Eu estava vasculhando meu guarda-roupa à procura de meus álbuns de fotos. Dos meus aniversários e dos meus passeios junto com minha mãe Alicia e meu irmão Monroe. Mas alguém bateu na porta e eu rapidamente fui abrir. Era a vice-diretora da escola. A Sra. Masen.

– Uma carta pra você senhorita Mattchew. – ela disse pra mim.

– Obrigado.

Ela saiu da porta e eu a fechei com mais calma e depois fui ver o que era. Era um papel dobrado em um envelope azul. Então abri para ver o que era, mas logo percebi de quem era a carta.

Lilly,

Desculpe-me por não ter te falado sobre o que você realmente é. Seu irmão Monroe também. Sei que quando estiver lendo essa carta, já vai saber toda a verdade sobre você e seus dons. Mas minha filha tome cuidado. Você, Monroe, Katrina, Christian e Samantha. Eu te contei sobre os Reflector e há essa hora você já deve saber que eles existem mesmo. Eu sinto muito a sua falta e eu espero que nos encontrem depois que tudo isso acabar. E eu estou aqui com você Lilly. Com você e com seu irmão Monroe.

Eu amo vocês.

Com amor, Alicia Mattchew.

Sentei na cama ainda mais pasma do que antes. Nesses últimos dias, eu estava descobrindo coisas muito diferentes. Agora essa de minha mãe Alicia estar viva. Mas se ela esta viva, por que me mandou para esse internato? Por que não me mandou essa carta antes? Agora eu não sabia se ficava feliz ou se eu ficava com raiva. Mas isso não me importava. O que realmente importava agora era que eu tinha que mostrar essa carta para o Monroe.

Sai do meu quarto correndo. Eu desci as escadas correndo ainda e fui procurar meu irmão nos corredores dos armários. Mas sem querer, esbarrei em alguém e cai no chão. O garoto também caiu no chão.

– Desculpe. – eu disse levantando e esticando a mão para o menino que eu nunca vira antes.

– Esta tudo bem. – ele falou enquanto pegava em minha mão e levantava.

Ele olhou em meus olhos com seus olhos azuis cor de mar. Ele deveria ser um garoto novo na escola. Ele deu um sorriso lindo pra mim e eu sorri de volta pra ele.

– Você é novo na escola? – perguntei.

– Sim. Prazer. Meu nome é Willian Havardd. – ele respondeu.

– E eu sou Lilly.

Ele olhou pra minha pedra azul que estava no meu pescoço outra vez.

– Eu tenho uma pedra igual a essa. – Willian murmurou abrindo a mão onde estava à pedra verde oliva bem mais claro que a pedra de Christian. Era quase branco.

Peguei a pedra de sua mão e olhei hipnotizada. Era realmente a pedra mais linda que já vi.

– Vem comigo, Willian. – murmurei o puxando do corredor.

***

Levei o Willian para o jardim. Ninguém poderia ver essas pedras brilhando e eu queria realmente saber qual era o dom dele.

– A sua pedra é igual a minha. Mas eu pensei que era só eu e meus outros cinco amigos que tinham a pedra além dos Reflector. – eu falei sentando no gramado.

– Então você faz parte desse grupo dos adolescentes com dons? – Willian perguntou – Minha mãe contou que eu deveria ajuda-los com a guerra contra os Reflector. Do mesmo jeito que ela ajudou seus pais.

– Que legal Willian. E você já sabe o seu dom?

– Eu nem sei como se usa essa pedra.

Peguei a minha pedra azul escuro e fechei meus olhos e quando abri, vi a expressão de Willian mudar.

– Caramba, seus olhos estavam pretos agora azuis? – ele perguntou boquiaberto.

– Quando usamos nossos dons, os olhos mudam de cor. – eu respondi – E mais, eu tenho um dom de ler a mente das pessoas que estão longe de mim.

– Muito legal Lilly. Mas eu não sei como usar e nem sei qual é o meu dom.

– Já sei. Vou te levar até meus amigos que tem a mesma pedra para te ajudarmos.

– Obrigado Lilly.

Levantamos do gramado e guardei o envelope azul no bolso. Depois eu iria mostrar a Monroe a carta.