Of Life escrita por The Pudding
Entramos e fui recebida por Cleo, que era muito legal comigo.
Segui James e Sam por um corredor, até chegarmos à sala de jantar, que tinha uma enorme mesa de carvalho, um incrível lustre de cristal e paredes decoradas. Seus pais estavam um do lado do outro. Sua mãe usava um lindo vestido branco, que caia bem com seu cabelo castanho avermelhado; seu pai usava uma blusa branca e calças pretas, estava bem vestido e seu cabelo preto estava penteado em um pequeno topete e sua barba aparada. Sam se sentou ao lado de sua mãe, James do seu pai e eu do lado dele.
– Que prazer revela, America. - Falou sua mãe.
– O prazer é meu Sra. Prior. - Respondi educadamente.
– Pode me chamar de Brenda.
Sorri, ela era muito simpática. A entrada foi uma salada que estava deliciosa, entre conversa Peter, o pai de James me fez uma pergunta um tanto incomoda.
– Vocês estão juntos?
Olhei James, tentando achar uma resposta em seus olhos.
Ele sorriu.
– Bom...
– Sim, acho que sim. - James respondeu por mim.
Senti um alivio extremo.
– Acha? Como assim acha? - Seu pai perguntou.
Dessa vez foi James que procurou respostas.
– Nós, estamos juntos, porém não tínhamos certeza...
– É complicado. - James acrescentou.
Sua mãe sorriu e seu pai fez cara de pensativo. No prato principal eles comiam Lagosta com molho e manteiga, e para mim salada.
Sua mãe me encarou.
– Sou vegetariana. - Respondi a sua pergunta invisível.
A sobremesa era torta de amora, e estava ótima.
– America, quer dar uma volta? - James me perguntou.
Fiz que sim com a cabeça.
– Licença. - Falei me levantando.
James segurou minha mão e me levou corredor afora.
– Onde vamos?
– Surpresa...
Subíamos as escadas e eu sabia que era a parte onde tinham os quartos.
– James, onde estamos indo? - Perguntei.
– Meri, calma.
Respirei fundo e continuamos pelo corredor. Ele ia direrto para a janela. Abriu-a e saiu.
– Vem? - Ele perguntou estendendo a mão.
Ignorei e subi sozinha. Estávamos no telhado, não era alto, porém James começou a subir a escada de ferro que tinha ali, dando para um telhado maior e mais alto. Segui-o. Uma toalha azul, havia sido estendida ali. James se sentou e me esperou.
Senti ao seu lado, logo depois me deitando. O vento quente da noite batendo em meus cabelos, fazendo as árvores ali presentes se remexerem e dando vida ao imóvel. Olhei para as estrelas, estavam mais bonitas já que não havia uma nuvem no céu.
Me virei e encarei James, que se voltou para mim.
– É lindo. - Falei.
– Eu vinha aqui quando era pequeno, mas tinha me esquecido. - Ele olhou para o alto. - Você me fez lembrar sabia?
Corei e sabia que ele tinha visto.
– Meu pai vive contando dinheiro. - Ele falou, e voltou a me encarar. - Eu prefiro contar estrelas.
Sorri.
Comecei a ver direito as estrelas, encontrando algumas constelações. James as vezes apontava e me mostrava. Uma estrela cadente passou.
– Faz um pedido. - Falei rindo.
– Já fui atendido. - Ele retrucou.
Encarei-o. As estrelas sendo refletidas em seus olhos. Beijei-o, ele passou seu braço por mim me puxando contra si. Segurei seu rosto com minhas mãos pequenas. Ele se soltou.
– Não disse que fui atendido! - Ele retrucou rindo.
– Eu te amo, Meri.
– Eu te amo, James.
– Então grita para o mundo! Grite para que eles não tenham prova do contrário. Grite para eu poder ouvir. - Ele pediu.
Respirei fundo.
–EU TE AMO JAMES PRIOR! - Gritei.
– EU TE AMO MERI!
Comecei a rir, James me acompanhou no riso.
– Sem pontos finais?
Fiz que sim com a cabeça, dessa vez ele me beijou. Senti algo molhado tocar meu rosto. Pensei que fosse James chorando, me soltei e encarei-o.
– O que foi?
Começou a chover, o céu a pouco tempo nem nuvens tinha mas lá estava a chuva. James entendeu o problema mas apenas sorriu, se levantou e estendeu a mão.
– Sabe o que isso me lembra? - Perguntei.
– O que?
– High School Music.
Ele riu, segurou minha mão e me puxou para perto.
– Sinto muito mas não sei cantar, só dançar mas com cuidado. Podemos cair daqui.
Eu não ligava se ia cair ou não.
Podíamos estar à 100 metros de altura que eu não iria me importar. Ele segurou minha mão, e começamos a dançar. Subindo cada vez mais. Até que chegamos ao topo.
Eu era péssima dançarina, e James tomava cuidado. Então estávamos horríveis.
Ao chegar lá James se sentou, e eu ao seu lado. Dava para ver quase tudo dali, todas as luzes brilhavam. A chuva agora estava mais forte. Meus cabelos molhados estavam embaraçados e bagunçados. James continuava bonito, na verdade ainda mais.
Meu coração pulava ao ver todas aquelas luzes, os carros passando, sem nem nos ver, estávamos camuflados na escuridão da noite.
– Melhor entrarmos, você pode ficar resfriada. - James falou fazendo carinho em minha mão.
Fiz que sim com a cabeça e ele me ajudou a descer.
Passei primeiro pela janela, James veio logo em seguida.
– Quero te mostrar outra coisa. - Ele falou pegando minha mão e me levando para uma porta à esquerda.
Assim que abriu vi que era seu quarto; uma cama com um cobertor cinza, pardes brancas, uma escrivaninha e uma estante ocupando quase toda a parede, uma sacada molhada.
– Eu só queria que você visse o meu... mundo.
Sorri, eu sabia o que ele queria dizer com aquilo, queria que eu visse como ele é dentro de quatro paredes.
– Eu nunca mostrei para ninguém, mas acho que deveria...
Sorri.
Andei até a enorme estante, estava lotada de livros e CDs, entre eles Beatles e AC/DC, algumas operas. Os livros eram antigos, e alguns novos, vi uma coleção de Harry Potter. Me virei, ele estava sentado na cama.
– Eu...
– O que você está lendo ultimamente? - Corteio.
– Eu estava lendo Morte Súbita, acho a J.K uma escritora perfeita! - James falou rindo.
Sorri.
– Sem televisão... porque? - Perguntei.
– Acho chato, é tudo uma mentira.
Concordei com a cabeça.
Andei pelo quarto e vi um violino em um canto.
– Sou músico. - James falou antes mesmo de eu perguntar.
– Pode tocar?
Ele se levantou e pegou o violino, colocou sobre seu queixo forte e respirou fundo. As notas pareciam flutuar, era uma musica calma e bonita.
– Mozart...
– Você é incrível. - Falei.
Ele sorriu, e parecia orgulhoso de si mesmo por conseguir me impressionar.
*Toc *Toc
– Entra!
O pai de James apareceu na porta, estava com uma cara séria.
– America, creio que você deveria ir embora, já está tarde. - Sua voz rouca falou.
– Ah, sim...
James se levantou mas seu pai fez sinal para ele ficar.
– Eu a levo.
Desci junto ao pai de James, Peter. Ele abriu a porta de sua mercedes preta para mim e eu entrei. Ele se sentou e ligou o carro dando uma partida um tanto brusca.
– Eu gostaria de saber se realmente se importa com ele. - Peter falou.
–Sim, é claro.
Ele freou no sinal me jogando para a frente.
– Espero que entenda que eu devo tomar meus cuidados, afinal ele irá herdar minha empresa e não quero que ele seja manipulado por uma qualquer.
– Qualquer? O senhor bebeu? - Respirei fundo, eu estava prestes a dar um soco naquela cara velha dele. - Eu nem sabia que ele iria herdar algo, não sabia que tinha uma empesa, quer saber? Vou andando!
Não sei o que deu em mim, apenas lhe lancei meu melhor dedo, o do meio e senti raiva me consumir
O pai de James não respondeu e eu não queria ouvir, apenas abri a porta e saí, a noite estava mais fresca depois da chuva.
Fui andando para casa, não queria olhar pra trás. De 3 coisas eu tinha certeza:
1°- Eu realmente gostava de James, e sabia que ele sentia o mesmo.
2°- Eu realmente odiava Peter e queria que ele sofresse um acidente de carro e que ele sofresse.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que gostem, vou tentar fazer capítulos mais longos e postar com mais frequência. :3