A Melancólica vida de Valentine O. escrita por Mrs Confusion


Capítulo 1
Apresentação – Dia 0.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro romance que estou publicando, embora não seja o primeiro que escrevo.
Esta é apenas a introdução da história/apresentação da personagem, espero de verdade que gostem.
Agradeço qualquer tipo de comentário ou crítica, afinal, tudo é aprendizado.
Um beijo pra vocês! (;



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Era mais um dia como qualquer outro. Báh, eu vivo de clichês. Vocês verão muitas frases feitas e clichês até o final desta história. Mas vamos prosseguir: Era mais um dia como qualquer outro. Início de Verão, o sol batia na janela e entrava pelas frestas, o que me impedia de voltar a dormir. É, eu tenho o sono leve. Assim como tenho crises de insônia todas as noites. Claro que era sempre uma luta pra levantar. Moro sozinha com minha irmã mais nova, e a essa altura ela já havia saído para ir à escola.

Não, meus pais não estão mortos. Eu apenas vim morar na cidade grande há alguns anos quando decidi fazer a primeira faculdade da qual desisti. Depois de um ano, trouxe minha irmã comigo, afinal, achei que ela devesse querer curtir e conhecer um pouco do mundo. Viver tudo o que não vivi aos quinze, dezesseisanos. Não há nada como conquistar sua independência e não ter que lutar tanto por isso.

Me levantei, e segui a rotina de sempre: tomei banho, escovei os dentes, tomei café e comi uma torrada, após isso sentei no sofá e liguei a TV. Estava de férias, não sei nem porque eu havia acordado tão cedo. Se eu tivesse um cachorro, eu certamente o levaria pra passear, aproveitando pra pegar um sol e aproveitar o pouco do vento que havia lá fora. Porém eu só tenho gatos: Três. A Ágata, o Kuppuru e o Bob. Até nos nomes de meus gatos mantenho essa mania de clichês.

Independente disso, levantei do sofá e fui pegar mais uma xícara de café: aí está um de meus maiores vícios. Café bem forte e bem quente, não muito adocicado.

Coloquei no Netflix um de meus filmes favoritos: Medianeras. É um filme argentino que conta a história de duas pessoas, vizinhas, que não se conhecem e sofrem de problemas parecidíssimos. É claro que no final eles ficam juntos, mas a forma como isso acontece me faz chorar mais do que quando assisto aqueles filmes de cachorro, como Marley e Eu ou Sempre ao Seu Lado (o do cachorro japonês). De qualquer forma, eu sonhava em viver uma história parecida com a desse filme. Vivia reparando em meus vizinhos, caras de prédios próximos pra ver se alguém se parecia comigo de certa forma, porém ninguém me interessava. Até porque não há coisa mais difícil do que alguém despertar profundo interesse em mim desde meus 17 anos.

Mas isso eu conto em outra oportunidade.

Se tinha uma coisa que eu preferia tentar esquecer era meu celular. Aquele aplicativo de bate-papo, o WhatsApp que mostra sempre quando a pessoa está online ou qual a última vez que visualizou alguma conversa me dá nos nervos. Me sinto vigiada. As pessoas sempre reclamam sobre eu visualizar e não responder. Mas eu gosto de pensar muito bem no que irei dizer, para não falar nada errado ou por impulso. Mas ninguém entende isso. As pessoas esperam por respostas imediatas, coisa que nunca dou e nem pretendo dar algum dia.

Tenho um desses celulares da maçãzinha, o tal do iPhone. Minha irmã briga comigo porque o deixo sempre desligado. Hoje em dia, o ligo cerca de duas vezes por dia: de tarde para me atualizar e de noite para acabar com o tédio durante minha insônia. É um tanto quanto útil, possui milhares de aplicativos, porém eu prefiro interagir com as pessoas pessoalmente. Atrás da tela, as pessoas agem de forma completamente diferente do que realmente são. Têm mais coragem de dizer as coisas, escrevem e reescrevem, mandam fotos com umas caras que não fazem na vida real. Eu não gosto de nada disso. Tanto é que nunca tirei nenhuma "selfie".

Acho que não contei, mas um de meus maiores e favoritos hobbies, é a fotografia. Eu amo tirar fotos. Tiro foto de paisagens, dos meus gatos, até das paredes, e olha que ficam boas. Modéstia parte, creio que um bom fotógrafo consegue achar beleza até em coisas imperceptíveis às outras pessoas. Consegue achar beleza no que é comum, e não em pessoas super maquiadas e produzidas. Um verdadeiro bom fotógrafo é como um poeta. Mas um poeta do estilo clássico.

Eu me considero uma boa fotógrafa. Até porque meu hobbie virou praticamente tudo o que faço no meu dia-a-dia. Principalmente agora que estou de férias do serviço. Eu trabalho em uma empresa. Comecei lá para levantar dinheiro e fui subindo de cargo com o tempo. Enquanto isso, comecei e desisti de duas faculdades (a primeira foi antes da empresa). Acabei me perdendo em meio às minhas escolhas, porém ao menos uma coisa eu consegui manter: meu emprego. E talvez um pouco da dignidade.

Acho que já falei demais, porém disse muito pouco. Creio que eu deva partir do que chamamos de princípio.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar e etc etc.
O maior prazer de um escritor é ver o reconhecimento do seu trabalho ;)
Independente de qualquer coisa, eu estou com a história praticamente pronta, portanto tentarei postar um capítulo por semana, aos sábados.
Fiquem em paz.



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