The Last Time escrita por Ana


Capítulo 22
Vinte e Dois


Notas iniciais do capítulo

O sentido da minha vida é fazer com que vocês fiquem ansiosos e sofrendo. Esse capítulo não tem muita importância, mas é uma ponte pros próximos acontecimentos. Sempre lembrando que a preguiça foi maior que eu e não revisei (de novo). Se gostarem comentem. Se não gostarem me avisem! Se quiserem reclamar da vida também comentem flkasjfs BRINCADEIRA. Espero que gostem (ou não).



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Sentado sozinho em frente a sua escrivaninha: Era a rotina de Draco Malfoy desde que Corine partira com sua mãe há uma semana e ele sabia exatamente para onde. Porém, pelos relatórios de Owen a casa simplesmente não estava lá e o garoto tinha suas suspeitas, assim como sabia que todos os comensais que lotavam sua casa.

Porém, sentia-se na necessidade de saber como Corine andava. Nunca havia pensado que obteria tamanha necessidade de uma garota. Riu de si mesmo e de como estava definhando sobre o mesmo assunto havia noites. Prometera em seu intimo que tentaria escrever para ela, mandar uma coruja sem que ninguém soubesse. Tinha em mente que o feitiço pelo qual a casa mantinha-se protegida não funcionava exatamente com corujas.

Pegou um pergaminho que estava pousado sobre a mesa e molhou a ponta da pena em tinta pensando nas palavras que deveria escrever.

Corine,

Eu sei que deve me odiar agora, que não vai querer ler até o fim ou talvez me acuse de ter apoiado todas as decisões de meu pai sobre você, mas tenha certeza de que eu sinceramente não sabia para onde eles haviam te levado. Papai e alguns amigos tiveram em seus pareceres que te manter longe me ajudaria a pensar em meus deveres, nas coisas que realmente importam e em como mestiços não merecem nada além do desprezo.

Possuo absoluta certeza de que você, em seu direito total, acha que eu te desprezo e sinto nojo simplesmente por seu sangue não ser puro. Admito que, se fosse há algum tempo atrás eu pisaria e cuspiria em você com prazer como fiz com derivadas pessoas durante todos os anos de minha vida, mas você mudou algo em mim Corine. Nunca achei que diria isso a alguém verdadeiramente, mas eu te amo. Amo tanto que praticamente não sinto necessidade de comer, de dormir ou fazer qualquer coisa sem saber como você está.

É engraçado como me sinto, chego a rir de mim mesmo por me humilhar tanto lhe escrevendo. Se chegar a ler essa carta, escreva de volta. Farei o possível para te tirar dessa, eu prometo. Eu vou te proteger até o último minuto, mesmo que isso custe minha vida.

Depois que o enfrentei e quase troquei minha vida pela sua, ele me ameaçou, ameaçou minha família e deixou totalmente claro que mais uma dessas “graças” de minha parte custaria a vida de todos nós. Por favor, Corine.

Sinceramente quero que esteja bem.

Ele observou as palavras que havia escrito e ponderou durante um longo tempo se deveria ou não enviá-la a garota. Chegou à conclusão de que suas frases revelavam muito e se fosse interceptada entregaria a todos, inclusive a ele.

Puxou o pergaminho de cima da escrivaninha e o levou até a vela que permanecia ao seu lado queimando o papel lentamente.

O que eu estava pensando? Isso é ridículo, pensou.

Olhou para a mesa por mais alguns segundos, mas ainda sentia que tinha o dever e a necessidade de escrever para Corine. Repetia para si mesmo que se não o fizesse nunca teria sossego.

Molhou a ponta da pena mais uma vez e iniciou a escrita no pergaminho, mas dessa vez foi objetivo.

Tenho absoluta certeza de que não posso fazer nada a respeito de você pensar mal sobre mim, mas posso lhe dizer que ninguém nunca foi tão importante para mim quanto você. Por favor, responda, preciso saber como tem passado. Não me deixe no escuro sobre você.

Dobrou o pergaminho toscamente e desceu as escadas de sua casa lentamente, tentando não fazer barulho e foi até uma pequena construção, já tosca afastada, o bastante da casa para que não interferisse na apresentação perfeita da mansão Malfoy. Não havia porta, apenas janelas grandes o bastante para 30 corujas entrarem ao mesmo tempo e uma entrada grande o bastante para Grayback passar.

Malfoy colocou o pergaminho em uma das corujas que voou imediatamente ao seu destino. Rezou para que a mesma encontrasse a casa dos Gouldfye e que Corine respondesse a ele enquanto encaminhava-se novamente para sua casa.

Quando se deitou em sua cama mais tarde vestindo roupas frescas e observando o telhado pensou na ultima vez que havia sentido o cheiro de Corine perto de si. Sabia que ele ainda permanecia por ali, em um travesseiro ou nas roupas que ela havia deixado para trás quando se banhara em seu banheiro, a ultima vez que havia a visto. Se tivessem ficado em Hogwarts nada disso poderia ter acontecido, se ele não fosse um Malfoy e se visse obrigado e ser um comensal. Porém, ele não tinha escolha. Droga, como a amava. Isso é totalmente irrelevante para alguém como ele.

A porta do quarto de Draco abriu-se e uma garota loira entrou espalhando seu perfume adocicado pelo cômodo. Tinha um sorriso nos lábios tortos e um brilho malicioso em seus olhos. Violet estava lá para infortuná-lo.

– Querido – disse ela com um breve risinho – Onde está sua namorada? Soube que ela quase foi morta por nosso amado Lorde das Trevas.

– Ainda não aprendeu nada comigo Violet? Quantas vezes serão precisas que eu lhe mande calar essa sua boca até que fique definitivamente quieta?

– Ora, pode-se observar que o príncipe comensal está sem humor. Sua princesa resolveu fugir definitivamente porque descobriu que você vira um dragão na presença do papai? – ela riu divertidamente sentando-se na cama de Draco.

Malfoy levantou-se e ficou parado em frente ao móvel encarando Violet com atenção.

– Onde estão seus pais que não escutam as besteiras que saem de você? – ele perguntou.

– Onde estava o seu quando você se envolveu com uma pobre mestiça indefesa e chorona? – Violet levantou-se e se aproximou de Draco lentamente – Sinceramente espero que o tempo que brincou com Gouldfye não tenha o feito esquecer do tempo em que falávamos sério.

– Nunca falei sério com você – o garoto mantinha-se seco observando a loira a sua frente com total desprezo.

– Claro que não – ela sorriu andando até a escrivaninha – Espanto-me em saber que ainda não arriscou escrever para ela. Aliás, fico totalmente desgostosa ao saber que ela ainda anda viva por aí, desonrando o sangue bruxo com DNA trouxa correndo nas veias. Acho que era por isso que Corine costumava ser tão idiota.

Draco caminhou até a porta e a abriu gentilmente e encarando Violet sorriu.

– Vou lhe dizer algo importante Violet – ele riu ao pensar no que viria a seguir – Sinto um cheiro bastante forte de algum tipo de ciúmes por aqui. Se ainda acha que existe alguma possibilidade de que lhe colocar ali – apontou para sua cama desarrumada – Está totalmente enganada e iludida, ao contrário de Corine. Por mais que ela seja uma mestiça, imunda como você acha que é. Ela é a única que vai preencher o outro lado da minha cama da forma que preencheu há alguns dias.

Violet encarou Draco por segundos com os olhos estalados, porém o sorriso torto voltou aos seus lábios como de imediato. Um riso irrompeu da garganta dela, mas o tom do mesmo era vacilante, falso, forçado.

– Draco querido, está mentindo.

– Mentindo? Quer que eu lhe conte como foi? Como eu sussurrei no ouvido dela – ele aproximou-se bruscamente de Violet e colocou seus lábios próximos ao do ouvido da garota – Como disse a ela secretamente que a amava tão profundo e verdadeiramente que a queria para sempre aqui? Quer que eu lhe diga como...

– Cale a boca! – disse Violet – Um dia Malfoy, você vai sentir tanto por ter feito isso comigo – ela riu – Como se eu realmente me importasse. Você é patético, desonra a todos com esses seus sentimentos ridículos por uma mestiça suja.

Violet passou por ele e puxou a porta atrás de si com força, fazendo-a com que batesse em um estrondo contra seu batente. Draco voltou para sua cama fechando os olhos com força, rindo pela reação de Violet. Depois de alguns devaneios acabou por dormir.


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