POR DIEGO
Lá estava eu... procurando loucamente por algum rastro de Fran. Ela não era criminosa, então certamente havia deixado algum rastro antes de ir pra qualquer lugar que fosse! Já havia visitado a casa de seus pais e falado com sua mãe, eu estava dando um de detetive. Sua mãe me falou que ela havia ligado pra dizer que sumiria por um tempo. Ela também me deu o endereço do lugar onde Fran havia se mudado para morar com Fernanda.. sua melhor amiga! E lá estava eu, tocando a campainha... e a loira, com o nariz vermelho e o rosto inchado. Confesso que nunca havia visto Fernanda assim, ela estava realmente mal. Assim que abriu a porta, me abraçou... um abraço apertado e com algum sentimento um pouco fechado. Dor! Esse era o sentimento fechado.. Dor, era o que ambos sentíamos naquele momento. Ela chorou, ficou em prantos ao me abraçar.. e eu? Eu não pude resistir, pensei nela. Em Francesca, na mulher da minha vida! Desabei de chorar, chorei igual uma criança ao pensar na possibilidade de ela ter sumido por minha culpa, culpa das minhas palavras! Sempre que terminávamos, eu poderia fazer o que fosse, ela sempre me perdoava, ela nunca havia feito isso! Então pra ela sumir dessa forma, o que tinha para me falar era algo mesmo grave. Separei o abraço e entrei na casa.

Nanda: Pode sentar, Diego – Assim eu fiz enquanto ela fechava a porta e vinha em minha direção –

Diego: O que aconteceu? Por que ela ta fazendo isso?

Nanda: Eu não sei, ela disse que ia conversar com você. Mas ai eu acordei e ela já não tava mais aqui e nem nada dela.

Diego: Ela foi conversar comigo.

Nanda: E como você reagiu?

Diego: Eu fui um idiota, Nanda. Falei o que não deveria... machuquei ela! Fui um imbecil.

Nanda: Puta que pariu. Ela tava sensível e você ainda fala besteira! Eu achei que você reagiria diferente.

Diego: Eu não consegui... ao ver ela na minha frente! Fiquei com medo... e saíram aquelas palavras!

Nanda: Que palavras – Lacrimejei ao lembrar a burrada que eu fiz –

Diego: Eu disse que ela me magoava, que cada palavra que saia da boca dela era um desgosto – Vi Fernanda arregalar os olhos e se levantar, chorei mais ainda e coloquei as mão no rosto –

Nanda: Você ta louco de reagir assim em uma situação tão delicada como essa! – Ela chorou mais – To com medo do que ela pode ter feito agora

Diego: Eu sei que nossa situação é complicada, mas eu não pude medir as palavras.

Nanda: Mas deveria ter medido. Principalmente em uma noticia tão delicada assim. Você não entende que é parte de você? – a olhei confuso –

Diego: Como assim?

Nanda: Como assim o que? Ela não te falou?

Diego: Falou o que? – quando me lembrei que Fran tinha algo pra contar – Ela disse que ia dizer algo. Mas não chegou a dizer – Caiu uma lagrima pesada dos olhos de Fernanda e ela me olhou com um olhar inferior que me preocupou –

Nanda: Diego, a Fran ta grávida!