Me apaixonei pelo seu sorriso... escrita por Suzanna


Capítulo 73
Natal nova-iorquino




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Cutucava o pedaço de peru dentro do meu prato e bebericava do vinho em minha taça. Todos conversavam e riam de algo que eu não fazia questão de me ligar. Lembro-me dos olhos dos dois rapazes a minha frente quando eu simplesmente passei por eles e esperei pelos outros. Evitei olhar para ambos durante todo trajeto até aqui na casa dos meus pais. Hora conversava com as meninas e outra eu bebericava do uísque que o grisalho bebia no carro.

“Era como se eu estivesse num campo concentrado. A qualquer passo poderia ir pelos ares acionando a bomba. Eu pedia sombra e agua fresca, mas não encontrara nem ao menos um momento de tranquilidade. A felicidade que eu vive-nos outros dias estava sendo descontada com juros durante essa confusão.”

_ Filha? – a voz da minha mãe me despertou do transe terrível. Encarei-a e sorri. _ Seus amigos acabaram de me contar o que houve com o Pietro. Como vai ficar a banda? – ela concluiu meio preocupada.

_ Não sei... – respondi. _ Esse não é o meu pior problema agora! – sussurrei. Minha mãe deu de ombros e voltou sua atenção para os outros. Suspirei e joguei o guardanapo sobre a mesa, larguei o talher e peguei meu copo com vinho me retirando dali.

***

O vinho apesar de nada forte descia rasgando pela minha garganta, era como veneno. Suportava aquela situação nem sei mais como! A brisa nova-iorquina batia em mim a fazia os fios de meu cabelo voar. A vista da janela do ultimo andar estava ainda mais bonita que antes e mais consoladora.

_ Você vinha para cá sempre que estava chateada... – a voz grossa do meu pai soou. Minha reação era de surpresa.

_ Algumas coisas nunca mudam! – respondi sem encara-lo.

_ O que está acontecendo? – perguntou e eu encarei-o. Ele segurava um copo de uísque e me encarava preocupado.

_ Isso não seria papel da empregada?! – joguei minha ironia.

_ O que? – confuso.

_ Conversar comigo! Já que sempre foi assim, qual metade da minha vida você e a mamãe sabem?! A parte que cai na internet, a parte que eu sou famosa que nem vocês. Sabe com quantos anos aprendi a andar de bicicleta? Qual foi minha primeira palavra quando comecei falar? Sabe qual minha comida preferida? Sabe minha cor preferida? Sabe o que eu gosto de fazer? Vocês não sabem nem metade do que a empregada sabe. – falei tudo que estava engasgado. Vi aquela silhueta feminina surgi logo atrás com os olhos cheios de lágrimas.

_ Sabemos que não fomos os melhores pais do mundo. E pedimos perdão por isso. Perdão pela ausência, mas sempre nos importamos contigo. – ela disse limpando as lágrimas. Eu também já chorava e sorri por final.

_ Tudo bem... Eu sei como essa carreira é difícil! – eu entendia meus pais, só estava consolando uma dor com outra. Sorri e os abracei.

Pelo menos uma coisa estava indo bem, nesse natal...

P.O.V CASTIEL ON:

Eu já estava no meu quarto copo de uísque. Não estava bêbado e nem tonto, estava decepcionado comigo mesmo. Eu sempre perdia as coisas mais importantes da minha vida. Estava do lado de fora da casa, bebericava meu copo e sentia a brisa tocar minha pele. Olhei para cima na atitude de olhar o céu e vi a anã abraçada aos seus pais.

FLASH ON:

_ Tá no mundo da lua?! – eu disse nervoso ao vê a anã quase sendo atropelada pelo carro, puxei-a pelos braços e ela pareceu acordar do transe.

_ Estava... – respondeu balançando a cabeça expulsando os pensamentos.

_ Presta atenção, não quero você morta. – eu disse bem nervoso e preocupado. _ Quer parar e beber algo? –perguntei e ela assentiu.

Paramos em uma cafeteria e eu disse para ela esperar do lado de fora, passam-se dois minutos e eu voltei com dois cappuccinos um em cada mão, entreguei um e voltamos a caminhar:

_ No que estava pensando? –perguntei curioso e depois bebi um gole do mesmo.

_ Minha infância e como minha mãe foi ausente, até nas horas das broncas ela não estava e quem sempre tomava parte era a empregada. – respondeu imitando meu ato.

_ Pensei que não ligasse muito para isso e entendesse ela, quer dizer, vocês duas tem a mesma profissão, são do mesmo mundo. – eu disse encarando o nada a frente.

_ E não ligo e entendo, nem sei por que estava pensando nisso. – respondeu confusa. _ Vamos mudar de assunto! – concluiu.

FLASH OFF:

Sorri ao vê a cena e lembrar que ela mesma sem admitir eu sabia a falta que seus pais a faziam. Suspirei e lembrei a falta que ela me faz. Fechei os olhos e beberiquei meu uísque.

_ Novo segurança? – uma voz fina e um cheiro doce tomou conta do espaço. Encarei uma garota de pele branca, olhos azuis e cabelo loiros. Vestia um vestido preto bem curto e ela era realmente bem bonita.

_ Sim... E estou me deliciando em um belo uísque para ficar bêbado durante o expediente. – respondi ironicamente e ela sorriu entendendo minha ironia.

_ Bom... Se fosse um! Eu diria que é o segurança mais gato e rabugento de todos. – ela disse passando por mim sorrindo.

P.O.V CASTIEL OFF:

P.O.V JENNY ON:

_ Lucy Waldorf… - eu disse abraçando a loira que chegava.

_ Jenny Louis... – ela repetiu meu ato.

_ Fico feliz que aceitou ir conosco a festa. – disse sorrindo e ela retribuiu. Logo depois percebi seu olhar no ruivo que conversava com o azulzinho. _ Castiel... – sussurrei.

_ Oi? – ela perguntou.

_ O nome dele é Castiel... – respondi.

_ Maior gato! E bem... – ela o olhou de cima á baixo. _ Sexy! – concluiu. Algo ardente tomara conta de mim naquele instante. Raiva, ciúmes, ódio, medo.

_ É... – suspirei e tentei não surtar.

Ela estava de olho no meu ruivo. Quero dizer, no que já foi meu. Não importa ela está de olho no que amo.

***

As meninas já imaginavam tudo e me ajudaram a não surtar. Estávamos prontas para o baile de natal e era nele que eu queria esquecer todos meus problemas.

_ Minhas férias aqui, estão quase no fim... Quer anima-la vindo ficar conosco na casa de praia? – ao ouvir aquela voz e aquele pedido, meu mundo desmoronou. Engoli em seco e enxuguei a lagrima que descia. Passei pelo ruivo e pela loira com as partes abertas do meu vestido voando, me senti numa cena de filme, só que eu queria muito que virasse macabro e eu pudesse derramar o sangue dessa praga loira e ruiva.

***

A festa estava maravilhosa. Pessoas com seu ar chique em todos os cantos. Só oque me incomodava era o fato da loira não desgrudar do ruivo. Bebia meu terceiro copo de vodca e procurava algo para me distrair, além de dizer “prazer e obrigada” aos amigos dos meus pais.

_ Dança comigo? – aquela voz, aquele perfume. Era ele. Sorri e coloquei o copo sobre a mesa.

_ Será uma honra, cavalheiro. – os olhos azuis estavam juntos aos meus. Victor além de tudo era um bom amigo.

_ Não creio que esse ritmo combine comigo, mas vou tentar. – ele disse sorrindo e assenti.

_ Tenho que te dizer que acontece o mesmo comigo. – ambos sorrimos e começamos a dançar. _ Parece que hoje é o único que se importara comigo. – conversei.

_ Não tenha tanta certeza. Seus outros amigos também se importam, só estão se divertindo um pouco. – ele me consolara por falta de atenção.

_ Você errou o passo, cavalheiro! – brinquei assim que ele pisou errado. Ele sorriu.

_ Desculpe-me minha querida dama. – rebateu.

Minha noite até que foi tranquila. Victor era meu companheiro enquanto os outros bebiam e se enturmavam com gente importante. Azulzinho não desgrudava da mãe da Lucy, ele admirava suas coleções e a Rosa ajudava a cerca-la. Iris e o grisalho estavam num canto agarrados e rindo, isso me surpreendeu. O ruivo com a loira conversando bem íntimos. Meus pais com os empresários antigos e eu admirando a monotonia de longe.

FELIZ NATAL JENNY... OBSERVE O VERMELHO DO SEU NATAL SE ENTREGAR AO AMARELO DO SEU PESADELO – pensei assim que vi o ruivo e a loira se beijando.


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