“Minha nossa, minha nossa, oh, dê-me amor

Dê um pouco de tempo para mim, vamos queimar isso

Vamos brincar de esconde-esconde, para virar esse jogo

Tudo que eu quero é o gosto que seus lábios permitir”

(Give Me Love -Ed Sheeran)

Pov. Isabel.

O dia avia começado de forma calma.

Enrolei-me no lençol e abri uma fresta entre as cortinas, permiti que o sol entrasse. Tom estava com uma cara de sono, o cabelo - que sempre vi de forma organizada - estava amassado assim como o rosto.

Se alguém me falasse que um dia acordaria na cama do mini voldy, riria e a mandaria pentear as barbas de um bode.

–bom dia. – falei animadamente.

Ele murmurou algo que julguei ser uma resposta, levantou e foi procurar algo para vestir.

Mas ali estava eu, com um Riddle sonolento e nu. Coisa de doido, não?

TMR. TMR. TMR. TMR.

– parece que alguém teve uma noite ótima. – Heloisa comentou assim que pus os pés no quarto.

– vai se ferrar, - sorri. – e você está com uma cara péssima.

Desde que a morena foi à ala hospitalar, tomava algumas vitaminas para o sangue.

– são os remédios, fosfato de ferro deixa qualquer uma com uma péssima cara.

– vocês estão prontas? - Abigail pede.

Saímos do trocador, a sonserina tinha uma fila de artefatos destinados a costura.

– com tudo isso podia abrir uma guerrilha, - a morena comenta.

– seria as serpentes armadas. - a loira brinca.

Acabou que o meu vestido teve que ser encurtado, e apertado na frente, - já que Heloisa tinha mais peitos que eu, a vida nem sempre é justa - . No vestido amarelo Abigail soltou as pregas da cintura e da frente.

– você aumento seu manequim? – indaguei curiosa.

A morena sorriu sem jeito.

– abusei na comida. Você ficou ótima de verde! - mudou de assunto.

Olhei para o espelho, tinha que admitir verde me caia bem.

– Abi, aonde aprendeu a costurar?- perguntei.

– um pouco com a minha mãe, um outro tanto por conta própria.

– você tem talento. – a morena elogia. – uma profissional.

Ela agradeceu os elogios.

– Riddle vai ficar feliz, quando te ver desse jeito. –Abi admitiu.

Despedi-me das garotas, Heloisa voltaria para se arrumar no meu quarto.

– te achei, - Draco surgi. – onde estava a manha toda?

– ajudaria se disser que não sai do meu quarto?

– preciso da sua ajuda.- pede.

– late Malfoy. – suspiro.

Caminhamos pelo corredor. Não avia garotas a vista, todas deveriam estar se arrumando para o baile.

– Acho que estou apaixonado. - confessa.

– eu já sabia disso.

–como assim? Eu descobrir isso essa semana! – gagueja a ultima palavra.

– sei primeiro por que você é um idiota. – paramos, - há muito tempo desconfiava, mas depois de ver você abraçado com Heloisa naquela tarde tive certeza.

– eu preciso da sua ajuda. – reclama.

–claro que precisa. - sorri, - porem a minha não tem muita serventia. Vai ter que falar com eles.

– o fã clube?

– isso mesmo, - abro a porta.

Eduardo e Thiago estavam sentados, deixei o loiro aos “cuidados” deles.

– tem certeza? Eles parecem que vão me comer vivo.- sussurrou

– vai por mim, são inofensivos. – acenei para os garotos. Tínhamos um trato eles me ajudaria.

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– está ótima, - Riddle tinha um sorriso de derreter uma calota polar.

– tudo para te agradar, - faço uma reverencia, - sabe que está perfeito?

Ele vestia um smoque preto com a camisa alva.

– sei. - disse orgulhoso.

–a parte boa sobre você é que não fica nem um pouco convencido. – ironizo.

– vou dançar com você a noite toda.

O professor faz um sinal chamado Tom para uma conversa. Ele vai.

Quando Heloisa desceu as escadas, todos os pescoços se voltaram a ela. O vestido amarelo caia como uma luva, os cabelos em um coque desarrumado estavam perfeitos, o colar de estrela fechava em grande estilo. Eu estava no hall de entrada e a vi descer.

Eduardo e Thiago a esperavam no fim das escadarias. Tudo se encaminhava conforme o planejado, a musica fluía de forma calma, todos conversavam, e poucos se atreviam a dançar.

– parabéns. – Jesse surge, seu vestido dourado tinha um ótimo caimento. – sua segunda festa está ótima!

– contando que na primeira todos acordaram com a ressaca do século. – Abaxaquis diz.- está boa.

– deveria ter sido transferida mais cedo, assim podíamos ter arrasado no dia das bruxas. – o loiro a olha com curiosidade.

Jesse e ele formavam um bonito casal, mas infelizmente ela ia estudar fora do país e ele ia casar com outra garota.

– melhor irmos, - meu avô a puxou para a pista, - vamos agitar!

– finalmente aprendeu uma palavra legal. – ouvi a morena elogiar.

– vamos socializar como os adultos? – Tom volta.

– acho que tenho que beber mais um pouco antes. Sou chata sóbria.

– o ponche não tem álcool, - ele informou.

–mesmo assim, vá e pegue para a sua dama. – aconselhei.

Quando Riddle se foi me enfiei na multidão de pares. Tomei todo o cuidado para não esbarrar em alguém. Há essa hora meu plano já devia estar dando certo.

@#$%¨&!@#$%¨&**.

Pov. Heloisa.

A musica ecoava sem muito sentido. Diego e Thiago aviam me deixando em meio aquela bagunça de corpos, esbarrei em alguns enquanto passava até a outra ponta.

– Heloisa? – surge Draco, ele aperta meu pulso.

Ótimo, penso, melhor impossível.

– com licença, - tento desvincular de seu aperto.

O loiro ignorou meus protestos, me guiando pelo salão ate os jardins. Era noite e o seu exibia a lua cheia. Paramos no meio do gramado, o sons da festas estavam abafados. Quanto tentei xingar, ele me silenciou com um gesto.

– preciso que fique quieta, quero muito de falar algumas coisas. – pediu que sentasse.

Da onde surgiu aquela cadeira?

Draco começou a falar todos aqueles versos bobos, errou muitas palavras. Não podia mais aquentar aquilo.

– já acabou?

–sim. – o sonserino concordou.

–então vou voltar para a festa. - me levantei.

– se eu já disse o que sinto, por que você me odeia?- perguntou. - eu te amo.

Aquilo me pegou de surpresa, ele me amava?

– eu te amo. - confessei, o loiro sorri e vem para me beijar. - e é por isso que vamos ser amigos, apenas isso.

– como assim? Eu te amo, você também me ama!

Draco estava próximo, e gritava irritado.

– eu, eu estou grávida. – ergo a voz, ele me olha. – não quero que estrague a sua vida, eu sei me virar. Alem do mais não precisa ficar preocupado eu vou lidar com isso sozinha.

Depois de dizer isso, senti um peso enorme sendo tirado das minhas costas. O loiro não avia tido nada, apenas olhava para a grama. E então faz algo que nunca imaginaria, se ajoelha.

– eu quero que você seja minha para sempre, - pega a minha mão direita e coloca seu anel no meu dedo anelar. – desejo que esse seja o primeiro de muitos filhos. - beija as minhas mãos. – O que me diz?

– eu aceito, - falo com dificuldade.

O anel recém posto tinha o brasão da sonserina, era pesado, e incrivelmente mais bonito do que qualquer outro que já tenha visto.

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Pov. Isabel

Sabe quando você quer fazer uma dança maluca, aquela bem estúpida em comemoração? Eu desejava rolar todo o salão de alegria.

– você está com uma ótima cara, - digo quando vejo a morena.

Ela e meu primo andavam de mãos dadas. Felizes e juntos.

– vejo que conseguiu. – Eduardo cumprimenta,

–parabéns. – lhe entrego o envelope.

O moreno abriu e tirou a foto. Era aquela que eu avia tirado na festa dos capckes durante o aniversario da morena.

– foi ótimo fazer o trabalho com você, - Thiago agradece, - vamos? Temos ainda que dar a ultima valsa.

Só então que a minha ficha cai, tinha deixado Tom sozinho. Passei pelo salão o mais rápido que os saltos permitiam.

– mil desculpas, - o achei, ele conversava com um homem que estava de costas.

– tudo bem Isabel, - sorri e me beija rapidamente, - seu tio me contava sobre a França.

Severo vira, seus olhos tinham todo aquele ódio mortal, reservado aos que fazem piadas sobre o seu cabelo, - e vá por mim, é assustador-.

– titio? – finjo animação. Na verdade eu só queria um buraco para me esconder. - o que faz aqui?

– Tom, meu rapaz por que não nos dá licença? A viagem foi muito cansativa.

– não tem medo que ele te reconheça? – digo quando o sonserino sai, - isso pode ser terrível.

– não me venha com essa. Não lembra do motivo de estar aqui? Não era para ficar de namoro com Voldemort.

–eu sei, - falo ofendida, - pensei que nunca te veria. Como anda tudo no futuro?

– quando de contar, vai cair dura. – o professor diz.

Então me conta dos ataques mais espalhados, dos aliados novos, do desaparecimento do trio de ouro. Escutar sem acreditar, tudo estava mais sombrio.

– como assim? Tom anda melhor, eu fico de olho o tempo todo.

– algo deu muito errado, - o moreno explica, - vou levar vocês de volta em segurança, o plano de Dumbledore tinha falhas.

–mas o diretor vai te matar se fizer isso.

– Isabel, Dumbledore está morto. – fica sombrio,- eu mesmo o matei.