...

Já a noite Castle, os meninos, Kate e Jenny estavam no bar bebendo e se divertindo, Lanie chegou e estava linda, com um vestido preto colado ao corpo, com um decote em “V” e as costas nua. Todos voltaram os olhares para ela. Ela se aproximou de Kate e Jenny, que estavam um pouco mais afastadas dos rapazes.

– Uau! Lanie, como você esta linda – disse Kate.

– Esta um arraso Lanie – disse Jenny.

– Presente do garanhão ali – disse ela apontando para Castle.

– Ele tem bom gosto – disse ela.

– Ele tem sim... mas porque estão aqui sozinhas?

– Os meninos foram pegar uma bebida.

Os meninos que estavam perto de Castle começaram a comentar sobre Lanie.

– Nossa! Lanie esta linda – disse Ryan.

– Fabulosa – completou Castle.

– Ela esta divina... essa mulher me deixa louco – disse Espo.

– Então vê se toma vergonha e não faz besteira dessa vez – disse Castle.

– É Javi, se não você vai acabar perdendo-a para sempre – disse Ryan.

Eles se aproximaram da mesa das meninas e Castle já foi logo comentando.

– Lanie você está... está maravilhosa e muito sexy – disse ele sorrindo.

– Ah! Obrigada garanhão, você gostou mesmo? – perguntou ela dando uma voltinha.

– Esta simplesmente incrível – ele dizia se tirar os olhos dela.

– Você acertou na escolha “garanhão” – falou Kate zombando.

– Você deu o vestido pra ela? – perguntou Espo enciumado.

– Sim, foi um presente de agradecimento – disse ele ainda sem tirar os olhos dela.

– Tudo bem, mas agora já pode parar de olhar pros meus peitos Castle – disse Lanie.

– Desculpa... é que eles me hipnotizam – disse ele rindo.

– Sabia que era por isso que você queria que eu usasse um vestido decotado – disse ela rindo.

– Ei! Não foi por mim, mas confesso que adorei te ver assim – disse ele sorrindo.

Eles continuaram, bebendo e se divertindo, estavam todos muito alegres e Castle falou algumas palavras antes de se despedir de uma vez.

– Eu amo todos vocês, cada um de vocês...

– Ih! Castle já ta muito bêbado – disse Esposito rindo.

– Não, não estou... e é verdade, eu amo todos vocês, trabalhar com vocês é incrível, vocês são amigos maravilhosos e eu vou sentir, muita, mas muita saudade de vocês...

– Nós também sentiremos saudade Castle – disse Ryan

Eu quero fazer um brinde... AOS AMIGOS! – gritou ele.

– AOS AMIGOS – gritaram todos.

Castle bebeu seu ultimo gole e decidiu ir embora.

– Pessoal eu preciso ir.

– Mas já? Achei que era uma festa de despedida – disse Lanie.

– Eu achei que ficaríamos a noite toda – disse Espo.

– É eu sei, vocês podem continuar sem mim, hoje tudo é por conta da casa – disse ele.

– Mas a despedida é pra você, você deveria ficar – disse Ryan.

– Eu tenho um jogo de poker, e... eu senti uma vontade enorme de abraçar a minha garota – disse ele.

– Ah ta explicado! Vai correr pros braços da namorada não é Castle? – perguntou Espo.

– Não, eu to falando da minha filha – respondeu ele.

Castle se despediu de todos e chamou Kate no canto.

– O que foi Castle? – perguntou ela.

– Você pode ficar com a chave do meu carro, por favor? – perguntou ele com a chave na mão.

– Claro, amanhã eu levo pra você – disse ela.

– Não, pode deixar que eu passo na delegacia pra pegar – disse ele.

– Tudo bem – respondeu ela.

Ele se despediu dela com um abraço e pegou um táxi.

Quando chegou em casa, Castle procurou sua filha, ela já estava dormindo, então ele chegou de mansinho ao lado da cama, deu-lhe um beijo e sussurrou.

– Eu te amo.

Foi para o seu quarto, tomou um bom banho e se vestiu para sair novamente. Quando estava saindo sua mãe o parou.

– Pra onde você vai agora Richard?

– Jogar poker... eu vou demorar, não precisa me esperar.

Ele saiu rapidamente sem que sua mãe pudesse dizer mais alguma coisa.

Quando foi embora, Kate tentou encontrar o carro de Castle, mas não o achou, não entendeu porque ele havia deixado as chaves já que o carro não estava ali, pensou que talvez ele estivesse bêbado demais e tenha se esquecido, deu de ombros e foi pra casa, afinal ele passaria na delegacia para pegar as chaves.

No dia seguinte Kate acordou com o celular tocando, era Esposito avisando que havia um novo caso. Beckett se arrumou as pressas e foi para a cena do crime, chegou e se espantou por não ver Castle, ligou pra ele, mas caiu na caixa postal, deixou um recado e continuou com o trabalho. O dia foi passando bem rápido, muitos acontecimentos e o caso parecia que não se resolvia nunca, o dia já estava quase terminando e Castle não havia dado as caras, todos ligaram pra ele, mas sempre caia na caixa postal.

Quando estava indo embora, Kate decidiu ir ao loft de Castle para saber se ele estava bem e para devolver suas chaves. Quando chegou ao loft, tocou a campainha por muitos minutos, mas ninguém atendeu. Kate estranhou, mas não deu muita importância, talvez saíssem para jantar, amanhã ela voltaria.

Na manha seguinte Kate acordou cedo e foi para a delegacia, o caso do dia anterior estava muito complicado e eles não conseguiram pegar o culpado. Passou a maior parte do dia investigando provas e interrogando suspeitos. Já de tarde quando tudo se acalmou um pouco ela resolveu ir ao loft de Castle, já que ele não atendia ao telefone. Ao chegar lá novamente tocou a campainha por muito tempo e ninguém atendeu, tentou ligar para Alexis e depois para Martha, mas os dois telefones também só caiam na caixa postal. Kate resolveu perguntar ao porteiro, para saber se ele sabia de alguma coisa.

– Eu não sei detetive, eu não os vejo há dois dias – respondeu o porteiro.

– Ok. Obrigada.

Nesse momento estava chegando à empregada. O porteiro chamou Beckett de volta e informou a ela. Beckett então foi falar com a mulher.

– Ei, com licença... desculpa... A Senhora é a Alicia, a faxineira dos Castle?

– Sim, sou eu mesma... Aconteceu alguma coisa?

– Sou a detetive Beckett, estou procurando o senhor Castle e não consigo encontrá-lo.

– O senhor Castle e a família viajaram.

– E você sabe pra onde ou por quanto tempo?

– Não, a senhora Martha só me disse que ficariam fora por um tempo.

– AH! Ok. Obrigada.

– Mas acho que eles vão ficar fora por muito tempo, a senhora disse que eu só deveria vir duas vezes de agora em diante.

– Muito obrigada.

Beckett voltou para a delegacia, não entendia porque Castle havia deixado as chaves do carro com ela. Porque viajou tão depressa e sem dizer nada? Tinha alguma coisa errada nessa historia.

Quando chegou a delegacia os meninos a atualizou sobre o caso, disse que tinham um novo suspeito, que estava na sala de interrogatórios. Kate fez o interrogatório e conseguiu uma confissão, mas saiu da sala de interrogatório com uma cara de preocupada, ainda não tinha esquecido sobre a historia do Castle. Os meninos perceberam a cara dela e ficaram preocupados.

– O que houve Beckett? Porque esta tão preocupada? – perguntou Ryan.

– O cara não quis falar? – perguntou Espo.

– Não, não é isso.

– O que foi então? Ele tinha um álibi? – perguntou Espo.

– Não, ele confessou.

– Isso é ótimo... mas porque esta com essa cara então? – perguntou Ryan.

– Que cara?

– Essa cara de quem comeu e não gostou – falou Espo.

– É que ontem a noite fui ao loft do Castle levar as chaves do carro, já que ele não apareceu, mas não tinha ninguém e hoje de tarde voltei la e também não tinha ninguém, então perguntei ao porteiro e ele disse que não sabia de nada, que não os via a dois dias.

– E o que tem? Ele disse que ia viajar – falou Espo.

– Sim... mas porque deixou as chaves comigo então? E ele não tinha dito que a mãe dele e a Alexis iam também.

– Talvez elas resolveram tirar umas férias também – disse Ryan.

– Liga pra ele e pergunta Beckett – disse Espo.

– Já liguei, pra Martha e Alexis também, mas só da caixa postal.

– Ele deve ligar de volta quando puder... relaxa Beckett – disse ele.

– É Beckett, é o Castle, mais cedo ou mais tarde ele esta de volta te perturbando – disse Ryan.

– Vocês tem razão.

Depois da conversa com os meninos Kate desencanou, terminou a papelada e foi pra casa, tomou um banho, vestiu algo confortável. Pegou uma taça de vinho e foi ler um pouco.

Os dias foram se passando, semanas, meses e nenhuma noticia do Castle. Todos os dias Kate e os meninos esperavam por uma ligação dele explicando porque sumiu todo esse tempo, mas o dia chegava ao fim e mais uma vez não havia nada.

Depois de dois meses, em um dia frio, eles estavam investigando um assassinato intrigante, parecia que quanto mais coisas eles descobriam mais longe do assassino eles estavam, era o típico caso que Castle adorava. Ryan então decidiu ligar pra ele quem sabe ele não os ajudava?

– Você não tem orgulho cara? Ele nem sequer ligou pra saber como esta tudo – disse Espo.

– Esta bem aqui comigo, mas eu sei engolir quando é preciso Javi – respondeu Ryan.

Ryan tentou ligar mas não conseguiu, ele discava e só ouvia: “Esse numero de telefone não existe”.

– Que estranho – disse ele.

– O que foi? O escritor não quis te atender? – perguntou Espo debochando.

– Não... esta dizendo que o numero do Castle não existe – respondeu ele.

– Vai ver ele trocou de numero, tenta o da Alexis ou da Martha – disse Beckett.

Ryan tentou e ouviu a mesma mensagem, que aqueles números não existiam.

– Estão dando a mesma coisa, diz que o numero delas também não existe – disse ele.

Beckett então começou a se preocupar. Até Esposito estava estranhando aquilo.

– Será que aconteceu alguma coisa? – perguntou Espo.

– O Castle não sumiria assim sem nos dizer nada, eu acho que tem alguma coisa errada – disse Ryan.

– Vamos investigar, procurar qualquer rastro deles nos últimos meses – disse Beckett.

– Pode deixar, os dois responderam juntos.

– Ah! Mas não podemos parar de investigar o caso, ele é nossa prioridade – disse ela.

– Claro, vamos resolver os dois – disse Espo.

Eles passaram a semana toda investigando aquele caso e também tentando encontrar pistas de Castle, na sexta feira, final da semana conseguiram finalmente pegar o assassino.

– Finalmente! – disse Ryan.

– Achei que esse caso nunca ia se encerrar – disse Beckett.

– Agora podemos investigar sobre o Castle exclusivamente – disse Espo.

– É, desde que não apareça um novo caso – disse Beckett.

Eles sentaram-se em seus computadores e continuaram as pesquisas, depois de algumas horas enfim pararam.

– Espo conseguiu alguma coisa com os cartões de credito e a conta bancaria? – perguntou Beckett.

– Não muito, só tem uma retirada de 10 mil e uma transferência de uma quantia bem alta para uma conta no exterior que eu não consigo rastrear, registro de compra de três passagens de avião, nada nos cartões de credito.

– De quanto foi à transferência? E os cartões e contas da Martha e da Alexis? E as passagens são pra onde ? Nenhum registro em hotel?

– 10 milhões... Nada nem da Martha e nem da Alexis... As passagens foram pra Los Angeles, se registraram em um hotel, liguei e disseram que eles ficaram um dia e fora embora, nenhum outro registro de hotel ou de compra de passagens.

– Porque o Castle faria uma transferência tão alta pra uma conta no exterior?

– Não sei Beckett...

– Eu acho que já sei porque – disse Ryan.

– Como ? – perguntou Beckett e Espo ao mesmo tempo.

– Estava investigando sites de fãs e achei uma postagem sobre uma matéria em uma revista que falava sobre o Castle a sua viagem... procurei a revista e encontrei a matéria – disse ele passando a revista para a Beckett.

Beckett pegou a revista e leu em silencio, quando terminou ficou pálida, sem saber o que pensar. Ao ver a cara dela Espo se preocupou.

– O que diz a matéria? – perguntou Espo.