The Guardian escrita por poseydn


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

I know, I know.
Eu fiquei um tempão sem postar e agora apareço aqui com um capitulo que, decididamente, não deveria ser chamado de capitulo de tão curto que é, mas vendo pelo lado positivo, EU ATUALIZEI A FICTION!!! ok, agora parando de gritar, eu queria pedir desculpas por demorar a postar, mesmo que até agora eu não tenha recebido nenhum comentário, e queria dizer também que eu vou tentar postar mais rápido e... Era isso, agora leiam e, pelo amor que vocês tem aos livros e mães de vocês, comentem.



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Na manhã seguinte, desci as escadas correndo ainda calçando os tênis e ajeitando o casaco enquanto tentava falhamente equilibrar a mochila sobre o meu ombro esquerdo.
O relógio do meu celular marcava 06:48 e os portões da escola fecham às 07:00 em ponto, ou seja, nada de café da manhã para mim a não ser que...
– Gaia! – gritei, desistindo de equilibrar a mochila e largando-a no pé da escada. – Gaia! – chamei por ela, finalmente conseguindo encaixar os tênis e procurando-a na cozinha. – Gaia, você pode me...
Uma voz rouca irrompeu atrás de mim, fazendo-me parar o meio da frase.
– Ela não está aqui. – Anthony com toda certeza.
Girei sobre os calcanhares, me virando para ficar de frente para ele. Anthony estava no centro da sala de estar, com a mochila apoiada sobre o seu ombro direito enquanto tamborilava os dedos na lateral de seus jeans escuros.
– Onde ela está? – eu perguntei, surpreendendo até a mim mesma com o tom cortante.
Ele engoliu em seco antes de me responder.
– Saiu, junto com a sua mãe e Luna. – ele declarou, baixando o olhar e franzindo cenho. – E Gaia disse algo sobre ter que reabastecer a despensa.
Balancei a cabeça, ouvindo atentamente cada palavra que ele dizia.
– E o que você está fazendo aqui? – questionei, capturando toda a sua atenção.
Anthony levantou o olhar, encarando-me com um olhar incerto e depois deu um passo ainda um pouco hesitante na minha direção. Sustentei o seu olhar, esperando por uma resposta, que veio sem mais pretextos.
– Eu acho que você merece uma explicação.
– Então me explica. – disse, caminhando na direção da escadaria e pegando minha mochila.
– Nem sempre eu tenho... – o interrompi.
– Você acha que pode me explicar andando, porque nós temos só... – olhei no relógio do meu celular. – Oito minutos até os portões da escola fecharem e eu não estou nem um pouquinho a fim de levar advertência por chegar atrasada hoje. – e lhe lancei o meu sorriso mais inocente.
Anthony apertou a ponte do nariz e respirou fundo, exibindo um sorriso cínico enquanto passava por mim.
– No meu carro. – ele disse ao passar pela porta de entrada.
Tranquei a casa rapidamente e o segui na direção de seu Duster preto, tomando o assento no banco do passageiro e afivelando o cinto de segurança enquanto o via manobrar o carro e dirigir no limite da velocidade.
– Eu vim com você por uma explicação e não para ter vertigem por conta do modo que você dirige. – reclamei, quando Anthony fez uma curva um pouco fechada.
Anthony soltou uma risadinha baixa sem me olhar e então disse :
– Eu não era um dos mocinhos. – ele declarou calmamente enquanto fazia outra curva.
Franzi o cenho sem entender.
– Eu fiz coisas más, coisas muito más quando eu era só um garoto de 17 anos em Lisieux, na França, e pode-se dizer que foi por isso que eu me tornei isso. – gesticulou para si mesmo. – Eu continuei fazendo coisas más depois que eu morri, obviamente, porque isso fazia a dor amenizar um pouco, mas depois de um tempo o efeito anestésico que essas coisas tinham sobre essa dor e sobre mim passaram a não fazer mais efeito e foi então que eu percebi o quão monstruoso eu havia me tornado.
– Que tipo de “coisas más”? – perguntei, revirando-me no assento para ficar um pouco voltada para ele.
– Torturas, alguns assassinatos, coisas que eu não gosto de lembrar. – disse rapidamente, tentando sair daquele assunto o mais rápido possível. – Eu parei de fazer isso a bastante tempo, mas essa minha parte obscura está sempre por perto procurando oportunidades para se fazer mais forte e machucar pessoas que não deveriam ser machucadas.
Eu assenti, mas permaneci calada somente digerindo o que ele havia dito.
– Enfim, eu nem sempre tenho controle sobre o meu lado obscuro e foi isso que aconteceu ontem, eu perdi o controle e machuquei você. – e então ele parou o carro, já no estacionamento.
– Ok, mas e quanto à Bianca? Por que ela me atacou? – questionei, desafivelando o cinto de segurança.
Anthony recostou-se no assento e voltou seu olhar para mim, me avaliando com os olhos semicerrados.
– Quem era mesmo que não queria se atrasar? – ele perguntou sarcasticamente, mudando de assunto.
Lancei lhe um olhar indignado antes de sair do carro, seguindo rapidamente pelo caminho pedregoso até o prédio 2. O estacionamento dos alunos não estava tão vazio quanto costumava ficar a esse horário, o que me resultou no olhar de algumas garotas do primeiro ano quando saí do carro do “cachinhos”. Elas cochicharam alguma coisa e uma delas me lançou um olhar assassino quando Anthony se juntou à mim, caminhando lenta e calmamente ao meu lado.
– Ela é um pouco ciumenta. - Anthony disse assim que adentramos o prédio.
Franzi o cenho e o observei de soslaio.
– Do que você está falando?
Ele sorriu para mim, fazendo um 'Bianca' sem som com os lábios.
Eu engoli em seco e desviei o olhar para o corredor quase vazio. Pensar em Bianca sempre fazia o meu estômago revirar, mas saber que ela havia me atacado, se não me matado caso tivesse tido a chance, somente porque estava com ciúmes dele me fazia querer vomitar.
Para ser sincera, a ideia dele e ela juntos era o que me fazia querer vomitar, porque para ela ter ciúmes significa que eles realmente tiveram algo, se ainda não têm. Meu estômago ficou embrulhado com essa possibilidade, mas eu me mantive impassível, sabendo que Anthony me olhava.
– Então quer dizer que ela me atacou somente porque estava com ciúmes? - indaguei, ajeitando a mochila no ombro e virando no corredor que dava para a sala de Biologia Prática.
– Pessoas como ela são um pouco bipolares e possessivas, baby, eu realmente não sei explicar como funciona o temperamento de criaturas como a Delacroix, mas eu posso dizer que ela não gostou muito de saber da sua existência, principalmente porque ela gosta de ser o centro das atenções. - Anthony me explicou.
Eu fiquei me mantive em silêncio assim que entramos na sala, caminhando apressadamente até a penúltima bancada de quartzo perto da janela. Anthony me seguiu também em silêncio, tomando o assento ao meu lado.
A professora de Biologia Prática, a Sra. Imogem Price, entrou dentro de sala fazendo com que o resto dos alunos ficassem em silêncio e começou a explicar alguma coisa que eu não prestei muita atenção.

[...]

Os dois tempos seguidos de Biologia Prática passaram mais arrastados que qualquer outro, sendo acompanhados piamente por História, Francês e Geografia.
Anthony se manteve calado por todo esse tempo até mesmo na troca de salas de aula, ele só me acompanhava em silêncio e tomava o lugar ao meu lado sem dizer uma única palavra.
– Lembrem-se, leiam o capítulo 3 para a próxima aula que nós iremos debater sobre. - Sr. Fiore, professor de Geografia, disse terminando de organizar suas coisas para o almoço. - Bom almoço à todos. - e sorriu amarelo enquanto ajeitava os óculos sobre o nariz aquilino.
Eu me levantei sem ao menos esperar por Anthony e me encaminhei para a saída mais rápido que qualquer um, agarrando a barra da camiseta preta do Michelangelo por trás quando o vi.
– Achei que ia almoçar com o seu namorado. - ele comentou sarcasticamente, puxando-me para si e me abraçando de lado.
Fiz careta para ele e Elisabeth soltou uma risadinha bem atrás de nós, nos observando sem dizer nada.
– Eu não tenho namorado. - reclamei.
– Sério? - Mick perguntou casualmente. - Porque eu tenho uma informação de uma fonte não tão segura assim que você veio para escola com o Richards. É verdade? - e então colocou a mão em forma de punho na frente da minha boca, como se fosse um microfone.
Franzi o cenho e encarei a sua mão à minha frente, empurrando-a para longe e respondendo logo em seguida.
– Sim, mas foi porque ele passou lá em casa para entregar algo à Gaia. - menti. - Eu estava atrasada e nem ela nem Anael iriam poder me trazer hoje.
Michelangelo revirou os olhos e assentiu, fingindo acreditar no que eu dizia. Em um todo, não era tudo mentira, mas aí eu me lembro de um fato : Michelangelo consegue ser pior que Caitlin quando quer ou quando não gosta de alguém.
– Ok, agora me diga qual é a sua desculpa para o fato dele ter virado a sua sombra desde que chegou. - ele inquiriu.
Eu parei por um momento, pensando no que ele havia me perguntado e para ser sincera, eu não fazia a menor ideia do porque dele ter ficado tão próximo à mim desde que chegou. Abri e fechei a boca algumas vezes e quando decidi responder com um simples ´Por que não pergunta para ele?` quando Elisabeth se impôs.
– Nem responde. - ela disse, espremendo-se entre mim e Mick para afastá-lo de mim. - Michelangelo só está com isso porque ele acha que o Richards é perigoso e que ele vai acabar machucando você de alguma forma. - Elisabeth explicou-se enquanto entrávamos no refeitório.
Pensei no que ela havia dito e... Em um todo, eu não posso culpar o Mick, afinal ele ao contrário dos outros e até de mim mesma, vê que Anthony tem uma parte perigosa. Mas compreender o modo como ele pensava não significava concordar com isso.
– Eu não acho que ele vá me machucar, mas se te faz sentir melhor, eu vou ser mais cuidadosa quando estiver perto dele. - disse, dirigindo-me à Michelangelo.
Ele fez careta, mas se manteve calado enquanto depositava sua bolsa em uma cadeira já no refeitório e puxava duas outras cadeiras, uma para Elisabeth e outra para mim.
– Eu vou buscar algo para comer, vocês querem algo? - perguntou assim que nos acomodamos.
Apenas neguei com a cabeça.
– Eu quero só uma fatia de torta de amoras e a dona Laurel vai querer um daqueles bolinhos cheios de frutinhas estranhas que ela gosta. - Elisabeth disse diretamente para Mick, que assentiu e saiu caminhando direção ao outro lado do refeitório.
Lancei um olhar inquisitivo à Elisabeth com as sobrancelhas erguidas, mas ela só deu de ombros é puxou o celular do bolso de seis jeans, depositando sua completa atenção no aparelho.
Desviei minha atenção de Elisabeth por um tempo, ajeitando-me no assento e virando-me para observar o resto do refeitório. Vasculhei com os olhos todo o refeitório com os olhos, mas nem sinal dele em lugar nenhum.
– Eu acho melhor você sentar nessa cadeira e fingir que não está procurando pelo Richards se não quiser que o Michelangelo comece a te encher com aquela ladainha de que não gosta do seu namorado de novo. - Elisabeth disse, puxando-me pela barra do casaco e me fazendo sentar direito na cadeira. - Ou se não quiser que Caitlin comece com isso junto com ele.
Antes mesmo que eu conseguisse responder uma voz feminina se fez presente bem às nossas costas.
– Aceitam companhia? - Caitlin.
Virei-me paea encarar uma Caitlin toda sorridente de mãos dadas com Stephen, avaliando-os de cima à baixo e dando de ombros enquanto me recostava novamente na cadeira. Elisabeth nem ao menos levantou os olhos para encará-los, permanecendo imperturbável mesmo com a presença de uma das pessoas que ela menos gostava.
– Vocês não vão comer nada? - o Mcmurray perguntou em uma preocupação fingida.
Apenas levantei meu olhar até ele, mas me recusei a respondê-lo, recebendo um olhar de reprovação tanto de Caitlin quanto de Elisabeth.
– Meu irmão foi pegar o que nós pedimos.
E um silêncio sepulcral se seguiu assim que ela terminou a frase. Para ser sincera, eu até quebraria esse silêncio, mas eu tinha quase certeza de que se eu pronunciasse uma única palavra com o Mcmurray por perto e ele ousasse me interromper ou algo do tipo, eu não ficaria quieta como costumava fazer, então deixei a ideia de manter a conversa civilizada de lado substituindo-a pelo silêncio que me parecia mais amigável. Até que Caitlin decidiu quebrar o silêncio.
– Quer que eu pegue algo para você? - perguntou ao Mcmurray, que assentiu.
– Pizza, de preferência. - e a beijou antes que ela fosse pegar o que ele pediu.
Meu estômago ficou embrulhado enquanto eu o via dar um sorriso vitorioso, observei-o questionativa e sustentei seu olhar quando ele se voltou para mim com uma sobrancelha arqueada.
– O que foi? - eu não respondi e Elisabeth bateu seu joelho no meu, fazendo-me virar para ela.
'Você está dando motivos para ele achar que você está com ciúmes.' , era o que ela havia escrito em uma nota autoadesiva do seu próprio celular. Franzi o cenho e ela deu de ombros.
–Me tira uma dúvida, você fica muda quando não está perto daquele esquisito que você chama de namorado? - Stephen perguntou no seu habitual tom sarcástico.
E aí estávamos de novo, ele me provocando e eu me segurando para não socar a cara socável dele. Respirei fundo e lancei-lhe um sorriso cínico, inclinando-me sobre a mesa e apoiando-me sobre os cotovelos.
– E se eu ficar, o que você tem com isso? - questionei, fixando o meu olhar no dele e abrandando ainda mais o sorriso.
Stephen tensionou o maxilar e aos poucos adquiriu um tom avermelhado de raiva.
– Eu prometi à Caitlin que não brigaria com você hoje e eu não vou. - rle murmurou mais para si mesmo do que para mim, fazendo-me sentir ainda mais vitoriosa do que nunca.
– Eu não gosto do fato de Caitlin namorar um cara como você, mas se isso significa você parecendo um pouco menos idiota, eu posso mudar de ideia. - aleguei, dando de ombros e o vendo me lançar um olhar questionativo.
Infelizmente, antes que ele pudesse fazer algum comentário irônico que encerraria a 'conversa' e que nos faria um pouco mais amigáveis pelo menos pelo intervalo do almoço, a voz rouca de Anthony se fez ouvir, fazendo Stephen se por em posição de ataque. Era visível que os dois não se gostavam pelo modo em que se tornavam mais agressivos quando estavam perto um do outro, e isso fez tanto a mim quanto a Elisabeth estremecer, que apertou a minha mão como se para sentir-se mais segura.
– Eu preciso falar com você, baby. - Anthony disse, puxando a cadeira em que Caitlin estava sentada - ao lado do Mcmurray - e sentando-se, puxando minha mão para a sua e entrelaçando seus dedos nos meus.
– Ok. - respondi, encarando fixamente a mão de Anthony na minha.
– Eu realmente não entendo você, Laurel. - Stephen disse, sustentando um olhar assassino contra as costas de Anthony. - Eu realmente achava que você era melhor que isso, mas foi só chegar um garoto com sotaque diferente e você virou uma espécie de bichinho de estimação, andando atrás dele com o rabo entre as pernas.
Anthony respirou fundo, soltando a minha mão e virando-se para encarar o Mcmurray que se mantinha em posição de ataque tanto verbalmente quanto fisicamente. Uma aflição instintiva me atingiu de forma tão bruta que me fez estremecer, eu não estava nem ligando para o que o Mcmurray havia dito sobre mim, mas parecia que Anthony ligava e que ele não havia gostado nada de ouvir aquilo.
– Eu juro, Mcmurray, se você falar dela desse jeito de novo, eu quebro a tua cara. - Anthony rosnou entredentes.
Stephen soltou uma gargalhada sarcástica, levantando-se do seu assento exibindo os seus quase dois metros de altura e alguns centímetros mais alto que Anthony.
– Isso é uma ameaça? - ele questionou.
– Sim, isso é uma ameaça.
A pior ideia que o Mcmurray já teve na vida foi brincar com Anthony, quando sussurrou algo no ouvido dele e gritou :
– Vadia! - fitando-o com um olhar desafiador.
Antes mesmo que Anthony acertasse o rosto de Stephen, Elisabeth já havia me agarrado pelos pulsos e me puxado para longe deles, trazendo tanto a minha mochila como a sua junto. Em menos de segundos, os dois se engalfinhavam freneticamente, derrubando algumas mesas vazias e a própria na qual estávamos.
Caitlin e Michelangelo haviam se materializado perto de Elisabeth e eu, e Caitlin assistia a cena tão horrorizada quanto. Uma pequena plateia se formou ao redor eles, e eu ouvi alguns cochichos maldosos vindos de algumas ditas cujas, fazendo-me ficar ainda mais horrorizada e irritada.
Stephen investiu contra o rosto de Anthony uma vez, mas felizmente ele desviou, pegando o seu braço e ganhando mais força ao jogá-lo contra uma das mesas. O Mcmurray escorregou sobre a mesa e caiu de costas perto de uma garota que soltou um gritinho estridente. Eu tentei usar o momento em que ele estava caído no chão para ir até Anthony e tirá-lo daquele alvoroço, mas no mesmo instante em que eu avancei em direção à ele Caitlin e Michelangelo me seguraram pelos pulsos, me forçando a ficar perto deles.
– Você vai se machucar se for até lá. - Caitlin disse em um estado meio catatônico.
Eu realmente não me importava de me machucar, o que me preocupava era que pelo que Anthony havia me dito o seu lado obscuro só ficava à espreita esperando o momento perfeito para atacar e agora me parecia o momento perfeito. Eu estava temendo pelo seu controle e porque eu achava ter visto as mesmas manchas pretas que eu vi em seus olhos quando ele me mostrou as cicatrizes da sua forma natural e isso não era algo bom, não em público e com muitas pessoas ao redor.
Anthony caminhou a passos lentos em direção ao Mcmurray e eu estava preparada para um massacre quando Stephen deu-lhe uma rasteira, fazendo-o cair de lado. Stephen se levantou e adquiriu uma posição defensiva, já Anthony demorou um pouco mais para fazer isso, mas quando o fez lançou um sorriso cínico para Stephen.
O Mcmurray tentou a sorte no ataque mais uma vez e mais uma vez não teve sucesso, Anthony desviou de todas as tentativas dele de acertá-lo e por fim, quanto o Stephen já estava começando a se cansar de atacar, ele o empurrou com as duas mãos sobre o peitoral, fazendo com que o Mcmurray cambaleasse para trás e caísse sobre uma outra mesa.
Só então Anthony começou a atacar, investindo diversas vezes no rosto de Stephen que pelo que parecia estava começando a perder a consciência. Em um curto momento em que Caitlin e Michelangelo afrouxaram o aperto nos meus pulsos eu corri até Anthony, segurando o seu pulso e o puxando pela barra da camiseta mais para trás.
– Tudo bem, tudo bem. Acabou. - eu afirmei, puxando o seu queixo para que ele olhasse nos meus olhos e como eu havia imaginado, haviam manchas negras nos mesmos.
O que eu posso dizer? Não houve muito tempo para reações depois dali. Em menos de um segundo Stephen havia tentado um novo ataque, dessa vez bem sucedido, agarrando Anthony pela cintura, que para tentar me proteger de seu ataque me empurrou para o lado.
Felizmente, eu não me machuquei na queda, mas Anthony em compensação levou uma série de socos do Mcmurray. Stephen investia no rosto de Anthony, fazendo com que o seu sangue respingasse pelo chão e em mim. Eu olhei horrorizada para a cena dele em cima de Anthony e para a camiseta branca que eu estava usando, sentindo as mãos de Michelangelo me agarrarem pela cintura e me ajudarem a levantar.
– Laurel, você está bem? - ele perguntou, segurando o meu rosto em suas mãos e me forçando a olhá-lo.
Eu simplesmente não respondi, estava tomada pela raiva do Mcmurray e preocupação com Anthony, não era muito racional o que eu iria fazer muito menos ia de acordo com o que eu jurei para mim mesma quando eu desloquei o ombro do Roberts no último semestre, mas era necessário então...
Saí de perto do Michelangelo e corri em direção ao Stephen o mais rápido que pude, empurrando-o com toda a minha força para longe de Anthony e fazendo-o deslizar pelo chão do refeitório e parar perto de Caitlin, que engoliu em seco e desviou o olhar quando viu o sangue escorrendo pelo nariz e lábio cortado do namorado.
– O que você tem na cabeça? - eu gritei com ele assim que ele se levantou cambaleando.
Stephen pareceu observar o sangue na minha camiseta e deu alguns passos incertos na minha direção, mas depois parou e se virou para Caitlin que ainda mantinha o olhar distante do sangue. Ele alternou seu olhar entre Caitlin, Anthony e eu, e depois disse :
– Cait, Laurel, eu sinto muito.
Cait engoliu em seco mais uma vez, e eu tive a impressão de que ela estava segurando o choro, e então saiu. Eu apenas neguei com a cabeça e me virei para Anthony que estava sentado, limpando um pouco do sangue que escorria do seu nariz.
Ele tensionou o maxilar assim que viu o sangue na minha camiseta e se levantou rapidamente, fazendo menção de ir até Stephen, mas eu o segurei, acenando com a cabeça para lhe dizer que o sangue não era meu.
Passei o braço do Richards pelos meu ombros, atravessando o refeitório até a saída rapidamente. Antes de sairmos eu pude ouvir a voz do Michelangelo gritar um 'O show acabou, agora façam o favor de irem cuidar de suas vidas.' .


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e beijinhos.

P.s. Só estou dando beijinhos agora, porque esqueci de dar nas notas iniciais e fiquei com preguiça de ir lá em cima para ajeitar.



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