Of Life escrita por The Pudding


Capítulo 7
Only the Victorious are Bathed in Tomato Sauce




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3° Eu sabia que Peter me infernizaria até eu desistir de James.

Quando cheguei em casa tomei um banho frio, estava cansada, tudo aquilo me cansou.

Deitei em minha cama quente, amanhã era quarta e não tínhamos aula e sim um trabalho de música e passaríamos todas as aulas treinando para o espetáculo do dia das mães.

Eu ainda achava idiota, mas amava minha mãe e não queria ser a única a desistir.

{...}

Acordei cedo com 3 mensagens de James:

" Meri, o que houve? -J " 2h

" Meu pai está uma fera, gritou com minha mãe e eu ouvi seu nome na conversa, o que houve? -J " 2:45h

" Pelo amor de Deus! Mari você morreu? -J " 3h

Respirei fundo, eu estava ainda irritada com aquilo:

" Te conto na escola. -A "

Me arrumei, jeans escura, uma blusa de alça azul e botas de couro. Desci. Abri a geladeira, não tinha muita coisa, por fim comi cereal com leite. Minha mãe havia deixado uma lista de compras para mim, peguei e guardei em minha bolsa de franjas pretas. Fui para a garagem e dei partida em minha moto.

{...}

James estava me esperando onde eu sempre estacionava, seu cabelo castanho estava despenteado. Ele usava uma blusa vermelho-sangue, calça jeans escura meio rasgada e um tênis da Nike preto. Ele saiu da frente e pude estacionar.

Saí e dei um abraço nele e sentamos na moto.

– O que houve?

– Seu pai... seu pai...

Não conseguia falar estava com raiva demais e aquelas palavras ecoavam em minha cabeça.

– O que tem ele? - James perguntou me trazendo de volta a realidade.

– Ele me chamou de uma qualquer e disse que eu podia estar namorando com você só por dinheiro, como se eu me importasse com dinheiro. - Contei.

James não respondeu, mas pude ver a raiva em seus olhos.

Depois de um tempo ele perguntou:

– Ele te chamou de uma qualquer? Ele disse isso?

Fiz que sim com a cabeça.

– Ai Meri...

Ele me abraçou, pude sentir o pequeno espaço entre nós quando ele se afastou e me encarou nos olhos.

– Eu sinto muito... ele é um babaca! - Ele falou. - Sempre foi, por isso Sam se mudou...

Ele me beijou, um beijo doce e suave.

– Me desculpe, sério... eu sinto muito.

– Calma, eu só me irritei não é tão serio. - Falei. Ele me apertou de lado.

– Você é baixinha. - Ele disse em voz baixa.

– Eu sei disso.

Ele riu, e fomos para a aula juntos, abraçados. Ele se despediu de mim no corredor, eu fui para a aula de Botânica e ele para a sua. Eu tinha aula de Botânica uma vez por semana, fui para estufa número 3. A professora Silver estava esperando na porta.

– Finalmente! - Ela disse enquanto eu entrava.

Me sentei junto com minha dupla, Julio. Ele era um menino legal, do 3° ano; seu apilido era Botané, que em grego significa planta, mas eu aposto que quem o chama assim não sabe o significado; ele é chamado assim pois adora Botânica e Biologia. Seus cabelos longos e oleosos estavam amarrados formando um rabo de cavalo, seu rosto era cheio de espinha, mas no fundo ele era legal.

– Muito bem, todos presentes?

– Sim. - Respondemos como se fossemos crianças.

– Hoje vamos ter aula prática, eu quero que replantem essas plantas carnívora. - Ela apontou para os sacos que estavam na sua frente.

– Vocês tem 30 minutos, e não quero acidentes, ouviu Spick?

Algumas pessoas riram.

Me levantei e peguei um saco, e quase fui mordida, lá dentro havia uma planta verdes com "dentes", eu sem querer enfiara o dedo bem na sua "boca" mas tirei depressa. Julio me esperava já com um vaso na mão.

– Como vamos tirar daqui sem sermos mordidos e sem machuca-la? - Perguntei.

Ele pegou o saco e virou, no vaso. A planta caiu e ele virou-a rapidamente sem que ela batesse.

– Pronto, agora só molhar e por estrume. -Ele avisou.

Essa era a pior parte, botei as luvas e enfiei minha mão no saco de estrume que ele havia pego. Joguei um pouco e botei exatos 2ml de água para a planta. Já que ela já deveria estar molhada.

Julio terminou de ajeitar a planta.

– Professora? Acabamos. - Avisei.

Ela sorriu e disse um "muito bom" e foi para outra mesa, os outros estavam se saindo extremamente ridículos.

Alguns brincavam de enfiar o dedo na "boca" outros tentavam não quebra-la ela era bem delicada para uma planta carnívora, seu tronco era bem fino.

{...}

Dei um adeus para Julio e saí, havíamos recebido nota 10, só 4 pessoas conseguiram terminar no tempo e tivemos 18 plantas quebradas e 3 alunos mordidos.

Fui para a cantina. Julie e Liz me esperavam em nossa mesa habitual.

Fiz sinal para elas e fui para a fila comprar meu lanche. Peguei uma bandeja, coloquei: uma maçã, um suco de abacaxi e uma salada, quanto ia pegar o molho Beth veio em minha direção, só senti algo atingindo minha cabeça, algo molhado.

Toquei, era molho de tomate.

– Vaca!

–O que você disse? - Ela perguntou se fazendo de inocente.

– Sua vaca!

– Só estou vendo uma vaca aqui.

– Não sabia que tinha espelho na cantina, agora tem? - Retruquei. Eu queria dar um soco naquela cara nojenta dela.

Eu tinha que me controlar, eu tinha. Respirei fundo.

– Se me dar licença, eu tenho que comer. - Falei.

Eu não ia me importar, ia deixar bem claro que aquilo não me afeta. Ela ficou de boca aberta lá, mas eu não ligava. Peguei molho barbecau e fui para a mesa, me sentei. Mesmo que alguns ainda me olhassem.

–Aquilo foi... - Começou Liz.

– Demais! - Completou Julie.

Eu ri.

– Sera que ela ainda não aprendeu que eu não ligo? - Retruquei.

Liz e Julie começaram a rir.

Olhei e vi de relance Beth voltando a mesa e se sentando. Me juntei a Liz e a Julie e ri.

Mas ia ter troco, ia sim...


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora, eu tinha provas mas agora vou postar normalmente :3
Espero que gostem.



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