Modified - Interativa. escrita por uzumaki


Capítulo 28
A-382


Notas iniciais do capítulo

Hiye! Como vão vocês? É, eu sei, faz pouquíssimo tempo que eu postei o último capítulo e já estou aqui chateando vcs de novo.
Mas é que eu necessito falar com alguém sobre o último episódio de SPN. Meu Zeus. Chorei como se o Bobby tivesse morrido de novo, desabei em lágrimas, caí em prantos. Vocês não tem noção de como aquele episódio deu uma facada na minha alma. Todas as temporadas passaram na minha cabeça como um flash na abertura, no final quando aquelas gurias cantaram "Carry on my wayward son" foi difícil me manter séria, sem chorar. E não consegui. Depois daquilo fiquei encolhida ouvindo Carry on my wayward son e chorando pacas.
Eu me encontrei naquele momento des-mai-a-da :D



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– Mariana é... É um verdadeiro zoológico. - Andrômeda disse.

– Zoológico? - Pietro repetiu, sem entender.

– A mente dela é completamente complicada. Ela está mostrando maior resistência ao meu poder sendo que a duas horas atrás eu era a única que consegui controlá-la. Não sei como isso é possível. - Andy respondeu. - É como se fosse a mente de um animal selvagem, e considerando o poder dela, isso é bem óbvio.

– É tão difícil assim fazê-la falar? - Pietro perguntou.

– Antes eu consegui, mas eu não sei o que aconteceu. - Andrômeda parecia irritada. - Aquela garota é um labirinto. Daphne está tentando decifrá-la a meia hora e não consegue também.

– Será que um soco a faz falar? - Sugeriu Pietro, rindo. A cara que Andrômeda fez foi o bastante pra ele parar de rir por cinco meses.

– Dá pra parar? Eu tô tentando me concentrar aqui. - Andrômeda colocou as mãos na cabeça.

– Ok.

– Ficar deitada não tá ajudando. - Andy balançou a cabeça. - Nem você tá me ajudando.

– Ok, desculpa. - Pietro rolou os olhos.

Os dois estavam sentados no carro de Maison, com as poltronas reclinadas. Era mais ou menos confortável.

– Aquela garota é estranha. Parece que ela está aqui por que quer e nem parece irritada com a corda que a prende, só quando Allec a puxa. E mesmo assim é só pra irritá-la. - Andy fechou os olhos por um momento. - Acho que um soco a faria falar mesmo.

– Eu te disse. - Pietro tinha uma ponta de alegria na voz. Andrômeda abriu um dos olhos e o observou sorrindo. Pietro era um bom amigo, sem dúvida.

– Mas não de você. Você pode quebrar a cabeça da garota. - Andrômeda disse.

– Não é pra tanto assim. - Pietro pousou a mão na tranca automática da porta do carro e quebrou. - Tá bom, só um pouquinho.

Andrômeda se limitou a dar risada.

– Maison vai te estrangular. - Ela previu.

– Provavelmente se conseguir. - Pietro deu de ombros e tentou colocou a tranca no lugar.

– Não é tão difícil te dar um tapa. Você provavelmente nem sente dor. O problema é se você resolver revidar. Vem, vou te mostrar, só não revide. - Andy deu um tapa com tudo na cara dele, fazendo a cara do garoto ficar vermelha e os óculos voarem longe.

As lágrimas subiram nos olhos de Pietro, mas ele se convenceu a não largá-las. Suspirou profundamente engoliu a dor e abriu a boca pra falar a única coisa que vinha na sua cabeça.

– Eu sinto dor.

– Ai meu deus, desculpa! Pensei que com esse negócio de super força você não sentisse dor. - Andy ficou desesperada. - Tá doendo?

– Você quase arrancou a pele do meu crânio. - Pietro respondeu. - Da próxima vez me avise, ou dê um tapa em Aaron, ele tá precisando.

– Desculpa, desculpa, desculpa. - Andrômeda estava mais vermelha que seus cabelos. - Quando casar sara, pode deixar.

– O que quer dizer nunca na vida. - Pietro esfregou a bochecha.

– Deixa de ser fresco. - Andy tascou um beijo na bochecha de Pietro, que deixou escorregar os óculos.

– Opa. - Ele recolocou os óculos, desajeitado.

– Se vocês estiverem se pegando aqui, é melhor que não estejam pelados pelo amor de deus. - Diana bateu na janela do carro. Andrômeda baixou o vidro. - Ah que ótimo, poupou meus olhos de uma visão pavorosa, obrigada.

– Não estamos nos pegando. - Pietro afirmou, com as duas bochechas vermelhas, uma de vergonha e a outra do tapa que levara de Andrômeda.

– E daí, eu não tenho nada a ver com a vida de vocês. - Diana entrou no banco traseiro do carro e se jogou no banco. - Allec precisa de você Pietro, parece que o senhor e a senhora Finnigan estão quebrados.

– Maison e Luke? - Andy perguntou. - Como assim quebrados?

– Não sei, mas espero que a Daph não tenha lido as milhares de possibilidades impuras que eu pensei na hora que o Allec disse aquilo. - Diana se remexeu no banco. - Acho que uma ferrari só dá um ar de elegância, por que isso é super desconfortável. De qualquer jeito, vá lá Pietro, eu e Andy temos que conversar sobre o que faremos com Mariana. Charlie e Daphne estão quase arrancando os cabelos de frustração.

Pietro virou para Andy.

– Bem, até outra hora. - Ele foi dar um beijo na bochecha dela, mas os dois se mexeram juntos pro mesmo lado, depois foram para o outro e assim repetiram até darem risada.

– Que gay. - Diana rolou os olhos. Andy pegou a cabeça de Pietro e deu um beijo na testa dele. - Deu, conseguiu seu beijo, vaza Pietro.

– Já tô saindo. - Ele empurrou a porta delicadamente com medo de arrancá-la.

– Sabe que tá colocando ele numa friendzone legal, hein. - Diana riu.

– Diana... Fala o que você tem que falar antes que eu te mande se jogar no grand canion. - Andy rolou os olhos.

~~☆★~~

– Eu juro por todos os deuses que podem ou não existir, eu não peguei a porcaria da sua arma. - Cath dizia para Allec.

– Você tava secando ela que eu vi. - Allec cruzou os braços.

– É uma arma!

– É minha arma preferida! - Ele protestou. - O que faria se tivessem pegado sua metralhadora?

– Existiria um filho da mãe a menos no mundo. - Cath rolou os olhos. - Mas eu não peguei.

– Tá dizendo dessa aqui? - Mariana, sentada na pedra ergueu a mão direita, que segurava a arma de Allec.

– Como você pegou? Tava presa no meu cinto. - Allec tomou a arma dela com ferocidade.

– Tenho muita habilidade em tirar coisas dos cintos das pessoas. E, sim, isso vale pro lado impuro também. - Mariana sorriu. Os dentes dela eram muito brancos e um pouco afiados, as orelhas levemente pontudas e tinha olhos que certas vezes pareciam fendas verticais.

– Você é uma psicopata. - Cath percebeu. Mariana deu uma risada e tentou encontrar uma posição melhor na pedra que estava sentada.

– Me diga gatinha, quem foi que matou mais de 5 homens hoje? Tá, tudo bem, eu também, mas hoje você derramou sangue pela primeira vez. Como se sente? - Mariana pegou Cath pela ferida.

– Não é problema seu. Tente se concentrar em não morrer antes de David colocar fogo em você ou eu te dar um tiro. - A garota ameaçou.

– Eu tinha seis anos e meio quando ganhei minha primeira arma. Infelizmente o tiro que eu dei acabou acertando o meu instrutor. Foi horrível vê-lo morrer. - Ela falava com um tom soturno, como se realmente tivesse acontecido, o que deixou Cath e Allec confusos. - Ele era como um pai pra mim.

Então ela arregalou os olhos percebendo o que havia acabado de dizer.

– Droga.

– Você tem família? - Perguntou Cath, chocada.

– Não, eu nasci de um ovo. - Mariana rolou os olhos.

– Qual o nome da sua mãe? - Allec perguntou.

– A-382. - Mariana sorriu.

– Isso é um o quê? Um código? - Catherine perguntou.

– Não. - Allec sorriu, com um tom macabro na voz. Ele finalmente havia pegado ela no pulo.

– Você acha que eu não sei quem você é, Allec? Uriah te mandou aqui do mesmo jeito que Eva me mandou. - Mariana rosnou.

Allec empalideceu. Perdeu a voz e o equilíbrio.

– Allec! - Cath o segurou pelo braço. - Você tá bem?

– Sim. - Allec retomou a compostura e se levantou. - Amarra ela e a coloca no carro. Nós vamos ir embora daqui agora mesmo.

– Tem gente morrendo de sono aqui. - Cath o lembrou.

– Dirigimos até o hotel mais próximo e passamos a noite. Mas aqui não ficaremos mais. - Allec deu as costas à Catherine, pegou Mariana e a jogou no seu carro.

– Tá bom então. - Cath, sem palavras, disse aos amigos que eles estavam partindo dali agora mesmo.

– Eu não consigo dirigir com essa perna. - Luke reclamou. - David, você sabe?

– Sério mesmo? - David piscou, animado.

– Claro. - Luke jogou as chaves pra ele. - Maison você toparia ir no Camaro?

– Eu tenho uma Ferrari, não preciso de um Camaro. - Maison sorriu, deixando Luke sem palavras. Jogando as chaves do carro para Pietro, ela se jogou no banco traseiro da Ferrari puxando Clary e Charlie pelas camisetas. Andrômeda se sentou ao lado de Pietro.

Daphne se enfiou no carro de Calebe junto com Grim, que estava sem a preciosa limusine. Cath se encaminhou para o carro de Allec junto com Connor para acalmar os ânimos do garoto.

Diana dispensou o Camaro e entrou no carro de Hugo com Oliver. No Camaro subiram David, Luke, Aaron e Lilah. Já Rafael ia de moto.

– Vamos pra onde? - Charlie perguntou.

– Sudoeste. - Allec respondeu. - Mas no momento vamos para um hotel.

A cara de Allec impedia qualquer um de fazer perguntas ou brincadeiras. Apenas dirigiram atrás do carro de Allec, quietos, sonolentos.

~~☆★~~

– Senhora, Mariana foi descoberta. - A assistente de Eva, gritou para ela, invadindo a sala de Eva.

Já eram três da manhã e Eva estava morta de cansaço. Uriah mandara um reconhecedor de DNA para os modificados, e pelo o que ela sabia, a máquina conseguira o sangue de um deles, o número 15.

– Mas como? - Ela perguntou, sem fôlego. Mariana era uma das joias da Área 51. Uma modificada, a única que sobrara depois de todos serem raptados. Ela sentia muito por aquela menina. Várias vezes tentara ser para ela a mãe que a menina não teve, já que foi criada para matar. Na verdade, no alto de seus 17 anos, Mariana era uma das melhores assassinas de aluguel que a Área 51 dispunha.

– Mariana revelou. - A assistente parecia tão cansada quanto ela. - Mas ela mentiu, dizendo que era sua filha. Acho que Uriah agora pensa que ela é sua filha, colocando a sua verdadeira menina em segurança.

Ao ouvir isso, Eva suspirou. Pelo menos isso.

– Mariana não vai aguentar tanto tempo. Ela chegou até eles da forma errada. Ela deveria se fazer confiável, não cortar a testa de um deles com uma faca de caça! - Eva resmungou. - Agora eles estão vindo para cá. Possivelmente para o laboratório de Uriah, e se ele tiver os Modificados, não poderei mudar a opinião do conselho. Todos ali, prontos para serem testados. Uriah não busca apenas satisfazer o ego. Ele busca redenção perante o conselho, e assim tomar o meu cargo.

– Ele não vai conseguir, senhora. - A garota negou, em fervorosa. - Nós acionamos as câmeras da casa de Uriah e todos os cientistas que debandaram daqui para junto dele estão lá agora mesmo. Tentamos sequestrar o filho mais novo dele, ou a esposa, em troca dos aparelhos em seu laboratório particular, mas a família também não saiu.

– Vocês pretendiam sequestrar uma criança? - Eva repetiu, furiosa. - Eu quero que Uriah caia, sim. Mas eu não quero por meio disso! Isso é jogar baixo, brincar com um menino de menos de 15 anos! Como puderam tomar essa decisão e não me constatar?

– Desculpe senhora. Pensamos que a senhora estava demasiado sobrecarregada com esses assuntos, queríamos pegar Uriah rapidamente. - Ela se desculpou, vermelha de vergonha.

– Que isso não mais se repita! - Eva disse. - Qualquer coisa que decidirem, façam o favor de avisar sua chefe. Estamos entendidas, Hanna?

Hanna ficou branca pela chefe a chamar pelo nome. Geralmente era apenas chamada de "h-087". Esse era o protocolo, ninguém poderia ter ligações na Área 51, por isso que lá dentro, além de não contarem nunca o que realmente faziam aos familiares, servindo o governo eles eram conhecidos por seu registro. Eva era A-382, para mostrar que era da mais alta patente, a letra A, e os números eram uma espécie de código para seu nome, Eva.

– Estamos entendidas, H-087? - Eva repetiu, desta vez chamando a garota de como deveria ser chamada.

– Claro, senhora. Isso não voltará a acontecer. - Hanna respondeu, e depois foi dispensada por Eva com um aceno de cabeça. Saindo da sala inspirou. Eva era uma das lendas da Área em que trabalhava. Ela era uma mulher forte o suficiente para abaixar qualquer um à sua vontade, e ela não era uma das exceções.


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Notas finais do capítulo

É,é, é sim.
Estamos nos aproximando de um ponto crucial da história: a filhinha da Eva. Já tenho minha escolhida. Mas vou ter que trocar algumas palavrinhas com a dona da personagem, porque a coitadinha vai sofrer gente. E não quero que ninguém aqui morra sem o consentimento do autor.
Vamos lá, Mariana mentiu pra caralho aqui. ELA NÃO É A FILHA DA EVA, NÃO É, SOB NENHUMA HIPÓTESE. E vimos que ela não é a bandida, e sim a "mocinha". Duvido muito que essa garota seja "mocinha" :v
Porque, não sei porque, mas eu tenho uma coisa louca com mocinhos fora do comum, aqueles que parecem os bandidos, que agem como um, mas na verdade querem salvar todo mundo. Mas a Maari é uma garota que não é mocinha, mas também não é bandida. Ela faz o trabalho dela, apenas.
Bem, até mais, necessito fazer uns mil trabalhos para entregar amanhã. (Pelo menos são impressos :D)
Até uma outra hora seres vivos do meu core