Save Me escrita por C0nfused queen


Capítulo 3
Capítulo 3.


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada pelos comentários e pelas várias visualizacoes, serio fiquei muit feliz de ontem para hoje a história teve 120 vizualizacoes eu estou muito feliz :)
esse capítulo é dedicado a Percabeth20, Thalia Pevensi e SasaCrazy, minhas princesas lindas:)
continuem comentando e espero que gostem.



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A noite estava escura, o céu de São Francisco encontrava-se decorado por um grande número de estrelas, algo digamos até um pouco incomum, o vento corria, chacoalhando árvores, fazendo meu corpo estremecer assim que saí de meu carro, tudo estava bastante quieto, calmo, bastante diferente da agitação do centro da cidade, onde se encontrava meu apartamento, apertei o botão nas chaves do carro e pude ouvir o alarme ser acionado, enquanto caminhava em direção a entrada de minha antiga casa, preparando-me para aturar um sermão por parte da minha mãe, me permitir me apegar aos detalhes, pouco havia mudado desde que saí de casa, ainda era a mesma residência de madeira clara, janelas amplas, tornando o local bastante iluminado pela manhã, assim como as várias flores e árvores que minha mãe plantava desde que eu era apenas uma criança, as luzes estavam acesas, pela vidraça pude ver minha mãe correndo de um lado para o outro com o telefone em mãos, fechei meus olhos quando parei na varanda, onde eu costumava correr, me divertir, e calmamente bati na porta.

Por um momento fez-se silencio, até que pude perceber passos se tornando cada vez mais e mais próximos, chocando-se contra o assoalho de madeira, a porta foi destrancada e minha mãe, com uma expressão nada agradável me convidou a entrar.

–Sinto muito... – me apressei em dizer antes que ela começasse a tagarelar o quanto o trabalho me consumia, o quanto eu era infeliz, ou como ela queria ver seus netinhos correndo pela varanda assim como eu fiz um dia. – Estou cheia de problemas no hospital mãe... Não posso simplesmente abandonar tudo. – ela me fitou com um olhar de desaprovação, mas contrariando tudo que eu poderia esperar dela naquele momento ela me abraçou.

–Fico feliz que tenha vindo. – a encarei confusa, até perceber meu pai parado na outra extremidade do corredor, ele com certeza tinha algo a ver com a súbita calma de minha mãe.

Ela seguiu em direção a cozinha com suas botas produzindo um som engraçado enquanto ela caminhava, meu pai ajeitou seus óculos e veio em minha direção.

–Então... Como estão as coisas filha? – ele perguntou meio sem jeito, obviamente tentando quebrar o silencio que se formara.

Comecei a tagarelar com ele sobre como haviam surgido diagnósticos cada vez mais estranhos e da possibilidade de uma promoção, enquanto falava deitei-me no sofá de coro que decorava a aconchegante sala, com uma lareira ao canto e muitos e muitos livros e outros utensílios decorativos espalhados por toda a casa, além do familiar cheiro das plantas de minha mãe, tudo aquilo era comum para a casa de professores, minha mãe ensinava história em uma escola pública, sua sala era composta apenas por adolescentes e meu pai era professor universitário, estava sempre tirando licenças para prosseguir com pesquisas ou publicar livros.

Minha mãe nos chamou da cozinha para que nos juntássemos a ela, tudo saiu como planejado, se havia algo que a minha mãe definitivamente não sabia fazer era cozinhar, sua comida sempre fora horrível, então quando chegamos duas caixas de pizzas já nos aguardavam sobre a mesa, nós a encaramos tentando conter os risos, mas sua expressão era bastante divertida, quase como se silenciosamente pedíssemos desculpas.

Comemos enquanto conversávamos animadamente, mamãe falava sobre seus novos alunos, ou sobre como era irritante ver os alunos passando pelos corredores completamente voltados para seus celulares, meu pai, no entanto falava sobre seu novo livro, contando-me vários fatos históricos que passavam despercebido por mim, que educadamente fingia ouvir enquanto com uma das mãos apoiando o queixo o fitava e a outra segurava uma fatia de pizza.

Assim que terminamos nos reunimos na sala, onde nossa conversa não parou por nenhum momento, eu conseguia perceber os vários porta-retratos que a decoravam, fotos minhas no colégio, em nossas viagens familiares e até mesmo uma mostrando a falha em meus dentes quando tinha seis anos, aquela foto sempre me trazia boas lembranças.

–Mas Annie... – falou minha mãe carinhosamente chamando minha atenção, arrancando-me de meus devaneios, fiz sinal para que ela prosseguisse. – Você falou apenas sobre seu trabalho, amor, e quanto a seus amigos, seu namorado. – mordi meu lábio inferior, odiava falar sobre aquilo, pois sabia onde aquela conversa iria acabar, em como eu levava uma vida infeliz e tediosa, também não gostava de falar sobre namorados, eu tinha sim relacionamentos, mas nunca duravam muito tempo, devido a minha exaustiva rotina.

–Bem eu, - fui interrompida pelo toque de meu celular e agradeci silenciosamente por isso, olhei no visor e reconheci o número de Piper, o que ela poderia querer uma hora dessas?

–Piper? – indaguei atendendo ao telefone.

–Annie... Sei que você está com os seus pais, mas eu preciso da sua ajuda. – ela falou um pouco chorosa, definitivamente algo estava errado.

–Tudo bem? – eu perguntei prevendo a resposta.

–Não Annie, não está nada bem. – ela se entregou ao choro, mas parando após notar que eu ainda aguardava uma explicação para tudo aquilo.

–Jason acabou de chegar com um amigo... – ela falou soluçando, temi que algo tivesse ocorrido a ele, afinal eles já namoravam há algum tempo e sempre saíamos juntos.

–E...? – a estimulei a continuar.

–O amigo dele sofreu um grave acidente Annie... Perdeu o controle do carro e o estado dele é muito grave, preciso de sua ajuda.

Enquanto ela falava eu reunia minhas coisas espalhadas pela sala de meus pais e me dirigia à saída, lançando a minha mãe um silencioso pedido de desculpas ao mesmo tempo em que indicava que tinha um problema bem mais sério acontecendo naquele momento, fiz um sinal para que ela entendesse que depois eu explicaria tudo e segui para o meu carro, destravando-o e entrando logo em seguida, despejando a minha bolsa, assim como meu celular sob o banco do passageiro ativando o viva voz.

–Ainda está aí? – perguntei a Piper enquanto ela soluçava incessantemente.

–Preciso que você o veja agora... – ela falou o nome dele. – já pedi para que entregassem a ficha dele assim que você chegasse.

–E qual é o nome dele? – perguntei enquanto virava a esquina.

–Ele se chama Percy... Percy Jackson.


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Notas finais do capítulo

Então??