Ele, ela e mais algumas mensagens escrita por Sofia Mellark


Capítulo 1
One-Shot


Notas iniciais do capítulo

Como disse nas notas da fic, é minha primeira one, já tenho uma long terminada e uma em andamento.
Amei escrever essa one e espero que gostem de lê-la do mesmo jeito que eu amei escrever *-*



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Eles trocam mensagens há meses.

É tudo simples se você olhar nesse ângulo, mas quando você procura os detalhes começa a achar os problemas. Afinal, pense comigo, ele é um garoto e ela é uma garota... desafiadora. Tem um jeito frio, calculista, inteligente ao extremo ao passo de que ele é lerdo demais, mas voltando a personalidade dela, também é mal humorada e é praticamente um enorme troféu fazê-la sorrir, na opinião dele, sem contar é claro com as oscilações de humor, em um dia ela está completamente feliz e a conversa flui, mas em certos dias a conversa é praticamente nula, já que ela acha defeito em absolutamente tudo, principalmente em suas piadinhas sem graça, um dia ele lhe contou uma história em que ficou preso em algas enquanto nadava e ela o apelidou de “Cabeça-de-Algas”, ele inconformado a chamou de “Sabidinha”. Como eu disse com suas oscilações de humor tinha dias que ela amava ser chamada desse jeito, enquanto em outros odiava.

Um desafio: descobrir em qual dia ela está de bom humor. Desafio esse que para ele era extremamente fascinante.

Já ela gostava de ser exatamente desse jeito, ela gostava de quando ele ficava preocupado quando ela estava de mau humor e gostava de perceber que era especial pra alguém. Mas ela apesar de todo esse mau humor é uma excelente companhia e o problema é que não é só ele quem pensa assim, ela tem vários outros amigos que concordam com a opinião dele. Irrelevante, ela pensa, são meus amigos, não gosto deles de outro jeito.

“Não gosto nem mesmo Dele desse jeito” ela pensou “Quer dizer... eu acho que gosto sim” ela começou um conflito interno, que não foi surpresa quando ela percebeu que não a levou em lugar algum. Ela parou de batucar seus dedos no vidro da janela e olhou para seu celular em busca de uma resposta. Suspirou ao perceber que não tinha nenhuma mensagem.

Permita-me explicar o que aconteceu. Ele teve mais uma crise de ciúmes e justamente na antevéspera da sua viagem de seis meses, também conhecida como a véspera da primeira vez que ele a encontraria pessoalmente depois de tanto tempo trocando mensagens. Mas não seria dessa vez, já que ela, meus Deus, não podia nem conversar com outros garotos! E por esse ciúme bobo e não tão bem explicado eles não iriam se encontrar mais.

Eles não tinham nenhum compromisso, mas já tinham se dado várias indiretas, indiretas essas que conseguiram penetrar na cabeça deles e deixá-los “apaixonados” um pelo outro. Bem... ele sabia que estava apaixonado, mas ela não tinha certeza. Mas o mundo é assim, uns sabem outros não. Ela sabia que não teria nada sério com ninguém no momento e se tivesse que ter alguma coisa com alguém seria com ele. Mas ele não sabia disso, ele achava que ela queria alguma coisa séria com alguém, mas tinha certeza que queria isso com qualquer um menos com ele.

“Por que as pessoas complicam tudo?” os dois pensaram ao mesmo tempo e depois suspiraram. Ela pensando do seu apartamento, já que tinha ganhado uma folga depois do mais novo e excelente projeto de arquitetura e ele do seu centro de pesquisa, já que estava se tornando um renomado biólogo marinho e tinha que deixar tudo pronto para sua viagem, onde finalmente poderia ver de perto algumas espécies que só existiam próximo à Austrália.

Ela podia ser a convencida, mas ele é sem sombra de dúvidas o mais ciumento. Não iria falar com ela enquanto não tivesse certeza de que seus outros amigos eram amigos e sabendo disso ela respirou fundo e passou pelo seu orgulho, pegou seu celular e mandou uma mensagem pra ele.

Sei que está zangado, mas queria te ver amanhã – A.

Ela achou que a resposta viria mais devagar, mas bem, ela não tinha imaginado que ele estava com o celular na mão pensando nela, pensando em como deveria falar com ela ou então se deveria mesmo falar com ela. “Qual é” ele pensava “Eu sou só um amigo, nem um pouco especial...”.

Mas ele é sim especial pra ela.

Não preciso dizer que foi uma surpresa para ele quando recebeu a mensagem, ele sorriu quando a leu, mas logo depois seu sorriso murchou, afinal, ela só queria vê-lo e não ficar com ele... com esses pensamentos a respondeu.

E por que quer me ver? – P

Ela bufou ao ler a mensagem e realmente pensou em contar a verdade, dizer que queria abraçá-lo e depois sentir seu cheiro e bem... talvez... se tudo desse certo... beijá-lo também. Mas ela não iria ser tão boazinha, não iria ser a “otária da relação” como achava que estava se tornando, então não respondeu a mensagem.

Ele bufou, uma hora, uma hora! Sem resposta. Se ela queria vê-lo porque então não o dizia o porquê. Ele ficou mais um tempo pensando sobre isso e decidiu, pela primeira vez na vida, que deixaria seu orgulho de lado, afinal, ele queria vê-la pessoalmente. Queria, como imaginara tantas vezes, tocar na sua pele macia e identificar o cheiro do seu perfume, depois abraçá-la e finalmente beijá-la.

Meu deus, encostar seus lábios nos dela, isso seria incrível, ele queria passar por todas as sensações que seu beijo o causaria, desde aquele frio no estômago, passando pela corrente elétrica e parando, ou devo dizer, só aumentando, com a sensação de não querer parar mais.

“Largue de bobeiras” pensou ele “Isso não vai acontecer”.

Mal sabia ele que ela queria exatamente as mesmas coisas.

Mas voltando ao ponto em que ele passava por cima de seu orgulho, ele enviou mais uma mensagem pra ela, dizendo a hora e o local em que poderiam se encontrar no dia seguinte e recebendo uma resposta positiva na mesma hora.

Então o dia chegou. A hora chegou e ela estava deslumbrante, nada formal, esse não era o gosto dela, então colocara uma calça jeans um pouco formal e uma blusa preta que a deixava com o corpo bem definido, mas nada muito exagerado. Calçou uma sapatilha vermelha e pegou uma bolsa vermelha combinando, logo depois desceu até a portaria onde esperava pegar um táxi e ir até o endereço combinado.

Erro dela.

Ela não precisaria de nenhum táxi porque ele estava ali, os dois pararam assim que se encontraram. Ela de choque por encontrá-lo ali e admiração, já o vira em fotos, mas nunca imaginou que seus olhos fossem de um verde tão intenso e brilhoso. E ele sem palavras, já que já a vira em fotos, mas nunca achou que ela conseguisse ficar tão sexy usando roupas simples e uma leva maquiagem que só realçava seus lindos olhos tempestuosos.

Ela finalmente saiu do transe e foi em sua direção e ele percebendo isso abriu seus braços, ela era mais baixa e teve que ficar na ponta dos pés para poder abraçá-lo, ele adorou ver isso e a apertou bem forte, ela enterrou sua cabeça no pescoço dele e inalou seu cheiro. Inebriante. Foi como se ela estivesse abraçando o mar, sentiu toda aquela tranquilidade e por trás da gostosa colônia masculina um excêntrico e excitante cheiro de maresia. Enquanto ele beijou o topo da sua cabeça e constatou que ela usava xampu de morango.

Quando finalmente se soltaram ela tomou coragem e falou.

-Você não tem que ter ciúmes de mim.

-E por que não? – ele perguntou. Os dois se encarando como se seus olhos fossem imãs.

-Porque... simplesmente porque não há motivos para isso – ela respondeu e agradeceu por não enrubescer fácil.

-Que bom então – ele disse e ela o encarou sem entender, ele então completou – porque se eu tivesse motivos para ter ciúmes seria preocupante, já que você é muito especial.

Então ele a beijou, sim, ele tomou a iniciativa, esquecendo-se de sua mais marcante característica: ser lerdo, e fez com que seus lábios encostassem, ela agradecida colocou as mãos em seus cabelos e aprofundou o beijo.

Estaria mentindo se dissesse que os dois não acharam esse o melhor beijo da vida deles, mas mal sabiam eles, que este seria apenas o primeiro dos muitos “melhor beijo da vida deles” que dariam, já que para eles, cada beijo novo que trocariam seria o melhor.

Quando finalmente pararam o beijo colaram suas testas e sussurraram o que ele já sabia há um tempo e ela acabara de descobrir.

-Eu te amo, Annabeth.

-Eu também te amo, Percy.

Terminada as declarações eles voltaram a se beijar.

E naquele momento ele se esqueceu do ciúme e ela de que ele ficaria longe por seis meses. O problema foi que logo depois ela lembrou disso e se afastou dele.

-E logo agora que descubro isso, vou ficar seis meses sem te ver, e se você conhecer uma australiana mais legal?

-Sabidinha, você é a única, achei que o ciumento aqui fosse eu.

-E é, Cabeça-de-Algas, e só que... – ela terminaria a frase se ele não tivesse colocado dois dedos em seus lábios a calando.

-Ficaremos seis meses afastados, mas quando eu voltar não sairei mais de perto de você – ele prometeu, logo depois bagunçou seu cabelos claramente nervoso e perguntou – quer ser minha namorada?

Nesse momento seus corações baterem rápido demais. Parecia que o coração de ambos iriam sair do peito.

Ela gostava de se declarar solteira, mas tinha certeza que gostaria mais ainda de falar que ele era dela.

Ele sabia o como ela achava a liberdade importante, mas precisava tentar, queria poder dizer que era namorado da garota mais incrível que poderia existir.

Depois de um tempo, completamente agonizante para ele e extremamente conflituoso para ela, ela respondeu.

-Eu quero.

E eles se beijaram pela terceira de milhões de outras vezes, sabendo que era só o começo de uma relação eterna.


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Notas finais do capítulo

E ai?! Gostaram?!
Não deixem de comentar e favoritar...
Bjs!! ♥



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