Quebrando Regras - Hiatus escrita por Masary


Capítulo 10
Morena


Notas iniciais do capítulo

Woe ^^ depois de, acho que dois meses (?), voltei. Isso que é uma pessoa responsável u.u.
Bom, eu não sei como ficou o capítulo e vai assim mesmo.
A música que toca na metade do capítulo pra baixo é da Florence - Over The Love u.u Florence *-*
Espero que gostem. Boa Leitura ^^ (Gêmea, não irei demorar dois meses mais. Agora é três).



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"Grandes sonhos."

Bárbara, no auge de seus vinte e três anos, era uma bela mulher. Definitivamente. Os olhos negros despertavam enigmas ainda impossíveis de serem solucionados facilmente, um caso um tanto impossível e surpreendente. Soltei a foto em cima da cama novamente, observando-a por mais alguns instantes e deixando-a no mesmo lugar. O Evento começaria a poucos minutos e com uma grande confiança deixaria o nome Levinsk estampado em todos os jornais novamente: “Família reunida em clima agradável”.

Apesar da grande vontade de contrariar Bryan, ainda era meu trabalho. E eu o prestigiava. Mas também por Bárbara, principalmente pela garota. Estar sendo vigiada e observada de todas as formas trazia olhares incomuns, o que a deixava em perigo. Voltar em um caso depois de tanto tempo, não é um bom sinônimo de segurança.

– Dez minutos e saímos, Max. – Parei na frente de seu quarto, batendo na porta.

Desci as escadas novamente, deixando o distintivo dentre de uma das gavetas junto com os outros objetos que havia trago de Atlanta. Ajustei a gravata novamente, irritado com o fato de que aquilo continuava sendo desconfortável mesmo depois de tantos anos usando as em vários dias seguidos. O smoking negro ainda estava como sempre: bom. E isso era suficiente.

Os Levinsk eram conhecidos por sua grande elegância e autoridade por toda a sociedade, o que fazia com que Max e eu detestássemos todo o resto da família.

– Pronto. – Encarei o smoking de Max e pude vê-lo revirar os olhos e começar a arrumar direito. – Você é muito chato, Braider. Tá parecendo velho.

– Está atrasado.

– Você sabe que todo mundo nessas festas tem um motorista. – Murmura Max enquanto entrava no carro e colocava o cinto de segurança. – E você tá dirigindo, a gente podia ficar em casa, Braider.

– Serão aproximadamente umas duas horas, irá passar rápido. - Entrei na avenida, sentindo o carro ganhar velocidade enquanto Max ligava o ar. – Não precisa falar com ele. Bryan ainda é seu pai, mas não sua autoridade.

– Você só tem músicas de velho aqui. – Diz olhando os Cd’s e os jogando no banco de trás. – Vou comprar uns depois e te dar de presente, vai ficar satisfeito.

– Duvido.

**

Deixei as chaves com o manobrista enquanto entrava no salão reservado para o evento. Minhas mãos continuavam dentro dos bolsos, pra evitar qualquer contato com qualquer uma das elites americanas presentes ali. Esperei Max arrumar o cabelo dele uns oito minutos, não tendo efeito nenhum de diferença. O salão todo iluminado deixava um clima agradável e suave por todos os cantos, mulheres andavam de um lado para o outro sorrindo e mexendo nos cabelos a todo o momento: marketing.

Esse era o mundo que eu sempre havia evitado desde que pude. Desde que Bryan decidiu destruir a família e morar em qualquer outro lugar melhor no mundo, havia evitado todos os eventos que envolviam o nome da família. Mamãe e eu havíamos continuado na Itália, mas Max não e por isso virei um dos melhores detetives de Atlanta, para que Max não precisasse passar pelo o que eu passei enquanto Bryan era o exemplo de homem da casa que tínhamos.

– Detetive Levinsk. – Murmurei ao atender o celular.

– Ele está solto. – Isaac diz rapidamente. – Eu vou ter que desligar, consegui algumas fotos da mãe da Black.

Encarei o telefone confuso, já que Isaac nunca estava com pressa. Peguei uma bebida qualquer enquanto andava na direção central do salão, na direção de Bryan. Desliguei o celular, antes que Loah Door me ligasse fazendo perguntas que eu ainda não tinha respostas. Bryan sorria forçadamente para os homens de negócios em sua volta, mas passava as mãos nas têmporas a todo o momento: escondendo algo.

Diferente de alguns, ele esquecia que um de seus filhos sabia ler micro-expressões faciais e ainda insistia em tentar me passar para trás na maioria das vezes.

– Filho. – Saudou surpreso, largando o copo em mãos e andando em minha direção. - Max veio também?

– Ele só está me acompanhando. – Vejo-o engolir em seco e olhar em volta, abrindo um sorriso leve em minha direção. – Estou a trabalho, Bryan.

Seus lábios se repuxaram levemente para o lado enquanto suas mãos se fechavam ao lado do corpo: desprezo e raiva. Ele havia sonhado a vida toda em ter a família perfeita e nenhum de seus filhos conseguia o chamar de pai sem sentir alguma espécie de repulsa. Bryan fez sinal para que um homem se aproximasse de nos, ele estava diferente de uns dois anos atrás: o rosto menos jovial e os cabelos loiros mais escuros, mas os olhos azuis ainda continuavam os mesmos. Falsos.

Damon Black se aproximou calmamente, com uma expressão séria no rosto e um copo pequeno em mãos. Os cabelos negros eram idênticos aos de Bárbara, a pele branca se ressaltava com os olhos negros. O terno preto deixava o com uma autoridade extrema, lembrando levemente Bárbara.

– Este é meu filho, Braider. – Diz com um pouco de humor na voz. – Acho que vocês não se conhecem.

– Mas ele conhece minha menina. – Damon deu um sorriso sarcástico enquanto ficava sério novamente, me fazendo rir. – Bárbara tem falado dele em casa.

– A conheço o suficiente.

– Papai? – Deixo minha atenção além de Damon, vendo a morena nos olhar confuso.

Bárbara estava impecavelmente linda em um vestido longo vermelho que delineava seu corpo, deixando as costas nuas, porém cobertas pelo longo cabelo negro. Os olhos negros estavam preenchidos por uma maquiagem forte e um ar impenetrável exalava em sua volta. O vestido sensual atraia olhares de todos enquanto ela caminhava calmamente, com precisão e suavidade. Os lábios incolores fazia com que eu perdesse alguns instantes os olhando. Ela estava idêntica a Andrômeda, há três anos, em um evento de alta sociedade na China.

Logo, o doce perfume me atingiu, deixando um êxtase ainda maior. Ela estava linda. Uma verdadeira herdeira dos Black. A alta sociedade. A pele pálida estava um pouco mais corada que o comum, e nenhum vestígio de sorriso brincava pelos seus lábios enquanto olhava para o pai rapidamente.

Belos olhos negros.

– Este é Bryan Levinsk, querida. – Damon diz calmamente para a filha, fazendo-a o olhar e olhar para Bryan.

Encarei meu pai e ele rapidamente entendeu, cumprimentando a Black e sumindo com Damon, contra sua vontade, rapidamente. Bárbara olhou em volta e pude vê-la engolir em seco enquanto a observava lentamente. A música lenta soava calmamente por todo o salão enquanto alguns casais se atreviam a dançar, fazendo a grande luz no centro ter sua intensidade abaixada para um ambienta um pouco mais escura.

Estendi a mão para Bárbara, entrelaçando nossas mãos enquanto a puxava para perto, tocando em suas costas nuas e sentindo a maciez de sua pele. Os olhos negros demoraram para encarar os meus perfeitamente, enquanto a guiava lentamente pelo salão, segurando-a firmemente enquanto a girava devagar e a trazia para mim novamente.

– Não sabia que viria. – Disse baixinho, colocando as mãos sobre meus ombros delicadamente. – Está a trabalho?

– Sim. – Murmurei enquanto a movimentava junto comigo e via uma expressão negativa em seu rosto. – Meu trabalho é cuidar de você, Bárbara.

– Como? – Um sorriso brinco em seus lábios, pra depois suas bochechas corarem completamente.

– Se me permite dizer – Segurei seu rosto, fazendo-a me olhar. – Você está linda.

– Obrigada, Braider.

Girei a pela última vez ao escutar a música acabar e os murmúrios em volta do salão voltar. Acariciei seu rosto, trazendo-a novamente para mais perto, encarando os belos lábios próximos. Afastei os fios negros que insistiam em cair por seu rosto, atrapalhando que eu visse a imensidão negra. Envolvi-a pela cintura, segurando em sua nuca e a puxando para mim, sentindo minhas mãos acariciarem suas costas nuas. Esperei alguma resistência e capturei seus lábios ao ver que não havia nenhuma, sentindo a maciez do beijo lento.

Segurei o rosto da morena com as duas enquanto aprofundava o beijo, sentindo o gosto adocicado de seus lábios. As pequenas mãos de Bárbara logo puxaram meu cabelo para mais próximo de si, como se fosse capaz. O perfume estava em um êxtase ainda maior enquanto movimenta meus lábios contra o seus. Parei de beijá-la ao vê-la sem ar e beijei-a novamente lentamente, logo em seguida, sorrindo ao ver suas mãos tentarem me afastar e logo em seguida um sorriso preencher seus lábios.

– Não deveria ter feito isso. – Murmurou enquanto tentava esconder o sorriso que preenchia seus lábios. – Detetive Levinsk.

– Não me arrependo. – Disse a olhando, acariciando seu rosto. – Regras foram feitas para serem quebradas, morena.

Segurei-a novamente para beijá-la, parando ao encontrar alguém nos observando ao longe. O maxilar tensionado e as mãos fechadas com força, deixava claro que ele havia odiado me ver beijando Bárbara. O que Riot estava fazendo aqui? Ele estava preso desde que machucou Bárbara e eu havia garantido que ele não sairia da prisão nem tão cedo.

– Morena? – Questiona surpresa, fazendo com que eu a olhasse e que tentasse ignorar Riot.

– Morena. – Concordei, capturando seus lábios novamente.


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Notas finais do capítulo

Cometem u.u
Woe o/



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