The Last Time escrita por Ana


Capítulo 18
Dezoito


Notas iniciais do capítulo

MORRAM HAHAHAHAHAHA



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Quando Corine levantou-se haviam roupas na beirada da cama de Draco. Coçou os olhos e inspecionou o vestido reservado para ela. Era preto e de tecido leve, não se importaria de usá-lo.

Levantou-se enquanto se cobria pelo lençol fino da cama onde estava adormecida a pouco e foi até a porta entreaberta que jazia no canto do quarto. Um banheiro pequeno, porém confortável se escondia ali. Não havia ninguém ali, portanto estava sozinha. Presumiu que pudesse tomar um banho e vestir-se rapidamente e foi o que fez.

Abriu a porta do quarto e colocou sua cabeça para fora.

Não converse com eles, dissera Draco. E não o faria. Saiu pelo corredor olhando pelas paredes. Havia muitas fotos de família, quadros de homens imponentes que possuíam o cabelo loiro e liso dos Malfoy. Parou a frente de um deles sorrindo e um garoto de olhos profundamente azuis sorria para ela enquanto alisava o uniforme preto com orgulho.

Desceu o lance de escadas lentamente ouvindo os ruídos que vinham de baixo. Vozes falavam discretamente e um monologo era predominante.

Corine sentou-se antes dos últimos degraus e esperou por um bom tempo até que todos começassem a falar juntamente e Draco aparecesse em sua frente.

– Pensei que ainda estaria dormindo – disse indo de encontro a ela.

– Não te encontrei então resolvi descer.

– Ele está aqui e não sabe de você – comentou o garoto nervoso – Vamos voltar para cima.

Subiram os degraus novamente e entraram no quarto.

– Acho que terá de ir embora. Não quero que vá, mas precisa.

– Pra onde? – ela estava aflita. Sabia que não existia lugar nenhum para ela agora que havia se assumido uma cúmplice de comensais – Meus pais não vão me aceitar e a essa hora já estou sendo procurada pelo Ministério.

– Não se preocupe com isso agora – Draco estava tranqüilo.

– Eu não me preocupar? Você tem noção do que coloquei em risco? Não me preocupar porque você está despreocupado? Claro, você está na sua casa e seus pais são comensais também, portanto nunca iriam se importar de você estar envolvido em qualquer coisa do tipo magia negra ou planos do Lorde das Trevas porque afinal, isso dá orgulho a eles.

– Conversamos mais tarde – ele se virou para sair e Corine sentou-se na cama observando-o.

– Eu deveria saber que no final iria ser assim. Você me usou, sabia?

– Você está nervosa. Já disse que posso resolver essa situação. Estou te poupando de um interrogatório com ele. Estou te poupando de estar morta, você não entende?

– Draco – ela disse com um riso irônico em seu tom – Você não se importa.

– É claro que eu me importo – gritou irritado, aproximando-se da garota bruscamente – Se não me importasse teria a deixado em Hogwarts para ser mandada a Azkaban sozinha.

A garota permaneceu calada olhando fixamente para ele incrédula. Draco suspirou e a encarou de volta.

– Se é assim que você quer, vai conversar com o Lorde das Trevas e convencê-lo de que merece ficar aqui.

Draco abriu a porta e do outro lado estava parada Bellatrix e um homem de feições ofídicas e olhos em fenda.

– Pensei ter ouvido ruídos vindos daqui – disse a criatura adentrando o quarto – Então você é a garota que ajudou Draco em seu plano tão... Complexo seria a palavra certa?

Corine gelou em seu lugar e permaneceu calada. Estava olhando para o homem que todo o mundo bruxo temia. Sentiu uma onda de calor passar por todo seu corpo, porém ainda estava imóvel.

– Qual seu sobrenome querida? – perguntou. Corine tentava entender porque seu sobrenome tornara-se tão interessante naquela casa.

– Gouldfye – disse após tomar coragem.

Voldemort sorriu e passou a mão por sua varinha. Olhou para Draco fingindo tristeza.

– Tsc. Tsc. Uma sangue ruim em nosso meio? Draco, você tem um péssimo gosto.

O homem levantou a varinha e observou Corine por um momento. Ela sentia pânico, mas sabia o que viria a seguir. Fechou os olhos com força a esperou o que viria a seguir, mas não sentiu a morte e sim algo espetando seu queixo e levantando seu rosto para ser examinado.

– Ela é bonita, devemos admitir.

– Vai matá-la milorde? – começou Bellatrix que parecia totalmente animada com a ideia.

– Irei ponderar sobre o assunto. Deveria sentir-se gratificada pela porcentagem de vida que tem ainda garota e aproveitar o que podem ser seus últimos momentos – Voldemort falava docemente como se estivesse recitando palavras de amor.

Abandonou o rosto da garota e deixou o cômodo juntamente com sua fiel serva estando agora apenas ela e Draco. Ele a olhava preocupado.

Corine deitou-se escondendo o rosto e colocou-se a chorar desesperada. Iria morrer, sabia que iria, tinha plena certeza. Onde havia se metido? Era uma louca, completamente louca. No fim das contas não teria Draco e de que adiantaria tê-lo se não possuiria uma vida para desfrutar para com ele.

O garoto puxou-a para si e a abraçou por um longo momento, alisando seus cabelos e beijando suas bochechas onde era possível alcançar com o rosto dela enterrados em seu peito. Quando o choro cessou, ela o olhou com atenção ainda sem dizer nada.

– Você não vai morrer – assegurou Draco.

– Sou uma sangue ruim, não sou? – sua voz estava tremula – Já estou condenada Draco. Estando onde estou e sendo quem sou.

– Claro que não é uma sangue ruim Corine. Seus pais trabalham no mundo bruxo, como seria uma sangue ruim?

– Minha avó era trouxa. Sou mestiça – ralhou – Agora pode manter distância de mim.

Draco a encarou por um momento e então se aproximou tão subitamente de Corine que ela não pode o deter, aceitando então cair em seus braços e deixar-se beijar.

O garoto a arrebatava, beijando-a tão rapidamente que ela por algum momento esqueceu como era respirar. Quando ele se afastou um pouco, cochichou em seu ouvido fazendo Corine sorrir abertamente.

– Eu acho... Eu acho que amo você – disse ele, indo em direção a porta – Não vou deixar nada, de verdade, acontecer com você.

E então desapareceu pela porta deixando a garota deitada na cama onde acordara sorrindo. Porém, algo fez com que a sensação de pesar e luto viessem novamente assolá-la. Iria morrer e sabia disso. Nada, nem Draco Malfoy poderia evitar.


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Notas finais do capítulo

Não revisei tá mores?



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