Todos que estavam ao nosso redor fizeram "OOOOOOH", e foi então que a empurrei dentro da piscina, fiz questão de sorrir e depois me retirar.

As garotas vieram correndo até mim, todas gargalhando.

– Eu não acredito que você fez isso - Disse Violette tentando controlar sua risada - Foi DEMAIS.

– Foi mesmo, você até fez com que Violette se soltasse um pouco. - Disse Kim rindo - Aquela Barbie merecia mesmo.

Rosa já tinha desaparecido, Leigh, seu namorado e irmão de Lys, tinha chegada á festa então provavelmente eles estavam se pegando em algum canto da casa. Eu e as outras garotas estávamos dançando freneticamente, chega a ser ridículo como umas duas latinhas de cerveja deixava tudo tão mais divertido.

As meninas me contaram que depois que empurrei Ambre na piscina todos riram, e ela saiu correndo da festa. Eu não queria ser má ou qualquer coisa do tipo, não me levem a mal, eu nem sei como eu tive coragem de responder á ela...

– Está se divertindo?

Me virei assustada, e vi Nathaniel do meu lado.

– Que susto que você me deu. - Disse rindo com uma mão sobre meu peito.

– Me desculpe - Ele riu.

– Olha Nath... Desculpa pelo o que eu fiz para a sua irmã, não era minha intenção e...

– Tá tudo bem - Ele me interrompeu - Dessa vez ela mereceu.

– Ela foi embora?

– Sim, por quê?

– Queria me desculpar, acho que exagerei... - Disse meio chateada.

Ele me pegou pelo braço e me levou pro meio da sala, onde era a "pista de dança".

– O que você está fazendo? - Perguntei confusa.

– Vamos dançar, não quero te ver chateada.

Nath começou a dançar de uma forma desengonçada, não aguentei e comecei a rir, ele riu junto.

– Aaaeee - Disse jogando as mãos para cima.

– Bobão. - Mostrei a língua de brincadeira.

Uma música um pouco mais lenta começou a tocar, ele esticou sua mão como se pedisse para eu lhe ceder uma dança, concordei pegando em sua mão. Coloquei meus braços ao redor de seu pescoço, ele me segurava pela cintura, estávamos realmente perto, podia sentir minhas bochechas queimarem e podia ver as suas corando.

– Obrigada. - Disse sem graça - Por me alegrar.

– Ah, tudo bem... Ann?

– Hm?

– V-você está... linda.

Pra que? Eu fiquei ainda mais corada com o elogio.

– O-obrigada...

Ele olhava fundo nos meus olhos e eu nos dele, sorri e ele retribuiu.

~Nathaniel P.O.V on

Eu a segurava pela cintura, seus braços ao redor de meu pescoço, seu perfume enchia meus pulmões, ela estava tão linda, queria segura-la para sempre.

–Ann...? - Disse meio sem graça.

– Hm? - Ela olhava em meus olhos.

– V-você está... linda. - Disse corando.

– O-obrigada...

Adoro quando ela fica sem graça, suas bochechas ficam vermelhas e ela olha para o chão, ela não sabe o quão linda é, o quão louco me deixa quando faz isso. Não consigo mais resistir, tenho de beija-la. Me aproximei de sua boca devagar, ela apenas me olhava para meus lábios.

– A-ann... E- eu preciso... beija-la. - Não sabia se olhava em seus olhos ou em seus lábios.

Ela não respondeu, levei isso como um sinal para prosseguir. Me aproximei de sua boca e finalmente fiz o que queria fazer desde o primeiro dia que a vi.

~Nathaniel P.O.V off

Eu não acreditava no que estava acontecendo, Nath estava me beijando, não entendia a razão de meu corpo não protestar, sua língua pedia passagem e eu simplesmente dava, seu beijo era gentil e doce. Nos afastamos por falta de ar, os dois corados e sem graça.

Em um segundo estávamos nos beijando e no outro uma multidão rodeava Castiel e Nathaniel enquanto eles se batiam no meio da sala de Rosa.

~Castiel P.O.V on

– Hahahaha. - Eu ria enquanto bebia minha cerveja.

– Castiel, você não deveria rir, foi demais empurrar Ambre dentro da piscina. - Lys me repreendia.

– Mas fala sério, ela mereceu...

– Tanto faz, vou pegar uma bebida.

Lys se retirou e eu fiquei encostado na parede da sala bebendo minha cerveja , foi então que vi Ann e aquele babaca do Nathaniel dançando, quem aquele filho da puta pensa que é pra segurar Ann daquele jeito?

O ódio me subiu a cabeça quando vi que os dois haviam se beijado, não consigo mais me controlar, na verdade eu nem quero me controlar, aquele filho de uma cachorra vai ver o que é bom.

O puxei pela camisa e dei um soco em sua cara, isso me fez ser o cara mais feliz do universo, mesmo por apenas 5 segundos.

~Castiel P.O.V off

–BRIGA, BRIGA, BRIGA - a multidão gritava.

Eu fiquei paralisada por pelo menos 10 segundos, até que percebi o que estava acontecendo, me meti no meio dos dois.

– PAREEEM, AGORA.

E é claro, eles continuaram a se bater, até que finalmente Lys e Armin vieram para separar os dois, Lys segurou Cass e Armin segurou Nath.

– VOCÊ É UM FILHA DA MÃE, CASTIEL, SEU RETARDADO - Nath gritava enquanto Armin o tirava dali.

– EU AINDA VOU QUEBRAR A SUA CARA, SEU DESGRAÇADO. - Cass gritou de volta.

Eu me sentei no sofá, a multidão que estava aglomerada ao redor dos garotos voltou a se divertir, Iris veio se sentar ao meu lado.

– Ei, você está bem? - Perguntou preocupada.

– Sim... Só estou preocupada com eles, acho que vou dar uma olhadinha no Cass e depois no Nath... Você sabe onde eles estão?

– Tudo bem, se precisar de algo, pode vir falar comigo. - Ela sorriu. - O Lys levou o Cass lá para o quarto de cima, e o Armin levou o Nath lá para fora.

– Okay, obrigada Iris.

Subi as escadas para procurar Lys e Cass, abri a primeira porta que vi, tinha um casal na maior pegação.

–Opa, desculpa. - Disse fechando a porta.

– Ann.

Abri a porta de novo e colocou só a cabeça para dentro.

– Rosa?

Ela sorriu.

– Esse é o Leigh. - Disse sem graça.

– Ah, oi...

– Prazer. - Ele estava meio envergonhado.

– E-eu volto outra hora...

Fechei a porta, fui até o fim do corredor e abri outra porta, Cass estava sentado na cama e Lys ao seu lado.

– Você não podia ter feito isso - Lys dizia.

– Eu não me aguentei, aquele idiota...

Dei uma batidinha de leve na porta e entrei.

– Oi...

Apenas Lys me olhou, se levantou da cama e caminhou até mim.

– Você está bem?

– To sim, Lys - Sorri - Pode ir pra festa, eu vou cuidar dele.

– Tem certeza?

– Sim, pode ir, já te encontro lá.

Lys então saiu do quarto nos deixando a sós, ele ainda não me olhava, me aproximei da cama e fiquei em pé na sua frente.

– C-cass?

Ele não me respondeu.

– Cass, por favor, fala comigo... - Tentei novamente.

Ele ainda me ignorava, tinha seus punhos fechados e ódio estampado em seu rosto. Eu suspirei, fui para o banheiro e peguei um pouco de algodão com água, já que não havia nenhum tipo de remédio, voltei e ele estava na mesma posição.

Fiquei de joelhos e levantei seu rosto, mesmo assim ele não me olhava, comecei a passar o algodão nos machucados de seu rosto. Ele ficou em silêncio o tempo todo, quando acabei me levantei e joguei os algodões no lixo, fui em direção a porta, quando finalmente ele disse algo.

– Por quê?

Eu me virei, agora ele olhava em meus olhos.

– Só... aconteceu Cass.

– Não me chame assim. - Ele ria - Eu realmente pensei que você era diferente...

Eu fiquei quieta, ele se levantou da cama e se aproximou de mim.

– Você é igual a ela... - Ele me olhou com desprezo.

–Q-quem? - Perguntei confusa.

– Debrah... Vocês são duas piranhas.

– C-castiel? Não fale assim. - Havia lágrimas em meus olhos.

– É a verdade, ué - Sua voz era fria, não demonstrava nenhuma emoção - Você é uma vadia, corre lá para ficar com o seu namoradinho e vê se me esquece.

As lágrimas agora escorriam pela minha bochecha, uma atrás da outra. Antes que ele pudesse sair do quarto segurei seu braço.

– Por favor... N-não faça isso. - Disse em meio a soluços - V-você foi uma das únicas pessoas com quem eu realmente posso contar...

– Me larga garota - Ele puxou seu braço - Eu não quero te ver mais na minha frente, entendeu? Fica longe, bem longe de mim.

Ele se retirou do quarto e eu apenas desabei, a música alta e todo falatório fazia meu choro não ter som algum. Limpei minhas lágrimas e desci as escadas, Nath estava sentado em um banco perto da piscina.

– Oi... Posso me sentar aqui?

Ele se levantou na mesma hora e me olhou com desprezo.

– Você deveria ter me contado que tinha ficado com aquele... Idiota.

– M-mas...

– Mas nada, eu nunca pensei que diria isso, mas você agiu como uma completa vadia. Ainda bem que Rosa me contou tudo.

Eu não consegui emitir nenhuma emoção, apenas o olhei com lágrima nos olhos. Não entendia o razão de Rosa contar isso.

– Pensei que você seria diferente dessas garotas. Por favor, não me procure mais.

Nath saiu andando e eu apenas fiquei paralisada... Ótimo, agora todos estão putos da vida comigo. Eu não quero sentir essa dor que estou sentindo, eu não posso aguenta-la, não de novo.

Sai correndo, subi as escadas e me tranquei em um dos banheiros da casa, escorreguei pela parede e as lágrimas tomaram conta de mim. Olhei para meu lado e vi um gilete, eu sei que não é a coisa certa a fazer, as cicatrizes estão quase cicatrizando... Mas eu preciso disso, eu preciso esquecer.

Peguei a gilete e a coloquei sobre meu pulso.

~Flashback on

O dia estava tão lindo, estávamos deitados no gramado do parque olhando o céu azulzinho, eu estava deitada em seu peito, seus braços me mantinham segura.

– Eu quero que você seja minha namorada.

Arregalei meus olhos, estava surpresa com o pedido repentino, sentei e o encarei.

– V-você tem certeza disso?

– É claro. - Ele riu e se sentou.

– Eu te amo, Ann.

Ele se aproximou de meus lábios e os beijou

~~~~ uma semana depois~~~~

– PARE DE ME IGNORAR, ME DIGA A RAZÃO DE VOCÊ AGIR ASSIM. - Eu gritava com lágrimas nos olhos.

– EU NÃO QUERO ME ENVOLVER NOS SEUS PROBLEMAS - Ele gritava de volta - SOME DA MINHA VIDA, EU NÃO TE QUERO ANNABELA, EU NUNCA VOU TE QUERER.

~Flashback off

~TOC TOC TOC

– ANN, VOCÊ ESTÁ AI? VEM, ELES ESTÃO ACENDENDO O BASEADO.

– E-EU JÁ VOU.

Lavei a gilete e coloquei no mesmo lugar, lavei o sangue que saía de meus cortes e abaixei as mangas da blusa. Abri a porta e tentei sorrir, quando sai vi que Rosa me esperava.
– O que você estava fazendo?

– Xixi - Sorri.

Ela deu risada.

– Vem, o pessoal está acendendo o baseado.

– B-baseado?... - Perguntei confusa.

–É, nunca fumou antes?

– Só cigarro mesmo...

– UHUUU, BATIZADOOOO.

– Espere... - Ela me olhou confusa.- Você contou para o Nath sobre meu beijo com Castiel?

– Ah, é que ele me perguntou se eu sabia a razão de Castiel ter partido para a briga, então eu contei.... Por quê? Algum problema?

– N-não, nada...- Ela não fez de propósito - Batizado né? - Disse sorrindo.

BATIZADOOOO - Ela gritou novamente e me puxou escada abaixo.

Chegamos no andar de baixo e a casa ainda estava lotada, Rosa me me levou para os fundos da casa, lá estava Iris, Violette, Kim, Peggy, Melody, Armin, Alexy, Lysandre, Castiel e Nathaniel e Leigh todos sentados em uma roda. Rosa se sentou ao lado de Leigh, me sentei ao lado dela, do meu outro lado estava Alexy.

Nem Castiel e nem Nathaniel olhavam para minha cara, eles apenas tragavam o pequeno cigarro e passavam para a próxima pessoa da roda.

– Gente, é a primeira vez da Ann, então vamos com calma. - Rosa disse. - Toma, pegue - Ela me entregou o baseado. - Agora dê uma tragada e tente segurar a fumaça dentro de sua boca o quanto conseguir.

Fiz como ela mandou, dei uma tragada, segurei por aproximadamente 10 segundos e soltei a fumaça, todos me olhavam como se esperassem para me ver chapada.

– Coff cooff... Legal - Disse tossindo um pouco.

Todos (menos Cass e Nath, é claro )riram e continuaram o que estavam fazendo. Acho que todos deram umas cinco tragadas, até que Castiel saiu da roda e Melody puxou Nathaniel para dentro da casa, depois disso cada um foi saindo e eu fiz o mesmo.

Quando estava na roda não tinha sentido muita coisa, mas quando me levantei e a droga bateu feito pedra, sentia como se minha cabeça fosse gigante e meu corpinho apenas flutuasse por ai (hahaha), era como se estivesse anestesiada, como se estivesse relaxada. Acho que Lysandre percebeu que eu não estava muito bem e decidiu me acompanhar até a cozinha.

– A música está tão alta, queria sair daqui...

– Hm, já sei, vem comigo.

Lys pegou alguns salgadinhos que estavam em cima da mesa, e me pediu para pegar duas altinhas de refrigerante, eu o fiz como mandou. Subimos as escadas com dificuldade, cada degrau que eu subia me fazia dar risada sem motivo algum, entramos no quarto de Rosa e fomos para a sacada.

Ele jogou os saquinhos de salgadinho e as latinhas em cima do telhado, me levantou me ajudando a subir no telhado, depois foi sua vez. Ele se sentou ao meu lado, abrimos as coisas e começamos a comer. Meu deus, eu nunca tinha percebido como esse salgadinho era gostoso.

– Ann?

Eu o ignorei continuando a comer o salgadinho.

– ANN?

– Ah, oi... - Me assustei e olhei para ele - Desculpa, é que é muito gostoso....

– Haha, é por causa da droga.

– Oh.... Tá bem...

Ficamos em silêncio por alguns minutos, ali era bem alto, dava para ver o pessoal da festa dali de cima, infelizmente... Vi uma cabeça vermelha no meio da multidão, Castiel, ele estava beijando alguém.

Nessas semanas que se passaram, Cass me fez me sentir tão bem, eu adorava ficar perto dele, ele realmente é uma pessoa dificil de se lhe dar, mas quando você consegue romper a barreira de sua rebeldia, você conhece um outro Cass, um que me fez me sentir protegida, feliz.

Nessas semanas se passaram, Nath me fez me sentir tão bem, ele sempre estava ali para o que eu precisava, me fazia rir, cuidava de mim, até mesmo quando eu me metia em confusão ele me ajudava, e olha que ele odeia confusão, eu estava feliz.

Eu demorei tanto tempo para me sentir bem novamente, eles me ajudaram nesse processo sem ao menos saber disso, e agora eu os perdi, porque eu fui uma idiota, eus ei que foi minha culpa, eu sei que foi... Eu prometi não me apaixonar novamente, eu não vou me apaixonar novamente, ninguém vai quebrar meu coração daquele mesmo jeito... Ha, ótimo, do que adianta eu dizer isso a mim mesma sendo que as lágrimas continuam a escorrer, eu sou uma fraca, Dan estava certo.

~Lysandre P.O.V on

A noite estava linda, e ainda estando sentado ao lado dela... Mas... Ela está chorando.

– Ann, qual o problema?

– N-nada não Lys. - Disse com um sorriso forçado.

– Você pode me contar. - Disse a abraçando.

Quando a abracei ela desabou em lágrimas, agora ela também me abraçava e soluçava em meio á palavras.

– E-eu não consigo, por favor, e-eu não q-quero voltar a s-ser como a-antes... - Ela chorava mais ainda. - E-eu sou tão f-fraca, patética, é p-por isso que D-dan se f-foi e meus a-amigos também, a-até mesmo meu próprio p-pai me odiava.

– Shhh, heei, não fale isso.

Eu á abracei fortemente e ela retribuiu, limpei suas lágrimas, ela parecia tão frágil, tão doce, tão pequena, queria protege-la de tudo e de todos.

– Eu não sei o que aconteceu no seu passado. - Eu sussurrava em seu ouvido - Você não precisa me contar agora, eu posso esperar, eu irei esperar por você para sempre se for preciso. - Acariciei sua bochecha - Não tenha medo, minha princesa, eu estou aqui, eu vou te proteger.

Ela se afastou, de seus olhos já não saiam mais lágrimas, suas mãos acariciavam meus cabelos, um doce sorriso em seu rosto, me aproximei lentamente de seu lábios avermelhados e a beijei. Um beijo doce, eu pedia mais e ela me dava, eu segurava seu rosto e ela bagunçava meus cabelos.

A deitei delicadamente sobre o telhado, sua pele era macia seus lábios tinham um sabor doce, era algo sensacional que nunca havia sentido a beijar uma garota antes. Eu juro para mim mesmo, eu farei o máximo para não vê-la chorar, para não vê-la sofrer, seu sorriso era minha droga e algo que acho que precisarei para toda minha vida.