Remanescentes. escrita por Ilana Silva


Capítulo 5
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

ainda existe alguém lendo essa fic?
DESCULPAS POR NUNCA MAIS TER POSTADO!, Ou olhado os REVIEWS.
perdi completamente o controle do meu tempo e fiquei sem tempo para nada, só para o básico.
como sempre espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/529621/chapter/5

Bruce não olhou para mim literalmente, nenhuma vez, parecia que estava fugindo da cruz, de resto parecia que tudo na escola tinha voltado ao normal, tirando uma menina do terceiro ano que passou todos os horários me observando na escola. Laura me acompanhou de volta para casa ela iria dormir comigo já que no dia seguinte era sábado e tínhamos combinado de ir à nova boate Diabolic’s, quando eu simplesmente viajei.

Dessa vez a visão mudou novamente agora eu via um grupo de pessoas todas marcadas com runas enfrentando algo que de inicio eu não conseguia entender o que era, parecia um cachorro só que ele tinha o rosto dividido em dois, seu corpo ficava mudando de forma de solida para algo próximo ao gelatinoso. Eles lutavam com uma precisão inacreditável, nas mãos carregavam espadas, adagas e uma lamina que parecia brilhar com uma intensidade sobrenatural. Acordei com Laura me chamando dizendo que a nossa estação tinha chegado.

Quando cheguei a casa liguei para Caleb o chamando para ir à Diabolic’s no dia seguinte comigo.

– também preciso falar com você sobre o novo sonho que tive. –falei quando ninguém estava escutando.

– okay! Passo por ai lá para as dez horas. –Caleb respondeu animado.

Antes que Laura pudesse escutar alguma coisa desliguei o telefone. Passamos a noite conversando sobre as novas vitimas dela. Foi uma conversar bem fácil, ela nunca perguntava sobre mim e eu mesma evitava falar. Enfim adormecemos exaustas de mais. Naquela noite sonhei com uma nova runa, acordei em cima do desenho dela, que eu não me lembrava de ter feito, só faltava estar ficando sonambula. Dessa vez tinha uma palavra escrita ao seu lado, VISÃO. Escondi o novo desenho junto do outro debaixo do meu colchão para mostrar a Caleb da próxima vez que ele vinhesse aqui em casa.

Precisamente às dez horas a campainha do apartamento tocou minha mãe que foi abrir a porta, enquanto eu e Laura terminávamos de nos arrumar. Meu pai tinha insistido em nos levar, porém, eu e Laura conseguimos o fazer esquecer essa ideia, decidimos ir de taxi mesmo. Na porta estava Caleb que minha mãe olhava com um ar reprovador. Meu pai sentado no sofá o cumprimentou com um aperto de mão.

– elas estão acabando. –meu pai o confortou. Ao mesmo tempo eu e Laura entravamos na sala.

Laura estava vestindo um vestido preto bem justo, que eu não sabia como tinha entrado nela. Eu preferi um short de cintura alta da cor azul marinho com uma blusa de paetê preta. Caleb nós esperava sentado ao lado do meu pai. Ele vestia uma calça jeans e um moletom branco. Minha mãe olhou dele para mim e repetiu o gesto varias vezes antes de sairmos. Caleb tinha saído na frente para chamar o taxi me deixando sozinha com Laura que me encheu de perguntas.

– quem é esse? –ela me perguntou sem tirar os olhos de Caleb.

– um amigo da família. –menti.

– e porque você nunca me apresentou? – ela olhou para mim acusatoriamente.

– porque ele se mudou para cá essa semana. –menti novamente, estava ficando boa nisso.

– ele é gatinho. –Laura falou, piscando o olho para mim e demostrando interesse em Caleb.

– vamos meninas! –Caleb chamou quando o táxi parou de frente a entrada do prédio.

Laura colocou Caleb no meio entre nós duas. Ela passou a viajem inteira tentando puxar assunto com ele. Caleb fazia de tudo para entender o que ela estava falando, mas dava para perceber que ele não fazia a mínima ideia.

Quando chegamos à boate, vi novamente o símbolo que antes estava no letreiro do Pandemônio. Antes que eu pudesse mostrar a Caleb, Laura já o estava puxando para dentro da boate.

– a gente tem que esperar a Valentina. –o escutei falando.

Todos os nossos amigos já tinham chegado e estavam esperando por nós perto do bar. Isa me perguntou se eu sabia se o Bruce viria à boate também. Tinha me esquecido que o Bruce também tinha sido chamado, mas como os amigos dele ainda não tinham chegado era difícil dizer se viria.

– não sei Isa. –respondi com sinceridade, mais alto que o som.

Laura estava apresentando Caleb a todos os nossos amigos, de vez em quando ele me mandava um sorriso e não conseguia deixa de retribuir. Mily estava lá também e tinha me chamado para dançar. Eu estava na pista de dança quando Caleb conseguiu se livrar de Laura.

– você dança comigo? –Caleb me perguntou olhando de mim para Mily.

– vai lá amiga, antes que a Laura consiga matar ele. –não conseguir segura o riso.

Caleb tinha me puxado para o meio da pista, enquanto eu via a Laura o procurando no bar. Mily tinha sido chamada por um menino e tinha voltado para a pista.

– sua amiga é meio louca. –Caleb estava falando mais alto que o som.

– é sim! - Respondi-lhe chegando mais perto de seu ouvido.

Enquanto dançávamos, Caleb fazia de tudo para se esconder de Laura, porém ela já estava em outra. Para a minha surpresa eu estava me divertindo naquela noite, Caleb nunca deixava o clima fica pesado, quando eu percebi já estava rindo horrores com ele. Caleb tinha algo desde o inicio que me fascinava e eu não conseguia tirar os olhos dele naquela noite. De longe vi Bruce chegando à boate, nossos olhos se encontraram e eu o vi vindo em minha direção. Antes que eu pudesse fazer alguma coisa Bruce já estava segurando o meu braço com muita força.

– é por causa disso que você terminou comigo? –Bruce falava enquanto apontava para Caleb.

– Bruce você estar me machucando! –falei enquanto tentava solta o meu braço. – você pode me soltar?

Bruce continuou me puxando em direção a a porta da boate.

– ela mandou você soltar. –Caleb tinha se recuperando do choque e tinha ficado na frente de Bruce impedindo a sua passagem.

– quem é você para me dizer o que fazer? Ela é minha namorada! –Bruce gritava para Caleb.

Nenhum de nossos amigos parecia ter percebido a briga.

– eu não sou mais sua namorada Bruce, eu não te devo nada. –o choque passou em seus olhos.

– estou dizendo pela segunda vez, solta ela. –Caleb tinha parecido cresce centímetros na frente de Bruce.

– a gente precisa conversar Tina. –Bruce continuava a aperta o meu braço.

–não temos mais nada o que conversar, agora me solta! – gritei para ele, ao mesmo tempo em que Caleb empurrou Bruce para longe de mim.

Bruce já vinha pronto para revidar o empurrão em Caleb quando Pedro, seu amigo, segurou o por trás.

– Bruce para com isso. –disse Pedro e o puxou de volta para o bar.

Levei Caleb para o outro lado da pista.

– você está bem? –ele me perguntou já pegando o meu braço.

– estou sim. –respondi enquanto Caleb me puxava para perto da luz para conseguir vi o meu braço.

Bruce tinha conseguido deixa a marca dos cinco dedos dele no meu braço. Caleb não estava gostando muito de esta vendo o meu braço daquele jeito.

– vai ficar roxo Valentina. –ele falou virando o meu braço para terminar de vê os machucados.

Eu baixei o meu braço e dei o meu melhor sorriso.

– vamos para pista, está tudo bem. - e o puxei de volta.

Depois daquela cena, Caleb ficava olhando para Bruce não importasse onde a gente estivesse dançando. Quando voltei a olhar para Bruce, ele tinha chamado a Isa para dançar e parecia estar dando em cima dela. Porém ele também não tirava os olhos de Caleb.

– vamos embora. –falei já indo em direção à entrada da boate, Caleb foi logo atrás.

– se você estar com ciúmes dele, porque então terminou? –Caleb me perguntou.

– não estou com ciúmes dele - respondi com sinceridade para ele, quando estava com Caleb, eu não tinha necessidade de mentir – estou com medo de ele fazer a minha amiga sofrer só para mim magoar.

Estávamos passando novamente por baixo do letreiro e dessa vez eu chamei a atenção dele.

– está vendo isso? – eu apontei para ele, Caleb levantou a cabeça e abriu a boca.

– estou sim. –ele me respondeu parecendo intrigado.

– o que será que isso significa? –lhe perguntei curiosa - já é a segunda vez que essa marca está num letreiro.

– na verdade eu não sei, mas acho melhor irmos embora. – Caleb falou já se virando.

Quando baixamos a cabeça novamente, um segurança da boate nos encarrava friamente, surpreso por alguma coisa. Saímos dali rapidamente, tínhamos saído cedo da boate só tinha se passado duas horas, então decidimos ir pega o metrô em vez de chamar o táxi. Péssima ideia, quando viramos a esquina percebemos que alguns seguranças da boate estavam nós seguindo. Caleb aumentou o passou me puxando junto com ele, os seguranças todos estavam vestidos de paletó e gravata, eles não corriam, mas também não nos perdiam de vista, quanto mais rápido andávamos, mais rápidos eles chegavam perto, quando eu olhava para trás tinha a impressão que seus olhos estavam virados nas orbitas. Entramos em um prédio residencial de dois andares, parecia que ele não estava habitado por vários anos, corremos e entramos no ultimo deles.

Caleb arrombou a porta do apartamento e depois que entramos, ele a fechou com uma cadeira, nós nos afastamos dela, o interior do apartamento parecia uma missão estelar e de frente para nós um homem nos encarava. Ele aparentava ter no máximo vinte anos, estava vestido com um robe azul, seu cabelo preto e espetado emoldurava seu rosto, mas o que me chamou mais a atenção foram às suas pupilas em formas de fenda nos olhos verde.

– posso saber por que vocês invadiram a minha casa? –o homem perguntou casualmente se sentando no sofá que parecia uma pedra lunar.

– nos desculpe! –falou Caleb - estávamos sendo seguidos.

Olhei para Caleb esperando uma explicação, por que ele estava contando a verdade para o cara?

– hurum! Estavam sendo seguidos por quem, posso saber? –ele perguntou se levantando do sofá e vindo em nossa direção.

– não sabemos ao certo. –novamente Caleb foi sincero, ele estava meio que na minha frente evitando que o homem se aproximasse mais de mim.

De repente escutei passos nas escadas e puxei a manga do moletom de Caleb para chamar sua atenção, deixando a sua mão direita a mostra. O homem parecia ter levado um choque quando viu o desenho na palma da mão de Caleb.

– não acredito nisso! – o homem falou misturando alegria com preocupação, ele não tirava os olhos nós.

– Caleb eles estão aqui. –falei nervosa – precisamos ir. –puxei novamente a manga dele.

O homem parecia ter sido puxado de volta à realidade por que ele ficava andando de um lado para o outro, murmurando algo que eu não entendi. De repente ele parou virando-se para nós.

– não acredito que vou fazer isso novamente! Venham. – eu e Caleb trocamos olharem, mas decidimos aceitar a ajuda ele. – vocês dois vão ficar ai parados esperando eles pegarem vocês?

Seguimos nosso anfitrião até o interior de seu apartamento, ele nós deixou no ultimo quarto no fim do corredor. Esse quarto parecia à expedição a marte, todo em vermelho.

– não façam barulhos, vou me livrar de seus seguidores. – e com isso ele nós deixou a sós.

– será que devemos confiar nele? –perguntei a Caleb nervosa. Estávamos ambos sentados encostados na porta.

– se ele fosse nos entregar, não precisaria ter o trabalho de ter nos escondido. –ele me respondeu virando o rosto para mim – vamos ficar bem –ele pegou na minha mão tentando me tranquilizar – além disso, ele é um feiticeiro.

– o que? – sabia que tinha algo de errado no cara, mas não sabia que ele era um bruxo – como você sabe?

– você viu os olhos deles. As fendas é uma característica dos filhos de Lilith, poderia ser facilmente a cor da pele, os pés, no caso dele são os olhos. – Caleb me explicou.

Os minutos se passaram e nós começamos a escutar ruídos vindos da sala. Não conseguíamos definir muito bem o assunto da conversa. Depois escutamos passos vindos em nossa direção, rapidamente nós levantamos Caleb me passando para trás, assim eu ficando quase escondida pelo seu corpo. Para a nossa sorte ou azar era o nosso anfitrião que abria a porta. Um sorriso parecia iluminar o seu rosto.

– relaxem, eles já foram embora. – ele nós guiou de volta a sala principal. –podem sentar se quiserem, querem chá? –ele ofereceu.

– não muito obrigada – eu fui a primeira a responder.

Enquanto eu e Caleb sentávamos um ao lado do outro, o homem sentava no outro sofá acariciando um gato. Ao perceber o meu olhar para o gato o feiticeiro falou.

– presidente miau é lindo não acha? –ele me perguntou, acariciando o gato novamente, balancei a cabeça positivamente, o gato saltou para o chão e veio lamber meus sapatos, peguei-o e passei a mão por seu dorso peludo.

– por que você nos ajudou? – foi Caleb que falou, estava curiosa pelo mesmo motivo.

O feiticeiro parecia se mexer desconfortavelmente no sofá. Porém olhou para nós com uma admiração sincera.

– faz muito tempo que não vejo caçadores de sombras por aqui. – ele falou, presidente miau pulou do meu colo e ficou passeando pelos moveis.

– como você sabe que ele é um caçador de sombras? –perguntei ansiosa pela resposta.

– como eu sei que ambos são caçadores? Do mesmo jeito que ele soube assim que me viu que sou um feiticeiro. – ele apontou para Caleb.

– eu não sou caçadora de sombras. –afirmei olhando para Caleb.

– ainda não pode ter sido marcada, mas ou você nasce nefilim ou não, na realidade vocês não têm muitas escolhas. – ele constatou. Caleb simplesmente balançou a cabeça afirmando o que o bruxo tinha falado – mas eu pensei que os sobreviventes tinham se reagrupado em seu país.

Caleb parecia um pouco surpreso com tudo que o feiticeiro parecia saber sobre a raça dele.

– como você sabe tudo isso? Caleb perguntou

– eu sei muitas coisas, caçador. Mais do que você imagina, estive por perto dos caçadores de sombras por muito tempo. Ajudei como pude quando eles começaram a ser extintos. – tristeza e luto passaram em seus olhos e ficaram impregnados ali.

– da para ver que você conhece muito sobre nós. –Caleb pareceu intrigado.

– mas, você ainda não nós disse qual o seu nome? –perguntei curiosa.

– meu nome? – ele pareceu dar um sorriso.

Caleb e eu trocamos olhares confusos sobre o nosso anfitrião.

– Magnus Bane. – e nesse momento as fendas em seus olhos brilharam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

se você está lendo até aqui saiba que o próximo capitulo sairá daqui a dois dias.
e muitíssimo obrigada por lr está fic, se der deixe um review, agradeço desde já, as coisas logo irão mudar.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Remanescentes." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.