Presumo escrita por QueenB


Capítulo 12
As romãs


Notas iniciais do capítulo

Vai rolar um pouco de shipp de alguns casais, espero que gostem!



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Pov– Leo

Quando eu recebi o aviso do meu pai para reconstruir o Argo II achei que era como um premio bem feito pra mim. Mas não. Foi apenas um aviso que eu estava dentro de uma nova guerra, no início de um novo conflito.

Na reunião na Casa Grande, vi pela primeira vez Davina Claire com seus cabelos castanhos cacheados e olhos claros, ela era bonita, entendi o porquê de Nico gostar tanto dela.

Calipso esta neurótica com a nova guerra, andando pra lá e pra cá sem parar cultivando todos os tipos de flores e cereais que encontra. O motivo não sei, mas é algo como “pendurar no Argo II para espantar o cheiro”. Duvido muito que funcione. Lógico que eu vou pedir a um filho de Hécate lançar um véu de névoa, mas o navio tem sessenta metros de comprimento, e provavelmente Davina vai estar a bordo como um radar que atrai monstros.

– Trigo, preciso de mais trigo. – Calipso reclama.

– Hey, acalma um pouco. Você está muito cansada, deite em quanto eu termino de fazer as velas. Vou chamar Annabeth pra redesenhar o navio, se quiser conversar com ela ou comigo, estaremos aqui.

– Leo eu não posso, mesmo que eu esteja cansada eu tenho que ir com você, tenho que ajudar Hazel, algo me diz que ela vai enfrentar algo pior que a feiticeira que ela enfrentou na última guerra. Eu sei um pouco de magia e tenho que ajuda-la.

– De jeito nenhum que vou deixar você subir a bordo desse navio como se fosse um tour pelos mares! É uma guerra Calipso, você pode voltar ferida, talvez eu não consiga te proteger, você tem que ficar aqui! – Falo o mais bravo que posso.

Calipso me olha com seus olhos cor de mel. Ela passa a mão pelos cabelos trançados e balança a cabeça concordando.

– Você esta certo. – Ela diz.

– Eu o que?

– Esta certo. Vou me deitar no meu chalé, quando Annabeth estiver terminado quero conversar com ela. – Assim que Calipso termina de falar ela me da um beijo e sai do Bunker 9.

Não posso deixar de notar que essa é a primeira briga que ela me deixa ganhar. Ela vai aprontar alguma coisa.

POV – Jason

Piper não parava de me perguntar qual era a surpresa que eu tinha pra ela. Não quero contar agora, não aqui. Mas ela me pede com um pouco de charme dessa vez e não resisto. Droga.

– Eu arrumei uma casa de verão só para nós dois em Nova Roma, bem perto do lago.

– Sério? Quando? Isso é ótimo! – Piper se joga num abraço de urso em mim.

– Que bom que você gostou. Ãh, não era pra você saber disso agora... A gente anda brigando muito.

– Eu pensei que você queria terminar comigo, e isso me deixou meio maluca. Desculpa – Piper fala baixinho.

– Hey, fica assim não, eu nunca iria me afastar de você ou terminar, passamos por tanta coisas, eu quase te perdi na guerra...

– Shiu. – Piper encosta os lábios macios no meu. – Tá tudo bem.

– Sim. – Respondo. - Você acha que fazemos parte dessa nova profecia?

Piper me olha nos fundo dos meus olhos.

– Provavelmente, Leo disse que esta começando a reconstruir o navio com Annabeth e os outros filhos de Hefes...

– ATAQUE, OUTRO ATAQUE! – Um campista do chalé de Ares avisa.

Eu e Piper suspiramos. É a terceira só essa tarde. Alguns campistas já estão feridos na enfermaria.

– Você acha que os ataques vão continuar até Davina subir no Argo II? – Piper me pergunta.

– Com certeza. Quíron esta tentando um feitiço junto com os filhos de Hécate para encobrir Davina com um véu, mas parece que eles não estão conseguindo.

– JASON! Um raio aqui, por favor! – Grita um campista de Atena.

– Vou lá Piper. – Dou um último beijo nela e corro para as colinas.

Pov – Hazel

Ninguém morreu nos ataques de hoje, mas eu vou morrer já já. Estou arrumando minhas roupas para ir ao mundo inferior ficar lá por uma semana. Eu iria amanha mas meu pai disse que Perséfone queria que eu fosse o mais rápido possível para poder conversar comigo.

Não reclamo porque também quero conversar com ela e perguntar por que o dedo podre dela atormentou os sonhos de Davina nos últimos dias.

– Toc toc. – Frank bate na porta do meu chalé.

– Pode entrar. Nico esta ajudando os feridos.

– Eu sei. – Olho pra Frank que parece estar preocupado. – Nico me disse que vocês partiriam hoje.

– Sim vamos. – Frank senta do meu lado. – Mas é só por uma semana, tem as mensagens de íris também.

– Sim eu sei, mas eu estou com medo que seu pai tenha te chamado para algo pior que semana do trabalho do papai.

– Frank, eu prometo pra você que vou voltar viva se é isso que você tem medo.

– Bom mesmo. - Frank me abraça de lado.

– Hazel, temos que ir. – Ouço Nico do outro lado da porta. – Estou te esperando aqui fora.

– Ok. – Dou um beijo lento em Frank e pego minha mala. – Se cuida Frank.

– Você também.

Vou para fora do chalé deixando um namorado triste sentado em minha cama. Pego a mão de Nico.

– Pronta pra viajar nas sombras?

– Não. Mas vamos. – Respondo e vejo tudo ficar preto.

Apareço no palácio do meu pai, na sala do trono do mundo inferior.

– Meus enteados preferidos! – Perséfone nos abraça gritando.

– Somos os únicos, Perséfone. – Digo afastando ela.

– Já vi que está de mau-humor! Mas eu tenho um motivo bom pra te chamar aqui mais cedo. Nico, seu pai está te chamando na sala, Hazel querida, temos que conversar.

– Ah, ok. – Nico fala e vai para a sala.

– Então, o que é? – Pergunto á minha madrasta.

– Vamos, caminhe comigo pelo meu jardim.

Andamos pertos das margaridas e rosas cor de vinho do jardim. Não quero admitir, mas essa é a parte mais viva desse castelo. Mas também continua parecendo um jardim morto.

– Eu tenho várias perguntas pra você. – Falo.

– Deixa eu te explicar direito o que está acontecendo e depois você me pergunta, sem interrupções, odiaria ter que te transformar em um girassol antes de você conversar com seu pai.

Não falo nada. Nico me contou uma vez que foi transformado em um pé de milho. Não por Perséfone. Mas mesmo assim prefiro não arriscar.

– Aprendeu direitinho, querida! Espero que você também tenha esse talento para aprender o mais rápido que você consiga para usar minhas romãs.

Ela olha pra mim esperando eu fazer a pergunta que romãs? Mas não dou esse presente pra ela.

– Aprendeu mesmo. As romãs irão ser a vida de muita gente. – E das romãs os filhos do zombador irão aguerrir.– Te chamei aqui mais cedo porque amanha, como você sabe, estou saindo com seu pai e só posso te ensinar agora. Vou te explicar uma vez e você vai ter que aprender o resto sozinha. Venha aqui querida.

Sentamos em troncos de árvores e uma mesa com romãs vermelhas aparece em nossa frente.

– Pode fazer algumas perguntas antes de eu te ensinar. – Perséfone fala.

– Ah, hum, essas romãs, são as romãs da profecia?

– Tá meio óbvio né querida? Eu vou te ensinar a fazer a cura da profecia e você terá que passar esses ensinamentos para o acampamento grego. Reyna já foi avisada e sabe da receita. Ela aprendeu com Circe alguns anos atrás. Provavelmente já esta providenciando em silencio os ingredientes. Próxima pergunta?

Penso um pouco em que pergunta fazer a deusa. Nós vamos embarcar no Argo II em menos de três semanas e não sabemos por onde começar. Decido fazer essa pergunta.

– Por onde começamos o nosso destino? – Falo.

– Pensei que você iria perguntar algo mais inteligente, mas tudo bem. Vocês terão que começar pela terra da cultura. Ou da música insuportável, como diria o sátiro Grover. Ah, que saudades daquele sátiro.

Não pergunto se ela já teve alguma coisa com Grover, prefiro ficar quieta.

– Então, vamos começar querida?

– Mais uma pergunta: Por que só você pode e quis aparecer nos sonhos de Davina? – Pergunto lembrando-me do que o pessoal contou.

– Ah minha querida enteada. Davina é diferente você sabe. Os outros deuses se recusam a falar com ela, Zeus disse que se não fossemos matar ela, não poderíamos conversar com a menina. Mas uma vez ou outra ele não percebe. Tive que ser eu, já que Hades está um pouco bravo por ter feito a cabeça dele para concordar em deixa-la viva no último conselho. Eu quis aparecer porque precisava. Davina é solitária, pior que seu irmão. Ela tem a família, mas não tem o amor. Ela não tem quase amigos e por amor, ela faz todos ficarem longe dela. Eu tinha que avisar o que ela viria a enfrentar daqui pra frente. Agora, vamos aprender a fazer esse bolo?

Concordo com Perséfone e presto atenção na sua explicação.


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Notas finais do capítulo

hehe, pra quem e pra q servirá as romas? beijos comentem e recomendem, ate o próximo capp !



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