Modified - Interativa. escrita por uzumaki


Capítulo 31
Warriors


Notas iniciais do capítulo

Haya! Me adiantei, né? Só pra dizer que gostei desse capítulo. Tá legalzinho. Acho que eu poderia ter feito bem melhor, mas vamos lá, eu não estou na minha melhor criatividade. No entanto, sabe quando você ouve uma música e de repente lhe chega um surto de inspiração? Eu estava sem idéias nesse capítulo quando isso aconteceu. E a música é Warriors, do Imagine Dragons. Se tiverem podem colocá-la de "fundo", se não, tudo bem mesmo assim.
Agora podem ler :D



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Quando os helicópteros foram vistos por todos eles, por um momento eles pensaram que fosse a polícia para levá-los. Até porque eles estavam estacionados ao lado de uma enorme plantação de milho, alguém poderia ter chamado a polícia. Mas não era. Então, antes que chegassem, Allec jogou armas para todos os amigos. Cada um deles abriu a trava de segurança e engatilhou.

Allec tinha um plano caso isso acontecesse, lógico. Era o plano C. Caso fossem encurralados, um pouco antes disso acontecer deveriam montar um posto de batalha. O plano D consistia em encurralação sem tempo de se organizar, e o E em se caso do plano C e D falhar: você se finge de morto e se jogue no chão. Sugestão de Rafael.

Diana tomou posição e bateu as mãos. O céu se escureceu rapidamente. Maison ergueu novamente uma parede de telecinese, como fizera a três dias antes, no dia em que se conheceram. Quase nenhum deles tinha um poder de longo alcance, mas quem tinha fez o que pôde. Aaron se dividiu em trinta, formando um exército. Pietro deu um soco no asfalto e ergueu um pedaço enorme de concreto. David acendeu o fogo nas mãos, Hugo ficou invisível e Rafael usou de sua luminocinese, e Calebe, mesmo todo roxo e com contusões da briga com Allec pegou sua arma, Oliver pegou outra arma e ficou perto de Cath, caso algo acontecesse poderia fugir com a amiga, e Luke ficou atrás de Maison. Já com as garotas, Catherine mirou sua metralhadora, Mariana se transformou em uma pantera negra, Charlie pegou sua arma e se posicionou ao lado da amiga Andrômeda. Clary jogou água ao seu redor, e a controlou com maestria. Lilah pegou sua arma também e ficou ao lado de Daphne e Grim, que tinha uma mira excepcional com facas. Diana e Maison já estavam fazendo suas partes.

Quase no exato momento em que eles se organizaram os helicópteros fizeram um círculo no céu acima deles. Não abriram fogo, só ficaram ali parados. A tensão se espalhou até o último nervo dos Modificados. Quando os helicópteros finalmente fizeram algo foi uma corda que desceu de cada um dos transportes, liberando cada uns 10 homens armados e com roupas a prova de balas, parecendo membros da SWAT.

Tão rápido quanto apareceram, os homens fizeram um círculo ao redor dos carros dos jovens.

– Coloquem as mãos no chão e se rendam! - Berrou um deles,

Nenhum deles obedeceu. Ficaram apenas parados. Teria sido cômico se não fosse trágico.

– Nós não queremos machucar vocês. Mas se continuarem assim teremos que abrir fogo. Então larguem essas armas e...

O homem de repente caiu pra trás, sangrando. Uma bala estava na sua testa, um tiro bem mirado.

– Eu não me rendo, colega. Fui criada pra matar, não ser morta. - Mariana fez uma careta de tédio. Aquilo foi o estopim para os homens abrirem fogo contra os Modificados.

Felizmente cada um deles pulou para o lado, escondidos atrás dos carros, que foram alvejados. Era instinto, mesmo com o poder de Maison os protegendo. Mas mesmo assim, foi uma senhora explosão. Os tiros soavam como canhões na estrada deserta, acertando a plantação de milho e o chão longe dos garotos. Quando os Modificados revidaram, foi pior. As cópias de Aaron distribuíram socos em todos os agentes, Luke, Hugo e Oliver novamente com a mesma estratégia invadiam a linha de frente e também atiravam em quem podiam. Mariana e Catherine se divertiam com o jogo que haviam acabado de inventar: "acerte o pato", onde tentavam acertar os homens nas pernas. Charlie, Andy e Daphne apenas se armaram e miraram em quem podiam. Os outros cumpriam o que deveriam, porém os homens estavam com coletes a prova de balas, e tinham armas ainda maiores.

Quando parecia que eles estavam ganhando, um raio desceu de um dos helicópteros e varreu o chão.

– O que é isso? - Andrômeda perguntou.

Parecia um raio-x. E ele só parou quando encontrou seu alvo. Charlie. Aaron viu e saltou, empurrando a garota para o chão. Ninguém viu um dos agentes ali perto, que deu cinco tiros no peito do garoto loiro. Aaron caiu morto, e com isso todas as suas cópias desapareceram, deixando os garotos indefesos.

– Aaron! Aaron! - Charlie berrou, sacudindo o corpo do garoto morto. Um dos agentes a pegou pelos braços, a puxando para longe do amigo caído no chão. Ela se debatia, mas não conseguiu fazer muita coisa.

O homem a arrastou até o outro lado da batalha, perto dos helicópteros. Ela berrava, mas os amigos não ouviam. Estavam travando a própria batalha por suas vidas, e Aaron se fora, não podia mais protegê-la. Ela tentou usar os poderes, mas estava em pânico. Outro homem se aproximou e amarrou seus pulsos e suas pernas. Um lenço foi amarrado na sua boca para que não gritasse. Eles estavam a levando para um helicóptero que estava pousado ali perto, o qual pela confusão, passou despercebido.

Quando ela sentiu toda a esperança de salvação indo embora, Oliver se materializou ao lado dela e deu um soco na cara do homem, que caiu. O helicóptero a frente deles liberou uma rede branca encima de Charlie, que no último momento, teve seu braço segurado por Oliver, em uma tentativa frustrada de teletransporte, fazendo então a rede cair encima dos dois. Aquele material parecia conter inteligência, porque logo se expandiu e tapou o corpo dos dois, os prendendo em uma armadilha parecida com um casulo.

– Socorro! - Oliver berrou. Pouco se via naquela rede, que não era feita de tecido, e sim feita com milhares de fios entrelaçados.

O helicóptero levantou do chão, os levando junto, pendurados pela corda super forte que segurava a rede. Era um plano brilhante. Se algum dos Modificados tentasse dar um tiro no helicóptero, Charlie e Oliver poderiam ser alvejados, ou se derrubassem aquilo, eles também cairiam. Mas Uriah era exibido, e mandou o capitão do helicóptero desfilar entre a batalha, exibindo os garotos recém-capturados. Todos eles viram aquilo, e cada um sentiu o chão se abrir, de certa forma.

Diana invocou um raio, pronta para acertar no helicóptero, mas Hugo a impediu.

– Se alguém fizer alguma coisa, eles podem cair! - O garoto berrou. Esse grito, foi o suficiente para Cath olhar para cima e ouvir a voz desesperada de Oliver, pedindo socorro.

~~☆★~~

– NÃO! - O grito que Cath deu foi como se estivessem enfiando uma faca em seu peito.

Oliver e Charlotte estavam dentro de uma rede branca, sendo levados para dentro de um helicóptero.

Cath deu um grito vívido de dor. Seus amigos, sendo massacrados pelos agentes. Oliver, como um irmão para ela, sendo levado para dentro de um helicóptero junto com sua amiga. Com ódio aflorando em seu peito, ela pegou a metralhadora que sempre carregava e apontou para todo o exército ao seu redor. Qualquer um veria que ela levou uns 12 tiros à queima-roupa, mas ela se curava em uma velocidade mais rápida que o normal.

– NINGUÉM MEXE COM OS MEUS AMIGOS! ESTÃO OUVINDO? NINGUÉM! - Ela atirou em aproximadamente 40 agentes, e matou 23. - VOCÊS TIRARAM O MEU IRMÃO DE MIM. A ÚNICA PESSOA QUE EU ME IMPORTAVA COMO UM IRMÃO. VOCÊS NÃO MERECEM MISERICÓRDIA.

Ela mirou no helicóptero acima, mas na hora sua metralhadora falhou, sem munição. Ela tateou o cinto na procura de mais, mas não tinha. Um círculo de homens a fechou, com armas apontadas para ela, algumas atirando. Percebeu que Mariana, em forma de pantera, atacava os agentes que chegavam atrás dela, tentando matá-la, mas Mariana levou um tiro na perna, e caiu no chão, em sua forma normal, chorando. Não deveriam ter feito isso. Os olhos de Cath estavam vermelhos de ódio, ela chorava e seu queixo não parava de tremer de raiva. Com um soco ela desmontou um agente, pegou a arma dele e atirou em todos a sua frente. Quando viu um deles com uma metralhadora, ela avançou na direção dele, deu um tiro na sua testa com a calibre 38, chutou todos que tentavam impedi-la de pegar a metralhadora, finalmente pegou a arma e abriu fogo. Ela rodopiou sobre os calcanhares, matando quem tivesse o azar de pensar que quem estava em maior número era quem vencia.

Quando finalmente parou de atirar, havia um círculo de homens mortos ao seu redor, um rio de sangue e um vazio imenso. Sua roupa estava em farrapos, milhares de buracos de bala e a pele perfeita. Ela queria ser capaz de se machucar. Talvez aliviasse a dor.

Mas era uma coisa estranha. Ela se sentia viva. Sentia que era a dona do mundo. Sentia-se poderosa por tirar aquelas vidas, por mais errado e sinistro que fosse. Sentia-se leve, como sua dor tivesse finalmente aliviado. Quando virou para o céu, o helicóptero estava voando para longe, subindo para dentro da cabine uma Charlie e um Oliver completamente horrorizados dentro de uma rede. Ela caiu de joelhos no chão e começou a gritar até perder a voz.

– Cath, Cath, por favor.

Ela continuou ali, de joelhos no chão, sua calça sendo ensopada de sangue.

– Cath, levante-se daí.

Como suas falas não pareceram surtir efeito, Connor a fez se levantar com maestria corporal. Ele a abraçou forte, a sentindo tremer.

– A culpa é minha. - Ela chorou, o abraçando. - Toda, toda minha.

– Tá tudo bem Cath. - Connor suspirou.

– Eu matei toda aquela gente. - Sua voz tremeu.

– Não adianta se culpar. Nós nunca iremos saber se você fizesse diferente algo iria mudar. E não adianta chorar. O que está feito está feito. Nada nunca muda. Pessoas morrem, e está tudo bem. O universo é assim.

– Cruel pra caralho?

– Cruel pra caralho. - Ele assentiu.

Ela continuou a chorar.

– Algum dos nossos morreu? - Cath perguntou.

Connor não respondeu.

– Pessoas morrem todos os dias. - Foi a única coisa que ele disse.

Os dois ficaram abraçados dentro de um círculo de homens caídos.

Pessoas morrem todos os dias e não há nada que possamos fazer para impedir. Apenas viver o máximo que podemos com elas.


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Notas finais do capítulo

É, também achei a morte do Aaron superficial. Deveria ter caprichado mais. Tipo, talvez um tiro na cabeça? Ou uma facada no peito, sei lá. Mas cinco tiros no peito certamente matam uma pessoa, então, sim, ele morreu.
Se a Athenodora aparecer agora, ela que saiba que matei mesmo, e não, eu não revivo ninguém. Não sou os roteiristas (e produtores) de SPN pra reviver os personagens, não pensem que sou dessas. NÃO SOU A NEGA DE VCS (mentira. Ou não).
Pelamor dos céus, já tenho uma lista de personagem pra matar, não abandonem essa fic, não quero matar eles ;-; então façam um favor a mim e não me abandonem.
"Vocês foram os culpados desse amor" Ô SOFRÊNCIA
Até o próximo!