Vivian e Karol escrita por Sarah Miller


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Quem quiser conhecer a fic inteira segue o link abaixo



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Vivian e Karol.

Aviso-vos que essa one shot faz parte de uma série, Mission. E um casal de lobas que eu amo muito, minhas irmãs, Karolyne e Vivian. Quem quiser ler a fic inteira, o link segue abaixo e vocês poderão compreender.

Karol e Vivian. Karol sempre fora apaixonada por Vivian em segredo, mas a loira está noiva e indo se casar para salvar a liderança de nossa família.

Karol era uma tenente de uma equipe tática de elite de Santa Catarina, era calada, séria, mas incrivelmente sedutora. Tinha uma pele clara, um cabelo ruivo vinho bem escuro, quase castanho. Andava de Motocross e adorava cair na lama e andar na floresta, entre outros hobbies masculinos.

Vivian era a líder de um bando de lobisomens. Era uma moça loura, com cabelos lisos e cacheados por babyliss. Poderia ser uma supermodelo, uma atriz, uma cantora. Mas ser líder do bando para nós já era considerado mais que uma profissão. Todos sempre pedíamos conselhos para ela.

Cuidar do bando incluía, administrar a empresa de "fachada", fazer contato com todas as casas para saber se estava tudo bem. Se responsabilizar por todos os problemas que os filhotes menores causavam e tudo mais.

A empresa de fachada no caso, seria uma imobiliária, qual arreadamos dinheiro com aluguel e venda de imóveis. Modestamente, os lobisomens tem uma vida confortável graças a ela.

Para explicar basicamente, segue uma hierarquia. Cada estado tem o seu Alpha. O Alpha é o líder da matilha, geralmente é o lobo mais completo da região. Pode parecer antidemocrático e arcaico, mas essa técnica sempre funcionou para escolher os melhores

Vivian e e Karol

Karol, quarto um pouco bagunçado. Distintivo, cds, adesivos e peças de sua moto um pouco espalhado por cima das cômodas e mesa do computador. Saiu do banheiro, enxugando o cabelo, sem se preocupar se estava nua ou não. Deu aquela sacudidinha no cabelo, nas longas madeixas vinho que deixava qualquer pessoa babando.

A ruiva era o modelo de mulher selvagem. Era teimosa, decidida, determinada a parar qualquer pessoa que estivesse em seu caminho. Possuía apenas um ponto fraco. Vivian.

Ouviu a porta batendo. Ou melhor, abrindo, a loira entrou sem bater e se jogou de costas na cama da amiga assim que bateu a porta.

— Eu to sem roupa. - Karol falou alto, mas sorrindo.

— E daí.

A loira olhou as costas da amiga, e seu corpo nu enquanto ainda estava deitada. A desejou.

— Se vira para eu me vestir.

— Não, eu já vi tudo o que você tem. - respondeu

— Mas eu não quero que você me veja.

— O que foi?

Viv levantou. Ameaçou puxar ela pelo braço, e a virou.

— O que é isso? - disse passando a mão pelo peito da amiga em cima de uma marquinha.

— Eu caí de moto.

— Isso é um buraco de bala. Quando foi isso?

— Não faz muito tempo.

— Você é maluca! - gritou - E se você morre.

— Não vou morrer, maluca. - sorriu e saiu de frente dela

— Cara. E se você morre? Vai me deixar sozinha com o bando?! Deus, e se eu perco você.

— Calma. Eu estou aqui.

Viv entrou em seus braços e aninhou o rosto em seu peito. Karol beijou sua testa. Não era de muitas

palavras, mas pra surpresa de ambas disse:

— Você nunca vai me perder.

— Espero.

A ruiva se vestiu enquanto ouvia a loira comentar o quanto exaustivo estava sendo sua semana preocupada com os ajustes da imobiliária. Karol nem dava idéia e então a mais nova percebeu:

— Você anda tão distante, diferente.

— Seu diagnóstico?

— Apaixonada.

Karol gargalhou.

— Talvez.

— Quem é o cara? - perguntou fazendo uma falsa curiosidade

— Ninguém.

— Anda, Karol, quem é?

— Na verdade não é um cara. E já tem alguém no coração dela.

— Você é muito boba. Diz pra ela o que tá rolando.

E olhou no fundo daquela tempestade verde/cinzenta que ela tinha no olhar.

— Se eu pudesse, eu falaria.

O arrepio na pele de Vivian foi imenso.

— E você, vai mesmo se casar, loira?

— Não sei. Acho que não dá mais para enrolar. - respondeu - La Loba quer que eu me case até o fim do mês.

— Tá.

— Nossa você fez uma cara tão esquisita agora.

— Não é nada. Olha, eu vou dar uma saída agora, mais tarde quando estivermos em casa nos falamos.

Karol a ignorava por diversas vezes. Às vezes aparecia no trabalho dela e lhe dava carona, mas até

isso parou. Não ligavam mais muito uma para a outra, e até nas caçadas de sexta, ela ficava distante. Karol ficou num silêncio imenso que não falava mais com Clarah ou Stepanie, saía do trabalho e iria pro quarto, do quarto pro trabalho. Em casa, foram organizar uma despedida de solteiro para as meninas, ou uma festa particular.

Fizeram uma grande fogueira com muita bebida, um DJ tocava ao ar livre, muitas estrelas no céu, garotas de biquíni, fogos de artifício, estava fantástico! Pena que a ausência de Karol conseguisse estragar a noite da loira mesmo no meio de tantas pessoas. Viv tomou uma boa dose de absolut e criou coragem para voltar para casa e buscá-la, que a tais horas deveria estar quieta em casa no seu canto dedilhando no violão.

Vivian pela primeira vez em 20 e poucos anos estava bêbada. Gargalhava alto, mas depois começou a ficar com raiva.

— Karol. Abre a porta. - disse Vivian

— O que você quer? - abriu

— Você está estranha.

— Estou normal. Por favor, vai tomar um banho, você está péssima.

— Não. Vamos conversar.

— Eu não quero falar com você. Tchau.

— Por que você não tá feliz pelo meu casamento?!

— Loira, vai dormir, tá?

— Você está com inveja. Inveja porque eu tenho alguém. E você é sozinha.

Karol iria fechando a porta na cara dela mais irritada ainda.

— Você vai me ouvir! - e com a sua força a empurrou mais forte e a porta abriu

— O que você quer?! - gritou Karol com ela e esse grito poderia ter acordado a casa inteira

— Para de ficar me evitando!

— Caramba, você já está noiva, é bajulada por todo mundo, tem um cara que faz tudo por você. O que você quer de mim?! - gitou de volta

— Você está com inveja de mim!

— Então me deixa quieta!

Vivian começou a chorar com o grito.

— Loira, engole esse choro. - respondeu a ruiva

Ela continuou chorando, mas chorando baixo.

— Olha, eu vou dar um banho em você e você vai dormir.

— Não precisa.

— Precisa sim, vem.

A pegou pelas mãos e foram para o banheiro. Pacientemente ela ensaboava a amiga e a admirava na banheira.

— Desculpa ter dito que você estava com inveja da minha vida.

Karol gargalhou, e riu muito.

— Não. Muito pelo contrário. Não é de você que eu to com inveja.

— E de quem está?

— Não importa.

— Claro que importa. - respondeu - Me diz.

— Shhh. - e continuou lhe dando banho.

— La Loba diz que estou assim porque eu sou mimada e não aceito não receber atenção e de repente você passou a me ignorar.

— Vivian, o que você quer?

— Você disse que eu não iria te perder nunca. E hoje se recusa até a olhar nos meus olhos.

— Não é verdade.

— É sim. Eu sinto muito sua falta.

— Vem. Vou te enxugar e você vai dormir.

— Para de me ignorar! - respondeu

Ela não respondeu.

— O que foi que eu te fiz?

— Nada.

Vivian estava escorregando. Karol sem a enxugar mesmo a pegou no ombro como um homem das cavernas e a jogou em sua cama.

— Você não é nada romântica. - disse a loira

— Não. Não sou. - vestiu uma camisola nela e depois deu as costas - Dorme bem. - e iria sair do quarto dela

— Karol. . . - ela fez uma voz mansa e irresistível - Fica aqui.

Ela não se moveu, apenas grunhiu e resmungou mentalmente.

— Por favor. - a loira fez uma voz mais dengosa ainda

Karol se sentou do lado dela na cama e ficou fazendo carinho nos cabelos dela até dormir.

— Sabe de quem tenho inveja? - sussurrou - Dele. Era eu quem deveria estar casando com você. Eu queria fazer amor com você, te dar uma vida. Só queria que acordasse e percebesse o quanto eu amo você.

Ela se mexeu um pouco de olhos fechados e a ruiva pensou que ela ainda dormia.

— Você era tudo o que eu mais queria. Uma vida com você, uma ninhada de filhos, saber que você era minha. Aquele idiota, só quer a pose de líder, ele nem te conhece como eu.

Ficou em silêncio mais alguns minutos e então levantou. Antes de sair, a loira disse baixinho:

— Desculpa.

Ela olhou para trás, para o chão e percebeu que a outra ouviu. Mas não havia respondido. Aquilo quebrou seu coração por dentro. Desceu, e encontrou sua irmã Clarah com um copo de conhaque na cozinha.

— Karol. Você está na friendzone. - respondeu Clarah - Vivian vai se casar em algumas semanas, mas não quer perder você de perto dela.

— Por que ela não pode me deixar em paz? Já está noiva e casando.

— Isso é verdade. Ela ao menos tem que te deixar em paz.

— Eu to cansada de ser a melhor amiga dela nos últimos 20 anos e acabar desse jeito. Já está me machucando demais.

— Se achar que isso não é mais o bastante, sai, vai viver sua vida. Depois você volta e decide o que fazer

— Certo.

Karol fez uma mochila, subiu na moto e foi embora. Viveu. Por dia e noite, pensava nela, mas começou a sair com seus colegas de trabalho, beber, trabalhar mais e aos poucos foi se acostumando e não ter a loira perto.

Conheceu uma turma nova de humanos que gostava de andar loucamente de moto e acampar, como ela gostava. Tingiu o cabelo numa cor nova, foi ao cinema, aprendeu a ser mais feminina e percebeu que a saudade de Vivian poderia ser suportável e ela nunca a respeitaria se continuasse sendo aquela amiga de estimação da loira.

Chegou na delegacia, e o estagiário lhe informou que La Loba ligara diversas vezes aquele dia.

— Oi mãe. – Atendeu o telefone

— Karol, é o casamento de Vivian ainda é essa semana.

— Eu sei mãe, mas eu não quero ir.

— Não é só isso. Eu sinto que a Sarah vai voltar.

— Mãe, Sarah está morta. Aceite.

— Não. Ela estava por aí, mas ela vai voltar.

— Tá.

— Mas de qualquer forma filha, venha.

Dia seguinte, período da tarde.

— Cara, o que quer aqui? - perguntou Vivian

Karol tirou o capacete e sacudiu os cabelos recém-escovados, com um perfume que chegava longe.

— Oi querida. Essa casa é minha. Eu chego quando eu quiser.

— Mas eu sou a líder do bando. E se eu

— Você vai fazer o quê?! - perguntou a encarando

Vivian se perdeu olhando os lábios dela com o batom cobre, a maquiagem, o perfume. Ela estava linda.

Karol riu e subiu lhe dando as costas

— Aonde está La Loba?

— Está lá fora, com a idéia de que Sarah está vindo.

— É a semana do meu casamento e eu estou uma pilha de nervos, a última coisa que eu quero e brigar com você.

— Tá. - respondeu Karol rindo

Karol se aproximou a cintura da dela.

— Vou te dar meu presente de casamento.

— Me solta! - quase gritou

— Ou vai fazer o que?

A ruiva sem pudor algum abriu de leve seu zíper e a estimulava por cima da calcinha.

— Imagina você toda exposta pra mim. Gemendo o meu nome, gritando de prazer.

— Karol, para!

— Vou te fazer delirar.

— Karol, eu to mandando você parar!

Ela passou um braço pela cintura da loira e a carregou nos braços. A beijou com força, com paixão e foi subindo em direção ao quarto, mesmo sabendo que a outra estava se debatendo e repelindo. A jogou em sua cama e tirou a própria jaqueta.

— Você é louca, Karol! Para já com isso.

— Me faça parar.

Mordeu seu pescoço de leve, a medida que ia lhe masturbando na mesma intensidade. Os gemidos pararam de ser raivosos e começaram a ser dengosos.

— Karol, por favor. Para.

A outra apenas lhe torturava mais, descendo a boca a um seio e beijando.

— Ain, não. Não faz isso. Por favor. . . - gemeu

— Tem quanto tempo que não faz amor de verdade?! Quanto tempo que não sente prazer?!

Rasgou o vestidinho delicado da moça e chupava seu seio com tesão, passando a lingua no mamilo, sentindo sua saliva quente arrepiar a pele inteira dela. Beijou um pouco abaixo, acima do umbigo, fazendo Viv contar os segundos para que sua boca estivesse lá embaixo

Abocanhou aquela parte rosada e pulsante, aquele sexo úmido e rijo que lhe chamava. Olhou nos olhos da loira com um sorriso safado e devorou aquilo.

E então lambeu aquele parte com tanto desejo e ficou por longos minutos repetindo os movimentos.

Sentiu logo após a fadiga dela e seu gozo, mas ainda não foi o bastante! Quis deixar sua marca!

Dobrou a intensidade e o ritmo, em poucos minutos, Karol teve um orgasmo de verdade. De ficar exausta e gritar, se debater.

Quando sentiu o feito, enfiou mais dedos nela enquanto trazia o melzinho pra fora e engoliu tudo.

Beijou cada centímetro dela, barriga, seios, pescoço, lábios.

— Karol. . . - ela estremeceu e falou - Eu te amo.

— Eu não te ouvi. - Karol mordia seu pescoço

— Eu disse que te amo! - gritou sorrindo

— Casa comigo? - Karol beijou

Casar. Aquela palava fez cair a ficha do que acabara de fazer. Traição. Casamento. Agora ela pertencia a alguem e acabara de desmanchar isso.

— Karol, me solta. - a repeliu

— O que foi?

— Eu não posso. Eu não acredito que eu fiz isso! Eu o traí!

— Viv, se acalma.

— Eu acabei de trair o meu noivo.

— Acabamos de fazer amor. E você pensando no seu noivo. Dez. Que legal!

— Eu não sei o que pensar. Eu não vou largar meu casamento.

— Eu vim apenas para saber com quem você quer ficar. Mas não me responda. Quando subir aquele altar, me olhe nos olhos e saberei.

Karol deu lhe um beijo estalado, piscou os olhos e saiu com um olhar de quem sabia a resposta.

Pessoas. A resposta vocês só saberão acompanhando a série. Karol é a minha personagem preferida, porque é uma das poucas que eu inventei para a saga Mission. Sei que não pus muito sobre elas na segunda temporada, mas prometo uma resposta breve lá.

História completa


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