“Um sorriso pode salvar uma vida”

Acordei com uma dor de cabeça horrível, parecia que haviam colocado um chumbo em cima de mim. Pude perceber que estava em um lugar todo branco.

– Vilu! – Ouvi uma voz feminina me chamar – Como está meu amor?

–- Oi. – Falei com a voz falha – Sei lá, tá tudo doendo.

–- Vou chamar a enfermeira pra e dar um remedo. – Angie disse só ai pude perceber que era ela, eu estava horrível – Já venho!

–- Ok.

Ela saiu e ai eu fiquei ali um pouco tentando arrumar meus pensamentos na minha cabeça, estava tudo a maior bagunça e eu não conseguia entender nada, eu via o fogo, Fran, Ludmi...

Logo vi uma mulher de branco entrar no quarto junto com a Angie.

–- Olá Srta. Castillo. – Disse a mulher – Como está se sentindo?

–- Eu to... – Falei tentando procurar as palavras – Sei lá, tá tudo doendo! Quero ir embora desse lugar!

–- É, parece que você não vai sair daqui muito cedo não! Você teve muita sorte – Ela disse colocando uma agulha no soro em que eu tomava.

–- Só queria entender o que aconteceu! – Falei.

–- Depois sua tia te explica. – A enfermeira disse olhando para Angie – Você não pode passar por muita coisa ainda. Está muito frágil.

–- Eu to bem... – Falei – Não estou nada frágil

–- Ah eu tenho certeza que sim. – Vi Francesca entrar no quarto. – Oi Vilu!

–- Oi. – Sorri amarelo

–- Bom, eu acho melhor eu ir porque eu estou sobrando aqui né. – Ela riu – Descanse mocinha e nada de fazer esforço

–- Ok – Revirei os olho0s e ela saiu – Me expliquem, por favor, o que aconteceu aqui antes que minha cabeça exploda!?

. -- Ta bom.. – Fran disse – Vou explicar a parte que eu vi e Angie explica o resto!

Ela começou, deve ter sido um desespero horrível, ainda mais pra mim que tenho alergia a fumaça.

–- Ai, como somos muito sortudas ne, Ludmila acabou desmaiando e eu fiquei sozinha com vocês duas naquele estado!

–-- Meu Deus – Falei assustada

–- E... Depois de um tempo eu já não estava aguentando mais e passei mal e já não via mais nada! Depois disso não me lembro de nada...

–-Mas como assim todos que estavam la não ouviram vocês gritando e nem sentiram o cheiro de fumaça?

–- Sei la – Fran disse – Leon falou que estava la de fora e minha mãe foi embora, pois não estava se sentindo muito bem.

–- Ai pelo o amor! – Revirei os olhos

–- Pela que me disseram, por um milagre Leon foi ao quarto e salvou a gente!

–- Literalmente – Falei – Isso ta muito doido!

–- Pois é... Ai eu acordei e você não acordava de jeito nenhum, ai te trouxeram pra cá e você dormiu 13 horas.

–- Mentira! Eu durmo muito, mas isso tudo não – Fale espantada.

–- Mas dormiu! E você tala mal amiga, isso não conta.

–- Tá ne... – falei – Mas Ludmila esta bem?

–- Aham – Ela confirmou – Ela já foi pra casa, pois precisa ficar de repouso e tal.

–- Ahh e quando vou sair daqui?

–- Não tenho a menor ideia – Finalmente Angie disse algo – Talvez demore um pouco, você está se recuperando ainda.

–- Eu não ligo! Só quero ir embora

–- Violetta não teima!

–- Não estou teimando! Eu odeio com todas as minhas forças hospitais!

–- Percebe-se

Revirei os olhos e ficamos conversando por mais um tempinho até o horário de visitas acabar e elas tiveram que sair.

Me senti um pouco sozinha ali, apesar de já estar acostumada a ficar sozinha, estar em um hospital acabava comigo! Lembranças invadiam minha mente lembrando de minha mãe, das ultimas palavras que ela disse antes de morrer... Simplesmente doía, sinto tanta falta dela que é incapaz de explicar o quanto.

No meio daqueles pensamentos indesejáveis acabei dormindo, mas acordando toda hora. Fiquei naquele vai e volta de sono por muito tempo, estava tendo pesadelos frequentes que não me deixavam dormir.

Depois de um tempo eu consegui dormir, finalmente havia me dado tranquilidade e eu peguei em um sono profundo.

Acordei com alguém acariciando meus cabelos de uma forma suave.

–- Bom dia dorminhoca – Ouvi Leon dizer

–- Oi Leon – Falei feliz de vê-lo ali

–- Como você esta? Não pude vir antes, pois eles não permitiam a entrada de pessoas que não seja da família e tal... Fran que é teimosa e conseguiu entrar

–- Eu to... Assim – Falei mostrando meu corpo e rimos – Então se não pode entrar, o que o senhor está fazendo aqui?

–- Eu também sou teimoso! Tenho meus direitos

–- Ai meu Deus – Ri – Não pode

–- Não? – Ele falou tentando fingir de decepcionado – Então, acho melhor eu ir embora ne?!

–- Não, não – Falei segurando a mão dele impedindo-o de sair – Fica...

–- Ok – Ele riu

–- Quero te agradecer por ter me salvado! Mais uma vez ne!

–- Não foi nada – Ele disse com um sorriso lindo

–- Foi sim! Com você consegue me salvar sempre? Não é possível!

–- É claro que é! Ontem você me disse...

–- Disse o que? – Perguntei?

–- Que sentia! Eu senti! Você não estava bem, achei que era coisa da minha cabeça, mas isso me atormentava! Ai fui ver se você estava realmente bem e... Não estava

–- Ai – Falei – Parece que temos isso em comum – Ri

–- Sim, nos temos – Ele disse e segurou minha mão.

–- Espero que isso dure por muito tempo!

–- Vai durar – Ele sorriu e eu também

–- Obrigada! De verdade

–- Não precisa agradecer! Faria isso mil vezes por você.