The Walking Dead - Perdas e Recomeços escrita por Capitolina86


Capítulo 3
Um novo fim está próximo - Capítulo 3




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Andrea acaba de sair de uma entrevista com Magna. Ela precisa saber se pode confiar na garota e nos seus amigos. Ela imagina que pode ter sido um pouco rude, mas é importante mostrar que está no comando e que ela não vai deixar qualquer pessoa nova estragar tudo o que eles têm. Alguma coisa lhe diz que ela precisa ficar de olho nos novos moradores.

Agora ela está sozinha já que Jesus está resolvendo problemas fora da comunidade e Rick e Carl foram para o Alto do Morro. Ela já começa a sentir saudades de sua pequena família.

Andando pela comunidade ela reflete em como os zumbis mudaram a vida das pessoas e se surpreende ao ver o quanto a sua vida melhorou! Ela era só uma garota sem responsabilidades, quando tudo começou ela e a irmã achavam normal dormir com um velho para garantir o abrigo em uma van, depois ela se apaixonou por ele, Dale, teve filhos adotivos e os perdeu para a morte. Agora é a líder de uma comunidade e tem uma nova família. Ela não era muito ligada a Carl, mas depois que começou a namorar com Rick, a aproximação veio naturalmente.

(Observação do narrador: Gostaria de mostrar o que aconteceria se Andrea soubesse que Carl matou seu filho, mas vou deixar isso para Kirkman).

Também antes de Alexandria ela não tinha visto Rick como um interesse amoroso, mas depois que o viu solteiro, ela pensou nisso. Ela precisava de uma nova família, não um envolvimento qualquer.

Magna desabafa sua raiva trancada com os amigos.

– Quem aquela vaca maldita pensa que é? Ela falou comigo como se eu fosse um lixo. É assim que eles mantém essa comunidade, esse lugar não é muito diferente de onde saímos, aqui também há um grupo de favorecidos vivendo as custas do trabalho da maioria. Mas dessa vez vai ser diferente, eles não vão nos expulsar. Se for preciso, nós vamos derrubá-los.

Magna,Bernie, Kelly, Luke, Connie e Yumiko não estão há tanto tempo na estrada como eles relataram, antes disso estavam em um acampamento em um grupo maior. Lá eles tinham alguns membros na liderança, eles organizavam e estabeleceram um sistema de trocas, quem quisesse comer precisava trabalhar. Mas Magna achava injusto, pois apenas os líderes tinham acesso às armas e transportes para fazer buscas. Eles tinham que se matar na construção de muros e barricadas, cuidar das crianças e recebiam poucos alimentos em troca. Não que ela tivesse problemas para conseguir o que quisesse, ela tem um corpo bonito, como uma boneca de porcelana, os cabelos ruivos também naturalmente belos.

Assim que eles chegaram nessa acampamento, os homens demostraram interesse nela, mas ela não foi estúpida como outras a ficar com qualquer um em troca de besteiras. Ela escolheu um dos lideres, não de importava que ele fosse casado e sua esposa soubesse do caso. Em um dos seus últimos dias no acampamento, os homens haviam saído e ela e as amigas olhavam as crianças enquanto as outras mulheres cuidavam de outras tarefas.

Magna observava as pequenas, Sarah de quinze anos, Sthefane de doze e Annie de dez pulando corda em frente a uma barraca. Estava distraída com a canção que as garotas cantavam quando começou a sentir o cheiro característico de carne apodrecida. O som veio em seguida, sussurros de fome vindos de bocas fétidas e cansadas. Uma horda de mortos-vivos chegava rapidamente ao acampamento, ela não teria tempo para contar, mas havia cerca de cinquenta esfomeados já abrindo a boca ao sentir o cheiro de carne viva e fresca.

Seu primeiro impulso foi correr como estavam fazendo as outras mulheres, mas ela lembrou-se de Scott, seu amante, Sara e Sthefane eram as filhas dele que ela observava e tinha a missão de proteger. Três errantes já viam em sua direção quando ela reuniu as meninas assustadas.

– Escutem, precisamos chegar no carro. Vocês vão correr juntas na minha frente e vou afastá-los enquanto vocês entram no carro. Não se preocupem, eu estarei bem atrás de vocês.

Ela pegou uma pá, a única arma a sua disposição e fez o que prometeu chamando os errantes para perto de si, as meninas, por sua vez correram para o carro, apenas alguns metros afastado da barraca.

Sarah empurrava as menores quando uma meio duzia se aproximava, ela já podia sentir o hálito mortal nas suas costas, por mais que Magna chamasse, a maioria continuou no encalço das meninas.

Mesmo sabendo o risco que corria, Sarah seguiu o plano ficando atrás das menores, chegando ao carro, ela abriu a porta e empurrou as garotas para dentro já sentindo uma garra gelada em seu pescoço, ela não podia correr, não antes de colocar as meninas no carro. Quando as duas menores já estavam dentro, ela sentiu as unhas cravando em seu pescoço e só teve tempo para fechar a porta e se render aos outros que se aproximavam, todos dispostos a conseguir uma parcela de suas entranhas.

Não havendo mais o que fazer, Magna escondeu-se na barraca de onde observava os errantes devorarem o corpo da adolescente e as pequenas chorando dentro do carro.

Nesse instante, os homens já haviam voltado e combatiam os errantes como podiam, Scott, um homem forte e vigoroso deu conta sozinho de todos os que estavam em volta de um corpo, até perceber que a infeliz vítima era sua filha. Ele viu a menor junto com outra garota no carro e deduziu que Sarah morreu tentando salvá-las.

– Minha filhinha não merecia isso! Cadê aquela maldita vagabunda que tinha que cuidar delas?

Ele saiu descontrolado e gritando até encontrar Magna.Kelly e Luke tentaram segurá-lo, mas ele era evidentemente mais forte e foi direto em direção à barraca onde Magna estava.

– Então, sua maldita, é assim que você protege as minhas filhas? Você não tinha que fazer mais nada, era só manter duas garotas seguras!

Ele falou já acertando um soco no rosto delicado de Magna e muitos outros se seguiram, até que mais homens o seguraram para evitar que a matasse.

Para a surpresa de Magna, a reunião dos líderes não deu nenhuma punição a Scott pela agressão contra ela, mas a condenou ao banimento do acampamento. Ferida e humilhada, ela não tinha outra opção além de pegar a estrada, mas ao menos alguns de seus amigos resolveram acompanhá-la. Eles estavam dispostos a enfrentar a vida com seus perigos fora do acampamento. Foi assim que ela considerou aqueles a sua família e percebeu que não pode confiar em outras pessoas.

– Dessa vez não seremos nós a perder.


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