Paradoxo - Entre Mundos escrita por Zoe Nightshade


Capítulo 3
Capítulo 2 - Two worlds


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo vai ser meio chatinho devido as apresentações, mas não desistam!



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Como eu adorava minha vida. Sonhos assustadores, fúrias assassinas e acabar sendo sequestrada por uma seita. Esse sim foi o ponto alto do meu dia.

Segui Jace pelos corredores do chamado Instituto. Abriu duas portas grandes de carvalho e entrei no que seria o paraíso dos filhos de Atena. A biblioteca era bonitinha, arrumada, mas sério, quem se importa? (Eu não me importo mesmo).

— Você não curte muito livros, afinal. - disse - Geralmente entram e encaram até trazermos de volta à realidade.

— Meus irmãos já têm muito deles para minha apreciação. Sua seita e eles se dariam muito bem.

— Seita? - disse uma mulher que estava senda em uma poltrona. Não parecia em nada como de uma seita. Parecia uma empresária. - Não somos uma seita, garotinha. Fazemos um trabalho muito importante para vocês, mundanos.

— Prazer em conhecê-la também, senhora - disse com desprezo na voz. - Sou Amélia. E só pra constar, não precisamos de serviços de mortais.

— Mil perdões - disse a senhora com um sorrisinho. De repente as portas se abriram e entraram mais pessoas. Nem olhei. Deviam ser mais pessoas esquisitas como aquela senhora.

— Sou Maryse Lightwood, diretora deste Instituto. - Os outros foram sentando espalhados pela sala. - Esses são meus filhos Alec, Isabella. Jace, Clary, Simon e... RAPHAEL, DESÇA DAI, POR FAVOR?

O tal Raphael estava pendurado na última estante de livros, aparentemente despreocupado com a altura.

— An? Ops, desculpa. Esqueci das escadas. - Ele deu um salto e pousou suavemente. “Exibido”. Tentou seu melhor sorriso, mas Maryse parecia acostumada com aquilo.

— Enfim, Amélia, gostaria de um relato sobre o que houve no Parque. – me olhou como se não aceitasse ser contrariada.

Contei sobre a luta inútil dos meninos, da minha chegada e de como matei a fúria. Infelizmente, olhos demais para mim. E todos pareciam interessados no meu anel.

Raphael olhava intensamente para mim com sorrisinho nos lábios, como se entendesse que eu não gostava daquilo e estava me zoando. Depois sorriu e abriu o livro que tinha pegado na estante, como se eu não existisse.

— Fúria, você disse? Tipo daqueles livros de mitologia grega? Quer dizer que elas existem? Legal! – disse o menino que parecia se chamar Simon.

Todos me olhavam esperando respostas. Fui pega em uma emboscada. Assim como talvez eles não contassem sobre o mundo deles a qualquer um, eu não podia fazê-lo também. Contar sobre minha vida, sobre os deuses seria apresentar-lhes meu mundo. Não estava pronta pra isso.

— Não é justo – disse Raphael subitamente, fechando o livro – que tentemos extrair informações sobre o que ela sabe sem que nos mostremos a ela. Que tal tentarmos contando sobre o nosso trabalho? Assim ganharemos confiança – Deuses, ele estava me ajudando. Que irritante.

Maryse olhou para ele, furiosa. Então respirou fundo.

— Não sei se será confuso pra você. Nós somos caçadores de demônios. De vez em quando, alguns demônios invadem nosso mundo, nossa dimensão e é nosso dever mandá-los de volta seja lá por onde vieram. Temos sangue do anjo Raziel, que deu seu sangue ao primeiro Nephilim (assim somos chamados) Jonathan, o caçador de sombras. Todos nossos ancestrais eram caçadores e toda nossa descendência será. E também controlamos o submundo, que é composto por vampiros, lobisomens, feiticeiros e fadas. Acho que é tudo o que precisa saber, por enquanto.

— Hmm – consegui balbuciar. Como se já não fosse ruim o bastante existirem monstro, ainda havia demônios. E Edward, Jacob, o Mestre dos Magos e o Clube das Winx. Perfeito. Troquei de assunto antes de pensar muito a respeito. – Qual é a das tatuagens? – era a maior dúvida do dia pra mim.

— São marcas angelicais. Símbolos dados pelo anjo para rapidez, invisibilidade e outras utilidades. Alguns também podem ser criados, mas isso só aconteceu com uma única caçadora.

Aquele papo assustador já estava no limite pra mim. Levantei da cadeira e andei até o outro lado da biblioteca. Olhando pela janela, Nova Iorque estava no seu ritmo habitual. A cidade que nunca dormia. Quantas outras coisas poderiam existir e não conhecíamos. Em alguns casos, era relevante temer o desconhecido.

— Não sei o que pensar. – falei e expirei fundo – No parque, aquela criatura atacou vocês, e ela não era párea às suas armas. Se vocês podem vê-las, talvez eu consiga ver um pouco do seu mundo. Mas não é do meu interesse.

— Mas ainda assim precisa nos contar.

Contei sobre as histórias gregas, os deuses, a chama da civilização e sobre os semideuses.

— Às vezes, os deuses descem ao mundo mortal e têm filhos com humanos, os chamados semideuses. Nossa vida não é fácil. Somos farejados constantemente por monstros e há apenas um lugar seguro para semideuses: o Acampamento Meio-Sangue.

— Então você é semideusa. – assentiu Jace – Quem são seus pais?

Lá vai.

— Não conheci meu pai. Desde pequena fui criada no Acampamento para semideuses. Minha mãe é Atena, deusa da sabedoria e da guerra.

— Mas ela não era deusa donzela? – Enrubesci. Sempre havia um espertinho.

— Ela É deusa donzela. As circunstâncias do meu nascimento não vêm ao caso. Só basta saber que o nascimento da própria deusa não foi convencional, que dirá a dos seus filhos.

— Então de alguma forma - continuei – meu “mundo” está conflitando com o seu. Isso que não entendo. Vocês não deveriam ver aquela Fúria, tal como eu não devo ver os seus monstros.

Maryse olhou para um ponto fixo na mesa. Então de repente, as portas se abriram e entrou uma mulher baixa e ruiva, que andava com passos graciosos. De repente, meus pensamentos mudaram. Uma lembrança.

“Uma mulher de cabelos ruivos segurava fortemente minha mão. Estávamos a beira de um lago enorme, e a luz da lua refletia em suas águas.

— A conexão foi quebrada. Amélia, esse é seu futuro. Você nasceu para um grande propósito. Está acontecendo.”

Ela caminhou até minha direção e se apresentou.

— Olá, sou Jocelyn Fray. Muito prazer em conhecê-la.

Era ela. A mulher do sonho.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?



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