Cinco dias no paraíso escrita por Cotton-Jeeh


Capítulo 7
O quê dizer?


Notas iniciais do capítulo

Oii, tudo bem? Desculpa a demora, mas ainda estou vendo quando vou poder escrever e postar, e provavelmente será as terças feiras. Tenho aula o dia todo, e terça feira trabalho o dia inteiro e chego meio cedo em casa, então meio que consigo escrever. Estou com crise criativa também, aceito sugestões, o que vocês gostariam de ver?
Desculpa a demora e boa leitura :D
P.S: não revisei o capitulo, mals aê!



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POV Maxon

– Pai! – senti alguém me cutucar o braço – Pai, acorda! – um tanto relutante abri os olhos e vi Ambe ajoelhada ao lado da cama, com as mãos apoiadas na beirada do colchão – Bom dia, papai.

– Bom dia, querida. Está tudo... – bocejei – bem?

– Está sim. – Ambe olhou a janela, onde um teimoso raio de sol passava pela cortina – Eu queria saber se eu posso deitar aqui com você e com a mamãe?

– Mas é claro que pode! – eu fui para o meio da cama e Amberly deitou aonde eu estava antes e eu abracei minha filha – Gostou de brincar na praia ontem?

– Gostei, foi muito legal – ela virou o corpo e ficou de frente para mim – Eu gostei da praia, de fazer castelos de areia... gostou quando eu e o Harry fizemos o nosso castelo, pai? Ficou igualzinho – ela disse orgulhosa

– Ficou sim, filha – eu ri baixinho – Eu adorei, acho que você e Harry devem fazer muitos castelos.

– Pai?

– Sim, Ambe.

– Podemos descer para o café? – ela disse com a mão no meu queixo – Estou com fome.

– Eu também estou com fome... fome de mão de princesa! – eu disse e tentei morder a mão da minha filha, de brincadeira. Ambe deu um gritinho e riu alto. Eu ri com ela

– O que esta acontecendo? – América se levantou com um pulo. Ambe e eu olhamos para ela, com os cabelos completamente bagunçados, e voltamos a rir – Ei, do que vocês estão rindo?

– Mãe, seus cabelos estão uma bagunça! – Ambe sorriu

– Os seus também mocinha – América riu – E meu beijo de bom dia?

Ambe se jogou por cima de mim, e se esticou até América e lhe deu um beijo.

– Agora, podemos descer para o café, por favor? – Ambe disse ainda esticada na cama

– Claro que podemos! – eu disse levantando Ambe e a entregando para América – Vá se trocar com a mamãe, e eu vou fazer o café. – eu me levantei com uma sonora risada da minha filha.

– Você vai fazer o café, papai? – ela disse ainda rindo

– Vou sim, senhorita – respondi sorrindo e dei a volta na cama – Bom dia, meu amor – eu disse para minha esposa e a beijei.

– Bom dia – América respondeu sorrindo – Eu já desço para te ajudar.

– Tudo bem – eu sorri e fui até o armário, peguei uma regata e desci para a cozinha.

Hoje começamos o dia na piscina, América e eu estávamos tentando ensinas nossos filhos a nadar, Ambe estava se saindo bem e Harry preferia pular na piscina e levantar o máximo de água que conseguia.

– Harry, vem aqui – eu estava a beira da piscina e meu filho veio correndo em minha direção pelo lado de fora – Filho, o que nós falamos sobre correr?

– Desculpa, pai! – ele disse e parou de correr, mas estava andando o mais rápido que podia e logo chegou a mim – Cheguei – ele sorriu. O sentei em meus ombros – Mamãe, olha!

– Sim, querido? – América e Amberly se viraram para nós

– Eu sou grande! – Harry ria erguendo os braços

– Harry, como você está grande! – América se aproximou de nós sorrindo , se abaixou um pouco na água – Está maior que eu!

– Pai eu também quero! – Amberly pediu sentada a beira da piscina.

– Daqui a pouco será sua vez, Ambe. Espera um pouquinho, ta? – América disse, se aproximando de Amberly

– Tudo bem, eu espero – Amberly respondeu. Continuei brincando com Harry por mais alguns minutos, com América e Amberly nos observando.

– Pai, posso ser grande de novo? – Harry perguntou, enquanto América o ajudava a sair dos meus ombros, e o sentou ao lado de Amberly.

– Pode sim, amanhã – respondi a meu sorridente filho – Vem, Ambe, sua vez.

– Pai, posso perguntar uma coisa antes? – ela pediu, olhando para os próprios pés.

– Pode sim, Ambe. – respondi?

– Porque você tem riscos nas suas costas? Você se machucou, papai?

Um frio glacial tomou conta de mim, e pela primeira vez eu não sabia o que dizer para a minha filha.

POV América

Fiquei paralisada, não movi um único músculo naquele momento.Maxon estava lívido, branco feito uma folha de papel, totalmente tenso, apreensivo. Acho até que esqueci de respirar por alguns segundos.

– Pai, ta tudo bem? – a voz de Amberly me fez respirar de novo. Desviei meu olhar de Ambe para Maxon, e vi em seus olhos pânico, pela primeira vez e então percebi que ele também não sabia o que fazer. Maxon sempre sabia o que fazer.

– Ta tudo bem sim, filha – eu respondi, sem nem perceber as palavras saírem da minha boca

– Então me responde, por favor? – Amberly perguntou inocente, ela era apenas uma criança curiosa, como qualquer outra.

– Ambe – me aproximei dela – Esses riscos nas costas do seu pai, é uma história muito, mas muito complicada, entende?

– Coisa de adultos... – ela disse – Vocês nunca vão me contar, né?

– Nós podemos te contar sim, querida – eu disse – É uma história bem complicada, e você vai ter que crescer mais para poder entender. Mas, o que eu posso dizer, é que esses riscos nas costas do seu pai, mostram como ele foi um príncipe muito, muito forte antes de ser rei. Mostram também como ele se tornou a pessoa incrível que ele é. – Amberly não parecia ter entendido muito bem o que eu havia dito... eu também não entendi na verdade, não a condenava – Eu sei que é confuso agora, Ambe, mas um dia você vai entender. – eu acariciei o rosto da minha filha com as mãos.

– Amberly – ouvi a voz de Maxon e o senti se aproximando de mim. Ele pegou as mãos de Amberly, e a olhou fundo nos olhos – Eu não gosto de falar sobre isso, sobre a resposta da sua pergunta, mas eu prometo á você que eu vou te contar a história sobre isso, vou responder todas as suas perguntas, mas agora eu não posso.

– Porque, pai? – Amberly perguntou

– Primeiro, eu não sei como te explicar, é algo muito complicado – Maxon fez uma pausa, e eu senti Harry tocar meu braço, pedindo colo. Eu o atendi – E segundo, porque você ainda é muito pequena para entender, mas um dia eu te conto. Eu prometo.

– Promete? – ela ainda parecia relutante em não aceitar as palavras do pai

– Um rei nunca quebra uma promessa, filha – Maxon respondeu e Amberly pareceu satisfeita – Me da um abraço, querida?

– Sim, pai! – eles então se abraçaram.

– Maxon, você pode dar uma olhadinha no Harry? – perguntei enquanto Amberly se acomodava nas costas do meu marido

– Sim, esta tudo bem? – ele perguntou

– Esta sim, só preciso entrar um pouquinho – ele não pareceu acreditar em mim – Preciso tirar a carne do freezer.

– Tudo bem, vai la – ele disse, ainda não muito crente em mim.

Sai da piscina e me sequei rapidamente, fui direto para o interfone que ficava em uma coluna que separava a cozinha da sala

– Alô

– Carter, é América – eu disse olhando meu marido e meus filhos na piscina – Será que a Marlee pode ficar com as crianças para mim agora a tarde?

– Claro que sim, aconteceu alguma coisa? Está tudo bem? – ele parecia preocupado

– Está tudo bem sim, só preciso que a Marlee me faça esse favor, pode ser?

– Sim, eu busco Amerbly e Harry por volta das 13h.

– Muito obrigada, Carter. Tchau – desliguei o interfone.

Algumas horas depois, Carter chegou para buscar meus filhos. Amberly e Harry estavam muito animados com a idéia de passar a tarde brincando com Eduard e Marlee, eles por sinal, estavam adorando, Carter disse que Eduard ficou encantado com o mar.

– Você fez isso para que eu fale sobre o assunto? – Maxon disse ao meu lado, na porta vendo nossos filhos de mãos dadas com Carter.

– Você não precisa falar se não quiser. Você sabe disso. – me virei para ele e o beijei rapidamente, e o puxei pela mão – Fiz isso para você relaxar um pouco, para esquecer o assunto... para fazer o que quiser, na verdade.

– Obrigado – Maxon deu um sorriso sem humor, enquanto nos deitávamos na rede que ficava na varanda.

Ele se aconchegou no meu colo e eu fiquei fazendo carinho em seus cabelos, ficamos em silêncio por um bom tempo, olhando para o nada.

– Amberly é muito esperta – Maxon quebrou o longo silêncio, ainda olhando para o nada

– Sim, ela é – respondi, desviando meu olhar para o mar, com meus dedos em seus cabelos

– Nunca esperava essa pergunta dela.

– Eu também não – respondi e voltamos a ficar em silêncio por algum tempo.

– Você se saiu muito bem, América. – olhei para ele confusa, meu marido apenas olhou para o horizonte – Quando tentou explicar sobre minhas cicatrizes.

– Ah, foi terrível! – eu disse levantando uma mão no ar

– Não, foi muito bom, de verdade – ele levantou a cabeça e me olhou

– Nem eu entendi a minha explicação – eu sorri – Mas tudo o que eu disse é verdade.

– Eu sei, obrigado – Maxon pegou minha mão, que estava próxima a seu braço e a beijou – Eu fiquei paralisado, meu corpo ficou frio de repente... entrei em pânico, literalmente eu não sabia o que fazer.

– Então somos dois, eu esqueci de respirar – eu disse e ele soltou uma sonora gargalhada – Você acha engraçado isso? – perguntei fingindo estar brava

– Sim, eu gosto de fazer rainhas perderem a respiração – ele riu e eu dei um tapinha em sua cabeça

– Você, ou seus filhos? – perguntei rindo

– Os dois – ele respondeu rindo e voltamos a ficar em silêncio por um tempo – Ela não vai esquecer essa promessa – ele afirmou

– Nunca – eu concordei veementemente

– Quando chegar a hora certa, eu vou cumprir minha promessa – ele disse sério

– Eu sei que vai – eu disse enfiando meus dedos em seus cabelos novamente – Sabe o que vem depois?

– O que?

– ‘Como eu nasci?’, ou então ‘De onde vem os bebês?’ – eu disse rindo

– Então acho que devemos começar a pensar em respostas – ele disse sorrindo

– Você deve! Você vai ter que responder essa, vai ser sua vez – eu ri

– Tudo bem, você me livrou de uma pergunta, eu te livro de outra – Maxon pensou um pouco – parece bastante justo para mim – ele riu

Passamos o resto da tarde assim, deitados na rede, olhando para o mar falando sobre como as crianças são mais espertas do que nós adultos pensamos, lembrando de como entendíamos as coisas que aconteciam ao nosso redor quando éramos crianças. Depois do por do sol, Marlee apareceu com Amberly, Harry e Eduard. Eduard estava muito feliz por ter brincado com Ambe e Harry durante a tarde e o convidei para passar a tarde conosco no outro dia, pedi a Marlee que avisasse a Carter que ele estaria de folga amanhã, e que era para eles curtirem um dia todo só para eles. Especifiquei que era uma ordem. Maxon me ajudou a dar banho e o jantar para nossos filhos, que estavam particularmente famintos. Depois de pegarem no sono com a história que contamos para eles, nós fomos para o quarto terminar aquele longo dia.


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Notas finais do capítulo

Merece cometários?



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