Garoto Errado - Diecesca escrita por Beyhive Diecesca


Capítulo 11
E nesse momento sabe que as coisas vão mudar.




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POR FRAN
Acordei as 17:30 sentindo algo sair de mim, olhei pra cama e logo vi. Sangue. Entrei em desespero, e pensei: “É normal”. Ele havia saído! Não necessariamente eu havia dado por falta de algo ou alguém em minha barriga, mas sim em meu coração! Passei a mão pelo meu ventre, e logo meu coração continuou a me fazer sentir que não havia nada ali! Senti um vazio muito grande, uma angústia.. Mas eu era tão fraca que estava incapaz de chorar! Fraca? Ou devo me considerar forte por estar passando por tudo aquilo sozinha, estar perdendo um filho na cama do meu quarto sem derrubar uma lágrima sequer! Não. Eu não era forte! Eu era fraca. Fraca por estar fugindo, fraca por ser capaz de matar meu próprio filho pra não enfrentar um problema, sem ao menos me sentir mal por isso. Eu não estava passando por tudo aquilo sozinha, eu o tinha! Tinha meu filho e resolvi tira-lo... sim! Estou me arrependendo horas depois de fazer o que fiz! Eu estava completamente extasiada, mas não no bom sentido! Eu não estava acreditando naquilo. Estava transtornada. Com raiva de mim mesma. Senti meus olhos marejarem, mas a lágrima não caia! Eu chorava. As lagrimas caiam, mas não sobre meu rosto! Sim, sobre minha alma. Ela chorava, ela implorava piedade! Eu sabia que teria que ser mais responsável daqui pra frente. Só não sei o que me espera no México. Leantei-me da cama preocupada com a viagem e com um pouco de dificuldade e sem força. Caminhei me apoiando na parede até a sala, olhei para as malas e fiquei mais tranquila sabendo que não teria muito a fazer! Certas coisas iria comprar no México, já que soube aproveitar bem a mesada que meus pais me deram todos esses anos. Eu havia guardado na minha conta bancária! Doía, e muito. Uma dor perto da bexiga... não soube decifrar direito! Deduzi que era meu útero! Um banho. Era isso que eu precisava! Peguei meu celular em cima da mesa e logo vi: 28 chamadas perdidas de Fernanda, 14 de meu pai e 34 da minha mãe! Desliguei meu celular e fui tomar meu banho gelado, quando sai, resolvi tomar um buscopan composto. O único que alivia minhas dores! Abri a mala, separei uma roupa para a viagem... passei todos os produtos que costumo passar e me vesti, passei uma maquiagem um pouco mais pesada que de costume. Fui para meu quarto e olhei para o relógio.. era 19:27. Já? Como assim, produção? Peguei o celular, o liguei e resolvi fazer uma ligação para minha mãe!

*Ligação on*
Talula: Francesca? Meu amor, você ta bem? Onde você ta?
Fran: To bem, mãe. Não se preocupa comigo. Eu vou sumir por um tempo, mas depois eu volto – minha voz já estava embargada –
Talula: Como assim sumir? Minha filha, o que ta acontecendo?
Fran: Muitas coisas, mamãe! Eu queria poder te contar, mas eu vou ficar bem! - disse e lodo desliguei –
*Ligação off*

Tinhamos uma relação muito aberta, eu contava tudo pra minha mãe... ela era mais liberal que meu pai, Fabrício. Ela que o convenceu de comprar meu apartamento! Mas não. Não pretendia dividir isso com ela, queria me manter longe de tudo! Inclusive da minha família. Coloquei meu despertador para as 00:00 e cochilei!

POR DIEGO
Será que fui muito duro com a Fran? Com certeza não foi nada perto do que passei por ela. Tinha certeza que ela nunca mais iria aparecer em minha frente, o que era bom. Pois nunca mais iria sofrer por isso. Minha vida havia por um tempo, coloquei um filme e fiz pipoca, mas só pensava em uma coisa... sim, você já sabe o que é! Resolvi caminhar, já era tarde, quase 00:00! Mas não me importava! Eu precisava respirar um pouco! Sentei num banco da praça e comecei a pensar em tudo que havíamos vivido.. será que foi certo? Foi certo fazer isso? Dizer tudo que disse? Ela só se afastou porque pensou que iria ser melhor! Mas se voltou foi porque teria algo importante para dizer... liguei para casa de sua mãe e pude escutar sua voz de preocupação logo na primeira palavra:

*Ligação on*
Talula: Alô? Francesca?
Diego: Não, dona Talula! Aqui é o Diego.
Talula: Oh meu filho, você sabe algo da Fancesca? Ela ta com você?
Diego: Não. Eu também iria perguntar sobre ela. Houve alguma coisa?
Talula: Ela ligou dizendo que iria sumir por um tempo. Eu to preocupada. Tem certeza que não sabe de nada? Já que namoram eu achei que... – a interrompi –
Diego: Não estamos mais namorando faz um tempo. Achei que a senhora soubesse.
Talula: Não, não sabia! O fato é que minha filha desapareceu.
Diego: Vou tentar lhe ajudar.
*Ligação off*

O que teria acontecido com ela? O que eu posso fazer pra ajudar se eu não sei nem de mim mesmo. Eu tenho que encontra-la...

POR FRAN:
Já eram 00:00. Desliguei meu celular e arrumei algumas coisas aleatórias... Terminei de arrumar as coisas já eram 00:20... sairia de casa as 1:00. Então resolvi dar uma geral na casa! Limpei as coisas, arrumei os cômodos e por fim, já eram 1:15. Levou mais tempo que pensei . Peguei as malas, um pouco desajeitada e desci de elevador! Pedi ajuda ao porteiro para colocar as coisas no carro e assim ele fez! Fui até o banco motorista e dei partida até o aeroporto! Cheguei lá eram 1:45... ótimo! Cheguei 15 minutos antes que queria! Fiz o check in (Slá como se escreve) e subi para comer, esperei o lanche e comi! Só então eu havia notado o quanto tava com fome! Passei o dia sem comer, gente. Fui até a farmácia e comprei um chip novo, minha mão sabia meu numero! Fui até a porta da sala de embarque, sentei-me nas cadeiras que haviam alí, coloquei o chip no celular e cadastrei! Depois me dei conta que quando chegasse ao México, eu teria que comprar outro mesmo! Ri de mim e da “burrice”, já que não era necessário esse chip! Faltavam 20 minutos pro embarque. Então resolvi entrar na sala de embarque e logo nos chamaram para dentro do avião, assim o fiz! Desliguei o celular e resolvi dormir um pouco! Acordei algumas vezes com a aeromoça servindo lanche! Mas nada que atrapalhasse meu sono!
Despertei de vez com a voz da aeromoça indicando que iriamos pousar! Meu coração acelerou e após alguns minutos, havíamos pousado!
Desci do avião um pouco nervosa, era a primeira vez que pisava em solo Mexicano. Cheguei a sala de desembarque, lembrei que iria precisar de um taxi, então fui andando procurando minha carteira pela bolsa.

“E de repente, acontece, algo se aciona, e nesse momento sabe que as coisas vão mudar. Já mudaram. E que a partir daí, já nunca voltará a ser o mesmo, nunca. E quando isso acontece... Você sabe!” - Paixão Sem Limites


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