POV America

Como eu tinha vindo parar no palácio? Onde será que Maxon estava? Ele estava bem? Essas eram as perguntas que enchiam a minha mente a cada segundo mais que eu estava viva. Eu estava no hospital do palácio, em Illéa. Como eu havia parado ali? Como eu poderia saber,ninguém me disse nada. Eu estava em uma maca cercada pela minha mãe, May, Gerard e Aspen. Tentei me levantar, mas percebi o quanto estava fraca, até abrir a boca era um grande sacrifício de energia, mas eu faria de tudo para saber sobre Maxon.

– A...aonde está Ma...Maxon? - Eu gagueja ao falar, estava completamente sem forças. Quanto tempo eu havia permanecido desacordada?

– Bem...concordamos em lhe dizer depois,quando você estiver melhor querida. - Disse minha mãe.

– Não! Eu preciso saber agora! Como ele está? Onde está? Respondam! - Eu estava desesperada por algumas poucas informações. Era só o que eu queria, era só o que precisava para me acalmar.

– Meri, você está muito fraca ainda, precisa de um pouco mais de tempo e de soro. Você pode...não gostar da notícia. - Aspen me disse.

Eu comecei a chorar. E alto. Por que eu não iria gostar? Ele avia morrido? Só o que pude ver foi o médico se aproximando de mim com uma injeção e injetando em mim. Apaguei.

Eu já estava cansada de dormir. Eu dormia e acordava em um furgão, me levando para a base dos sulistas. Eu dormia e acordava em uma cela. Eu dormia e quando acordava Maxon não estava perto de mim. E essa última vez foi a que mais me doeu o coração. Eu queria ele. Eu queria a vida mais pacata que podíamos ter como reis. Sem sequestros, machucados e separações. Creio que me subconsciente me entendia, pois acordei naquele exato instante. Parecia ser manhã, e uma enfermeira estava ao meu lado, arrumando os meus remédios.

– Que horas são? Quanto tempo eu fiquei desacordada? - Eu a perguntei.

Ela me deu um risinho e disse.

– São 10 da manhã. Vossa Majestade dormira por 2 dias.

Dois dias! O que será que aconteceu nesses dois dias? Pelo menos me sentia mais forte. Me levantei vagarosamente, mesmo com a insistência dela para que eu ficasse deitada.

– Por favor! Eu não aguento mais ficar deitada.

Ela sorriu para mim, me acompanhou até a porta e a abriu para eu sair. A primeira coisa que me ocorreu foi de ir ao meu quarto ver se Maxon estava lá. Não estava. Fui ao seu escritório e pude ouvir vozes, mas nenhuma dele. Decidi me esgueirar na porta para ouvir a conversa e finalmente percebi quem estava lá dentro: Aspen, Georgia e August.

– Mas se contarmos a ela, ela ficará arrasada e sem contar que vai querer nos acompanhar. - Disse Aspen.

– Mas é o marido dela! - Disse Georgia.

– Acima de tudo, devemos proteger os dois, afinal eles são os reis.

– Ok, mas como vamos resgatar alguém que está na França?

Automaticamente, eu entendi. Maxon foi capturado, e estava na França. Quem iria sequestrá-lo e levá-lo para a França? Então me lembrei de uma certa rainha, princesa na época, francesa que me disse uma vez.

–Eu farei de tudo por Maxon, America! Tudo!

Ah, aquela meretriz de uma figa! Até ali eu acreditava em quase tudo, mas depois disso... Daphne roubou Maxon. O MEU Maxon. Sem pensar, entrei no cômodo, surpreendendo todos, inclusive August, que até o momento estava em silêncio.

– A...America? O que faz aqui? Deveria estar no hospital agora. - Disse Aspen.

– Eu ouvi a conversa de vocês, e sei exatamente quem pegou Maxon.

– Daphne, a rainha da França. - Disse August, falando, finalmente.

– Mas ela não é casada? Afinal, ela não é uma rainha? - Perguntei, indignada.

– Ela era.Quer dizer, casada. Aparentemente, ela matou o marido sem ninguém suspeitar. - Me respondeu Aspen.

– Como ela pôde ser tão fria? - Eu simplesmente não entendia o porque de tanto trabalho por uma coisa que ela nunca possuiria.

A pós alguns minutos, que pareceram demorar uma eternidade a passar, Georgia disse.

– Temos um plano, e podemos te incluir nele, se quiser.

– Georgia! Eu disse que precisamos protegê-los! - Gritava Aspen.

– Aspen, eu sou a rainha e eu ordeno que vocês me aceitem no seu plano. Eu quero fazer isso com minhas próprias mãos.

– Mas Meri...Vai ser muito perigoso. - Ele disse, com um ar de pena.

– Eu sei, e você sabe muito bem que eu não sou nenhuma fraca.

– Ok, ela vai, mas preste bem atenção ao que vou lhe dizer. - Me disse, virando-se, August. - Vamos trabalhar com disfarces, para nós podermos passar do aeroporto sem sermos vistos. No dia combinado, nós quatro usaremos perucas e roupas completamente diferente das que usamos normalmente. Já avisamos 75% da guarda real e todos eles irão para a França, do mesmo jeito que nós, cada um em seu tempo. Ao chegarmos lá, teremos uma frota para entrarmos no palácio e pegarmos Maxon.

– Seu plano é muito bom, só tem uma falha. - Eu disse. Realmente era um bom plano, mas havia um porém.

– Qual? - Ele estava surpreso por eu descordar dele.

– Nenhum de nós conhece o castelo tão bem quanto alguém que eu conheço.

– Quem? - Quis saber Georgia.

– Quando chegarmos lá, vocês saberão.