A Descoberta de Lílian Evans escrita por Gih Weasley


Capítulo 1
Capítulo 1 - Lílian Evans


Notas iniciais do capítulo

Lumos
HELLO PEOPLE! E se você está se perguntando se eu estou animada, a resposta é sim! Essa é minha primeira fanfic e eu espero que vocês realmente gostem dela. No inicio era para ela ser uma One Shot, mas eu me empolguei e ficou muito grande, então eu dividi em, mais ou menos, seis capítulos. O nome de cada capítulo vai ser o nome da pessoa que o narra.
E não se esqueçam de comentar, criticas construtivas sempre serão bem vindas.
E também não se esqueçam de ler as notas finais.
BYE!



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Meu nome é Lílian Evans. Atualmente vivo na Escócia, na cidade de Edimburgo. Um lugar realmente lindo, uma inspiração viva para minhas histórias amadoras que escrevo como hobby. Trabalho como uma simples bibliotecária no centro da cidade.

Mas nem sempre foi assim.

Pareço como uma pessoa normal, ando como uma pessoa normal e ajo como uma pessoa normal, mas de normal não tenho nada. Eu sou uma bruxa que preferiu viver como uma trouxa (pessoa desprovida de poderes mágicos), que acha que uma vida simples e sem nenhuma emoção é o ideal.

Eu estudava em uma das melhores escolas de magia e bruxaria, Hogwarts. Todas as crianças bruxas anseiam por chegar aos onze anos e estudar nessa escola, exceto eu. Na minha família eu sou a única bruxa e só tomei conhecimento disso exatamente aos onze anos. E eu odeio aquele lugar com todas as minhas forças.

Minha irmã Petúnia resolveu cortar a amizade que tínhamos antes quando descobriu que eu era uma bruxa, ela me achava uma aberração. Na escola ninguém notava em mim, ninguém falava comigo, ninguém me chamava para sair, ninguém nem ao menos me tirava do sério naquele lugar. Eu não tinha amigos. Minha vida virou um inferno por causa dessa magia que existia em mim e eu não podia simplesmente largar a escola, eu tinha que aprender a controlar meus poderes se não colocaria toda a identidade da comunidade bruxa em perigo. Os trouxas, de forma alguma, podiam nem se quer cogitar a idéia de que nós existíamos.

Por abominar tanto esse universo mágico, que eu decidi viver uma vida normal, como uma trouxa.

Vivo sozinha aqui, nunca tive nem sequer um amigo minha vida toda depois que eu descobri meus poderes. Quer dizer, eu tenho um amigo. Só um. Ele vem me visitar uma vez por mês. O nome dele é Derek Abel. Eu fiquei amiga dele no último ano de Hogwarts. Um aluno da Corvinal. Geralmente ele me vem dizer noticias sobre minha irmã que não vejo há anos e sobre a Inglaterra. Outra coisa que eu odeio é a Inglaterra. Palco da minha adolescência solitária.

Estou lendo um livro de William Shakespeare, Sonhos de Uma Noite de Verão, meu preferido, quando escuto alguém bater na minha porta.

- Está aberta. – digo.

- Olá Lílian, como vai? – Hoje é o dia da visita mensal que Derek faz a mim.

- Como sempre. E você? Notícias da Túnia?

- Já lhe disse para não a chamar assim, não faz bem ficar tratando ela como se ainda fosse aquela irmã meiga que você tinha no passado. Bem, respondendo sua pergunta, ela está ótima. Pelo o que eu pude observar, ela está prestes a se casar com um gordo bigodudo.

- Se casar? Derek, minha irmã vai se casar?! Eu preciso ir para a Inglaterra o mais rápido possível, pode não dar tempo de ver a...

- Chega, Lílian! – Derek deu um berro que me assustou – você não vai a lugar algum, não vai sair daqui, está me entendendo?

- Como assim não vou sair daqui? Eu vou para onde eu quiser – respondi brava.

- Não, você não vai. Você já se esqueceu das coisas que aconteceram naquele país? Das pessoas que te rejeitaram? Lembra que ninguém ligava para a sonsa da Lílian Evans quando você morava lá?! Quem foi a única pessoa que te apoiou? Hein?! Me diga! Pois eu te falo, se você colocar os pés naquele maldito lugar você nunca mais verá meu rosto novamente! – Derek gritava muito a ponto de me deixar assustada, e a essa altura meus olhos já estava cheios de lagrimas com as cicatrizes que essas lembranças me deixaram na alma. – Me responda! O que você vai fazer?!

- Vou continuar aqui – falei tão baixo que mal pude me ouvir.

- Repita!

- Eu vou continuar aqui! – agora eu gritei como ele também e lágrimas quentes escorriam pelo meu rosto.

- Eu só faço isso para te proteger, você sabe. Aquele país não te faz bem, nada nem ninguém lá. – disse ele.

- Eu sei, obrigada, Derek. Você é um verdadeiro amigo. – quando eu disse isso ele levou a mão aos cabelos e os arrepiou – Ei, isso o que você fez me lembrou de alguém.

- O que, que eu fiz?

- Esse jeito que você arrumou o cabelo, me fez lembrar de um garoto que estava no mesmo ano que nós em Hogwarts. Eu acho que o nome dele era... Jeremy... Não... John... Também não... já sei! O nome dele era James, James Potter. Não sei se você lembra...

- Não! Claro que não. Nunca ouvi esse nome. Vou te fazer um chá, o seu preferido. Acho que você está começando a ter devaneios. – tirando a varinha do casaco de inverno, com um gesto ele materializou uma xícara com um líquido fumegante dentro.

- Mas eu tenho certeza que existia um garoto com esse nome em Hogwarts...

- Lílian, só tome o chá está bem?

- Tudo bem. – disse a ele. Sempre que ele vinha aqui me dava o mesmo chá e depois ia embora, mas eu já estava enjoada daquele sabor e também não queria que saísse.

- Se eu tomá-lo você irá embora como faz toda vez. Não quero que sua visita acabe tão rápida.

- Mas eu quero, Lílian. Eu sou um auror do Ministério, e se sua memória não lhe falha, esse é um emprego muito exaustivo e que ocupa boa parte da minha rotina e eu não tenho o dia inteiro para dar atenção a uma amiga solitária. Já faço muito vindo aqui uma vez por mês. Agora tome esse maldito chá para eu ir embora.

- Quer dizer que você só vem aqui para me dar um chá? O que tem nele? Alguma poção para me deixar maluca?!

- Eu só quero criar uma tradição a qual você possa se apegar, já que ninguém se importa com você além de mim. – Derek, por mais que fosse meu amigo, parecia sempre ressaltar que eu não tinha ninguém.

- Desculpe, acho que entendi as coisas do modo errado.

- É, realmente. – ele se virou para pegar alguma coisa em sua pasta que ele tinha deixado sobre uma cadeira. Naquela hora joguei o chá, que se eu encostasse nos lábios me faria ficar enjoada, na planta ao lado. – Já tomou tudo?

- Sim, como você disse, é o meu preferido. – ele parecia um pouco desconfiado.

- Beleza, então. Estou indo, passo aqui mês que vem para te ver de novo. Que Merlim te proteja. – e sem ao menos me dar um abraço de despedida, foi embora.

Continuei minha leitura durante a tarde toda. Amava ler. Após fechar o livro notei que algo de errado havia com a planta que eu tinha despejado o chá. Ela parecia quase morta, todas as folhas tinham caído e ela estava em um tom verde fraco que beirava a cor da palha. Eu não tinha colocado nada de diferente na planta além do chá.

Será que minha hipótese maluca do Derek estar me dando algum tipo de poção era verídica?

Para solucionar as duvidas fiz algo que nunca pensei em fazer nessa minha vida nova. Fui até meu quarto e tirei de debaixo da cama meu antigo malão de Hogwarts e peguei meus velhos livros de Herbologia. Fiquei um bom tempo procurando os diversos efeitos que distintas poções poderiam causar em plantas até achar um trecho que poderia ajudar com o meu caso. “Sempre que algum desconhecido lhe oferecer algo para beber e até mesmo comer, cheque antes de consumi-lo. Você pode fazer isso de duas formas: a primeira é tentar detectar se há alguma poção na composição do líquido ou comida com um feitiço simples que extrai a substância invasora. Basta murmurar: ‘pocionrevilli’ e em seguida analisar a poção. A segunda maneira é jogar o líquido ou enterrar o pedaço da comida na terra de uma planta no vaso, a partir daí é só observar os efeitos que causam a planta, esses seriam, provavelmente, os mesmos efeitos que causariam em você. Se quiser tirar a poção que você jogou ou enterrou na planta basta murmurar o mesmo feitiço citado a cima para a primeira forma.”

Fiquei um pouco confusa após ler esse trecho. A planta não parecia nada bem depois que joguei nela o chá. Será que Derek queria me causar aquele efeito? Obviamente que não, ele era a única pessoa que eu podia confiar, nunca me faria isso. Ou faria?

Decidi tirar a prova. Peguei minha varinha que não usava desde do tempo da escola, ou seja, a um ano. Fiquei um pouco nervosa, não gostava de usar magia. Apanhei também um recipiente para colocar a poção retirada. Fui até o vaso e murmurei “pocionrevelli” e um liquido roxo saiu dele para a vasilha. Eu não podia acreditar, realmente havia uma poção no chá. Estudei cada composição durante mais de quatro horas e a essa altura já era meia noite. Finalmente descobri. Era uma poção realmente difícil de se fazer que servia para manter os efeitos de uma alteração de memória. Como assim? Derek alterou minha memória e para me manter assim ele me dava aquele chá uma vez por mês? Não podia ser. Ele é meu amigo, nunca faria isso. Nunca. Se ele fez mesmo isso só vou descobrir se eu fizer um antídoto para reverter isso. Depois de mais duas horas procurando pelos meus livros esse antídoto, finalmente encontro.

Ingredientes

- Duas folhas de um salgueiro com mais de cem anos

-Essência de tulipas

- Suco de duas mandrágoras

- Um metro de pele de cobra persa

- Couro de um rato ainda com pelos

-Memória feliz de outra pessoa (ingrediente mais importante, se certifique que a memória seja realmente feliz em uma penseira, se não os efeitos serão contrários)

Modo de Preparo

Em um caldeirão com água fervente, jogue as duas folhas de salgueiro e logo em seguida acrescente a essência de tulipas e o suco de mandrágoras. Deixe cozinhando por cinco minutos, sempre em temperatura alta. Amasse a pele de cobra que, por ser persa tem uma pele mais gelatinosa, acrescente ao caldeirão e mexa. Pegue o couro de rato, raspe todos os pelos fora com uma faca, corte o couro em cubinhos e jogue no caldeirão seguido dos pelos que você raspou. Misture tudo muito bem por mais cinco minutos. Coloque a poção em um copo e por último acrescente a memória feliz e beba sem hesitação. Os efeitos começam imediatamente após a ingestão.

Só existia um lugar que eu sabia que eu podia encontrar tudo o que precisava: o Beco Diagonal. Sendo assim tomo minha decisão. Eu vou para a Inglaterra.


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Notas finais do capítulo

Na parte da poção que tem o ingrediente "couro de rato", sim, eu pensei no Rabicho e resolvi ser malvada nessa parte "corte o couro em cubinhos e jogue no caldeirão seguido dos pelos que você raspou."
MAS EU JURO QUE EU SOU UMA PESSOA NORMAL, NÃO TENHO NADA DE PSICOPATA! HUEHUEHUEHUE
E me digam se vocês gostaram!
Até o próximo cap!
Nox



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