A Menina Da Cerca escrita por Brigadeiro Sexy


Capítulo 5
A viagem


Notas iniciais do capítulo

Oeeeeeeeeeeee genteeeeeeemm



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Eu não podia acreditar!Depois de tudo o que aconteceu esse canalha ainda tem coragem de me beijar?! Ah, mas eu não ia deixar barato não, nem pensar.

Sem pensar duas vezes juntei toda a força que eu tinha e empurrei ele para o mais longe possível de mim.

–O QUE FOI ISSO?!- Perguntei berrando pra ele que mantinha aquele maldito sorriso pra mim. Provavelmente eu estava com os olhos arregalados e corada até a raiz do cabelo, mas não estava nem aí, a minha raiva era muito maior que a minha vergonha.

–Foi um beijo ué- Respondeu ele na maior cara de pau!- Vai me dizer que não gostou?

–Óbvio que não Potter!

–Ah Lilica, não vai começar a me chamar pelo sobrenome vai? O meu nome é tão bonito!

–Hm, você quer que eu te chame como Potter? De Jay, Jamie, ou Pottynho?- Perguntei zombando, e acrescentei-E É EVANS POTTER, E-V-A-N-S!

–Calma, a gente ainda nem se casou você já está usando o meu sobrenome?- Perguntou ele aumentando mais ainda o sorriso. Argh!!! Que garoto irritante!- Não que eu esteja reclamando, afinal não é todo dia que você descobre que é casado com uma ruiva linda e muuuito esquentadinha não é mesmo?

–Cala a boca- Respondi revirando os olhos, esse garoto tem o dom de me deixar irritada.

–Vem me fazer calar-Respondeu ele em tom de desafio abrindo um sorriso malicioso em seguida. Aquilo me irritou profundamente, mas uma ideia me atingiu me fazendo abrir um sorriso malicioso.

Fui chegando cada vez mais perto dele enquanto ele trocava o sorriso malicioso por uma expressão de surpresa, que, devo ressaltar, não durou muito tempo já que ele a trocou pela maliciosa novamente quando percebeu o que eu iria fazer.

Cheguei perto o suficiente para nossas bocas se roçarem, por um momento esqueci que eu estava naquele local hostil e me deixei levar pelo momento, quando nossas bocas estavam prestes a se encostar e simplesmente passei a minha língua pelos lábios dele e depois dei uma forte mordida no lábio inferior dele. Escutei um gemido baixinho e percebi que estava conseguindo o que eu queria, quando ele ia aprofundar o “pseudo-beijo” e desviei a boca para o pescoço dele e distribuí alguns beijos por lá e fui subindo até chegar à orelha dele e dei um beijo seguido de uma mordidinha no lóbulo.

Senti ele se arrepiar e sorri comigo mesma, estava dando mais do que certo.

Voltei à boca dele e dei uns beijinhos lá, aumentei mais ainda o meu sorriso quando percebi que ele estava de olhos fechados. Senti-o suspirando contra o meu rosto quando percebeu que eu tinha acabado, olhei provocativa pra ele que respondeu com um olhar malicioso.

–Ruiva, ruiva, quando você inventar de me provocar desse jeito fique esperta, eu posso não conseguir me controlar e te agarrar no lugar mesmo- Disse ele com um sorriso safado- Não sabia que você sabia ser tão tentadora.

–Você não sabe nada sobre mim Potter- Respondi ríspida

–Então me deixa saber?-Respondeu ele mudando de tom repentinamente, de malicioso para curioso.

–Me deixa em paz Potter-Respondi abanando a cabeça em sinal de “não” e empurrei ele pra fora do quarto.

Deitei na cama pensando em como a minha vida mudou desde que eu cheguei nesse lugar, que ela iria mudar eu já sabia, mas não tinha pensado que seria desse jeito, do nada me peguei pensando no beijo que o Potter me deu, e, mesmo pensando em mil e uma possibilidades, eu não conseguia entender aquele maldito gesto dele.

Como ele podia me amar se ele só me conhecia há uns dois dias?

Depois de um tempo finalmente caí na real, ele não me amava, era muito óbvio, aquilo tudo deveria ser só alguma brincadeira idiota que ele fazia para humilhar mais ainda as prisioneiras.

Imediatamente uma raiva descomunal começou a correr pelas minhas veias.

Como ele podia fazer isso com uma pessoa?!

Ah, claro, ele sempre me odiou... Como todos ali, apenas por que eu sou diferente.

Involuntariamente as lágrimas começaram a cair.

“Eu odeio esse lugar!” Pensei com raiva, aqui não dava pra saber se eu estaria viva no dia seguinte. A única coisa que você pode fazer é torcer pra que a sua morte não seja muito dolorosa.

E foi com esses pensamentos extremamente dolorosos que eu adormeci em um sono turbulento com muitos pesadelos temperando ele.

*~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~*

Acordei com alguém me sacudindo de forma brusca, e, assim que eu abri os olhas , desejei não ter feito isso. A pessoa que me sacudia era a última pessoa que eu queria ver naquele momento, James Potter.

–O que você quer Potter?- Perguntei em um tom ríspido enquanto me sentava.

–Isso é jeito de se falar com seus superiores sua porca imunda?!- Perguntou ele devolvendo a rispidez- Vamos!- Continuou ele, me puxando pelos cabelos até eu cair da cama, a minha cabeça bateu com muita força no chão, causando uma dor enorme, mas eu fiquei calada enquanto ele me mandava levantar.

Assim que eu consegui me levantar ele me empurrou em direção à porta.

–A mordomia acabou Evans- Disse ele em um tom sarcástico- O Führer quer ver você sua Saumensch, sua porca imunda- Completou ele com um sorrisinho irritante.

Era óbvio que o Führer, mais conhecido como Hitler, não queria me ver.

Será que seria naquele momento?

Não! Nãonãonãonão!

Não podia ser de outra forma?

Eu não podia ter nenhum pouco de dignidade? Nem na minha morte?

Eu não quero morrer! Esse era o único pensamento que estava dançando pela minha mente.

Será que eu era tão podre assim?

Eu sei que estava sendo besta desejando que viesse algum super-herói pra me salvar.

Deus!Como eu sou besta!

O Potter continuou me levando pra sabe-se lá onde, e eu já estava com tanto medo, tão angustiada que nem prestava atenção para onde ele estava me levando, só fui notar que se tratava de um caminhão, quase igual ao que me trouxera a esse inferno quando eu já estava sendo empurrada para dentro dele. O caminhão tinha várias divergências para com o anterior, a mais notável era, claro, a podridão, que ficava mais evidente neste aqui. No outro ela ficava mais escondida pelos outros prisioneiros, que tinham uma roupa mais limpa do que a que estavam usando para essa “viagem”.

O cheiro era de coisa morta.

Era evidente que muitas pessoas deviam ter morrido a bordo daquilo. Essa constatação só fez a vontade de estar longe dali se intensificar.

Enquanto o Potter me obrigava a entrar no caminhão eu percebi que eu não tinha notado muita coisa, nem que tinha muitas pessoas no mesmo estado que eu, mas isso era óbvio.

O que eu não tinha percebido mesmo era a pessoa sendo chicoteada em um canto ali.

Só quando prestei mais atenção foi que eu percebi que se tratava de uma menina.

Uma menina de cabelos pretos revoltos e olhos azuis elétricos e assustadores.

Marlene McKinnon


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Odiaram?
Me digam okay?!
Besitos :*