depois de tomar um banho, jantamos, e durante esse tempo conversamos.

– Você ficou com ele? - pergunta ela, remexendo em seu prato. Tomo um pouco do meu suco de uva, e a encaro.

– Você sabe que sim - respondo.

– E como se sente?

– Sinceramente, confusa. Esperava mais. Ficar com ele não mexeu tanto comigo como eu pensei que mexeria, estou feliz claro, mas não como gostaria - respondo também remexendo em meu prato.

– E o Peeta?

– O Peeta? Bem eu não sei o que fazer, eu estou custando a acreditar nas palavras que ele me mandou hoje, e estou com raiva por não ter ficado sabendo disso antes - confesso, Annie segura minha mão livre por sobre a mesa.

– Ele tinha medo de te falar, só isso. E olha amiga, não quero te deixar mais confusa, mas ele gosta de verdade de você. Então pensa bem no que irá fazer. Só quero a felicidade dos dois.

– Eu sei amiga, obrigada por tudo - agradeço sorrindo para ela. Terminamos o jantar falando sobre tudo e nada ao mesmo tempo, sobre a roupa que usaremos, sobre as pessoas que estarão lá, etc.

Depois de comer nos abrigamos na sala, debaixo das cobertas, assistimos a um filme e dormimos quase que juntas.

Na manhã seguinte sou despertada por ela, toda animada. Arrumo meu cabelo, e confiro meu celular, apenas algumas mensagens dos meus amigos, sobre coisas aleatórias.

Vou até o banheiro e faço minha higiene pessoal, saio quando escuto meu celular tocando, corro para atendê-lo. Vejo o nome de Marvel piscar no visor.

– Oi Marvel - digo atendendo, minha voz ainda um pouco rouca de sono.

– Oi katniss - diz ele do outro lado. - Queria pedir desculpas por ontem, fui um idiota, não preciso saber quem é. Só quero saber o que você quer com ele - fala rapidamente, e eu bufo.

– Olha eu não sei tá legal? Estou confusa, me da um tempo por favor? Nos falamos na segunda - digo, e ele suspira do outro lado.

– Tudo bem, boa festa hoje - deseja e eu desligo sem me despedir.

Não sei o que me aguarda na segunda feira, só quero resolver isso. Não aguento mais esse turbilhão em minha mente, está acabando comigo. Tenho que decidir em meio a tudo isso o que meu coração quer, o que ele manda.

– Quem era amiga? - pergunta Annie entrando na sala, trazendo duas xícaras de café.

– Marvel, ele quer saber o que vou fazer em relação ao cara que gosta de mim, eu disse que conversamos na segunda. Porque sinceramente, não estou nem um pouco afim de falar com ele - respondo, e ela assente.

– Você quem sabe gata!

Ajudo Annie a arrumar suas coisas, seu guarda roupa, e logo está na hora do almoço, comemos um delicioso cachorro quente preparado por sua mãe Hazel, uma mulher encantadora, que é quase uma mãe para mim.

Assistimos alguns filmes durante a tarde, ficamos muito na internet, e logo começamos a nos arrumar. Annie toma banho primeiro enquanto eu arrumo minhas roupas. Logo depois é minha vez.

Permito que a água quente caia sobre meus músculos os relaxando, e quando saio Annie já está vestida com uma saia de cintura alta, e uma blusa azul, assim como saltos bege.

Coloco um short, e uma blusa laranja por baixo de um camiseta branca meio transparente. Deixo meus cabelos volumosos soltos, e rezo para que eles parem arrumados no lugar. Annie faz uma linda maquiagem em mim, e depois eu faço nela. Ficamos prontas juntas.

– Você está linda Ann - elogio, verificando seu look final. E ela realmente está, linda como uma boneca.

– Você também Kat - fala, e eu rio alto.

– Menos amiga - brinco e ela faz uma careta.

– Pare de ser assim, você sabe que é bonita. Então cala essa boca - fala ela rio.

– Tudo bem senhora mandona.

O pai de Annie nos leva até o colégio Distrito 12, onde ocorrerá a festa. O tema é festa junina pois combina com o mês que estamos. Isso me faz lembrar que daqui uma semana é meu aniversário de 15 anos. No momento não estou nem um pouco animada para isso. Pra ser bem sincera.

Encontramos todo o pessoal em frente a entrada da escola, que é uma das melhores da cidade, mas que eu infelizmente não pude estudar. Todos conversam animadamente, enquanto o som rola alto do lado de dentro dos portões.

– Meu deus como minha namorada esta gata - Elogia Finn assim que chegamos perto deles, Annie cora levemente e o abraça. - Você também está muito bonita Katniss - fala ele.

–Obrigada Finn, mas eu estou normal - digo, e recebo uma careta de ambas as pessoas.

– Calada garota, você está linda. - diz Madge, eu a analiso. Vestido preto tubinho um pouco acima dos joelhos, e saltos vermelhos.

A festa é temática mas nos convidados podemos nos vestir como quiserem, assim todos meus amigos estão incriveis. Até Peeta. Vestido com uma calça jeans escura e uma camiseta vermelha com umas estampas.

– Verdade Katniss você esta linda - elogia Peeta, deixando-me rosada.

– Obrigada Peet!

– Vou prender todo mundo aqui - anuncia Tresh todo sorridente.

– Vai sonhando - retruca Peeta, olhando-o desafiador.

Passamos todos juntos pelo portão distribuindo nossos ingressos a um segurança.

Peeta caminha ao meu lado, mas não dizemos nada um ao outro, e esse silêncio começa a me constranger, de maneira que eu procuro puxar qualquer assunto que eu consiga.

– Vamos prender o Tresh? - pergunto em tom de brincadeira, mascarando todo meu nervosismo.

– Adoraria, só vamos comigo trocar o dinheiro por fichas? - pergunta ele, e eu assinto. Nos afastamos do resto do pessoal, e pegamos a fila do caixa de troca.

Os alto falantes entoam uma música alta e animada, o que me ajuda a sentir-me um pouco melhor, essa animação toda faz-me esquecer de tudo, mesmo que uma das causas de minha confusão interna esteja ao meu lado.

– Olha não me prende, que eu não prendo você!E ainda te solto se te prenderem - proponho para Peeta. Ele é da mesma altura que eu, assim posso enxergar perfeitamente seus olhos azuis tão bonitos. Agora um pouco mais opacos, mas ainda assim lindos.

– Okay, temos um acordo - brinca ele e eu rio. - Sabe é um milagre, você ainda não ter reclamado de fome. - observa e eu fico rosa de vergonha. Mas entro na brincadeira.

– Não seja por isso. – falo - Oh deus que fome! - reclamo, e Peeta gargalha com minha cena.

– Agora está parecendo você!

– Palhaço - dou um leve tapa em seu braço, mas caio na risada.

Chega nossa vez de trocar o dinheiro por fichas, um homem sorridente nos atende, e brinca dizendo que vamos dar trabalho pro pessoal da prisão. Depois de sai de lá, eu e Peeta partimos para procurar nossos amigos, e os achamos perto da barraca de pastel.

Passo pela barraca de doces, e sinto um cheiro maravilhoso de frutas e chocolates, mas quando verifico o preço de um quase caio pra trás, desistindo da idéia de comprar.

– Achamos os benditos - reclama Madge, e eu rio de sua careta.

– Estávamos trocando dinheiro por fichas - explica Peeta. - Estou com fome!

– Depois fala de mim - brinco e ele ri.

– Mas você é demais Kat! Sua fome ultrapassa os limites do normal - retruca e eu faço uma careta, o que arranca risada de todos.

– O pior é que ele tem razão Kat - conclui Finnick.

– Ah vamos Kat, é só brincadeira - Tresh fala, e eu dou um leve sorrisinho.

– Kat, vamos comprar algo pra eu comer - chama Peeta, e eu assinto, esperando ver se nossos amigos nos acompanharam, mas nada, então sigo caminho ao lado de Peeta.

– Quero um crepe!

– Eu não quero nada - falo, e é a vez dele fazer uma careta.

– Estava só brincando Katniss, acho muito engraçado esse fato de você comer muito.

Chegamos a barraquinha que serve crepes, ele pega o dinheiro no bolso, olhando para o grande cardápio ao lado da barraca, eu simplesmente observo a movimentação de pessoas. Muito cheia, posso até ver alguns conhecidos , mas ninguém que realmente valha a pena.

– Não vai querer mesmo? - questiona, quando chega a vez dele. Faço que não com a cabeça, e ele assente. Os minutos em que a moça prepara a comida de Peeta, segue um silêncio constrangedor entre a gente.

O que começa a me incomodar muito, mas eu simplesmente não tenho nada pra falar, e ele parece que não. Quase dou um beijo na moça quando ela finalmente entrega o crepe de Peeta.

Ele me oferece, mas nego com a cabeça novamente. Prestes a sair, Annie aparece ao lado de Finnick, eles sorriem de mãos dadas.

– Espera a gente dois, o Finn quer um também . - diz Annie, Finnck solta de sua mão, e vai até a atendente.

– Quer Ann? – oferece Peeta, que já devorou mais da metade do dele.

– Não obrigada! - agradece.

Ainda correndo o olhar, pela movimentação. Percebo que tem uma pessoa a qual que conheço. Uma garota que estudou no Capitol, que agora saiu, com um cara, os dois de mãos dadas, rio.

– Ann, você viu a Paylor, está ''namorando'' – comento, Annie segue meu olhar e ri.

– Nossa que gosto - ri ela.

– Gosto pra pessoas que amamos não se discute, olha o meu - fala Peeta, e só então me dou conta do que suas palavras querem dizer. Fecho a cara instantaneamente. E ele parece perceber meu desconforto.

Annie também parece notar isso, porque muda de assunto com rapidez.

– Que milagre, você não estar comendo nada Kat - brinca ela.

– Eu até queria um espeto de frutas, mas está caro. E também eu perdi a fome. - falo recusando-me a olhar Peeta, concentro-me totalmente em Annie.

– Que pena!

Finnick aparece carregando um crepe igual ao de Peeta, e come vorazmente, enquanto eu permaneço quieta, ainda incomodada com suas palavras. Se ele pensa que gostar de mim, é tão ruim assim porque gosta então?

Se para ele não sou bonita o bastante, porque diabos eles gosta de mim?E u não pedi isso, não mesmo; aliás não fazia idéia de seus sentimentos.

– O que foi Katniss? - questiona Finnick com a boca cheia.

– Nada, quero ir embora - aviso, meu humor para festa se foi. E a culpa é de Peeta, eu sei que magoei ele, mas não aguento ouvir suas palavras, se repetindo em meu cérebro.

– Não fala assim amiga, ele só está um pouco chateado por conta de você e do Marvel - Annie tenta ajudar. E noto que Peeta não está mais próximo a nós, ele simplesmente sumiu.

– É mas suas palavras me incomodaram, e muito. Não pedi pra ele gostar de mim - retruco, minha irritação atingindo níveis descomunais.

– Katniss? - chama Peeta atrás de mim, viro-me com a maior cara fechada que consigo, mas essa mesma careta se transforma em um sorriso tímido, quando vejo suas feições.

Ele sorri pra mim, sorri tão verdadeiramente e me olha com tanto carinho, que eu consigo até mesmo esquecer suas palavras que me atormentaram minutos atrás. Em uma das mãos Peeta traz um espeto de uva coberto de chocolate, e ele o estende pra mim.

Sorrio sem graça, com sua insistência para que eu pegue. Acabo o fazendo, e num momento de insanidade faço o que sei fazer de melhor, ajo como louca. E o abraço forte, com todo o carinho que consigo reunir, e com gratidão. O aperto contra mim, e sinto seu cheiro masculino, doce levemente amadeirado, um perfume tão bom; que por uns instantes me inebria, e me faz querer mais.

Separo-me dele, quando noto meus pensamentos. Ele sorri verdadeiramente, e eu fico rosada. Annie e Finnick nos observam, aumentando ainda mais minha vergonha.

– Come Katniss, eu sei que você gosta! –Iincentiva Peeta, e eu acabo abocanhando uma uva, sentindo seu gosto levemente adocicado misturado ao chocolate.

– Você não quer? - questiono oferecendo-lhe. Ele nega coma cabeça.

– Comprei pra você!

– Não precisava. - respondo sem graça. Comendo outra fruta.

– Não, mas eu quis te comprar mesmo assim - diz, e eu sorrio para ele, agradecendo silenciosamente.

Viro-me para Annie e Finnick que conversam entre si perdidos em sua bolha particular, como sempre.

– Vocês não querem? - ofereço, e eles negam com a cabeça.

– Vamos achar o resto do pessoal - Annie diz, e eu concordo, saboreando as frutas restantes, enquanto caminho ao lado de Peeta, que ainda tem um sorrisinho nos lábios. Internamente comemoro por isso.

Achamos nossos amigos no meio da pista de dança. Jorge que havia chegado a pouco, já começa a me irritar, quando manda me prender, sou levada a prisão por dois garotos fortes e muito bonitos, lá dentro de uma sala, o som rola auto , assim como luzes. Algumas poucas pessoas ficam lá dentro. Infeliz,eu fico perto da porta, encarando o bolo de amigos que se aglomera lá.Todos me observam e riem da minha cara fechada.

Annie, Finnick, Madge, Jorge, Tresh e Peeta se divertem com minha irritação. O que me deixa mais irritada ainda, descido entrar e me sentar, apenas absorvendo o som de dentro, e observado as luzes que piscam do teto ao chão na sala ampla.

Depois do que se pareceram minutos, a moça que fica na porta impede nossa saída, aparece ao meu lado, ela tem um sorriso divertido nos lábios.

– Você pode sair, pagaram sua fiança. - assinto, e levanto-me de braços cruzados, saio da sala, e vejo que todos me observam com sorrisos divertidos no rosto.

Caminho até Jorge e lhe dou um tapa forte no braço.le dá risada, mas faz uma careta de dor.

–Seu besta, você me paga - xingo, e todos riem. Mas ao notarem minha careta de raiva desmancham o sorriso. - Quem me soltou?

– O Peeta - responde Madge segurando a risada. Olho para Peeta que sorri, e devolvo o sorriso.

– Obrigada Peet, não aguentava mais ficar lá. - mgredeço,sinceramente.

– Eu queria te tirar assim que você entrou, mas não deixaram sabe - diz ele, olhando discretamente para Finnick e Tresh, que tentam disfarçar.

– Obrigada mesmo assim.

A festa seguiu seu fluxo, eu dancei bastante apesar de não saber muito, e corri várias vezes até a cadeia, sempre que Peeta era preso. Tresh não brincou em serviço e o mandava prender a cada cinco minutos, estava até achando divertido, essa correria para soltar Peeta, que sorria agradecendo sempre que eu o fazia.

Ainda em que não me prenderam mais, assim eu podia sempre soltá-lo, e ainda prender de brincadeira os que me irritavam. Depois de muito tempo nisso, decidi ir embora,d espedi de meus amigos, e Annie me acompanhei, agradeci Peeta por tudo. E segui até minha casa.

~***~

– Katniss? - a voz de Marvel me chama e viro-me para ele.

Hoje escolhi um canto mais afastado, um banco perto do campo de futebol, e Marvel me achou. Ele sorri pra mim, e eu correspondo, minimamente.

– Marvel.

Ele se senta bem próximo a mim, no banco eu encaro o campo de futebol, perdida em meus pensamentos, sinceramente não sei que fazer.

– Como foi a festa sábado? - pergunta, ele segura minha mão e eu olho para o contado de minha pele com a dele.

– Foi ótima, porém me deixou confusa - respondo desviando o olhar. Marvel massageia minha mão com leveza.

– Como assim? - quer saber.

– Meu amigo, ele foi maravilhoso comigo, e eu não sei o que fazer - digo verdade, e ele me encara com as feições fechadas.

– Você vai ficar com ele?

– Eu não sei, só não quero magoá-lo. Ele é importante demais pra mim - digo e Marvel solta minha mão, e vira meu rosto até o dele, para que eu possa olhar nos seus olhos castanhos.

– É o Peeta não é? - pergunta, mais retoricamente, faço que sim com a cabeça. - sabia, na moral ele é um idiota, deixa você viver sua vida.

– Não fala assim caramba, ele é meu amigo e eu me preocupo com ele. E pelo menos ele gosta de mim de verdade. - retruco com irritação na voz.

– E quem disse que eu não gosto? Só preciso de tempo, eu acho que estou gostando de você, mas como nunca senti isso por ninguém não tenho certeza. - fala,prendo a respiração e fecho os olhos,parece que todo meu mundo virou de cabeça para baixo.

– Como assim? - pergunto confusa, a uns dias atrás essa seria a melhor noticia da minha vida, mas agora, só me deixa mais confusa.

– Eu penso em você, aquele dia que eu te beijei, seu cheiro ficou em mim, e eu gostei disso. Todas as vezes que nos falamos, todas a vezes que você me fez rir, mexeram comigo. - como dizer a ele, que no começo ele mexia comigo, mas que agora não sinto nada quando ele me toca? Como dizer?

– Eu não sei o que pensar, desculpa. Mas tem tanta coisa que eu preciso considerar! - falo,e ele me olha com desgosto.

Mas faz como fez da primeira vez, segura meu queixo e me beija, colando seus lábios nos meus, pedindo passagem com a língua, eu dou, mas a todo momento penso em como dizer que não quero mais. Eu não posso. Eu não sinto nada.

Acabo com isso eu mesma, separando-me dele, que olha-me com dúvida; talvez tentando decifrar o que meu olhar quer dizer.

– Eu não sei se posso, me da um tempo okay? – pergunto, encarando, tentando ao máximo ser sincera.

– Você não quer nada comigo? - questiona um pouco decepcionado.

– Não sei.

Fico em silêncio o máximo que posso, e quando olho no relógio vejo que já está no horário da entrada, internamente comemoro de alívio.

– Tenho que ir - falo levantando-me.

– Você vai fazer isso de novo? - pergunta, posso ver que ele tenta manter sua voz estável.

– Eu só tenho aula de física agora, preciso entrar. Te ligo mais tarde. - respondo.

Caminho em passadas lentas pelo campo, passo pela grande arquibancada, e saio do centro esportivo entrando no pátio, assim que chego próximo a janela de minha sala, posso ver os vários rostos virados observando-me, com uma certa decepção.

Tomo coragem e entro na sala, todos os olhares me seguem até minha carteira, mas nenhum sorriso é dirigido a mim, corro meus olhos por todas as pessoas, e não encontro Peeta.

Tresh, e Madge me encaram com uma certa raiva no olhar, e eu não entendo o por que. Talvez eu entenda, mas não quero acreditar.

O professor Snow entra na sala e começa sua aula, uma matéria nova, que tento me focar em aprender. Na janela vejo Marvel passando e me olhando, porém desvio o olhar.

Todas as minhas tentativas de fazer piada e de me aproximar dos meus amigos, falham miseravelmente, e isso dói, dói muito. Dói não só por estar sendo ignorada, mas por saber que eu fiz uma coisa muito ruim, com alguém muito bom.

Quando a aula finalmente acaba,a de artes se segue, e a professora nos deixa livre. Levanto-me de minha carteira, e sigo até Jorge que está sentando com Tresh, que olha-me decepcionado.

– O que está acontecendo? Será que você podem me dizer? - pergunto, com a voz rouca, de nervosismo.

– O que está acontecendo? Bom por onde eu começo? Acabei de ver meu melhor amigo, chegar na escola e ver você e seu queridinho Marvel se pegando. Acabei de ver meu melhor amigo indo embora chorando feito um louco, dizendo que está com o coração quebrado, e que nem sabe se volta pra escola. Eu acabei de ver meu amigo ter seu coração partido por você - Acusa ele, e eu não seguro as lágrimas, ao digerir suas palavras. Peeta me viu com Marvel, e foi embora. Por minha causa.

– Não era minha intenção magoá-lo. Juro que não era - Falo em meio as lágrimas. Madge me encara.

– Pode até não ter sido mais magoou!

– Eu não vou ficar mais com o marvel, eu juro. Só quero que Peeta fique bem - falo em desespero.

– Você pode ficar com ele, não estamos dizendo isso, mas pelo menos não esfregue na cara do Peeta. Me partiu o coração ver ele chegar todo animado aqui, e ir embora chorando - Madge diz, e eu assinto.

– Eu não vou mais ficar com Marvel e ponto. Só quero que o Peeta me perdoe.

– Acho um pouco difícil, ele está muito machucado, não responde ninguém, não atende nossas ligações. Eu estou muito preocupado - fala Tresh, e isso só me proporciona uma rodada de soluços.

Sento-me novamente em minha carteira, e choro compulsivamente, por ter sido tão cretina, tão mesquinha, tão egoísta com Peeta. Meu coração se aperta em meu peito, quando escuto os murmúrios dizendo que ele não responde, que deve estar muito mal.

Eu sei a merda que fiz, e não tenho como mudá-la, mas eu quero o perdão de Peeta. Tudo a minha volta parece passar tão devagar. A hora do recreio chega, meu coração e essa hora já está tão apertado que começa a me sufocar.

As lágrimas borraram toda minha maquiagem, Madge e Annie me acompanham no banheiro enquanto eu choro. Sei que minhas lágrimas não mudaram em nada o que Peeta sente, o que eu fiz, e etc.

– Se acalma, chora assim não resolverá nada. Só da um tempo pra ele, e depois vocês conversam - Annie diz, enquanto passa um papel umedecido em minha face borrada.

– Eu estou tentando, mas é difícil. Eu estou aguentando o fato, de ter feito tão mal a Peeta. - falo, secando meu rosto.

Annie e Madge se entre olham. As lágrimas continuam descendo por minha face sem consentimento.

– Olha vamos falar com a Johanna, pegar o celular dela, ai você liga para ele - Annie tenta fazer com que eu me acalmar, Mad, pega minha mão e me ajuda a descer da pia de mármore do banheiro, e leva-me para fora.

No corredor, todos que passam olham de forma curiosa pra mim, que trago uma face vermelha, inchada, e borrada. Marvel passa pelo corredor com Gloss e para em minha frente, tenta pegar minha mão mas eu desvio.

– Agora não Marvel! - falo.

– O que aconteceu? - pergunta preocupado. Annie e Madge o encaram, e eu também.

– Nada, só me deixa quieta. - digo e saio, acompanhada das duas.

Depois do recreio temos aula de Biologia mas acabamos ficando fora da sala, eu pego celular de Johanna e tento ligar inúmeras vezes para Peeta, que recusa minhas ligações, talvez ele saiba que sou eu.

Ficamos todas as três aulas restantes para fora, Jorge tenta me animar fazendo piadinhas assim como Finnick, mas nada me anima, nem mesmo as besteiras ditas por eles.

– Ele não atende - choro pela milésima vez no dia. - Se ele não atender, amanhã vou na casa dele, e ele vai ter que falar comigo!

– Calma Katniss, eu já falei que ele precisa de um pouco mais de tempo.

– Mas eu não consigo dar esse tempo, pode ser egoísta, mas não consigo, eu preciso ao menos ouvir a voz dele. Eu preciso do Peeta na minha vida, e faço o que for pra tê-lo de volta - falo determinada, eles me encaram. E espero que reconheçam a verdade em meu olhar.

– Vem vamos, está na hora da saída, e na sua casa você pode pensar melhor. - Madge põem a mão sobre meu ombro, e eu solto mais algumas lágrimas, de puro desespero.

– Katniss? - Mavel me chama com um grito, viro-me ele se aproxima, Madge observa tudo, assim como Tresh que para ao nosso lado.

– Pode me explicar porque está chorando desse jeito? – pergunta, sua voz mais autoritária que o normal.

– Peeta, ele viu nós dois juntos, e agora não atende ninguém, não quer falar comigo.Estou em desespero! - confesso,Mad fica em silêncio enquanto Marvel ri.

– Ele é idiota ou o que? Chorar por uma menina, sinceramente isso é meio Gay - comenta ele, e fico em choque com suas palavras, Madge aperta mais meu ombro, e eu sei que ela irá explodir.

– Gay é você seu idiota! - grita ela, e começa a andar, afastando-me de Marvel.

–Katniss? - ele chama novamente mas ignoro, ouço também xingar Madge, Peeta e até Tresh.

Se eu considerava ter qualquer coisa com ele, esse sentimento morreu, quando ele ofendeu Peeta e meus amigos; pra mim eles são mais importantes, e não quero alguém que os desrespeite.

– Olha Kat, se você ficar com esse cara, creio que nossa amizade morra. Ele é um idiota! - verbaliza Mad, e eu assinto.

– Não quero mais nada com ele! – respondo caminhando pelas calçadas da escola.

– Ótimo, acho que ele devia respeitar seus amigos, e se não faz isso não merece você - observa Tresh.

– Eu sei, e vou resolver isso hoje, obrigada gente! - digo despedindo-me deles, quando avisto o carro de meu pai.

Entro nele em silêncio e fico assim todo o caminho. Ele não comenta nada, minha relação com meu pai é bem fechada, ele trabalha muito assim como minha mãe, só os vejo a noite, e com meu pai quase não tenho muito diálogo.

Minha mãe é super ciumenta e nem imagina, que eu já me envolvi com alguém, ela simplesmente me mataria se descobrisse. Chego em casa, e dou um beijo em minha mãe, e sigo até meu quarto trancando-me lá.

Jogo-me em minha cama e afundo minha face no travesseiro. Liberando toda minha tristeza. E minhas lágrimas. Eu preciso dar um jeito nisso, eu preciso de Peeta. Preciso de seu perdão.

Meu celular toca e eu atendo, vejo que é Marvel me ligando, quando ouço sua voz.

– Marvel, me deixa falar. Não temos nada, e mesmo que tivéssemos eu não quero mais nada. Não posso e não quero ficar mais com você, as coisas não dão certo entre a gente, e não gostei como você falou de Peeta - solto tudo de uma vez, antes mesmo de um oi da parte dele.

– Mas, eu penso na gente Katniss, eu quero algo com você, por favor. Não deixa seus amigos te influenciarem - pede ele do outro lado.

– Eles não estão me influenciando. Essa é uma decisão minha. E somente minha. Boa noite Marvel, seja feliz! - falo, e a outra linha fica em silêncio. Depois ouço-o desligar.

Não estou triste, por não ter Marvel. Pensei que ficaria, pensei que estava gostando dele, mas no momento em que eu soube que magoei Peeta, isso mudou. Eu percebi que me importava demais com Peeta.

Meu celular toca novamente, e estou prestes a ignorar, quando vejo o nome piscando no visor.

PEETA.

Atendo com a maior rapidez que consigo, sedenta por ouvir sua voz.

– Peeta? - pergunto.

– Katniss - sua voz está embargada, acho que ele esteve chorando, sinto-me péssima por isso. - A Madge disse que você estava querendo falar comigo, o que quer? - seu tom é frio, e gela minha espinha. Quero meu Peeta de volta, o cara doce que era meu amigo.

– Eu queria te pedir desculpas pelo que eu fiz, não quis em momento algum te magoar, e me odeio por isso. Só quero seu perdão - falo em desespero, chorando compulsivamente.E le suspira do outro lado da linha.

– Não posso Katniss, estou muito magoado - fala.

– Por favor Peeta, eu te peço do fundo do meu coração. Me perdooe, eu percebi que me importo demais com você. Eu não posso e não quero te perder! Por favor! - imploro, com a voz rouca.

– Tudo bem, quem ama perdoa e é isso que eu vou fazer - diz, e eu suspiro de alivio.

– Então você vai no meu aniversário, vai voltar a ser o Peeta? - pergunto esperançosa.

– Não vou no seu aniversario, eu não posso ir - fala, e suas palavras machucam meu coração.

– E por que não?

– Uma que o Marvel estará lá, e outra porque não sei se consigo olhar pra você, pelo menos não agora!

Começo a chorar, desespero não define mais o que sinto, não sei mais o que fazer, o que falar para ele me perdoar.

– Marvel não vai, eu nem o convidaria por sua causa. E eu também dei um fora nele. POR VOCÊ! - digo a última parte da frase com ênfase.

– Não dá Katniss, sinto muito!

– Eu também - digo por fim, já não aguentando mais chorar.

– Eu te perdoou ta - diz ele e desliga.

Sou envolta novamente por aquela bolha de tristeza, de solidão, de culpa, e de medo. Medo de perder Peeta. Pego meu celular e confiro todas as mensagens, e meus amigos conversam em seu fluxo normal no nosso grupinho. Decido sair, pois sei que não sou mais bem vinda.

Depois coloco meu celular em cima da cômoda, e choro mais e mais e mais .Choro tudo que meu coração não aguenta guardar para si.

É incrível, e doloroso como tudo aconteceu. Eu descobri que finalmente alguém foi capaz de me enxergar como eu realmente sou, gostar de mim bem do jeito que eu sou, mas acabei estragando tudo por burrice.

Meu celular toca novamente, e minha cabeça vibra com essa música maldita. Acabo atendendo, a ligação. De Peeta.

– Katniss, porque saiu de tudo? Eu já disse que te perdoei - diz, e eu rio.

– Francamente Peeta, pare de mentir pra mim. Não sou mais bem vinda lá, e nem na sua vida. – choro mais.

– É serio Kat, eu te perdoou. Quem ama perdoa - repete ele.

– Você me ama Peeta? - pergunto, enxugando minhas lágrimas, salgadas, que não param de escorrer e nem sei se um dia serei capaz de contê-las.

– O que você quer que eu faça pra te provar isso? Eu te amo Katniss, a um certo tempo já, mas tinha medo de te falar, foi um erro, eu sei.Mas o que sinto por você é verdadeiro. É sincero, eu te amo do jeito que você é com todos os seus defeitos e qualidades. - se declara, sorrio em meio as lágrimas.

– Então me ensina a te amar, volta a ser o Peeta que eu já gosto tanto, e que eu vou aprender a amar. Ou melhor aprender a amar mais - digo, e reuno coragem pra dizer o que preciso - Porque eu percebi que já te amo. No momento em que vi que havia te perdido, percebi que te amava.Talvez seja loucura, mas só damos o devido valor quando perdemos.

Ele fica em silêncio, ouço apenas sua respiração, mas depois ele fala:

– Eu te amo Katniss, e te pedoou, mas eu quero uma chance com você,uma chance pra te amar! - pede, eu sorrio.

– E eu dou, dou com todo meu coração. Eu já te amo, e vou aprender a amar mais a cada dia. - prometo.

– Eu vou Equalizar você - fala.

~~***~~

Na semana que se passa até o dia do meu aniversário, as coisas somente melhoram, Peeta se tornou meu motivo pra sorri. Sempre que nos falávamos nessa primeira semana de férias, eu sorria. Cada mensagem dele acelerava meu coração e eu lia e relia muitas vezes.

Nunca pensei que uma pessoa fosse gostar tanto assim de mim, do meu jeito, nada comum de ser. Das minhas manias. Uma das mensagens que mais tocaram foi a que ele me disse.

''Eu me apaixonei por você, pelo seu jeito de ser com tudo que você tem a oferecer, ou seja, seu amor, sua felicidade, sua inteligência. Com você eu aprendi muitas coisas, aprendi a gostar de um mundo novo, que hoje faz parte da minha vida. Mas o que você me ensinou de mais precioso, foi te amar!''

Quando recebi essa mensagem, lembro-me de ficar lendo e relendo e relendo. Suas palavras me tocaram tanto. Que eu quase chorei de alegria.

Nos nossos grupos de amigos, nosso ''romance'' agradou a todos, que ficaram se derretendo com as palavras que trocávamos. Realmente era muito bonito de se ver. Peeta me ama de verdade, e é um sentimento tão bom.

Minha vida mudou, de certa forma mudou, mas foi pra melhor. A cada dia mais, eu me apaixonava por ele. Por suas palavras, por tudo. Todo o amor que eu tinha dirigido a ele, somente como amigo, se transformou de tal forma. Talvez esse sentimento tivesse sempre guardado em meu peito, só esperando a hora de aflorar.

É chegado finalmente o dia do meu aniversário. Já estou na chácara onde ele ocorrerá, quase pronto, já se passa das 18:00. Meu amigos já chegaram, com exceção a Peeta e Tresh.

– Katniss, fica quieta, assim eu não consigo passar o rímel - reclama Annie que faz minha maquiagem.

– Desculpe, estou nervosa – falo, e ela e as outras garotas riem.

– Já que o Peeta chega Kat, e pode deixar damos um jeito de sua mãe ficar longe um pouquinho. - Johanna incentiva, e eu rio para ela.

– Obrigada! - agradeço.

– Prontinho amiga, você tá linda. Peeta vai pirar! - Annie diz, e eu olho meu reflexo no espelho, vestida com uma calça jeans e uma blusinha de manga, e uma maquiagem esfumaçada com delineador gatinho.

Meu cabelos soltos e totalmente lisos e brilhantes, uma passada no salão essa semana mudaram meu visual. Pela primeira vez na minha vida, sinto-me verdadeiramente bonita.

–Seu cabelo está lindo, você está linda - elogia Madge, eu sorrio para ela.

– Katniss, tem alguem no portão - grita minha mãe, e eu corro para atender.

A chácara que meu pai alugou para minhaa festa, já está bastante cheia, com meus amigos, família e colegas, iluminada com algumas luzes e decorada com balões rosa e pretos. Tudo muito bonito e fruto do esforço dos meus pais.

Corro até o grande portão, branco e pesado. Com grande esforço o empurro, e encontro Tresh e Peeta do outro lado, assim como alguns dos meus parentes, abraço Peeta que me entrega um enorme embrulho.

– Depois eu te agradeço - sussuro em seu ouvido, e ele assente e sorri sem graça. Está lindo.

Seu cabelo desarrumado, seu sorriso e olhos brilhantes, usando uma calça jeans azul escura, um blusão xadrez e uma blusa preta por baixo.Lindo.

Tresh me entrega seu presente e me abraça também.

– Eu escutei - brinca, em meu ouvido e eu dou risada.

Indico a entrada a eles, que seguem seu caminho. Encontrando com o resto do pessoal lá dentro. Cumprimento minha família, e recebo os parabéns e presentes de todos. Depois sigo para o quarto onde guardo os presentes.

Alguns de meus amigos seguem-me inclusive Peeta. Eu fico um pouco nervosa, mas controlo minha respiração. Entramos no quarto e Madge fecha a porta. Coloco os presentes em cima da beliche e pego o de Peeta.

Sorrio ao ver, dois livros que eu queria muito, A seleção e A Elite, e no fundo da sacola, um buquê de flores de chocolate, um urso de pelúcia, e um coração de chocolate, escrito ''Eu te amo''.

Solto um gritinho de animação e corro abraçar Peeta, como já fiz várias vezes.Mas diferentes das outras vezes eu viro-me pra beijar sua bochecha, e sou surpreendida com um beijo de verdade.

Seus lábios prensados nos meus, dão uma sensação tão boa, derreto-me em seus braços, e quando ele pede passagem com a língua eu dou de bom gosto.Sentindo com deleite nossa dança pessoal. Suas mãos vão minha cintura e juntam-me mais a ele, as minhas se largam envolta do seu pescoço.

Quero me fundir a ele, senti-lo ao máximo. Sentir suas mãos carinhosas brincando em minha cintura, sua língua e sua boca macias contra as minhas. Beijo-o com toda vontade do mundo, sentindo algo tão bom em meu peito, meu coração acelerado, como nunca esteve antes.

Separo-me dele, ouvindo todas os comentários a minha volta, tinha perdido a consciência de que estávamos em um quarto cheio de gente, mas bloqueio isso novamente, e concentro-me no cheiro de Peeta, em seu pescoço, lugar onde repouso os lábios.

– Eu acho que te amo - sussurro em seu ouvido.

– Eu tenho certeza disso - responde ele também em um sussurro. Sorrio internamente, amando o misto de sensações que tomam conta de mim.

– Ai você são um casal tããão lindo! - fala Madge com uma voz engraçada, solto-me de Peeta, e ele pega minha mão com delicadeza.

– Não somos um casal - falo, meio baixo. Eu nesse momento queria que fossemos, mais do que tudo.

– Não seja por isso - diz Peeta se ajoelhando em minha frente, eu fico em choque, com seu movimento, e passo os olhos pelo quarto.

Annie, Madge, Finnick, Tresh, Cecilia e Johanna, nos encaram admirados e com sorriso de felicidade nos rosto. Volto a olhar para Peeta, que me observa com os olhos azuis que eu tanto gosto brilhando novamente.

– Katniss Everdeen, eu já disse que te amo, inúmeras vezes. E é verdade, eu te amo. E quero saber se você aceita namorar comigo? - pergunta, eu pego sua outra mão e o ajudo a levantar. Sorrio e repouso a mão sobre sua face, ele sorri pra mim.

– Eu aceito Peeta Mellark - respondo e o beijo.

Meu coração dá aquele tranco, de forma boa. Ele me aperta junto a ele, e sinto todas aquelas sensações tomando conta de mim, felicidade não define mais o que sinto,meu sentimento no momento vai muito além disso.

Eu errei muito com Peeta, e creio que nunca serei capaz de esquecer tudo que fiz, mas ele me prometeu que faria com que eu o amasse, e ele conseguiu. Ele equalizou meu coração na mesma frequência do dele, eu me sinto a pessoa mais feliz do mundo.

Tenho Peeta ao meu lado, ele me ama. Eu o amo quase o perdi, e isso fez com que eu percebesse meu amor por ele, e agora, estamos namorando. Eu fui equalizada por ele.


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Notas finais do capítulo

Bom espero que tenham gostado, eu amei escrever, não só por ser um presente, comentem pessoal, faça-me feliz.
Beijos de Glitter!!



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