Acordei cedo, me vesti rápido. Estava mais fresco. Desci, como sempre mamãe já tinha saido. Peguei uma fruta, maçã verde. Comi e peguei minha bolsa. Fui para a garagem e peguei minha moto. E assim, fui para a escola. Como sempre Beth e suas amigas estavam juntas na entrada.

– America, como vai seu namoradinho? - Perguntou Milly, uma amiga de Beth.

– Ele beija muito bem, né? - Retrucou Beth.

– Se está falando de James:

1) Ele não é meu namorado

2) Vai a merda. - Respondi e assim saí andando.

A escola da Califórnia não era grandes coisas comparada a outras.

Encontrei com Julie e Liz no corredor enquanto abri meu armário.

– Soube que você terminou com Vicent. - Falou Julie logo de cara.

– Ah, sim... terminei, porque?

Peguei meu livro de matemática avançada.

– E o James? - Perguntou Liz.

– Como assim "e o James" ? - Retruquei.

Elas riram.

– Todos já sabem America... - Avisou Julie.

– Eu não estou namorando com ele. - Respondi irritada.

– Somos só amigos.

– Não é isso que Beth está espalhando... ela diz que você 'roubou' ele dela, que você é a vilã, entende? - Contou Liz.

Fiz que sim com a cabeça e saí, dessa vez todos me encaravam no corredor. Taylor me viu e veio correndo junto com sua namorada, Molly.

– James está bem? - Ele perguntou.

– Taylor, juro que não sei. Mas acho que sim... - Falei triste.

– Quem sabe assim ele para de fazer besteira. - Retrucou Molly.

– Afinal, o que ele foi fazer naquela praia? - Retruquei.

– Pensar de acordo com ele. - Respondeu Taylor.

O sinal tocou, dei um tchau e fui para a aula.

{...}

Já estava na hora do almoço e fui sentar com Julie e Liz, mas Taylor, Molly e Julia se juntaram. Não sei porque eles quiseram sentar com a gente já que eram populares demais.

– Vocês estão no último ano? - Perguntou Liz.

– Sim. - Responderam Taylor, Molly e Julia juntos.

– Sem querer ser grossa, mas é que vocês são digamos muito populares e nós somos hm... Geek's? Geek's! - Falou Julie.

Nós realmente eramos geek's:

Liz era ruiva, alta, com olhos castanhos, magrinha e toca na banda da escola; muito fofa.

Julie é baixinha, magrinha com cabelos pretos e olhos verdes e era chefe do grupo protetor de borboletas, mas é bem bonita.

Já eu? Não sou assim, mas quando você anda com geek's você vira um geek.

– Acho que você pensa como se isso fosse um colmeia, e se isso fosse uma colmeia você seria operária só de pensar assim. - Respondeu Julia.

Sorri e terminei de comer meu pudim.

– Vou ao hospital... tchau gente. - Falei pegando minha bolsa de franjas preta.

– Até mais... - Respondeu Taylor. Fui andando até o hospital, afinal ficava perto da escola.

Caminhei por duas quadras.

{...}

– James está? - Perguntei a Sam que estava na recepção.

– America! - Ela gritou e veio correndo me dar um abraço.

– Shhhh! - Exclamou uma enfermeira.

Eu ri e Sam também.

– Vamos?

–Claro! - Respondi.

Pegamos o elevador e fomos para o 3° andar. James estava no quarto 3, assim que entrei vi um sorriso se iluminar em seu rosto.

– America! - Ele tentou se levantar mas se deteve à olhar para o lado. Um belo homem e uma bela mulher estavam sentados à seu lado.

– James! - Exclamei e fui lhe dar um abraço.

Ele riu.

– Não estou perneta graças a você! - Ele falou.

– Ia ser um perneta lindo! - Exclamei rindo.

– Eu ia ser o perneta mais gato do século!

– Não, James... Augustus é o perneta mais gato do século. - Falou Sam.

Sua mãe elevou os olhos e me avaliou de cima em baixo.

– Peter, vamos? - Ela chamou seu marido.

Seu marido se levantou e saiu junto a ela, deixando duas cadeiras. Sentei em uma e Sam na outra.

– Eu sabia que você ia vir. - Falou James, ele esticou a mão e balançou os cabelos castanhos.

– Claro! - Afirmei fazendo carinho em sua mão.

Ele estava acabado...

– Vamos fazer alguma coisa? - Ele perguntou com um sorriso suspeito.

– Estacionamento? - Sam perguntou.

– Estacionamento! - James respondeu.

Sam pegou uma cadeira de rodas e botou James lá e falou: - America, você leva ele, Ok? Sibilei um 'sim' e peguei a cadeira de rodas. Sam contou até 3 e saímos correndo.

Um médico veio atrás da gente, Sam o derrubou... Viramos a esquerda e demos de cara com uma rampa. James morria de rir e descemos correndo.

Eu me apoiando na cadeira de rodas, retirei o pé do chão e gritei bem alto:

– Me sinto como uma estrela cadente! - Uma frase de um livro que eu amava.

James riu e Sam vinha correndo atrás da gente.

Chegamos na entrada e passamos voando pelo balcão da recpeção, a porta de abriu e saímos no estacionamento. Paramos um pouco.

– Estrela cadente? - Perguntou Sam.

– Livre para cair onde quiser. - Respondi. James sorriu.

– Espero que caia na minha casa. - Ele falou respirando pesadamente.

– Sonhe um pouco menos, maninho. - Retrucou Sam bagunçando o cabelo de James.

– E então? - Perguntei, eu sabia que tinha sido muita adrenalina descer aquela enorme rampa mas e agora?

Sam riu.

– Empurre James...

Comecei a empurra-lo até que escorreguei, o chão estava bem molhado. James riu e Sam também. Eu me juntei a eles rindo da minha própria queda. Me levantei e comecei a correr me apoiando na cadeira de James, me sentia livre a cada minuto.

– Eu empurro agora - Falou Sam estragando minha felicidade mas não reclamei apenas saí.

Senti uma mão no meu pulso, me virei James me segurava e me deu um puxão, caí em seu colo.

– Pode ir Sam. - Ele falou sorrindo.

Dali era mais assustador, parecia que eu ia cair mas James me segurava, uma corda bamba mas firme. Em uma curva, me aguarrei mais a James e ele sorriu. Minhas pernas balançavam ao vento, de repente Sam parou.

– Vocês pesam hein? Sorri.

– Vamos comer algo? A comida daqui é horrível. - Falou James fazendo cara de nojo.