Of Life escrita por The Pudding


Capítulo 8
The Discovery




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Logo depois de comer eu fui para o ginásio, pois lá tinha banheiros com chuveiros, tomei um banho e coloquei a roupa que estava no meu armário, blusa preta e short, mas era um short curto o que me incomodou.

Terminei de me arrumar e fui para a aula, não tinha ninguém nos corredores, todos na aula. Entrei de fininho em minha sala de aula, matemática avançada.

Me sentei e vi de relance James, que me encarava.

Meu cabelo ainda estava molhado.

Tentei me concentrar mas só pensava em James, porque ele estava sempre na minha cabeça, e com sempre eu quero dizer a todo instante, até mesmo quando estou dormindo.

Eu estava tendo sonhos toda noite.

Respirei fundo.

Fiz todo o dever em aula, o sinal tocou e saí mas encostei na parede ao lado da porta e esperei James.

– Eu vou matar a Beth. - Ele falou.

–Onde estava na hora do intervalo? -Perguntei ignorando seu comentário.

– Eu hm...

– James, o que houve?

–Vicent, ele tinha me chamado, queria tirar satisfações comigo. - Ele falou mas o cortei.

– E você foi? Porque foi? Eu estava irritada.

– Meri, qual a parte de eu me importo muito com você eu ainda não deixei claro? - Ele falou fazendo carinho em minha bochecha. – Eu fui, mas calma não aconteceu nada, ele só me ameaçou, falou que era para eu me afastar de você, que ele queria você de volta.

Eu ri.

– Coitado...

James riu comigo, me abraçou por trás e segurou minha cintura.

– Quer ir na doceria comigo? - James perguntou.

– Claro, te encontro lá?

– Eu te busco, meu pé ainda está assim mas eu consigo dirigir! - Ele falou como se estivesse se ofendido.

Eu ri.

– Que horas?

– Surpresa.

– O.k. mas se eu estar de pijama você vai ter que ficar esperando.

– Essa é a intenção. - Ele retrucou rindo.

{...}

Encontrei Liz e Julie no estacionamento, elas conversavam com uma garota de cabelo preto liso e tinha uma pele bronzeada, usava short florido e uma blusa branca larga.

– Oi. - Falei.

–E ai? - A garota retrucou.

– America, essa é Sasha. Ela é nova aqui. - Liz me apresentou.

Apertei a mão de Sasha.

– America?

– É...

–Legal, bem melhor de que Sasha na minha opnião.

Eu ri.

– Só na sua mesmo...

Conversamos um pouco, Sasha era bem legal, seu maior desejo agora era pintar o cabelo, eu ri quando ela falou aquilo, já que seu cabelo era realmente lindo.

Logo depois Sasha foi embora e pude contar a novidade para Liz e Julie.

– Doceria? Que meigo! - Exclamou Julie.

– Então, agora realmente estão juntos? - Liz perguntou.

– Digamos que sim.

– Porque?

– Porque ainda não teve um pedido realmente.

– Ai Meri...você é tão careta. - Falou Julie.

– Falo nada... - Retruquei.

Logo depois fui embora.

{...}

Cheguei em casa e dei de cara com uma briga.

– Eu quero que ela more comigo! - Ouvi meu pai gritar.

Guardei a moto silenciosamente, saí da garagem e me escondi perto da janela da sala, abaixei logo nas orquídeas de minha mãe.

– Você não tem o direito! - Minha mãe retrucou.

–Eu sou o pai dela!

– Mas ela não quer! Ela não quer...

Minha mãe devia estar chorando pois sua voz parou e só ouvi soluços.

Me levantei, e limpei meus joelhos agora com um pouco de terra e pedacinhos de grama.

Abri a porta fazendo o máximo de barulho.

– Saia dessa casa agora! - Berrei para meu pai.

– Filha?

– Não, o papai noel, agora uso as portas em vez de chaminé não sabia? -Retruquei irritada.

Ele abaixou os olhos e saiu.

Minha mãe despencara no sofá e cobria o rosto com as mãos.

– Mãe... calma... eu não vou... - Conseguir dizer.

Ela enxugou as lágrimas e disse em voz baixa:

– Eu sei, é só que...

Ela não terminou de falar, mas eu compreendia, ela ainda amava meu pai, e era isso que me dava mais raiva.

{...}

Eu estava deitada no sofá lendo um livro, Percy Jackson e o Último Olimpiano, quando James bateu a porta.

Eu estava de pijama, como sempre. Levantei e abri a porta, pondo só o rosto para a fora.

– Entra. – Falei calma.

Eu estava com uma blusa do New York Mets bem grande, mas estava colada em meu corpo suado.

– Você está linda, vamos? - Ele brincou.

–Idiota...

Subi a escada, de dois em dois degraus. Me vesti rápido, short preto, estava muito quente, blusa roxa e botei uma rasteirinha. Estava realmente muito quente, até mesmo com o ar condicionado ligado.

Desci depressa, mas minha mãe e James conversavam.

– Agora está linda! - Minha mãe exclamou.

– Concordo Anna. - Confirmou James coçando o queixo.

– Anna? Já fizeram amizade?

Eles riram.

Dei um beijo em minha mãe e saí, James já estava mais esperto nem tentou abrir a porta do carro para mim foi logo para sua porta, eu abri a minha e entrei, botei o cinto. James era um desastre dirigindo com um pé só, já que o outro estava machucado ainda.

– Ai! - Falei, quando bati a cabeça enquanto ele freava no sinal.

– Desculpe.

Eu ri.

– Quero te conhecer melhor... - James falou.

– O.k. mas só 20 perguntas. – Falei, eu era péssima com respostas.

– Porque se mudou?

– Minha mãe arranjou emprego aqui e tivemos que vir. - Respondi.

Ele deu um sorriso bobo.

– Já namorou?

– Já, algumas vezes, mas nunca dava certo como notou.

Ele abaixou os olhos.

– Comigo está dando.

– Você é diferente.

– Como assim diferente? - Ele retrucou.

Abaixei os olhos e mexi nas minha mãos.

– Só tinha conhecido gente drogada e maluca, eu tinha medo de me apaixonar. - Respirei fundo.

– Mas saiu, e então?

– Então o que?

– O que eu sou? Na real, se não sou louco sou o que? - Ele retrucou me olhando bem nos olhos.

–Maluco o suficiente para gostar de mim, isso sim. - Respondi.

– Porque não gostaria?

Ele sorriu e segurou minha mão.

– Olha, James. Eu já fiz muita besteira, me envolvi com gente que não devia, não sou uma pessoa muito legal por assim dizer. - Falei tirando minha mão da dele.

– Para, isso já é idiota. - Ele me encarou. - Eu não me importo se você já fez essas coisas, eu também tive problemas, e muitos...

– Problemas, tipo?

– Eu já tentei me matar se quer saber, já fugi, já passei fome, já usei droga...

– Se matar? Porque? - Cortei-o.

– Como já disse meu pai não é dos melhores, ele batia em mim e na minha irmã. - Ele respirou fundo. - Mas não era tapinhas, eram socos, chutes, dentre coisas piores. - Ele falou irritado. - Já me bateu tanto que eu desmaiei, e ele me jogou na água, acordei com a água entrando nos meus pulmões e quando saí. - Ele fez uma pausa seus olhos brilharam, parecia a ponto de chorar. - Ele pegou uma vara de roseira e me espancou.

Eu estava quase em lágrimas.

– P-porque ele f-fez isso?

– Porque eu disse que queria ser presidente, eu tinha 8 anos. - Ele respondeu com raiva, seus olhos quase em chamas. - Bom, chegamos. Ele se descontraiu um pouco.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora...



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