Digimon: The X-War escrita por AnimalMaster


Capítulo 15
Sacolas, Confronto e um Inimigo Forçado! Parte 1




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Há sete dias na Cidade de Kyoto

A Jovem estudante havia acabado de sair da escola. Ela estampava um belo sorriso e se dirigia ao portão da instituição.

–Quer uma carona, Ikeda-Chan?! -

Ikeda Renki tem 14 anos, cabelos castanhos e olhos acinzentados. Ela pode até não admitir, mas é uma pessoa que sempre acaba se importando mais com os outros do que com si mesma, assim a mesma realiza diversos trabalhos voluntários.

–Obrigada, Mishida-San, mas eu vou ter que recusar! –Respondeu à amiga.

–Sem problema! Vai ao orfanato?! –

–Vou sim! Só irei dar uma passadinha em algumas lojas e depois irei para o metrô. –

–Entendi... Então até amanhã! –

–Até amanhã! –Disse se despedindo e voltando a caminhar em direção ao portão.

...

–Será que as crianças vão gostar disso tudo?! –Pensou em voz alta enquanto olhava para o grande número de sacolas que carregava. –Acho que devia ter comprado algo para o Matoyo-Kun... Bem, agora já é tarde demais pra isso! –Murmurou pra si mesma enquanto descia os inúmeros degraus que a levariam até o subsolo.

–Saia da frente, garota! –Exclamou um homem apresado que acabou esbarando em Renki, fazendo com que ela derrubasse grande parte das sacolas que carregava.

–Tome cuidado! –Gritou para o homem, antes de se abaixar para pegar as diversas sacolas que agora estavam espalhadas pela escadaria. –Vai demorar um século para pegar tudo isso! –Reclamou. Assim que ela se preparou para pegar o estrago a sua frente, um rapaz, que também descia as escadas, abaixou-se para ajuda-la.

–Aqui... –Sussurrou o garoto de cabelos negros e olhos da mesma cor, ele estendia as sacolas esperando que Renki as pegasse.

–...Ah... Obrigada... –Agradeceu com uma pequena saudação, o garoto pareceu analisar melhor a situação da menina e disse numa voz tão baixa quanto a anterior:

–Parece que você está com um sério problema aqui... Deixa eu te ajudar... Só até chegar lá embaixo. –A garota parou e refletiu sobre a proposta do rapaz, mas não demorou para aceitar e agradecer com um grande sorriso.

–Tudo bem! Obrigada novamente! –Os dois continuaram a descer por mais alguns minutos até finalmente chegar à estação. –Aqui estamos! Eu tenho que te agradecer... É, desculpe, mas qual o seu nome mesmo? –Perguntou sem jeito.

–Wolf... Surydan Wolf! –Respondeu sem tirar os olhos da garota.

–Surydan Wolf?! Você é um turista? –

–Não, não... Moro aqui desde pequeno! Mas e você? Como se chama? –

–Humn? Desculpe, eu acabei me esquecendo de me apresentar! Meu nome é Ikeda Renki! –Falou ainda sorrindo.

–Ikeda Renki... Ikeda-San... –O nome ecoou nos lábios do rapaz até ele finalmente desviar seu olhar para um canto qualquer da estação. A garota o observou com a mesma curiosidade de uma criança de seis anos, mas logo ela se lembrou do porque ela tinha vindo até a estação.

–É mesmo, eu tenho que ir! –

–Então... Acho que é aqui que nos despedimos... –Disse, pronto para entregar as sacolas a garota. Entretanto algo interrompeu sua ação. Esse algo, uma coisa tão inimaginável que fez com que os dois jovens derrubassem todas as sacolas que carregavam, além de fazê-los levar as mãos às orelhas num ato automático.

Uma voz, tão intensa que machucaria os tímpanos de qualquer um que a ouvisse, preencheu a estação e pediu:

–Venham até mim, Digiescolhidos! –

Tal voz parecia afetar os adolescentes de maneira tão intensa que os dois se deixaram cair sobre os próprios joelhos. Mas o que mais os surpreendeu foi que ninguém além deles pareceu ter a mesma reação diante o apelo.

–Que diabos foi isso?! Você também ouviu, não é?! –Perguntou, ajudando Renki a se levantar.

–Ouvi, mas... Por que parece que ninguém mais escutou?! –

–Eu não sei, mas... –

–Eu suplico Digiescolhidos... Venham logo! –Surydan demorou para esboçar qualquer reação diante a suplica, mas Renki, assim que ouviu o pedido, começou a caminhar em direção a voz.

–Ei, espera! Ikeda-San! –O rapaz a chamou, mas foi em vão, porque a garota já começara a correr ao encontro da voz que os chamava. Ele refletiu por alguns segundos sobre a ideia de procurar por uma voz que, aparentemente, só existia na sua própria mente. Era loucura, mas ele se rendeu a tal delírio e seguiu a menina.

–Aqui, venham aqui! –Os dois, ainda com as mãos nos ouvidos, chegaram ao local de onde a voz vinha. Era uma área deserta da estação de metrô, ali não havia nenhuma pessoa além dos dois. Ambos passaram então a observar o lugar, a procura de qualquer pista sobre a voz misteriosa, mas não haviam encontrado nada anormal.

–Mas o que é isso?! –O garoto perguntou a si quando notou dois estranhos objetos no chão. Ele abaixou-se para pega-los enquanto Renki o olhava confusa.

–O quê está fazendo, Wolf-Kun?! –

–Venha cá, Ikeda-San... –Falou, entregando um dos dispositivos para a garota. –Olha só isso... Parecem celulares! –Ela concordou. O "celular" que Surydan segurava era, em sua maior parte, prateado e algumas poucas áreas variavam em preto e outras em dourado.

Já o de Renki também era quase todo prateado, mas suas cores secundárias eram vermelhas e brancas.

–O que será que são?! Pois eu nunca vi nenhum celular desse jeito! –O rapaz tentou formular uma resposta, mas tudo que saiu de sua garganta foi um pequeno chiado. –Wolf-Kun, qual é ... –A garota calou-se ao olhar para o mesmo local que Surydan e encontrar um pequeno vórtex.

Nenhum dos dois teve tempo para fazer nada, o vórtex aumentou, drasticamente, de tamanho em menos de um segundo e assim os dois acabaram sendo sugados.

...

–...Humn? Onde é que eu... Estou?! –Surydan levantou-se com certa dificuldade e demorou a abrir os olhos. Ao abri-los, sua primeira reação foi se assustar com o local em que estava. Abaixo de si, descansava um chão de grama tão verde quanto deveria ser, acima de si, um céu, que não teria nada de estranho, se não fosse, é claro, os diversos campos de terra flutuando.

Ao seu redor, apenas árvores, mas era até mesmo possível escutar o som de um rio. Ao seu lado... Uma garota?

–Essa não! Ikeda-San!!! Acorde, Ikeda-San!!! –O rapaz continuou a chama-la até ela abrir os olhos.

–Wolf... O quê... O que aconteceu?! –Perguntou antes de abrir os olhos.

–Eu não sei... Eu não... Sei... –Disse um tanto que assustado. O ambiente se manteve em completo silêncio e assim se manteria se não fosse uma risada demoníaca que deixou os dois jovens estáticos, a qual veio junto a uma voz sombria que continha um grande tom de deboche:

–Ora, ora... Que sorte a minha! Encontrar dois Digiescolhidos perdidos na Zona do Início... Serei extremamente recompensado! Duas das peças mais preciosas deste jogo... É algo que me dará um credito sem precedentes!!! –

–Jo... Jogo?! –Balbuciou Surydan. O garoto rapidamente voltou a si e colocou-se em frente a Renki, tendo a clara intenção de protegê-la. –Quem é você e o que você quer?! –Perguntou, tentando não demonstrar o medo que sentia ao se dirigir ao monstro a sua frente.

–Vamos disser que eu sou apenas alguém que está interessado em uma aliança... Apenas quero ser “amigo” de vocês! –

–Conte essas mentiras para outros!!! –Gritou outra voz. Os dois humanos procuraram o dono da voz, mas só o reconheceram quando o mesmo apareceu, repentinamente, na frente do demônio. –E você, Barbamon, deveria saber que eu não deixarei que toque nestas crianças! –Declarou antes de invocar uma aura dourada que, irrevogavelmente, tinha a forma de um dragão.

–Tente... Gankoomon!!! –


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