Desliguei o celular, ja me levantando rapidamente.
– Onde você vai? - pergunta Diego.
– Ao Hospital - respondo nervosamente.
– Fazer o que? - pergunta ele me seguindo enquanto subo as escadas.
– Eu preciso ver o Leon, alguma coisa aconteceu - respondo rapidamente começando a pegar minhas coisas no meu quarto.
– Violetta, se ele te ligou significa que não aconteceu nada com ele.
– Sim, mas algo aconteceu e ele precisa de mim - digo dando uma olhada no espelho.
– Não vou deixar - diz ele segurando meu braço quando eu ia sair.
– Como assim? - pergunto irritada.
– Ja chega de ir de "um lado pro outro" ver o Leon - responde ele sério.
– Olha Diego, depois nos conversamos sobre isso. É muito importante que eu va ver o Leon, estou preocupada.
– Se você ir, eu conto pro seu pai e ai ele vai te trancar em casa - chantageia ele.
– Pode contar, não me importa. O que eu necesito é ver Leon e nem você, nem papai e nem ninguem vai me impedir - digo me soltando de seu braço, saindo do quarto e descendo as escadas.
– Violetta - diz ele descendo atras de mim.
– O QUE DIEGO? O QUE? - pergunto nervosa me virando de frente pra ele.
– Ja chega! Vai ter que escolher aqui e agora: ou EU ou ELE - diz ele bravo - se você for ver novamente o Leon, é ele que você escolhe. Se continuar aqui, comigo, sou eu que você escolhe.
– Diego...agora não, eu realmente peço desculpas mas tenho que ir.
– Não. Agora - me segura com as duas mãos em meus braços. A cada minuto que se passava eu me preocupava com Leon. Estava com medo e nessecitava de um apoio mas Diego não colaborava. Ele esperava a resposta, e foi nessa hora que eu percebi que a minha escolha tinha sido tomada.
– ELE - respondo curta e grossa, almentando o tom de voz.
Diego me soltou, assustado pela minha resposta.
Eu sai, sem mais palavras. Peguei um taxi e em 10 minutos estava no hospital.
Perguntei a recepcionista sobre a familia Vargas. Ela disse que Leon, Larissa (mãe) e Leonardo (pai) estavam acompanhando a paciente Laura Cristina Vargas, que esta com um quadro grave de pineumonia. Agora eu entendi o que aconteceu.....
Fui correndo pelos corredores, tentando encontra-los, achei o Sr.Vargas num corredo.
– Sr.Vargas - digo me aproximando.
– Oi, Violetta. A quanto tempo - diz ele me dando um beijo na bochecha tentando parecer feliz.
– Verdade. Como esta Laura? E o Leon? E a Sra. Vargas? - pergunto rapidamente.
– Calma - diz ele sorrindo um pouco - a Laura esta internada, tomando soro, mas...as coisas não estão muito boas - diz ele com os olhos cheios de lágrimas - a Larissa esta dormindo na sala de espera e Leon esta andando por todo o hospital tentando se acalmar. Pedi pra ele pedir para você vir aqui, acho que é a única pessoa que pode acalma-lo - tenta sorrir.
– Eu sinto muito, sr. Vargas - digo colocando a mão em seu ombro. Leon é a cara de Leonardo, e ver o sr. Vargas chorando me fazia imaginar Leon chorando. Nos abraçamos.
– Obrigado - responde ele - agora vai, preciso do meu filho melhor - responde ele sorrindo.
Comecei a andar novamente pelos corredores, tentando encontra-lo.
Depois de muita procura naquele MEGA hospital eu o vejo, encostado numa parede do corredor, de olhos fechados. Sua cara não estava nada boa.
– Leon - Chamo-o baixinho, e eu estou um pouco longe mas mesmo assim ele escuta.
Abre os olhos incrivelmente cansados e tristes, e tenta dar um sorriso ao me ver e eu sorrio fraco. Ele se desencostou da parede se aproximando de mim.
– Violetta eu...- tentava dizer ele, provavelmente envergonhado por me fazer ir ao hospital as 10 da noite. Deu um longo suspiro, tentando encontrar as palavras certas. Antes que ele pudesse dizer algo mais, passei meus braços por seu pescoço, abraçando-o fortemente. Ele me deixou consola-lo, passando seus braços por minha cintura e debruçando a cabeça em meu ombro. Acariciei seus cabelos carinhosamente e ele respirava forte, me abraçando cada vez mais forte a medida que os segundos passavam.
– Sinto muito - sussurro.
– Eu....eu....eu não devia ter te chamado - tenta pronunciar com a voz chorosa.
– Ei, é claro que devia. Fico feliz por estar com você Leon, não importa o porque e nem onde - Respondo baixo.
– obrigado, por...ter vindo - diz ele.

Pov's Leon - DUAS HORAS DEPOIS

Ficamos conversando por um tempo, bem.....loooooongo tempo.
– Um obstaculo? - pergunto.
– Meu pai - responde ela sorrindo - Um sonho?
– um mundo melhor - respondo - uma lembrança inesquecivel?
– Meu primeiro beijo - diz ela corando.
– Isso fui eu que dei - digo sorrindo - você lembra?
– Como me esquecer? É a minha melhor lembrança - diz ela sorrindo vergonhosamente - minha vez - muda de aasunto - uma alegria?
– Laura - respondo chateado.
– Porque?
– é uma pergunta de cada vez.
– Leon...
– Ta, ta. Olha...ela é minha irmã, tenho o dever de protege-la. Nos olhos de um bebe, nos olhos dela, eu vejo esperança de um mundo melhor - respondo olhando "pro nada".
– Você mudou muito de preferências depois de se alistar no exercito - diz ela pensativa.
– Você não faz ideia.
– tinha amigos la?
– claro, eu sou muito amigavel - digo. Ela levantou uma sombrancelha - ok, ok agora nem tanto. Mas eu tinha e tenho amigos.
– Como assim "tinha"? - pergunta curiosa.
– Andrew - respondo - lembro que uma vez ele teve pineumonia como Laura.

Flash Back ON

– Esta doendo muito - reclama Andrew.
– nem parece que você ja levou um tiro no ombro. A dor deve ser pior que a pineumonia - respondo sorrindo - Agora espera a enfermeira vir te dar soro pra ver se passa. Fica deitado - o empurro pro saco de dormir da barraca. Nos dormimos em barracas pequenas. Eu chamei a enfermeira (que fica numa barraca separada dos soldados) depois que Andrew ficou com uma dor muito forte no pulmão.
– quando você levar um tiro, vai ver como é "bom" - responde ele tentando rir entre gemidos.
– Espero nunca sentir isso - respondo - você é que é desastrado.
– sou desastrado porque estava te protegendo, se não você ia levar 5 tiros na "fuça" pra aprender - diz ele sorrindo.
– você salvou me salvou? - pergunto.
– não foi nada demais.
– Te devo uma - digo.
– que isso, amigo é pra essas coisas.
– Amigos - digo colocando a mão em seu ombro.
– Amigos - diz ele sorrindo. Então a enfermeira chegou.

Flash Back OFF

– Andrew deve ser alguém bem legal - diz Vilu, sorrindo.
– Esse é motivo de eu ter dito "tinha amigos". Ele foi pra uma missão de pacificação e não voltou mais. Me disseram que ele morreu e...nunca mais o vi. Nem tive a chance de salvar a vida dele, se eu estivesse la talvez isso não tivesse acontecido - digo olhando pra baixo.
– Não foi sua culpa - diz ela colocando sua mão sobre a minha.
– sera? - duvido.
Cerca de 30 minutos se passaram. Agora estou com Violetta sentada de lado em meu colo, com sua cabeça repousada em meu peito envolvida em minha blusa (essa garota não aprende a usar calça em vez de vestido e saia kkkkk) e dormindo tranquilamente. A abraço mais forte, com meus braços envolvidos nela, encostando meu queixo em sua cabeça.
A medida que o tempo passava eu me preocupava mais com Laura, mas pelo menos Violetta estava comigo e eu me sentia mais seguro com sua presença. Isso é meio estranho: ELA é a garota frágil em meus braços e EU me sentia mais seguro kkkkk.
– Leon - German chama-me de longe, andando rapido em minha direção. Irritado.
– Sr. German - falo baixo para não acordar Violetta - me desculpe por Violetta ter saido de casa sem te avisar, a culpa é toda minha e eu aceito as consequencias, só não castigue ela - peço.
– ela esta bem? - pergunta.
– Sim, esta dormindo, somente - respondo olhando pra ela.
– tudo bem, como ela "fugiu" por um bom motivo eu aceito as suas desculpas e não vou castiga-la. Nem sabia que você tinha voltado a Buenos Aires.
– Faz umas 3 semanas - respondo - é um prazer ve-lo novamente.
– você mudou.
– Verdade e só quero dizer que deixei tudo aquilo de lado: as brigas e discussões com Violetta e os desentendimentos com o Senhor.
– Eu também, temos que ser mais maduros....comecemos denovo: Muito prazer, me chamo German Castillo e sou o pai de Violetta - diz ele sorridente me estendendo a mão.
– Muito prazer, sou Leon Vargas, futuro namorado de sua filha - digo apertando sua mão e rindo na ultima parte.
– Eu estava conversando com seu pai, sinto muito por Laura e tenho certeza que tudo vai dar certo - diz ele - vou pra casa porque ja esta tarde.
– tem razão, melhor a Violetta ir com você - digo me levantando com ela nos braços.
Fomos caminhando para o estacionamento do hospital até chegar ao carro de German. Coloquei Vilu cuidadosamente no banco de tras do carro, "meio sentada e deitada". Depositei um beijo em sua testa, passando minhas mão por seus cabelos que estavam na frente do rosto e sai do carro fechando a porta cuidadosamente.
– Você vai ficar com frio - diz German. Eu estava com uma regata branca. Eu tinha blusa mas agora ela estava com Violetta e eu não ia acordar minha cansada princesa para pegar a blusa e faze-la passar frio.
– Não, acho que não - minto. German tirou sua blusa e me entregou.
– Você me devolve depois de amanhã - responde ele com um sorriso.
– como assim " depois de amanhã"? - pergunto confuso.
– num jantar. Convido você e (se possivel) a sua familia para irem a minha casa, jantar comigo e Violetta - diz ele e eu concordo. Fiquei surpreso com o convite mas gostei.
Fui la pra dentro, o medico disse que eu podia ver Laura, ja que meus pais estavam dormindo.
Entrei rapidamente na sala. Ela estava numa encubadora, dormia (ou estava sob efeito dos remedios) respirando dificil, claramente com dor.
Toquei no vidro da encubadora, olhando carinhosamente pra ela.
– Fique viva...por favor.....não quero perder outro irmão - digo baixinho. E desta vez eu não falava de Andrew, mas sim de outra pessoa....mas isso eu conro numa outra oportunidade...