Moço, ela é ele escrita por Walker Sophia


Capítulo 1
Capitulo Único


Notas iniciais do capítulo

Algo que me veio a cabeça sem saber o porque ¬.¬
Bem... Só escrevi...
Desculpe-me pelos eventuais erros e a fic mega moe ¬.¬
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/530246/chapter/1

Moço, ela é ele

Capitulo Único

Eu me vestia como homem e agia como um, e você, fora a primeira pessoa a enxergar-me como uma mulher.
E independente de qualquer coisa, me amara sem se importar com meu sexo.

---- 2718Fem ----

Era seu primeiro dia de aula em uma nova escola. Seria seu primeiro dia no primeiro ano do ensino médio, e mesmo conhecendo algumas pessoas daquele local, que no ano anterior também cursaram consigo o ensino fundamental, estava nervoso. A ideia de ir para uma nova escola, uma nova classe, lhe dava um frio na barriga.

Suspirou, passando a mão por seu cabelo acastanhado, e ouvindo seu melhor amigo gritando em plena rua, com um timbre de voz ríspido e deveras alto, com seu outro melhor amigo, esse somente ria do jeito um tanto quando explosivo do outro. Suspirou, soltando um risinho abafado, já estava acostumado com aquilo. Seus dois melhores amigos olharam para si, antes de explodirem uma risada. Algumas mais retraídas que outras.

Distraídos, mal viram quando chegaram a frente ao prédio escolar, para encararem um primeiro dia de aula. Entreolharam-se. Pelo menos estavam na mesma classe, como em todos os anos ocorriam. Levemente tensos, entraram no território escolar, tendo noção de irem para o auditório do local, onde ocorreria a apresentação dos calouros e os veteranos.

Faltava cerca de cinco minutos para a apresentação, e logo trataram de apertar o passo para que pudessem chegar a tempo da introdução dos novos alunos. Em meio a caminho, olhou distraidamente para o terreno da escola, vendo o quão grande e harmonioso o local era.

Olhou para um canto, onde algumas árvores agrupavam-se, e dentre as mesmas, visualizou uma garota de cabelos negritos e curtos, com olhos metálicos, a mesma brincava com alguma folha de coloração rosada em sua mão. Pode identificar como uma pétala de Sakura. Encarou-a por alguns segundos, enquanto passava, e quando iria virar novamente seu rosto para frente, os olhos metálicos da menina chocaram-se contra o seu. Ficara um pouco constrangido, e com isso, não tardou para que realmente voltasse-se para frente.

***

Quando dera o horário do termino de entrada de estudantes da escola, a porta do auditório fora fechada, e o começo das apresentações logo começaria, suspirou. Quase não chegara a tempo, junto com seus amigos para presenciar aquele momento. Fora realmente por pouco, e até mesmo podia ouvir uns risos nervosos de um, juntamente com alguns muxoxos de outro. O mesmo pensamento, possivelmente, ocorria em suas mentes.

Quando se dera conta, que aquele não era o momento para ficar divagando, o diretor já estava falando, fazendo sua apresentação, com um olhar que lhe dera arrepios, juntamente a explicação de algumas regras, e também, a apresentação de alguns clubes mais importantes e premiados da escola, que digno de passagem, não foram poucos. O último a ser falado fora o comitê disciplinar, e o diretor também havia chamado o líder do mesmo.

- ... Hibari Kyoya – o nome em que o diretor falara lhe ecoara em sua mente, e quando seus olhos chocaram-se em direção a menina que vira mais cedo. Os cabelos curtos espalhados por seu rosto, os olhos em um tom azulado acinzentado gélido, os lábios finos e rosas, pele esbranquiçada, com uma calça negrita. Uma blusa social branca por dentro de um casaco negro jogado em cima de seus ombros, e uma braceleira avermelhada por cima de sua camisa branca.

Ficara olhando fixamente para a garota, e às vezes poderia vê-la direcionando o olhar para si, antes de rapidamente virar. Mas mal percebia aquilo, estava vidrado na voz fina e melodiosa que a mesma deixava escapar por entre seus lábios, enquanto falava palavras ríspidas e que poderiam dar medo até mesmo em um adulto.

- Jyuudaime, vamos logo – talvez estivesse pensado de mais. Nem se dera conta quando o termino das apresentações chegara, e logo tinham de ir para classe. Sorriu constrangido, antes de segui-los para sua turma, mas não sem deixar de divagar. Por que a estranha garota vestia o uniforme masculino da escola?

***

Duas semanas

Parara em classe para falar com uma de suas melhores amigas, Miura Haru, com isso, pedira para que seus dois melhores amigos, Gokudera Hayato e Yamamoto Takeshi, fossem de frente para o refeitório e guardasse uma mesa para que pudessem comer tranquilamente o obento.

Quando terminara de falar com a menina de cabelos acastanhados, que marcara um encontro para que pudessem comer um bolo e consecutivamente, conversarem sobre um assunto especial da pequena Miura. Fora por isso que os olhos castanhos com detalhes lilases lhe imploraram por uma conversa em particular, sem que o Gokudera e o Yamamoto escutassem.

Sorriu, antes de despedir-se da menina, e correr pelos corredores para o refeitório, enquanto pensava no quão contraditório poderia ser a Miura estar apaixonada por um de seus amigos. Perdido em meio aos seus pensamentos, e perguntando-se como poderia ajudar a pequena Haru a aproximar-se dele, mal vira quando uma tonfa parara a centímetros de sua barriga.

- Correr nos corredores é contra as regras, herbívoro. – a voz fina soara, mesmo que o tom usado pelo seu usuário fosse para intimida-lo. Entretanto, aquele timbre, que em sua mente soava mais doce do que deveria ser, não poderia fazer com que tivesse medo, somente uma estranha dor em seu estomago. Algo que deveria ser as famosas borboletas, e que somente era uma maldita metáfora. Pareciam mais com estranhas facadas no estomago.

Ergueu a face, e seus olhos acastanhados encontraram-se com o os gélidos azuis metálicos com o da menina a sua frente, que encarava-o, como se estivesse pronto para mata-lo, e talvez realmente estava. Perdeu-se em devaneios observando-a, aquele rosto perfeito. Principalmente os lábios. Mordera os seus próprios enquanto seus olhos encontravam-se com o rosado brilhoso daqueles lábios. E focando-se naquilo, mal pudera desviar quando uma tonfa viera em direção a sua cabeça.

- D-Desculpe-me! – pedira enquanto pulava para o lado para desviar do ataque, e logo em seguida abaixando-se em uma pose para pedir clemência à mulher a sua frente. Entretanto, não teve uma resposta dialogada, somente mais um ataque físico, e enquanto desviava daquele golpe, poderia entender que seu pedido de desculpas fora negado.

Teve de desviar de mais uma serie de golpes, e quando finalmente conseguira segurar as duas tonfas da mão da garota a sua frente, pensando que poderia relaxar com os novos possíveis ataques que a mesma iria lhe acertar, surpreendera-se quando a mesma largara de suas armas, e formosamente a mesma esticara uma de suas pernas, acertando-lhe um chute, doloroso, em seu braço. Com o impacto acabara por cair, largando as tonfas, que logo foram pegas pela mulher.

- Lute, herbívoro – a menina estava zangada. Não entendia o porquê do garoto nem se quer tentar lhe acertar um golpe, e pateticamente, somente interceptara cada um de seus golpes. Tal fato, juntamente a ira de ter alguém lhe detendo seus golpes que quase nunca falhavam, somente fizera com que sua ira aumentasse drasticamente. Queria acerta-lo mais que nunca.

- D-Desculpe-me – comentara enquanto se levantava do chão, massageando a parte em que seu braço fora acertado. Aquele chute doera, e muito. – É que... E-Eu não gosto de bater em mulheres – corou. Aquilo poderia ser uma ofensa para a Hibari, afinal, era certo tipo de machismo, mas aquilo realmente o deixava desconcertado.

- Tsch – viu a menina ter suas bochechas um pouco rosadas, enquanto suas tonfas eram guardadas em qualquer lugar, assustando-o, e a mesma saía do corredor, com passos furiosos, para qualquer canto da escola. Suspirou. Aquilo realmente deveria tê-la ofendido. Não era sua intensão, mas não queria realmente acertar um golpe no primor a sua frente. Poderia até mesmo ser um pecado.

***

Massageou seu braço pela milésima vez durante o intervalo, sentindo-o latejar dolorosamente. Provável que por de baixo da fina camada esbranquiçada de sua blusa, havia um enorme arroxeado derivado do golpe. E talvez, até mesmo merecia tal ataque por magoar a garota.

- Aconteceu alguma coisa, Tsuna? – Takeshi perguntara assim que vira o castanho menor alisar mais uma vez seu braço, com uma leve careta de dor brincando em sua face. Assim que a voz de Takeshi soara pela cabeça de Tsunayoshi, o moreno retirara-se de seus pensamentos, fitando o maior. Estava pensando de mais nesses últimos tempos.

- Acabei quebrando algumas regras, Hibari-san acabou me acertando um chute no braço – comentara um pouco envergonhado, coçando uma de suas bochechas, que tinham um tom avermelhado sobre elas e com um sorrisinho tímido espalhando-se sobre seus lábios.

- O que? – Hayato falara um pouco alto de mais, batendo suas mãos contra a superfície da mesa, chamando a atenção de algumas pessoas a sua volta – Por que não revidou, Jyuudaime? – perguntara indignado. Sabia que se o menor quisesse, poderia ter ao menos, segurado todos os golpes que iriam acerta-lhe. Bater, talvez não iria fazer, afinal, o castanho era benevolente de mais para o seu próprio bem.

- Eu tentei desviar dos golpes – a garota era realmente muito boa para que o pequeno Sawada somente ficasse desviando-se. Uma hora ou outra acabaria sendo machucado. E realmente fora – Sabe que não gosto de bater em ninguém... – falara um pouco constrangido, vendo os olhos esverdeados do Gokudera brilhar e o sorriso do Yamamoto aumentar – Muito menos em mulheres... – a última parte fora um sussurro, mesmo assim, audível para os seus dois melhores amigos que estavam perto de si.

- Mulheres? – os dois perguntaram em uníssono, curiosos, franzindo, cada um, uma de suas sobrancelhas. Logo que Tsuna ouvira a palavra em tom interrogativo provindo dos lábios de seus amigos, entranhara, mas não tardou em conformar com um aceno de cabeça, fazendo-os se entreolharem, um tanto quanto confusos.

- Tsuna... – começara Yamamoto, com um sorriso encabulado em seus lábios – Temo em te dizer... – hesitou antes de continuar, vendo que o Gokudera com plena certeza não ria falar nada. Quem era o albino para corrigir seu amado Jyuudaime? Mesmo que achasse o que Takeshi estava fazendo um desacato ao Sawada, deixaria-o o continuar. Só dessa vez – Hibari é um homem – completara.

Tsunayoshi arregalou os olhos, e levou uma de suas mãos em frente a sua boca. Estava errado? Aquela ‘mulher’ em que acabara de levar um chute era realmente um homem? Não parecia. O mesmo tinha um jeitinho feminino de mais para aquilo, fora que sua cabeça estava apitando que seus dois melhores amigos estavam errados. No entanto, parecia que os dois tinham realmente certeza daquilo. Poderia realmente ser?

***

Uma semana

- O que faz aqui, herbívoro? – perguntara ao acastanhado assim que o mesmo chegara a frente a sua porta, e depois de três batidas na mesma, abrindo-a sem que nem mesmo desse permissão para tal ato, que em sua opinião, era um insolente por de mais. Talvez aquele herbívoro precisasse ser mais disciplinado que os outros.

- B-Bem... – corara enquanto entrava na sala, e sentava-se sobre uma das poltronas amareladas da sala do comitê disciplinar, vendo o homem a sua frente erguer uma de suas sobrancelhas negritas – E-Eu queria te ver – respondera. Era termino das aulas, e pelo o que sabia, poderia ficar vagando pela escola por mais ou menos uma hora sem que quebrasse alguma regra.

- Me ver? – sorriu irônico. E inconscientemente levara a caneta entre seus dedos para seus lábios, encostando o material levemente sobre a superfície fina, lisa e rosada do mesmo. Tsuna encarou-o, enquanto estapeava-se mentalmente. Ainda não conseguia ver o garoto a sua frente como um homem. Ainda, em sua opinião, era uma mulher, uma adorável dama.

- Sim... – sorriu encabulado, vendo o sorriso nos lábios do outro cada vez mais aumentar de tamanho, mesmo que ainda fosse algo sarcástico e que não deveria ter sido retribuído com um gentil do pequeno moreno. Mas bem, Tsuna pouco se importava – Meus amigos me disseram que você... – hesitou em continuar enquanto suas bochechas ficavam cada vez mais rubras – É-É um h-homem... D-Desculpe-me por ter te chamado de mulher – pedira educadamente, e de canto de olho pode ver o sorriso que o outro lhe dera cada vez mais amplo, mesmo que ainda pudesse ser pequeno para os padrões normais.

- Não há problemas – e fechando a face, o garoto voltara seus olhos para os papeis a sua frente, esperando que o Sawada, que já tinha terminado de fazer o que tinha de fazer ali, ir embora. Entretanto, o mesmo não se movera de seu lugar, somente continuara a observar meticulosamente seus movimentos.

***

Cinco dias

Durante cinco dias, o Sawada continuara a aparecer em sua sala. O observava atentamente, durante o período de uma hora, e quando o sinal tocava, anunciando que o termino do período extra dos cursos chegara ao fim, o mesmo levantava-se do sofá e despedia-se de si, com um breve adeus, antes de ir embora. Parecia que para Tsuna observa-lo era como se fosse sua atividade extracurricular. E o mais esquisito, era que aquilo tudo não lhe dava nos nervos, era até mesmo agradável.

No entanto, hoje iria fazer diferente. Queria saber o porquê de o menor estar lhe observando todos os dias. Talvez fosse provoca-lo um pouco, gostava de ver o jeito atrapalhado que o mesmo às vezes adquiria, atropelando-se em algumas palavras e ficando com a face um pouco rubra. Fora retirado de seus pensamentos assim que a porta do local fora aberta, e Tsuna entrara por lá.

O mesmo sentara-se no sofá, de frente para si, começando a lhe observar, e por enquanto, começara a agir normalmente, lendo e assinando alguns papeis a sua frente, que compunham uma enorme pilha de folhas pronta para serem lidas, assinadas e carimbadas. Em sua opinião, uma chatice, mas alguém tinha de fazer.

Não muito tempo depois, levantara-se da cadeira, indo em direção a um pequeno criado mudo no canto da sala, onde alguns copos estavam sobre o mesmo, juntamente a algumas latinhas de chá verde. Não era o mesmo que chá caseiro, mas por enquanto, dava para o gasto. Tsunayoshi o olhava, até ali, tudo estava normal.

As coisas somente saíram dos conformes quando Kyoya aproximara-se do acastanhado, sentando-se à mesa de centro que ficava em frente ao sofá em que o Sawada sempre se sentava. Tsuna parecia olhar atentamente para suas ações, enquanto tomava um gole do chá em sua xicara.

- Porque vem aqui todo o dia? – em um dia normal, ninguém nunca poderia presenciar a cena de ver Hibari Kyoya cortando um agradável silêncio, e iniciando uma conversa harmoniosa com um individuo. Mas aquele dia não era para ser normal. Ao menos, o seu fim.

- Quero te ver – respondera simplesmente, observando atentamente o garoto a sua frente, de pernas cruzadas, postura ereta e com a xicara de chá frente aos seus lábios. Não importava o quanto o observasse, medisse seus atos, e meticulosamente o analisava, não via em hipótese alguma um homem a sua frente. E tentar realmente adaptar-se ao sexo de Kyoya, era um dos motivos para que o levasse ao vê-lo diariamente.

- Por acaso é gay? – perguntara na cara dura, tentando manter a pose seria, enquanto via as bochechas do Sawada serem tomadas por um tom intenso de vermelho, e o mesmo virando a face um pouco de lado. Queria sorrir sarcasticamente, mas antes, queria continuar seu pequeno teatro – Está apaixonado por mim? – perguntara descruzando as pernas e colocando a xicara de chá na mesinha na qual estava sentado.

- R-Realmente? – o Sawada perguntara, voltando a encara-lo de frente, e visualizando o garoto com um pequeno curvar irônico em seus lábios. Por algum motivo, aquilo o enlouquecia – Estou – e no segundo seguinte, o Hibari estava sentado no colo do Sawada, com as pernas entreabertas, cada uma de cada lado do corpo do acastanhado, e com os lábios sendo tomado delicadamente por Tsunayoshi.

O mesmo não tardou a pedir passagem por sua boca, e assustado de mais para ter qualquer reação, deixara a língua do menor adentrar em sua boca, explorando a mesma, sentindo o gosto do Hibari. Aos poucos, recuperando-se do susto, timidamente começara a retribuir o beijo do Sawada, sentindo uma estranha sensação deleitável. Somente separaram-se quando a falta de ar fez jus.

- Você é realmente um garoto? – perguntara, observando o rosto corado e ofegante do menor a sua frente, com os olhos metálicos, quase sempre gélidos, demostrando algum sentimento sem ser a frieza que sempre abrigara.

- Nunca disse que era um – e com aquela resposta, escondera seu rosto na curva do pescoço do Sawada, e enquanto suas mãos apertavam a fina camada esbranquiçada do tecido da camisa do único adolescente masculino da sala. Tsunayoshi riu, e brincou com os cabelos negritos da garota. Os adjetivos por agora, tornar-se-iam novamente femininos.

***

Três semanas

Depois de compartilharem o primeiro beijo, Tsunayoshi continuou com sua rotina de visitar a Hibari em sua sala. Sentava-se no sofá como o de costume, observando-a atentamente, e percebendo, que vez o outra, Kyoya olhava para si, antes de abaixar o olhar um pouco envergonhada. Era adorável.

Vez ou outra, mudando a rotina, a menina também se sentava de seu lado, encostando a cabeça em seu ombro, recebendo um doce ofego sobre seus cabelos curtos, quando os seus lábios não estavam juntos em mais um beijo apaixonado.

Entretanto, dessa vez, as caricias não seriam feitas sobre o território da escola. Tsuna e Kyoya iriam para seu primeiro encontro, e o acastanhado, estava esperando-a sentado em um banco no parque de Namimori. Havia sido demasiadamente complicado convencer a garota a sair consigo ao menos uma vez.

- Tsunayoshi – fora retirado de seus pensamentos quando ouviu a voz doce de sua dama chamando-lhe. Ergueu o rosto, observando-a, e ficando encanto com a cena que via. Pela primeira vez estava vendo a Hibari vestida com uma roupa feminina, sem ser aquele uniforme masculino do comitê disciplinar, e estava incrivelmente bela. Talvez fosse a incrível beleza de sua namorada que a deixava impecável de qualquer jeito.

O vestido rosa de manga curta, com um decote circular em seu busto, seguia solto sobre sua cintura fina e tinha o comprimento até o termino de suas coxas, balançando levemente com o vento. Havia por cima da peça rosada, um casado branco, dando um charme ao look. E por termino, sapatilhas brancas com detalhes rosinhas na mesma.

- Linda – deixou escapar por entre seus lábios, hipnotizado pela a perfeição a sua frente. A menina sorriu, pequeno, com as bochechas um pouco avermelhadas, virando o rosto para que o Sawada não visse seu constrangimento e alegria.

- Prefere-me vestida com o uniforme ou assim? – perguntara, virando o rosto novamente em direção a Tsunayoshi, com a face indiferente de sempre, e esperando uma resposta do acastanhado, que sorriu. Somente fizera a pergunta para ter uma ideia do que se passava na mente do mesmo.

- Contanto que esteja comigo... – pegara-a pela a cintura, juntando os corpos, próximos em demasia, e as faces a centímetros uma das outras, com as respirações misturando-se, com o espanto presente no rosto da Hibari – Tanto faz – e completando a frase, colora os lábios em mais um beijo apaixonado. A morena corara violentamente com a resposta.

***

Uma semana

- Tsunayoshi... – Kyoya lhe chamara, com a cabeça encostada em seu ombro. Estavam sentados na sala do comitê disciplinar, e não tardaria para que os sessentas minutos extracurriculares logo chegassem ao fim. Quando Tsuna se virara na direção da morena, a mesma desgrudara sua cabeça do ombro do Sawada, encarando-o seriamente. – Estão ocorrendo rumores de que estamos namorando – explicara, com a face neutra, mesmo que por dentro estivesse um pouco constrangida e repreendendo-se por estar falando aquilo – Vão começar a te chamar de homossexual, e talvez eu devesse me-- - fora interrompida antes mesmo de completar sua frase por um encostar de lábios do acastanhado.

- Relaxa – o castanho sorriu, fazendo-a ficar levemente vermelha, e desviando o olhar, tentando evitar que Tsunayoshi o visse assim – Não é como se eu me importasse – respondera, brincando com os fios de cabelos negros, que haviam crescido um pouco, de sua namorada.

- Tem certeza? – perguntara, queria garantir. Depois o castanho poderia arrepender-se daquilo, e não havia necessidade de deixa-lo sofrendo bullying somente por uma acomodação sua. Claro que ninguém iria lhe enfrentar, ou ao menos, não em sã consciência, já que era temida, mas o mesmo não ocorria com seu namorado desastrado.

- Sim – sorriu ainda maior, antes de fechar um pouco a cara – Afinal, se descobrissem que você é essa mulher adorável, eu teria que surrar muito marmanjo por aí – comentara enquanto sorria malignamente, estalando os dedos de cada uma de suas mãos.

- Não sabia que era ciumento – e muito menos que aquele sorriso sádico que o Sawada dera poderia causar arrepios em qualquer um, e mesmo ela não escapara, mas aquela última parte não ria dizer em voz alta, tinha certo orgulho a preservar. Talvez não devesse se preocupar muito com o castanho, lembrava-se de que o menor era bom de luta, e com esse lado sádico que acabara de demonstrar... Sua preocupação deveria ser atoa.

- Não sou – respondera, e Kyoya o encarou sarcasticamente, com uma de suas sobrancelhas arqueadas. – Só preservo o que é meu – virara o rosto levemente encabulando, com um pequeno bico em seus lábios e as bochechas infladas.

E com aquela simples ação, pela primeira vez em seu namoro, Tsunayoshi ouviu o som da risada melodiosa de sua namorada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem... Deve estar ruim...
Sei lá...
To com sono...
Dormi horrivelmente ontem com um carro tocando funk até as quatro da manhã enfrente a casa da minha vó...
Oh shit... Como eu queria ter um Death Note...
Bem, boa noite...
Por que eu vou cair na cama e dormir ♥
Bye~Bye~~