Apenas Corte escrita por Aprimorada


Capítulo 4
Será que o amo?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Boa leitura.



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Acordei extremamente exausta, me levantei lentamente, tomei um banho e logo desci para tomar café da manhã. Meu pai mais uma vez não se encontrava em casa, já se faziam três dias que ele havia sumido, antes eu ficava apavorada com isso, pensava mil coisas e sempre passava pela minha mente a pior coisa. Isso já acontecia a quase 5 anos, desde que minha mãe faleceu. Foi muito difícil vê-la desfiando de pouco em pouco, até finalmente ela falecer. Sei que talvez seja errado pensar assim, mas as vezes me sinto aliviada por ela já ter partido, não porque ela era ruim ou porque eu não gostava dela, era totalmente ao contrário, eu amava, eu amo a minha mãe e ela era a pessoa mais doce que eu já havia conhecido, mas não dava para continuar vendo ela sofrer daquele modo, o câncer a deixou sem vida, creio que ela havia morrido a tempos, e só sua carcaça ainda estava aqui. Ela se foi, e me deixou aqui, desamparada, sem chão, sem ar. Agora estou sem rumo, me sinto perdida. Sem saber o que fazer e como agir. Dói saber que nunca mais ela vai me abraçar, dói não ouvir suas palavras de consolo, dói não sentir o seu cheiro. Dói nunca mais poder vê-la. Teve momentos, desde que mamãe morreu que pensei em acabar com minha própria vida. Cortei meus pulsos diversas vezes. Terminei o meu pensamento e com isso o meu café da manhã. Fui em destino a escola, no caminho, entrei Alex:

— Oi Anne

— Oi Ale

— Não estou com um pingo de vontade de ir pra escola hoje. — Disse meio que cabes baixo. —

— Também não, Anne.

— Vamos ficar na minha casa? — Quando fui para e pensar no que disse, as palavras já tinham saído de minha boca. —

— Claro. — Disse ele com um sorriso de orelha a orelha — Mas e seu pai? — Ele completou.

— Você sabe que ele não liga de você ir lá. Ele até gosta bastante de você. E ele não esta em casa.

Quando terminei a frase, pudi perceber o quão vulgar ela soou. Espero que ele não tenha pensado o mesmo. Voltamos para minha casa. Levei ele até meu quarto e disse pra ele esperar que trocaria de roupa. Coloquei uma roupa qualquer que ficava em casa, menos o simples fato, do meu shorts do pijama ser agarradinho. Juro, que não tinha nenhuma intenção, ele era como um irmão pra mim. Porém quando sai do banheiro, vi seus olhos brilharem. Não sei se era vontade de mim ou se era algo como amor, sei lá.

Deitamos e começamos a assistir filme, ele que escolheu e era um de terror. Ele sabia que eu amava filmes do gênero. Fizemos pipoca, tinha salgadinho em casa e peguei refrigerante. Foi bem legal, nas cenas que me davam mais medo, agarrava o braço dele com força e sentia seus olhos fixados em mim. Em um momento, ele envolveu seus braços em meu corpo e senti aconchego. Gostei da sensação, mas Alex era meu amigo, não podia fazer isso. No final do filme adormeci, acordei babando sobre o peito de Alex, ele fazia cafuné em mim com uma mão, enquanto a outra acariciava meu rosto. Que coisa maravilhosa, eu pensei. Que carinho gostoso, no momento não pensei, mas o apertei forte, e sorri olhando diretamente seus lábios. Não sei o que aconteceu, mas naquele momento mais do que nunca queria beija-lo. Ficamos nos olhando por alguns minutos, sem tomar nenhuma reação. Disse que já estava na hora dele ir embora, ele concordou. Andei com ele até a porta de minha casa. O abracei e disse:

— Adorei passar a manhã com você. Deveríamos fazer isso mais vezes. — Abri um grande sorriso. —

— Também adorei, pequena. — Sua voz saiu doce e calma. — Não se esqueça que amanhã é meu aniversario. —

— MEU DEUS! — Gritei.— Esqueci totalmente Alex, não sei se poderei ir. —

— Porque? — Franziu a testa me questionando. —

— Não comprei um presente e nem roupa. Me desculpa. — Fiz cara de cachorro sem dono —

— Não preciso que você me de presentes, sua presença é o suficiente. E pra que roupas novas? Você é linda do jeito que é. Não precisa se preocupar. Se não for, vou ficar muito triste. — A coisa mais linda e meiga que ele já me disse, terminou com um sorriso torto e lindo que ele tem. —

Concordei com a cabeça, lhe dei um abraço e quando voltamos o olhar, nos paralisamos. Meu corpo de alguma coisa estava adorando em estar envolvido em seus braços. Seu rosto se aproximou do meu. Senti que ele iria me beijar. E quando mais perto ele ia chegando, meu coração acelerava. E finalmente ...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. No minimo 6 reviews pra eu poder continuar. Galera, comenta, favorita e acompanha. Isso me motiva a escrever melhor e todos os dias. beijinhos