Superwholock - Os Suspeitos Incomuns escrita por time lady


Capítulo 6
Demônios ou Alienígenas?


Notas iniciais do capítulo

Capitulo grandinho, mas revelador já que os nossos suspeitos favoritos estão sacando aos poucos que tem muito mais coisa por trás daquela bagunça de aliens desaparecidos.
Ah e quem você acha que pode ser o suposto "Freddy Mercury" do capitulo anterior? De a sua sugestão nos reviews!

*Um abraço á larihbernikov pela linderrima recomendação.I love yu



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Dean passou a maior parte da tarde descansando no sofá. Ele nunca teve paciência para aquele negócio de planejamento e cálculos, mas o tédio estava começando a tomar conta dele. Jonh o ofereceu um brinquedo estúpido que tinha um cruzamento entre um cubo e um jogo de Sudoku ("Ah, não, obrigado Johnny-Boy. Talvez eu jogue isso depois de eu decidir cortar os pulsos."), E depois de folhear um jornal qualquer apenas para descobrir que era de três semanas atrás, ele bufou e pegou o Macbook que Sam estava digitando.

Ele fez uma careta para Dean. - Cara, eu estou trabalhando.

– Tô entediado.

–Ok. Mas eu tava trabalhando...

–ENTEDIADO.

– ... e isso também não é meu - Sam girou a cadeira ficando de frente pra ele e pegando o Macbook de volta. Dean bufou novamente pegando o travesseiro com a bandeira britânica e o apertando contra o rosto.

John, coçou a testa olhando pra ele um momento, depois para Sam. - Ele é sempre assim tão mal?

Sam deu-lhe um olhar irônico. - Ah, você acha que isso é mal? Imagina dirigir com ele.

John suspirou piscando – Jesus Cristo...

Depois de um tempo, a senhora Hudson trouxe um prato de sanduíches e uma jarra de limonada. Eles finalmente decidiram parar pro almoço. Todos menos Sherlock que estava sentado no meio do chão, com as mãos pressionadas juntas sob o queixo. De vez em quando, seus lábios se moviam ou sua testa se enrugava, mas depois voltava para a mesma expressão distante.

Dean apontou para Sherlock com o seu sanduíche. - Isso dai... é normal pra ele?

John e o Doutor assentiram.

Dean olhou para eles, então de volta para Sherlock. - Sério? Ele tá tipo ... voltando no tempo? Quero dizer, ele pode ouvir agente,ou-?

– Basicamente ele esta lá, - John suspirou, enchendo um copo com limonada e entregando ao Doutor. - Se você o sacudir, ele vai sair desse...lugar. Na maioria das vezes, ele parece que tá apenas ignorando o mundo exterior. Quer dizer, ele vai ficar irritado e ... talvez pode te atacar se você fizer muito barulho ...

– Como assim?- Perguntou Sam. - As luzes estão acesas, e ele ta dentro de casa.

–Exatamente. Ele só foi pro seu ...- John pigarreou e murmurou o último pedaço bem baixinho.

Dean fez uma careta e se inclinou para frente, sorrindo. – Desculpa eu não ouvi. Ele foi pra onde?

John suspirou ,apertando a ponte do nariz. - Seu ... Palácio Mental - ele murmurou. - Ele chama isso de Palácio Mental.

A testa de Dean fraziu. - Você deve estar brincando comigo. Palácio Mental?

John deu um encolher de ombros, levando um sanduíche pela metade e seu copo com limonada para o seu lugar no quarto bagunçado. - Não conseguiria fazer essas coisas se eu tentasse.

Dean olhou para ele, para Sherlock, depois para o Doutor que estava sorrindo com a boca cheia de sanduíche. - Brilhante né?

–Ele é mais doido do que eu pensava– disse Dean, revirando os olhos. Terminou seu sanduíche em duas mordidas, bebeu o copo de limonada e antes que Sam tivesse percebido o que estava acontecendo, ele tinha tomado tanto o assento de Sam como o computador de John.

– Hey! – Sam se virou para encara-lo

– Calminha ai princesa - Dean ergueu um dedo. - Apenas checando a notícia.

– Tem um jornal bem ali – ele apontou pra mesa.

– Não esse é o antigo - disse John. - O novo é ... - Ele olhou ao redor da sala, revirou algumas revistas em uma pilha perto dele e olhou por cima de uma caixa de papelão no chão. Ele limpou a garganta. - Bom... tem um jornal atual em algum lugar.

– Claro. E considerando que não sou nenhum Indiana Jones, eu não vou participar de uma caça ao tesouro agora.

Sam deu a Dean a chamada bitchface.

Ele levantou a mão. - Cinco minutos, isso é tudo que to pedindo.

Sam continuou com a sua famosa bitchface, a boca apertada em uma linha fina quando ele disse: Se você for ver pornô asiático, eu juro que vou dar um jeito de te jogar pra fora da janela.

– Ah é, boa sorte com isso. - Dean olhou para John . - Hey, Johnny-Boy-?

– Digo "não" pro pornô asiático - disse John, tomando sua limonada.

–Oq...não ! - Dean retrucou. - Eu estou tentando encontrar um jornal de notícias local!

John piscou. - Ah. Certo, okay. Tem o Local Guardian de Londres...

– Entendi - disse Dean digitando no Macbook.

Depois de alguns minutos silenciosos o Doutor de repente se levantou, assustando os outros – OKAY! - ele esfregou as mãos rapidamente - Eu estou indo checar os nossos amigos Talosarianos e ver se eles já sabem alguma coisa sobre os prisioneiros desaparecidos.

– Você acha que eles realmente vão nos ajudar a encontrá-los? – Sam perguntou.

O Doutor encolheu os ombros. – Isso vai pelo menos diminuir o problema um pouco. Bem, espero que mais do que um pouco. Olha, não tem apenas Talosarianos presos na Justicarn. Ha outros que podem dar informaçõesem troca de coisas insignificantes como dinheiro- ele suspirou, encarando o nada - Parece que dessa vez eles morderam mais do que podiam mastigar ... - Ele voltou ao mundo real, mostrando a todos um sorriso brilhante. - Certo! Vou voltar em um flash!

A porta para o telhado fechou atrás do Doutor, e o quarto ficou em silêncio novamente.

Sam terminou dois sanduíches e um copo de limonada antes de cruzar os braços e olhar para Dean. Levou alguns minutos pra ele notar que seu irmão o estava encarando. Quando ele finalmente percebeu, deu um suspiro e olhou para cima. – Que é?

–Já se passaram dez minutos, - ele disse

– Sim e eu ainda tô navegando. Segura as calças.

– O que exatamente você tá procurando? - John perguntou.

Dean deu de ombros. - Só navegando no site do jornal local...

– Você está à procura de um emprego - Sam mais afirmou do que perguntou.

Dean assentiu. – Estou procurando um trabalho.

– Nós já estamos em um trabalho.

– Não, vocês estão fazendo a parte do trabalho ocupado e eu estou sentado aqui entediado como o inferno. Então eu poderia, A) esperar sentado ate vocês fazerem um intervalo, ou B) ... - Ele virou o computador para Sam. - Olhe para o desaparecimento dessa mulher e...- Ele clicou outra janela. - O problema com as luzes na mesma área de Londres. A policia ainda esta investigando o caso.

Sam levantou uma sobrancelha. - E você vai simplesmente aparecer lá e dizer o quê?

Ele deu de ombros. - Eu tenho distintivos.

–Você tem distintivos americanos – Sam corrigiu, sem rodeios – O FBI daqui não tem o mesmo sistema do dos EUA.

Dean sorriu – Eu posso falar com sotaque britânico.

A testa de John franziu enquanto ele olhava para os dois irmãos . Sam balançou a cabeça. Como ele podia ser tão...complicado agora? – Dean, não...

–O que? Olha eu consigo ... – ele limpou a gargantanta – Olá carrro segurança, eu estou dando uma olhada nesse edifício a semanas e vejo que ele esta tendo algumas falhas no sistema de energia. Eu posso fazer um check up bem rapidinho? - ele deu um sorriso,esperando que pelo menos John aprovasse a sua tentativa de imitar o sotaque, mas ele e Sam só ficaram olhando como se ele fosse um completo retardado mental.

– O que?

John começou a balançar a cabeça lentamente, depois com firmeza –Minha nossa, não.

– Que foi? Que é que tem de errado no meu sotaque?

–Tudo. – Sam revirou os olhos.

–Que merda! Mas eu consegui acertar algumas coisas....

– Não conseguiu não.

–Oq- ah, pelo amor de cristo! – ele apontou pra tela do notebook – Não me diga que não vale a pena ir lá.

John deu um longo suspiro – Provavelmente o sistema de energia esta com algum defeito. Ou talvez seja velho-

– Em um apartamento recém inaugurado ? Por favor...- Dean gesticulou pras imagens no notebook - Problemas de luz, ondas elétricas repentinas, mulher desaparecida, alienígenas a solta e você acha que não vale a pena ir dar uma olh-

– Diga isso de novo. – Sherlock murmurou, os olhos se abrindo de repente.

Dean piscou, surpreso pela reação do homem que até aquele momento estava praticamente em coma – O-o que?

– Diga isso de novo! – ele repetiu – Tudo o que você acabou de dizer, diga outra vez, diga exatamente como você acabou de dizer.

Dean olhou para Sam depois para John e então novamente para Sherlock – Hã...problemas de luz,ondas elétricas repentinas, mulher desaparecida, alienígenas a solta...

Sherlock se levantou em um único movimento com as pernas cruzadas ficando de pé e pegando o seu casaco que estava pendurado na cadeira de John – Busque o Doutor.

John piscou pra ele – Hein...Sherlock, o que-?

– Va buscar o Doutor. Nos precisamos ir – ele disse, colocando os braços no casaco.

Dean também piscou pra ele. Ele não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo – O que foi que eu disse?

–Você não entende? Isso explica tudo! –Sherlock sorriu, todos os dentes ficando a mostra. Havia uma luz maníaca em seus olhos – Chamem o Doutor e digam a ele pra aquecer as pernas. A perseguição começou! - E com isso, ele desceu escada a baixo, dando um beijinho na bochecha da Sra Hudson e saindo pela porta.

John deu de ombros na sua jaqueta com indiferença. – Vocês ouviram ele . Vamos .

A expressão de Dean era carrancuda. – Melhor não. Eu so vi ele pular pra cima, girar em círculos e depois fugir. Será que eu perdi alguma coisa?

– Quando você fica perto do Sherlock, você sempre perde alguma coisa. – John murmurou passando a jaqueta de Dean pra ele. – Eu vou chamar o Doutor. Vocês dois podiam ir e ver se ele não vai tentar entrar na cabine de polícia e decolar pra algum lugar.

A testa de Sam franziu – Você acha que ele conseguiria voar naquela coisa?

John riu – Eu realmente não acho que agente devia aproveitar essa oportunidade.

–Ok. – Sam vestiu sua jaqueta, acenando pra Dean – Vamos.

Ele apenas sorriu para Sam, um tanto satisfeito – Eu disse que tava no caminho certo.

– É, é, você pode se gabar depois. TARDIS agora.

–Você me deve uma bebida...

– Agora.

***

Eles entraram novamente naquela bela maquina do tempo, enquanto o Doutor pulava de um lado para o outro, apertando alavancas aqui e ali e prometendo que os levaria a um planeta assim que essa missão acabasse.Mas John e Sam não o escutavam,estavam distraídos demais olhando com curiosidade e admiração tudo ao redor da maquina, enquanto Sherlock revirava o lugar com os olhos, procurando alguma evidencia logica que mostrasse porque aquela coisa era maior por dentro do que por fora e porque tinha toda aquela velocidade , mas assim como na primeira vez que entrara ali, ele não teve muito sucesso. Por isso não gostava tanto do “veiculo” do Doutor. Ele não gostava de ficar sem respostas. Mas ainda descobriria o mistério daquilo tudo,tanto daquela nave quanto do verdadeiro nome do dono dela.

Já Dean lidava com sua segunda viagem bem melhor do que a primeira (considerando que o Doutor teve de dar uma torta inteirinha pra convencer ele a entrar novamente na TARDIS ) mas ainda estava quase da cor de um pepino no momento em que chegaram ao seu destino. Antes que alguém pudesse perguntar qual era o plano, Sherlock já estava fora da porta e virando a esquina.

John suspirou. - Odeio quando ele faz isso . Venham.

No momento em que os outros tinham encontrado ele, ficou claro que o apartamento ainda estava sob inspeção, coberto de fita policial e cercado por carros com luzes vermelhas e azuis piscando rapidamente.

– Incrível - Dean suspirou fundo - Como vamos entrar ali?

– Boa tarde aberraçãoa sargento Donavan disse, evitando ficar na frente de Sherlock, que já estava chegando perto da fita policial. Ela cuspiu a última palavra como se fosse uma doença repugnante ao invés de apenas um insulto.

Sherlock olhou para cima, na direção do apartamento. –Então é aqui...– ele disse, ignorando completamente a mulher - Eu vou precisar de acesso ao local do crime, quatro desses jalecos azuis, um par de pinças e-

– Espere, espere, espere - ela segurou a fita da polícia pra baixo. - Quem disse que você esta de folga?

Sherlock suspirou. - Fui convidado.

– Não, você não foi - Donavan respondeu estreitando os olhos.

– Bem, eu não fui chamado ainda, mas eu ia receber um telefonema nos próximos dez minutos. Só adiantei a coisa toda.

– Huhum e quem são os outros caras? - ela perguntou apontando com a cabeça quando os outros se aproximaram.

– Você conhece John, - ele respondeu. - O homem alto de terno é um colega dele, um Doutor, e os dois atrás dele são americanos. FBI.

As sobrancelhas dela se levantaram. - FBI? O que o FBI quer com você? Com problemas de novo, não e?

A boca de Sherlock se contraiu num sorriso amargo. -Eles estão aqui com alguns dados de referência cruzada. Eles acham que os casos podem estar ligados aos dados de uma pessoa desaparecida na Florida.-mentiu

– Então por que entraram em contato com você, e não nós?

– Eles viram meu website-

–Seu website – Donavan repetiu, assentindo. - Claro, e eles optaram por duzentos tipos de cinzas de tabaco do que a Scotland Yard?

– Duzentos e quarenta e três. – ele corrigiu. Porque ninguém nunca acertava aquilo?

–Se vocês são do FBI, então porque não estão de terno?- ela perguntou, voltando-se para os irmãos.

– Você nunca ouviu falar de policiais disfarçados? – Dean meio que zombou.

– Só pensei que os americanos iam querer causar uma boa impressão na primeira vez que mostram as caras e anunciar que colocariam seus dedos nas nossas tortas - Donavan sorriu,mas sem humor algum.

Dean deu um passo em direção a ela. – Como-?

– Olha - Sam agarrou a parte de trás do casaco de seu irmão. - Se isso vai ser um problema, nós podemos-

– Ah, pode apostar que vai ser um problema - , ela estendeu a mão para eles – Se não for um incomodo gostaria de ver a identificação de vocês rapazes.

Sam e Dean suspiraram, tateando em seus bolsos e puxando os crachás. Dean foi o primeiro a falar, com um sorriso irônico no rosto. - Então você vai nos deixar entrar, ou vamos ter que chamar o nosso supervisor pra-

– Sherlock!

O inspetor-chefe Lestrade estava correndo escada abaixo do apartamento, indo direto em direção ao grupo,abaixando-se pela fita amarela da polícia. - Estava prestes a ligar pra você.

– Eu disse a Sally que você faria isso - Sherlock olhou para Donavan. - Mas você sabe como ela fica. - Ele esticou o pescoço. – Presumo que Anderson não chegou ainda...

Lestrade olhou em volta. - Como você-?

–Pegadas, nenhuma do tamanho das dele, graças a Deus.- Sem perder o ritmo, ele se abaixou sob a fita que Lestrade estava puxado para cima. - Esses são alguns companheiros meus, um Doutor colega de John, e os dois cavalheiros americanos do FBI-

– Ei, ei, espera - Lestrade, levantou uma mão para cima quando John passou por baixo da fita também. - Sherlock, eu não posso deixar -

– Eles estão aqui em um caso - disse John, olhando para os irmãos Winchester quando eles levantaram seus crachás novamente.

Lestrade estava balançando a cabeça. - Eu não ... não ouvimos nada sobre qualquer agente da policia-

– Foi uma decisão de última hora - disse Sam. - Nós estávamos na área, procurando pistas , e nosso supervisor disse para pegarmos o caso.

– Ele disse que Sherlock Holmes era a maneira mais rápida de chegar na cena do crime - Dean completou. - E a maneira mais rápida de descobrir se esse caso vale nosso tempo. Então, se você não se importa inspetor, nós precisamos dar uma olhada na coisa toda antes que agente pule para outra...

Lestrade suspirou. - Olha, eu entendo. Eu posso fazer isso, é só que ... estou quebrando um monte de regras deixando Sherlock e o Doutor Watson ent-

–Toneladas de regras - Donavan murmurou, fingindo coçar o nariz.

– E-

– Senhor, se me permite? - Sam perguntou, puxando a carteira do bolso e entregando ao homem um cartão de visita.

Lestrade olhou para o cartão, franzindo a testa. Ele deu os dois homens um olhar rápido, e depois estendeu a mão para seu celular.

Bobby Singer estava colocando um prato de atum pra aquecer no micro-ondas quando seu telefone começou a tocar. Ele suspirou, pegando o prato e caminhando em direção à sala onde o barulho do toque estava vindo. Ele empurrou de lado uma torre de livros, olhando por cima da tela do telefone: Departamento de Saúde, Polícia, CDC, e finalmente, FBI.

Ele limpou a garganta, tomou um gole de cerveja, e pegou o telefone. - Willis.

– Hã, sim ... Agente Willis-

– Diretor Willis - Bobby corrigiu, parecendo irritado. - Quem fala?

– Sim, Olá, Ag .... Diretor Willis, aqui é o inspetor Lestrade da Scotland Yard.

– E como eu posso ajudá-lo hoje inspetor?

– Eu acho que eu tenho ... dois de seus meninos aqui. Disseram que você os enviou para investigar uma possível ligação entre uma pessoa desaparecida que o senhor registrou e um assassinato que nos estamos investigando.

– Sim, agentes Williams e Young. Acabei de receber as pistas encontradas nessa manhã. Algo errado?

–Só ... hum, confirmando. Senhor, eles não estavam exatamente vestidos com o traje padrão e-

– Lestrade não é?

–Sim senhor.

– Esse é um caso sério. Você acha que nosso alvo não vai sair correndo se alguém lhe disser que viu um par de homens vestidos de terno procurando por ele?

Houve um suspiro. - Não, eu entendo, é só que-

–Deixe-me ver se entendi. Você está me ligando para me fazer repetir tudo que meus meninos já te disseram e confirmar se eles são realmente agentes federais dos Estados Unidos?

– Bem...

– Por acaso faz parte do protocolo da Scotland Yard fazer perder nosso tempo assim? Enquanto você está aqui tagarelando, meus agentes podiam estar achando um meio de encontrar essa pessoa. Agora você tem alguma pergunta de verdade pra mim, ou isso vai ser tudo por hoje?

Houve uma longa pausa do outro lado da linha. - N-não .... Não, isso é tudo por agora senhor.

– Obrigado. E eu gostaria que futuramente você só me ligasse quando tiver problemas de verdade, entendido Inspetor Lestrade?

– Sim, senhor. Entendido, senhor. Tenha um bom dia ...senhor.

– Você também inspetor.- Bobby desligou o telefone, sacudindo a cabeça e andando de volta para a cozinha. –Idiota.

O apartamento estava frio e sombrio, com um cheiro forte de amônia e ovo podre. Lestrade foi rápido para reunir cópias do relatório da situação até agora, mas preferiu não dizer nada sobre sua conversa com o diretor Willis. Ele mostrou-lhes o apartamento da mulher que tinha desaparecido e deu-lhes permissão para pesquisar, desde que eles não interferissem na sua própria investigação. - Então ... ela está desaparecida há quanto tempo? –John perguntou.

Lestrade acenou em direção ao escritório no final do corredor do apartamento. – A proprietária disse que tentou enviar mensagens pela caixa postal dela duas vezes, mas nenhuma resposta. Tentei ligar no celular da mulher, na linha de telefone aqui no apartamento, mas nada. O carro ainda está aqui. Nenhum sinal de arrombamento. Nenhum sinal de luta-

– Errado.

Lestrade, o Doutor e Dean olharam na direção da voz de Sherlock. -Como? – Lestrade murmurou.

– Errado,- Sherlock repetiu. - Houve uma luta, alguém tentou limpar a bagunça. Fez um trabalho bastante horrível,embora.

Lestrade suspirou, olhando para eles. - Certo. Apenas ouçam o Holmes. Ele deve obter mais informações nos próximos cinco minutos do que obtivemos nas últimas seis horas.

– Obrigado pelo seu tempo inspetor - disse Sam.

Lestrade acenou com a cabeça. – De nada. Bem, se vocês dois precisarem de mais alguma coisa, é só dar um pulo no meu escritório. Sherlock conhece o caminho.

Sam murmurou mais um obrigado, observando Lestrade sair da sala quando Dean se aproximou. – Da uma olhada- ele disse, segurando um celular.

Que diabos os dois estão fazendo na Inglaterra? Me liguem. AGORA.

Sam balançou a cabeça. – Não...

Dean deu de ombros. - É a sua vez amigo.

– Ah, vamos lá . Sério?

– Ei, para de se lamentar e liga logo - disse Dean, empurrando o telefone nas mãos dele . Sam suspirou e entrou em um dos quartos vazios, discando o número de Bobby enquanto ele ia para a cozinha . John e o Doutor assistiam com curiosidade enquanto Sherlock voava de um lugar para outro no cômodo . Dean se encostou no batente da porta.

– Então, o que temos a- Ele parou no meio da frase, quando John colocou um dedo sobre a boca, balançando a cabeça. Dean franziu o cenho. - O quê? Nós não estamos autorizados a falar enquanto ele-

– Se você não gosta de como as coisas são feitas, então espere na cabine azul,- Sherlock retrucou, pegando um pano de chão e o observando.

Dean fez uma careta para o homem, em seguida, olhou para o Doutor que apenas enfiou as mãos nos bolsos da calça e deu de ombros. Ele revirou os olhos, cruzando os braços sobre o peito, enquanto Sherlock continuava a trabalhar. Ele se deu conta de Sam atrás dele e mudou de posição . - Como tá o Bobby?- sussurrou.

Sam suspirou. - Irritado.

– Ele ficou com raiva por que estamos aqui?

– Só um pouco chateado por não termos dito nada pra ele. - Sam esticou o pescoço, olhando para a cozinha. -O que ele tá fazendo?

– Sei lá. Acabei de vir aqui, começei a falar, e de repente ele virou o Sr. Puto só porque eu estou quebrando seu foco de kung-fu. Quer dizer, sério. O cara ta encarando um pano. Porque alguém observaria um pano por tanto t-

Sherlock riu para si mesmo, tirando o par de luvas brancas e jogando no lixo. O grupo ficou em silêncio, esperando que o homem dissesse alguma coisa. Quando ele não o fez, o Doutor foi o primeiro a falar. - Você encontrou alguma coisa.

Sherlock deu de ombros – O suficiente.- Ele apontou para a mesa no centro da cozinha. - Ela estava sentada tomando café da manhã quando foi agarrada por trás, e sua tigela de cereais foi derrubada; havia dois deles. Um alto, pelo menos do tamanho de Samuel e um menor, talvez um pouco maior do que John . Ela começou a lutar, derrubando sua tigela de cereal e derramando o leite no chão. Um deles a arrastou-a para fora, provavelmente o mais alto, enquanto o outro ficou pra trás, limpando a bagunça. Ele era desleixado, fez o trabalho com pressa. - Sherlock apontou para as portas - Ele limpou as impressões digitais nas maçanetas, mas a mancha de leite mostra que ele de fato tentou limpar-

– Leite?- Sam perguntou.

– Obviamente,- Sherlock suspirou. – O pano provavelmente estava seco quando ele limpou a poça no chão. Há vestígios de que onde o homem mais alto pisou no leite se você observar as pegadas no tapete do lado de fora da porta, embora o piso tenha sido limpo depois do tapete . Não particularmente bem é claro. E ainda há uma pequena poça de leite debaixo da mesa. Está seca, mas o próprio pano ainda está molhado. Ainda não tem o cheiro azedo, então isso tudo não aconteceu mais do que umas 12 horas.

A testa de Sam estava franzida - E você percebeu isso só por olhar ao redor do apartamento?

– Yep - Sherlock respondeu, sem olhar para ele.

–Então, como esses Godzillas entraram? - Dean perguntou. – o inspetor disse que não houve sinais de arrombamento...

– Por isso deve ter sido alguém que ela conhecia - disse John.

– Ou talvez as portas são a especialidade dos aliens.... – Sam sugeriu.

O Doutor fez uma careta. – Beem...

–Impossível - Sherlock balançou a cabeça - Nenhum dos homens que vieram parar aqui eram o nosso alvo. A mulher no entanto-

– Espere, espere - disse Dean. - Como você pode saber disso?

– Eu não sabia; eu notei,- Sherlock disse, apontando. –O micro-ondas ali no canto , religado duas vezes em um-

–Uma fonte de comunicação! - o Doutor disse, já apontando sua chave de fenda sônica pro microondas.

John piscou. - Você está dizendo que eles estão usando o micro-ondas como um celular?

– Um pouco mais tecnológico que isso - Doutor explicou, analisando seu objeto sônico - Pense menos no celular e mais em um código Morse. A pior parte é que ele é totalmente indetectável.

– Então, a mulher é o que estamos procurando- disse Sam. - Um dos nossos fugitivos.

– Então o que diabos os dois caras tem a ver com isso?- Dean perguntou, olhando pro Doutor.­­

– Deve ter sido um sequestro aleatório,- John murmurou, dando de ombros.- Talvez eles não faziam ideia do que estavam sequestrando.

Sherlock fez uma careta. - Não, não. Sem sinais de arrombamento? E uma proprietária que não se lembra de nada do dia em que a nova moradora do apartamento desapareceu? Nem pensar. Todo esse caso cheira a planejamento.

– O que quis dizer com “não se lembra”? - Sam perguntou

John balançou a cabeça em direção à entrada do apartamento. –Ele está dizendo que ela deve ter desmaiado em algum ponto.

Sam deu a Dean um longo olhar. - Você não acha que-

Dean estava balançando a cabeça. – Não sei . Talvez pode ter sido desmaio.. - ele encarou o chão por alguns instantes - Mas o cheiro quando chegamos – continuou ,sua voz quase saindo num sussurro. - Amônia e..

– ...ovos podres - John completou, ao mesmo tempo que Sherlock disse: "enxofre".

Dean fechou os olhos, dando um soco na parede ao seu lado. - Filhos da puta.

–Exatamente - disse Sam.

– Desculpem, nos perdemos alguma coisa? - John olhou entre os dois.

– Enxofre. - Sam explicou.

John piscou . - Sim, ainda tentando entender isso .

– Enxofre, apagões inexplicáveis ​​... ate mesmo os surtos de energia. Esses são todos os sinais da presença demoníaca.

Sherlock estava olhando para os irmãos com olhos estreitos, mas um sorriso bastante confuso. -Demônios?

– Sim - Sam disse, balançando a cabeça. - Demônios.

Sherlock olhou entre os dois, ainda sorrindo. - Essa é a sua explicação? A forma de vida alienígena foi levada por ... demônios?

O Doutor ainda parecia confuso. – Vocês estão querendo dizer isso no sentido literal, ou ...?

– Oq-não, nós não estamos sendo literais! - Dean retrucou. - Nós estamos falando sobre um negócio real. Corpos de olhos pretos vindos do inferno. Um negócio sério. Nosso negócio.

Sherlock deu aos dois irmãos um sorriso mas seus olhos eram pura pedra,o que mostrava que claramente, o homem tinha caído fora da conversa. - Oook. Pois bem, quando estiverem prontos pra começar a falar sobre as teorias de verdade, estarei esperando na TARDIS.

– Sherlock! - John chamou, mas ele já tinha ido para o corredor. Ele suspirou, cruzando os braços. - Quando vocês dizem ... demônios, isso realmente não dizer-?

Sam o interrompeu com um aceno de mão. - Olha, eu sei que parece loucura certo? Mas todas as evidências apontam pra isso.

– Mas que diabos os demônios iam querer com um alienígena ? - Dean perguntou.

– Você tá falando sério,- John murmurou. - Você ta falando sério mesmo. - ele balançou a cabeça. - Não tem uma explicação científica lógica pra isso, tem ? - Ele olhou para o Doutor. – É uma espécie de outra dimensão ... o-ou uma raça de outro mundo? Aliens ou algo assim? Não é?

O Doutor estava olhando para Sam Winchester um tanto pensativo, a testa e os lábios franzidos.

Sam olhou para ele. - Existe? - perguntou . Não estava desafiando, apenas perguntando mesmo.

O Doutor se ajeitou em seu terno com um suspiro. - Olha, eu já vi um monte de coisas. Algumas podem ser explicadas, algumas não podem, mas eu vou te dizer uma coisa agora ... Eu não tenho todas as respostas.

– Alguma vez você já encontrou um demônio?- John perguntou. - Alguém tão velho como você deve ter-

–Eu não sei o que eu encontrei- o Doutor disse baixinho, olhando para John. - Eu realmente, realmente não sei.

– Doutor, - Sam deu um passo na direção dele, a voz ficando suave. - O que você viu?

O Doutor ficou em silêncio por um longo tempo. Ele segurou o olhar de Sam, em seguida, olhou para a parede distante atrás do jovem. Abriu a boca, mas as palavras não saíam. Até que ele estufou as bochechas e soltou um suspiro. – Uma vez eu vi ... alguma coisa. Talvez fosse realmente alguma coisa, talvez não fosse nada. Talvez fosse apenas uma anomalia. -Seu olhar entrou em foco novamente e ele olhou para os dois irmãos - Mas se vocês me disserem que acham que sabem o que estamos enfrentando ... - Ele deu de ombros. – Eu vou confiar em vocês .

Dean se inclinou para trás, franzindo a testa. – Sério cara?

O Doutor sorriu. - A menos que você me dê uma razão pra não confiar.

–Bem, então - Sam suspirou. - Nós vamos fazer o nosso melhor para não trair essa confiança.

– Demônios - John murmurou ainda sem acreditar - Maldição.

– Mas tem uma coisa que eu não ainda não entendo - Sam se voltou para Dean. -O que os demônios querem com um alienígena ?

– Seja o que for, - Dean olhou para ele e o Doutor, - você pode apostar que não é bom. Vamos ... temos trabalho a fazer.


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