A Princesa Perdida escrita por Lexy Ferreira


Capítulo 29
Capitulo 27- Parte 01




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Pov. Bella

Emmett e eu voltamos ao palácio de Cullen antes do almoço. Emmett ainda me olhava de cenho franzido. Resolvi perguntar:

– O que foi Emmett? Algum problema?

– Não Bella, é que é estranho ver uma garota que monta melhor do que seus soldados... - dei uma gargalhada com o que ele disse.

– Não exagere Emmett- Falei revirando os olhos.

– É sério Bella. Você tem uma capacidade incrível para cavalos.

– Aprendi tudo com Liam. - lhe disse sorrindo.

– Uau, ele é um paizão pra você, né Bella?- Estávamos nos aproximando do castelo e diminui a velocidade.

– Sim Emmett, depois que Alistair morreu, Liam foi a figura masculina que mais me apoiou. Meu exemplo!

– Ele parece ser um homem de bem. - sorriu Emmett constatando um fato que eu já sabia faz tempo.

– Sim, ele é um ótimo pai e um marido muito amoroso. Com certeza os cavalos reais de Cullen vão estar seguros nas mãos dele.

– Também acho. Confio em você e nele, Bella!- disse me lançando um olhar de confiança. - Você será uma rainha muito valente. - corei

– Obrigado Emmett

– Magina Maninha!- Deu um sorriso característico seu: de covinhas

Puxamos as rédeas dos cavalos para eles irem mais rápido e ao chegar ao portão do palácio, Carlisle, Rose, Alice e Esme estavam na porta.

– Bella!- chamou Esme e veio me abraçar. - Estava tão preocupada. - Afagou meu rosto- Pensei que você iria cair de cima desse cavalo, meu coração estava na mão. Se Edward ao menos pensar que você...

– Contaram pra ele?- perguntei alarmada. Sabia que meu noivo era um príncipe muito super-protetor e é claro que ele ficaria enfurecido por “me ter colocado em riscos”.

– Não Bella, ele e Jasper ainda não chegaram do treinamento. - Respondeu Alice e eu respirei aliviada. Edward estava ocupado demais com isso, e eu sinceramente não queria ver ele se preocupando com coisas fúteis como a minha saída a cavalo.

– Fique tranquila Bella, você voltou segura, e é isso que importa. - disse Carlisle. - Mais tarde conversaremos com ele. Mais por agora... - ele olhou para Emmett- Como foi lá, General?

– Não muito bom, Majestade. A madrasta da Bella e a irmã dela estavam mesmo mortas. - as meninas olhavam chocadas em minha direção e eu só respirava fundo. - Só que o modo como elas foram mortas... - Emmett olhou para chão tentando refletir que palavras usar, mais parecia confuso.

– Como assim Emmett?- interrompeu Rose.

– Não havia sangue no local, Rose. - respondi por Emmett.

– E como vocês acham que ocorreram essas mortes?- perguntou Alice.

– Envenenamento?- chutou Rose.

– Não sabemos... - disse Emmett por fim, com cara séria e frustrada. - Desculpe Majestade, sei que o senhor queria muito mais do que isso como informação, mais realmente não sabemos como ocorreu essas mortes. As vitimas estavam mais pálidas do que os simples cadáveres convencionais e pareciam ter sido “sugadas”, estavam com a pele ressecada...

– Tudo bem General, eu entendo que a principio seria complicado encontrar algumas respostas... - disse Carlisle sereno e tocou o ombro de Emmett, que ainda parecia muito chateado consigo mesmo- Mais realmente não é muito normal isso... Quer dizer, se elas foram assassinadas, teria que haver sangue no local!

– Concordo Majestade. Mais infelizmente não encontramos provas. Bella mesmo viu isso- disse olhando para mim e eu reafirmei o que ele disse.

– Sim Majestade, Emmett tem razão, não havia nada de anormal no lugar além de uma vassoura quebrada. A única coisa que encontramos foi isso. - lhes mostrei o diário.

Esme olhou atentamente a letra.

– Esperem. Eu conheço essa Letra...

– Sim, suponho que é a letra de Athenodora. -Disse para Esme, afinal, a letra de Irina não era nada semelhante a aquela, nem mesmo a de Tanya ou Kate.

– Não. Eu a conheço de outro lugar.- disse com os olhos ainda atentos na capa do diário. Todos a olhavam. Era incrível ver como Esme era uma mulher sensitiva.

– E o que tem ai dentro?- disse Alice se aproximando curiosa.

– Eu não sei... Mais descobrirei!- então Esme me entregou o diário ainda com o cenho franzido e subi as escadas, indo para meu quarto.

Abri a porta do quarto em que estava e sentei na cama.

Olhei a capa amarelada do diário.

Até agora eu não tinha lido nada, exceto a frase da capa, que era: “O amor nasce de pequenas coisas, vive delas e por elas às vezes matam e morrem”– A frase me fez estremecer assim que a vi na casa de Athenodora.

Mais uma vez olhei para a frase e tomei folego. Eu precisava ser corajosa e abrir aquilo. Eu sentia que as respostas estavam todas ali.

DIARIO –

Eu não tinha muito do que reclamar. Minha vida era pacifica e feliz. Tinha uma família amorosa e meus pais sempre me mimavam por ser filha única. Vivíamos em Volturi, mais papai achou melhor sairmos de lá, afinal, ele nunca gostou daquele lugar, por mais que ele nascera lá, nunca foi seu lar.

Depois de algumas viagens, ele e mamãe resolveram ir para Swan, um reino que segundo meu pai, era encantador, frutífero e que lhe trouxe paz desde que pôs os olhos. Ele tinha arrumado um bom trabalho como ferreiro e que aquilo que ele ganharia, seria o suficiente para nos sustentar.

Chegamos a Swan. Eu era só uma garotinha de 12 anos.

Mamãe e eu saímos certa vez para a feira que havia perto do vilarejo onde morávamos e fizemos amizade com nossas vizinhas.

Dona Claire Dwyer era uma senhora muito simpática e logo de cara, mamãe e ela não paravam de falar.

Coincidentemente, Claire tinha uma filha com a mesma idade que a minha, Renée.

Tornamo-nos melhores amigas e vivíamos juntas, brincando e correndo o tempo todo. Passava horas a fio na casa dos Dwyer só para brincar com Renée.

Arfei ao ler o nome da melhor amiga de Athenodora. Era o mesmo nome da minha mãe, exceto o sobrenome, virei mais folhas. Varias ela contava de suas artes com Renée, mais parei quando achei interesse em uma frase.

Eu estou muito emocionada. Eu fui convidada ao baile.

Renée e eu estávamos muito felizes pois iriamos a festa do príncipe. Era sempre costume o príncipe comemorar seu aniversario e escolher uma princesa, sua futura rainha e logo, meses depois ele anunciaria a escolhida e meu coração se encheu de esperança.

O príncipe Charlie era o homem mais cobiçado, mais não só por ser o príncipe, mais por sua beleza, bravura e amor. ”

Meus olhos se arregalaram. Athenodora gostava do meu pai?

“... Renée e eu nos arrumamos e assim que estávamos prontas eu a perguntei:

– Acha que ele vai repara em mim?

– Claro Dora, porque ele não repararia?- Disse sorrindo amável minha amiga me chamando pelo apelido. Ela sempre foi minha força. Sempre tão corajosa...

Papai as vezes ria de Renée. Enquanto eu as vezes tinha medo de certas coisas, como bichos, Renée não tinha. Sempre foi valente.

O baile foi incrível. O príncipe Charlie, educado como sempre, não quis dançar com nenhuma menina, afinal, não queria iludir ninguém.

Voltamos para casa. Nossos pais não quiseram ir ao baile e só nós fomos. Quando paramos em frente a nossas casas, ouvimos um grito: era da casa dos Dwyer.

Um ladrão tinha entrado lá dentro e matado os pais de Renée.

Minha amiga chorou como nunca. E naquele momento eu vi a valentia de Renée se esvaindo.

Varias pessoas do reino foram ao velório dos pais de Renée e meus pais se ofereceram a lhe dar abrigo até ela formar uma família. Renée tinha apenas 17 anos e ainda não tinha pretendentes.

No enterro dos pais da minha amiga, vi que o rei, a rainha e seu filho foram dar as condolências para Renée, mais o que me chamou mais a atenção foi o carinho que o príncipe Charlie ofereceu a ela, lhe dando literalmente um ombro pra chorar até a hora do enterro acabar.”

Depois de ler esse trecho, pulei varias paginas e encontrei uma pagina faltando e peguei a folha que encontrei no quarto de Irina aquela vez e coloquei em cima. Era o encaixe perfeito da pagina que foi rasgada.

“... e eu o amava. Amava loucamente aquele homem. Eu sabia que não era correspondida, mais não deixava de pensar. Ele seria meu. Nem que eu tivesse que fazer sacrifícios e mais sacrifícios eu ainda sim o teria. Observava-o de longe e suspirava.

O único problema é que tinha um soldado correndo atrás de mim. Ele queria que eu me casasse com ele e minha família me pressionava a tal escolha. Meu pai estava de olho no dinheiro, claro. Afinal, o soldado pagaria meu dote por assim dizer. Pro meu pai, eu era só mercadoria. Acho que meu pai venderia até sua alma ao capeta se isso lhe desse lucro. Mais eu não o faria, porque eu amav...

Então eu li a continuação.

“... eu amava Charlie. Meu pai não era mais o bom homem de antes, afinal, suas dividas tinham aumentado devido a sua insana ideia de entrar para a alta corte. “

Realmente aquela história me deixou boquiaberta. O pai de Athenodora havia se transformado em um homem horrível por causa do poder? Pulei mais paginas...

“ TRAIDORA!!- Eu gritei para ela- COMO PODE? COMO PODE? VOCÊ SABIA QUE EU O AMAVA!

– MAIS EU O AMO DE VERDADE!- Berrou ela também.

– E EU NÃO?

– NÃO!! VOCÊ SÓ O AMA PELA APARENCIA. POR ELE SER BONITO, POR ELE SER O PRÍNCIPE, POR ELE SER O MELHOR GUERREIRO. VOCÊ NÃO O AMA POR CAUSA DE SUA ALMA!!

– CALE-SE, MALDITA!

– O QUE ESTA HAVENDO AQUI?- Perguntou meu pai e minha mãe vendo a nossa briga no quarto. ”

“ MALDITA RENÉE DWYER!! ELA ARRUINOU!!!

Entrei no altar e vi o homem de fraque me olhar com amor. Maldito. Eu nunca o amaria. Alistair nunca seria o príncipe. Ele é só um soldado idiota.

Depois da nossa briga, Renée saiu de casa alegando já ser maior de idade e que iria seguir seu próprio caminho e procurar um dote.

E qual não foi a surpresa de todos quando o príncipe anunciou que ELA seria sua Princesa, sua Noiva. Não me restou escolha, a não ser casar-me também.“


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Notas finais do capítulo

Segure-se em seus lugares, amores ;)



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