– Sua aparência... Essa esfera... Você é o espírito que atacou minha vila no passado! Quer dizer, que decidiu sair do corpo da minha neta, não é mesmo?!

– Vovô... Quer dizer que o corpo dos meus pais estão dentro dele?

– Possivelmente, Mono...

De repente, oito soldados de Emon surgiram na entrada do jardim. Eles correram e formaram uma barreira na frente de Wander e dos outros.

– Avus, Sirius, Pholux, Adar, Alberth, Dionin, Griffon, Monkey. Vocês estão um pouco atrasados. – diz Emon

– Perdoe-nos senhor.

– 1, 2, 3... Vos são 13 no total. É um número que ultrapassa minha expectativa, pois precisarei apenas de 8 de vos...

– O que quer dizer com isso?! – exclamou Wander.

Nimrod então, formou 4 esferas, e as lançou em direção de Wander, Emon, Nome e Mono, a bisavó. O xamã havia soltado a Espada Ancestral antes de ser englobado pela esfera, assim como todos.

– Pessoal!!!

Mono correu, pegou a espada caída no chão, e socou-a na esfera, tentando abri-la. Aquela esfera não era mortal, mas mantinha preso todos que foram afetados. Porém, nem a Espada Ancestral conseguia abri-la.

– Desista humana... Esta esfera é feita com minha energia. Terás que me derrotar antes... Ou derrotar minhas criações...

– O que?!

Nimrod soltou uma magia em Mono, que a deixaria paralisada por um dia e uma noite. A entidade se virou para os soldados, e transportou si mesmo e todos eles para a sala das estátuas.

– Como já devem ter percebido, não há nenhuma maneira de me derrotar. É melhor render-vos antes que sejam mortos.

– Não vamos cometer o mesmo erro que nossos antigos companheiros cometeram! Não vamos tornar-nos seus escravos!

Nimrod olhou para cada um dos soldados. Vendo que não conseguiria convence-los de segui-la, a entidade conseguiu possui-los.

– Teimosos... Terei que usar magia para ter o que quero, para sempre...?

O dia se passou, junto com a noite. Mono conseguiu se livrar da paralisia imposta por Nimrod. Ela desceu do jardim, até o salão principal. Lá, haviam oito estátuas construídas, diferentes das de antes.

– Agora estás tudo pronto. – ecoou a voz da entidade

– Onde você está, Nimrod?!

De repente, Mono percebeu que a voz saia de um buraco no teto, o mesmo por onde entrava a luz, e o mesmo por onde Wander conversava com Dormin.

– Onde estão os oito soldados de meu avô?

– “Eles” não existem mais. Agora não são mais soldados.

– Como assim?!

– Agora... Eles são colossos. Cada um deles carrega consigo uma parte de minha energia. Impossibilitando de você conseguir pega-la!

Mono fecha os punhos, e deixa escorrer uma gota de lágrima.

– Onde estão esses colossos...?

Nimrod se calou.

– Onde estão?! – grita Mono.

– Cada um deles está em uma parte destas terras. Mesmo assim, não conseguirás derrota-los. É necessário uma espada específica para...

Mono levanta a Espada Ancestral, fazendo Nimrod se calar por um estante.

– Pretendes por acaso derrotar esses colossos...?

– Se Wander conseguiu, eu possivelmente conseguirei. Tenho tudo que preciso. Uma espada mágica, um arco e flecha, e uma pessoa que sempre me motiva a seguir em frente!

– Creio então que já sabes como funciona. Na verdade, eu menti. Minha energia está depositada dentro destes ídolos. Se derrotares os colossos, esses ídolos cairão, junto com minha energia. Mas tome cuidado, para não deixar fugir a energia liberada...

– Já sei o que tenho que fazer.

– “Essa humana... Ela sabe o que faz” – pensou Nimrod.