O Começo: O Que Aconteceu Antes da Escolhida? escrita por Stravinsky
– Ouçam! - disse Louis - Ouçam irmãos! Essa é uma história antiga e graças a escritores e historiadores, essa história nunca irá se perder! Agora, todos em silêncio para que eu conte a história!
Ninguém mais se mexeu após Louis dizer isso.
– Há muitos anos, a mãe natureza ficou doente e percebeu que precisava ter outra pessoa que pudesse dividir seu dom e assim, um dia recuperar seus poderes - disse Louis - Então, ela própria escreveu um livro que ela o chamou de “A Origem dos Quatro Elementos” e jogou na terra, para assim, ela ver quem poderia ser perfeito a ter os mesmos poderes que ela.
Ele tira um livro do bolso.
– Aqui está a prova - disse Louis - Com certeza de que vão achar interessante.
Ele abre o livro e deixa no chão, saindo de cena. Mary entra e “encontra” o livro.
– Oh! - disse Mary - Um livro! A Origem dos Quatro Elementos, com certeza irei ler!
Mary sai de cena e Louis entra em seguida.
– Essa é Ellen - disse Louis - Ela é a rainha de uma cidade. Essa cidade é muito antiga, mas ao contrário do que todos pensam, é uma das cidades mais avançadas que existiam. Sendo antiga e com muita tecnologia, acabou sendo escondida de todos. Essa cidade ficava em baixo da terra, sendo que o rei era um sujeito medonho e terrível. Este rei, Wallace, queria ter um filho que pudesse transformar no príncipe perfeito, mas nem tudo eram flores no inicio.
Louis ficou no fundo do palco enquanto Mary e Flamin entraram ao mesmo tempo no palco.
– Querido, eu... Eu estou grávida - disse Mary.
– Grávida? - perguntou Flamin - Não! Não é possível! Porque agora? Eu precisava descobrir o segredo dos quatro elementos e então... Eu poderia ser o perfeito rei!
– Bom... Você pode ter um herdeiro - disse Mary.
– Herdeiro? - perguntou Flamin - Um príncipe! Sim! Sim! Perfeito! Eu preciso arrumar o castelo para a chegada do meu herdeiro... Meu filho!
Flamin saiu do palco, deixando Mary sozinha por alguns segundos. Ela saiu do palco e Louis voltou para a frente.
– O herdeiro que Wallace tanto queria, acabou sendo uma herdeira - disse Louis - Uma garota que sua mãe a deu o nome de Lily, que a mãe natureza acabou abençoando. Por causa que sua mãe havia lido a Origem dos Quatro Elementos, sua filha acabou nascendo com esse mesmo dom.
Louis saiu de cena e Mary entrou, segurando um pano que parecia um bebê.
– Essa é minha filha! - disse Mary - Minha filha nasceu com a benção da mãe natureza e por isso, será a pessoa mais feliz e carinhosa do mundo. Lily, logo você terá o amor de seu pai e eu.
Mary finge ficar tonta.
– Eu... Eu não me sinto bem - disse Mary. Ela vai caindo no chão - Eu acho... Isso é muito estranho... Minha filha...
Mary cai no chão e chega Flamin, tirando o pano dos braços da garota.
– Sim! Sim! - disse Flamin - Minha filha! Ela vai ser o futuro dessa cidade e eu sei que ela é abençoada pela mãe natureza, e com isso, vai me tornar o rei mais poderoso da terra. Está ouvindo mãe natureza? Você não pode me impedir!
Flamin sai de cena e a luz acendeu novamente em Louis.
– Sim - disse Louis - Passaram-se 18 anos e Lily, agora crescida, está presa por seu pai no castelo que ele chama de lar. Ele usa seus poderes todos os dias para tornar a cidade cheia de alimentos e um bom tempo. Agora, vou deixar a história se contar sozinha.
Louis sai do palco. Sam se vira para Mia.
– Agora é sua vez! - disse Mia.
– Eu não consigo! - disse Sam.
– Você consegue sim! - disse Mia.
– Pega fôlego que você consegue - disse Bruno. Ele beija Sam - Te vejo no palco.
Sam riu e foi para o palco.
– Pai, você está ai? - perguntou Sam.
Flamin entra em cena.
– O que é, minha filha adorada? - perguntou Flamin.
– Pai, eu acho que estou muito tempo aqui - disse Sam - Quero sair e explorar a cidade.
– Querida, pessoas como você não podem sair pela rua como se fossem passear no parque - disse Flamin - Você vai ficar aqui, porque a cidade precisa de você e eu preciso desse poder.
Victor observa a peça e vai tirando um fósforo do bolso. Uma máquina que estava dentro de sua mala começa a fazer chiados.
– Acalme-se - disse Victor - Logo vai fazer o estrago que você quer fazer.
Alguém bate na porta. Victor abre e vê que é Sweet.
– Eles já começaram? - perguntou Sweet.
– Sim, Sam está em cena - disse Victor - Temos que ser rápidos. O grupo já está nos esperando?
– Eles estão prontos e vão vir nos ajudar quando pedirmos - disse Sweet - No que eu posso ajudar?
– Veja se não há ninguém enquanto eu ligo a máquina - disse Victor.
Sweet foi até a porta que dava para os bastidores e percebe que Mary, Nick, Justin e Julieta estavam naquela parte do palco.
– Tem alunos ali, Victor - disse Sweet.
– Quantos? - perguntou Victor.
– Quatro - disse Sweet - Você não disse que ia por em prática o plano quando a peça terminasse?
– Disse, mas estamos sem tempo - disse Victor - Quanto mais cedo, mais rápido teremos o elixir. Mande os alunos para o outro lado do palco.
– Mas como? - perguntou Sweet.
– Você é o diretor! - disse Victor - Você dá um jeito!
Sweet vai até os alunos.
– Diretor? - perguntou Nick.
– Queridos, vou pedir que vão ao outro lado - disse Sweet.
– Porque? - perguntou Julieta.
– O sr. Flamin me pediu para trazer uma surpresa para vocês, mas ninguém pode ver - disse Sweet.
– Ah! Entendi! - disse Justin - Estamos indo.
– E não contem a ninguém! - disse Sweet.
Os alunos foram saindo, enquanto Victor liga a máquina. Uma grossa fumaça começa a sugir.
– Isso! Muito bom! - disse Victor - Continue! Mais fumaça!
Um vulto rápido sai de Sam e vai para a máquina. Era Nut. Sweet percebe que há algo errado com a máquina.
– Victor, tem algo errado - disse Sweet.
– Deixe de bobagens, Eric - disse Victor.
A máquina vai perdendo o controle e explode. Todos no auditório ouvem o som da explosão, fazendo a peça parar.
– O que foi isso? - perguntou Sam.
A explosão acaba lançando faíscas para todos os lados e assim, a cortina começa a pegar fogo, assim como parte dos bastidores.
– Fogo! - gritou alguém.
Flamin se vira e percebe o fogo, que ia se espalhando rapidamente.
– Todos para fora! - gritou Flamin.
As pessoas, em pânico, correram para fora. Os alunos vão encontrando seus pares, enquanto Bruno não encontrava Sam.
– Sam! - gritou Bruno - Sam!
A fumaça acabou ficando pior, sem que ninguém conseguisse ver nada. Mia vai procurando Max pelo lugar.
– Max! - gritou Mia - Max, cadê você?
– Mia?
– Nick, me salva! Eu estou com medo!
– Meu Deus Mary! Como você é medrosa!
– Ei! Aqui está pegando fogo! Justin!
– Acalmem-se todos!
– O auditório está pegando fogo! Quer que a gente fique calmo?
Mia encontra Max e os dois se abraçam.
– Você me deixou em pânico! - gritou Max.
– Eu sei! - gritou Mia - Vamos sair daqui!
Do nada, Max perde a mão de Mia.
– Mia? - perguntou Max - Mia! Mia, cadê você?
Sam cai no chão, se arrastando pelo palco. Ela observa uma luz azul na sua frente. Era Nut.
– Sam.
– Nut? - perguntou Sam.
– Sam, me siga. Sua amiga está em perigo.
– Mas eu preciso achar o Bruno! - disse Sam.
– Sam, não há tempo! Sua amiga...
– Por favor, Nut! - disse Sam - Me ajude!
Nut parou e pensou. Bruno não estava muito longe. Nut foi até ele, sendo que o aluno estranhou aquilo.
– O que é isso? - perguntou Bruno - Eu estou morrendo?
– Bruno, venha ajudar Sam.
– Sam! Cadê ela? - perguntou Bruno.
– Me siga.
Bruno foi seguindo a luz azul e encontrou Sam no chão do palco.
– Sam! - disse Bruno.
Ele pegou a garota no colo, a levando para fora do auditório. Todos os outros alunos estavam lá, junto com os pais.
– Você está bem? - perguntou Bruno.
– Sam! Mia!
Enquanto Sam vai tossindo, Max está no lado de fora, desesperado.
– Cadê a Mia? - perguntou Max, desesperado.
Victor e Sweet levam Mia, que estava com um capuz preto cobrindo a cabeça e estava desmaiada graças a fumaça. Eles a levam para a casa de Anúbis, sendo que havia uma grande fumaça negra no céu.
– Maldição! - disse Sweet - Perdi meu auditório!
– Esqueça isso agora, Eric! - disse Victor.
Eles vão indo ao porão, onde há um altar montado e várias pessoas ao redor. Assim que eles colocam Mia no altar, eles tiram o capuz.
– Mas o que? - perguntou Victor.
– Essa não é Samantha, é Amélia! - disse Sweet.
– E você acha que eu não percebi, Eric? - perguntou Victor.
– E o que vamos fazer agora. Victor? - perguntou uma das mulheres.
– Vamos sacrificar ela - disse Victor.
– Victor, não! - disse Daphne - Isso não estava nos planos! Ela não é o Coração Puro!
– Nós não temos opção! - disse Victor - A lua vai estar em seu ponto em pouco tempo! O auditório está pegando fogo! Não temos como voltar lá, sequestrar a Samantha e devolver Amélia sã e salva!
– E se ela não tiver coração puro? - perguntou um dos homens.
– Então estaremos perdidos - disse Victor - Vamos nos preparar e muito rápido! Os alunos logo vão perceber a falta de alguém e porque o diretor não está lá.
Eles se separaram. E... Max anda de um lado para o outro, desesperado, enquanto os bombeiros haviam chegado e estavam tentando apagar o fogo. Várias ambulâncias estavam no lugar, tratando de quem havia respirado muita fumaça.
– Ela deve estar lá dentro ainda! - disse Max - Eu vou lá!
Um enfermeiro e Bruno o seguraram.
– Não! Não, você não vai! - disse Bruno - Se for lá, vai respirar mais fumaça e pode morrer!
– Eu estava com ela! - disse Max - Eu abracei ela! Isso pode ter sido meu último contato com ela! Eu preciso ir lá dentro!
– Max! Não! - disse Justin - Ela deve estar te esperando escondida e não ia querer que você fosse lá dentro se matar!
– Isso não é Star Wars, cara! - disse Nick.
– Sam!
– O que? - perguntou Sam.
– Sam! Venha comigo!
– Sam, você está bem? - perguntou Bruno - Não está ferida?
– Não! - disse Sam - Nut! Ela sabe de algo!
– Nut? O que é Nut? - perguntou Max.
– Nut quer me guiar! - disse Sam.
– Acho que a Sam respirou fumaça demais - disse Raina.
– Raina! - disse Louis.
– Nut é a mãe dos deuses egípcios! - disse Sam - Ela quer me proteger e Mia sabe disso!
– Sam, tem certeza que está bem? - perguntou Julieta.
– Você tomou algo antes da peça começar? - perguntou Justin.
– Eu não sou louca! - disse Sam.
– Ela está certa.
Eles olharam para trás. Era Charles, com seus irmãos e sua mãe ao lado.
– Quando ela quiser, Nut poderia descer a terra e proteger algum mortal - disse Charles - E esse mortal, seria protegido de todo o mal que ele pudesse ter. Sam, tente falar com Nut, salve minha irmã... Por favor!
Sam olhou para Max.
– Por favor - disse Max - Eu amo ela.
Sam balançou a cabeça positivamente e fechou os olhos.
– Sam!
Ela abriu os olhos.
– Nut!
– Onde? - perguntou Nick.
O espirito azul aparece na frente de Sam. Todos olharam, estupefatos.
– Uau - disse Charles.
– Vocês conseguem ver ela? - perguntou Sam.
– Essa é Nut? - perguntou Justin.
– Sim - disse Nut - E precisamos correr. Mia está em perigo. Victor e Sweet a sequestraram em vez de você, Sam.
– Victor? - perguntou Elsa - E o próprio diretor? Porque diabos eles fizeram isso com a minha filha e porque iriam fazer isso com a Sam?
– Anúbis - disse Nut - Ele quer o coração mais puro da casa de Anúbis e a escolhida foi a Sam, mas o incêndio, causado por Victor e Sweet, acabaram fazendo que Mia fosse sequestrada.
– Ok e cadê ela? - perguntou Max.
– Você quer seguir adiante, Max? - perguntou Nut - Você se decidiu?
Max suspirou.
– Sim e eu amo a Mia - disse Max.
– Ótimo - disse Nut.
– Espera, o que houve? - perguntou Sam - É essa a razão pela qual você e a Mia nunca namoraram?
– Há algum tempo atrás, eu pedi a Mia em namoro porque percebi que ela era especial para mim - disse Max - Mas ela trocou de colégio e por isso, eu a perdi. Eu vim para cá, seguindo ela, mas eu tinha medo de a perder novamente e por isso eu nunca a pedi em namoro. Mas agora eu percebi, que eu não vou perder ela! Eu vou salvar ela!
– Isso é que um namorado dedicado! - disse Mary - Nick, porque você não é assim?
– Nós não estamos namorando - disse Nick.
Eles pararam um pouco.
– Mas agora estamos - disse Nick.
Do nada, os dois se beijaram. Todos se surpreenderam.
– Nossa - disse Raina.
– Queridos, eu não sou a deusa das paixões e temos que salvar ainda mais uma pessoa - disse Nut.
– Onde ela está? - perguntou Max.
Nut foi indo para longe do auditório e os alunos a seguiam. Elsa ficou com Charles, Cody e Thiago do lado de fora do auditório, quando várias viaturas policiais chegaram. Os policiais foram até Elsa.
– Senhora, o que houve aqui? - perguntou um dos policiais - Recebemos a ocorrência de um sequestro.
– Sequestro? - perguntou Elsa. Ela olhou para os alunos e viu Mary guardando o iPhone em um bolso - Minha... Minha filha está desaparecida. Ela estava lá dentro, mas todos os alunos já saíram. Me ajudem a encontrar ela!
– Calma senhora! - disse um dos policiais. Ele se vira para outro policial - Temos uma garota desaparecida e um incêndio misterioso que ninguém sabe como começou. Quero que você, novato, cuide da senhora e saiba como a filha dela é. Sanches, Igor e Tavares, falem com os bombeiros e deem um jeito de invadir aquele lugar que vamos procurar a garota lá dentro.
– E você, chefe? - perguntou Sanches.
– Vou descobrir como aconteceu aquilo - disse o chefe.
E... Nut leva os alunos até a casa de Anúbis, onde a lua estava quase no topo do lugar.
– A casa de Anúbis? - perguntou Julieta - Eles estão aqui?
– Em baixo da terra - disse Nut - Eu só posso chegar até aqui. Sam, é com você agora. Os professores vão fazer de tudo para te impedir e eu só posso te proteger.
– Pode deixar - disse Sam.
Nut voltou ao corpo de Sam, sendo que ela sentiu um arrepio.
– Eu vou estar ao seu lado o tempo todo. Anúbis não pode me desrespeitar.
– Bom, e qual é o plano, chefe? - perguntou Justin.
– Ele quer a mim, não é? - perguntou Sam.
– Sam, nem pense se entregar a Anúbis - disse Bruno - Eu não iria viver sem você.
– Mas é claro que eu não pensei nisso - disse Sam - Anúbis não pode desrespeitar Nut, já que ela é mãe dos deuses.
– No que está pensando, querida?
– Não é só a Mia que pensa planos malucos - disse Sam - Gente, agora é para valer. É morrer ou ganhar.
– Não quero morrer! - disse Nick - Tenho ainda muitas garotas para namorar!
– Seu safado! - disse Mary.
– Eu não estou nem ai do que o Victor vai falar - disse Sam - A Mia é nossa amiga e por isso, nós vamos salvar ela... Nem que seja a última coisa que nós façamos.
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