POV - Percy

Eu estava no meu chalé quando Annabeth abre a porta com um estrondo e ofegante ela fala:

– Percy, Grover... Enfermaria.

Ela não precisou terminar o pensamento, no mesmo momento instante saio da cama e corro para a enfermaria com Annabeth logo atrás.

Assim que chego, vejo um Grover pálido e sonolento. Uma Juníper com os olhos inchados segurando a sua mão.

– Ele vai ficar um tempo sem falar Percy. Acho que o que o atacou tirou uma parte da memória, mas ele vai se recuperar no máximo em três dias. – Hazel explica.

Chego perto de Grover com medo que ele não me reconheça... Mas ele me reconhece. Meu melhor amigo me entrega a sua flauta de bambu.

– Ele precisa descansar Percy, ele ficara bem. – Annabeth fala com calma perto de mim.

– O que houve com ele? – Sussurro baixinho.

– Não sabemos. Mas achamos que vai acontecer com frequência com os sátiros a partir de agora. Vamos Cabeça de Algas.

Entro de volta no meu chalé, após Annabeth avisar que ia ajudar Leo na construção do navio.

Pego a flauta de bambu de Grover e percebo que há um papel enrolado em um dos buraquinhos. Puxo o papel do buraquinho da flauta. Abro ele e nele esta escrito para eu tocar uma música que ele me ensinou a um tempo atrás. Blowin’ in the Wind do Bob Dylan.

Começo a tocar sozinho no meu quarto, quando um menino, por volta dos dezoito, aparece com uma guitarra tocando um acorde.

– Quem é você? – Pergunto já destampando Contracorrente. – Apolo?

– Apolo poderia ser, mas não sou! Apolo está no Olimpo e cá eu estou!

– Então quem é você?

– Eu sou Heitor, o que foi deixado pelo pai para viver na montanha mais alta dos Estados Unidos. O que cresceu com animais ao redor, sabe quem eu sou?

– É... Não.

– Humilhação! Sou o próprio filho de Apolo, o que deverá seguir com vocês nessa jornada.

– E porque apareceu no meu chalé?

– Oras! Você esta tocando a mais bela música de uma flauta pura. Apareço onde a música pura está, tele transportando ou andando em qualquer canto ou lugar.

– E você gosta de falar tudo a rimar?

– Eu não falo tudo a rimar, vocês que falam tudo sem pensar.

– Ah ta bom... Então você fala só algumas coisas rimando?

– Sim. O Monte Whitney tive que deixar, para meu papel aqui empenhar. E você tem um papel importante nisso, mais do que imagina. Estarei no chalé de meu pai em quanto esperamos o filho de Hefesto concertar o seu navio. Se precisarem de ajuda é só chamar.

– Você não teria que conversar com Quíron?

Heitor faz uma cara de desaprovação e finalmente fala:

– Não, meu pai me mandou. Ficarei em meu chalé, de manha aviso ele.

– Mas, mas... - Percy ficou sem palavras e voltou a dormir.

POV - Lira

Eu estava andando quando me deparei com um rapaz alto de cabelos longos e escuros, mas ele era um pouco gordo. Não eu não tenho preconceito nenhum com gordos.

Eu percebi que ele estava com uma guitarra nas costas e deduzi que ele era meu irmão, um filho de Apolo.

Senti uma mão no meu ombro e virei com um de repente! Era Josh.

– Você é idiota? Por que você fica me assustando assim menino? Eu hein! Aff... - Me senti meio mal por Josh, mas ele estava me enchendo.

Quando fui procurar pelo menino ele não estava mais lá! Quando percebi ele estava absorvendo um pouco de luz solar e fazendo pequenas bolas de luz na ponta dos dedos, eu achei aquilo incrível e estava louca para aprender esses novos truques! Fiquei tão impressionada que fui falar com ele para ele me ensinar.

– Olá, eu sou Lira, do chalé de Apolo! E eu cai do céu! - Eu acho que não devia ter dito aquilo, porque o rapaz me olhou com uma cara de impressionado - E você, quem é?

– Eu sou Heitor, Heitor filho de Apolo com Lilly Steffan, 17 anos! Prazer em conhecer!

– Pensei que você só falasse rimando...

– Se rimas você quer, rimas vou te dar! Vamos olhar e as gaivotas a vo...

– Não, por favor! - Heitor se assustou e parou - Eu só quero aprender a fazer aqueles truques legais que você estava fazendo com os dedos e bolas de luz solar!

– Não posso lhe ensinar, me desculpe! - E saiu andando.

Logo percebi que ele era bem forte e possuía um arco e flecha ao lado de seu corpo e uma adaga de prata e bronze. Não liguei e segui meu caminho para o lago, onde me encontraria com Calypso e Piper, para assuntos femininos!

As coisas estão um pouco complicadas aqui, mas ainda prefiro esse acampamento ao Acampamento Júpiter, nada contra, mas aqui é mais calmo e aconchegante. As meninas não chegaram ainda, então sento sozinha na praia.

– Oi. – Josh aparece de novo.

– Idiota você me assustou, o que você quer? – Pergunto irritada já.

– Calma garota! Só percebi que você anda muito pensativa, pensando em mim?

– Não sonha. Estava pensando nos pós e contras de cada acampamento.

– Certamente eu estou nos prós do Acampamento Júpiter! – Josh fala rindo.

– Aham, convencido. – Dou um soco de leve no braço dele.

– Ai. – Josh passa a mão pelo braço.

– Sabe, estou com medo dessa guerra, e até agora não sei como “cai do céu”. – Declaro.

– Não precisa ficar com medo, não agora. E já que você tocou no assunto, peço desculpas por ter te chamado de não anjo aquele dia.

– Ta tudo bem agora. – Digo. Decidi perdoar ele.

– Eu gosto de você Lira. – Josh fala no meu ouvido.

Meus pelos do braço se arrepiam e percebo que meu coração está acelerado.

Josh se aproxima de mim para roubar um beijo, ele segura as mãos na minha cintura. Agora já estamos dividindo o mesmo ar.

– Ah, eu sabia! Eu achei que teria que ajudar vocês, mas vocês sabem se virar. – Ouço a voz da filha de Afrodite.

Viro assustada e encontro uma Piper sendo puxada por Calypso.

– Que coisa Pipes, não estraga o clima deles! – Diz Calypso, agora fora de vista.

– Bem, er... Eu vou indo. – Josh se levanta.

– Vai não!

– Você quer eu fique? – Ele me pergunta.

– Senta aqui comigo, até o jantar. – Peço.

– Ah, ok.

Josh se senta e eu encosto minha cabeça em seu ombro.