Coração de Soldado escrita por Incrível


Capítulo 33
Capitulo 33 - Mais que TUDO


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei, de novo eu vou votar, Tiririca... Parei kkkk
Realmente eu estava com uma mega crise de criatividade e assim que ela passou eu escrevi "correndo".
O meu MUITO MAS MUUUITO OBRIGADA de coração para Karol Winchester pela recomendação. Gostei muito das suas palavras e amei a parte de que não pode viver sem minha fic!!!!
Chegamos à 100 acompanhamentos!!!!! Tutis...tutis :D
Obrigado gente!
Bom cap ;)



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Pov's Violetta

Acordei às 6 da manhã, com um ser loiro pulando em cima de mim.

– Acorda, Vilu - diz Ludmila me chacualhando.

– Me deixa dormir, Ludmila - resmungo enterrando meu rosto no travesseiro.

– Nana nina não, querida. Temos um dia cheio, antes do show - diz me arrastando pra fora da cama - vai se arrumar - me empurra para o banheiro.

Após fazer minha higiene matinal e arrumar minha cama, eu desci pra cozinha.

– Bom dia! - digo sorridente adentrando a sala de jantar.

– Bom dia! - dizem Fede, Ludmi, papai, Angie e Olga em coro.

– E ai, Vilu? - diz Fede enquanto me sento - gostou do novo despertador?

– Federico, me faz um favor? Na próxima vez que quiser trazer sua namora de manhã aqui pra casa, não traga! - digo.

– Ei, eu to ouvindo - diz Ludmi enquanto papai e Angie riem.

– Mudando de assunto, o que temos que fazer hoje? - pergunto dando uma mordida em minha maçã.

– Vai ficar lotado lá, então temos que chegar cedo pra nos organizarmos - diz Angie.

– "Cedo"? Quando, exatamente? - pergunto.

– Agora - diz Ludmi - por isso que te acordei, ingrata. Denada. - balança os cabelos.

– Obrigado, Ludmi - digo revirando os olhos - vou arrumar minha mala - me levanto.

O show, seria no litoral, próximo à praia. Depois passariamos a noite numa casa de praia, numa espécie de festa de formatura.

Após arrumar minhas coisas eu desci à sala.

– Vamos? - pergunta Fede se levantando do sofá.

– Claro - diz Angie.

– Até amanhã, papai - digo dando um beijo em sua bochecha.

– Até. Toma cuidado - se levanta - e você também, viu? - diz carinhoso pra Angie.

– Claro - se inclina pra ele.

– Opa! Parou a baboseira - diz Fede enquanto eu e Ludmi rimos.

Fomos de carro até o Studio e lá subimos no ônibus. Me sentei num dos bancos proximos ao fundo.

– Oi, Vilu. Animada? - pergunta Fran se sentando do outro lado do corredor ao lado de Marco.

– Com certeza - digo sorridente - apesar do sono.

– Ludmila te fez uma visita? - pergunta Marco rindo.

– Nem me lembre desse momento - digo - ja bastava eu ter dormido tarde, ai tive que acordar cedo com a Loira.

– Por que dormiu tarde? - pergunta Fran.

Antes que eu pudesse responder, Leon adentra o ônibus. Sorri involuntáriamente. Logo que me viu, sorriu e caminhou pelo corredor em minha direção.

– Acho que já temos a resposta - diz Marco.

– Cala a boca, Marco - digo enquanto Fran ri.

– Qual a graça? - pergunta Leon.

– Nada, só o Marco me irritando - digo sorridente enquanto Leon se senta ao meu lado, no "banco da janela".

– Eu não - defende Marco.

– Você, sim - eu e Fran dizemos em coro.

–--------

– Vilu, acorda - diz Leon carinhosamente.

Abro os olhos vagarosamente. Após conversar com Leon por algum tempo, acho que no meio do caminho eu peguei no sono, encostando minha cabeça em seu ombro. Em algum momento Leon passou seu braço por minha cintura, me deixando mais confortavel.

– Chegamos - sorri Leon tirando uma mecha rebelde de meu cabelo do rosto.

– Que horas são? - pergunto me sentando corretamente.

– Meio-dia, mais ou menos - responde olhando no celular.

– Muito bem, pessoal - diz Pablo - vamos sair. Vocês tem que entrar por trás, porque a frente esta cheia de gente na fila pra entrar. Tudo bem? - pergunta retoricamente descendo do ônibus.

Todos seguiram-no calmamente entre conversas e risadas.

Não acreditava que ja tinha um monte de gente aqui, pra nos ver! Faltavam ainda 9 horas para o Show!

Entrando na Arena de Shows, conhecemos o local com um instrutor que nos mostrou o camarim, a sala dos figurinos e o palco (que era enorme). Infelizmente as cortinas estavam fechadas, então não pudemos ver a Arena por completo.

Pedimos pizza por telefone, e comemos-a em uma sala chamada "conforto", cheia de poofs, instrumentos e jogos, que era usada para relaxar antes do show.

Após o almoço ficamos reconhecendo o palco, marcando nossas posições na hora das apresentações e fazendo os ajustes finais. Umas 19:00 começamos a fazer a maquiagem e a trocar de roupas.

Quando me dei conta já faltavam menos de 10 minutos pro inicio do Show.

– Boa sorte, amigas - digo abraçando as três.

– Boa sorte - dizem em coro umas pras outras e pra mim.

– Vai dar tudo certo, Vilu - diz Fran me acalmando - Respira.

– Vou tentar - brinco e elas já se afastam rindo, indo dar boa sorte aos outros.

Segui desejando boa sorte aos outros. Logo, finalmente cheguei a Leon.

– Boa sorte - sorri.

– Boa sorte, linda - beija minha mão que ele segurava - apesar de não precisar.

– É claro que preciso, Leon - digo confusa.

– Não precisa, você nasceu pra brilhar, assim como sua mãe - sorri lindamente.

– Te amo, sabia? - digo boba.

– Sabia - se inclina e deposita um beijo fraco em meus lábios, segurando meu rosto entre suas mãos.

– Em suas posições - diz um dos funcionários.

– É hora do Show, pessoal - diz Pablo.

– Não vai nem me dizer que me ama? - pergunto brincando.

– Não - rimos e eu começo a me afastar.

Sou impedida por Leon me segurando pela mão. Olhei-o confusa. Através de seus olhos, pude ver que havia uma luta dentro dele.

– Leon, Violetta - chama Marotti.

Leon sorriu, tomando sua decisão.

– Te amo mais que tudo - solta minha mão e se afasta para o outro lado do palco.

Fiquei meio atordoada enquanto caminhava para o centro do palco, com meu coração acelerado e a respiração descompassada. Até hoje, não entendo porque me senti tão diferente após Leon dizer aquilo, só sei que essas palavras ficavam se repetindo várias e várias vezes em minha cabeça.

– Tudo bem, Vilu? - pergunta Cami, próxima de mim.

– Sim, claro - digo rápidamente com um sorriso amarelo no rosto, ageitando o microfone em meu rosto.

Não tive tempo de pensar muito neste assunto. Porque logo as cortinas se abriram, revelando aquela multidão de pessoas.

Nunca, na minha vida, havia visto tantas pessoas pessoalmente. A adrenalina do momento era tão grande que por 1 segundo eu me esqueci de porque estava ali. Mas logo, voltei à mim e iniciamos o Show.

Aquela foi uma das melhores experiências da minha vida. A alegria era tão grande e inexplicável que eu não conseguia pensar coerentemente. Sentia como se ali fosse o meu lugar, assim como minha mãe escreveu em seu diário "Pode acontecer o que for, mas quando eu estou num palco, nada mais importa".

Sempre soube que na música eu encontraria algo muito maior do que apenas me conectar com minha mãe, e realmente eu havia descoberto a minha profissão e o meu estilo de vida.

Cantamos todas as músicas programadas, inclusivel Nuestro Camino. Foi bem interessante enquanto eu e Leon cantávamos e dançávamos com olhares apaixonados, lembrar que em nossos ensaios olhávamos para o chão a maior parte do tempo, com repugnancia em nos tocar. Agora ansiavamos pelo toque e pelo olhar. No final, fizemos questão de dar um rápido beijo, para provar que estava tudo bem entre nós (cá entre nós, eu fiz isso mais porque eu queria que Jessica visse, já que o show estava sendo gravado).

Creio que por volta de 23:30 cantamos a música Esto no Puede Terminar, encerrando o show. O público aplaudiu de pé alegremente.

Assim que as cortinas baixaram, eu pude respirar alíviada por não ocorrer nenhum erro. Cami, Fran, Naty e Ludmi vieram ao meu encontro e nos abraçamos, pulando igual retardadas e dando gritinhos agudos.

Antes que eu pudesse ver ou falar com Leon sobre o que ele havia me dito, fui arrastada pelas meninas até o ônibus e obrigada a sentar com elas porque era a "noite das garotas". Apesar de eu não ter gostado muito da idéia, logo me animei conversando com as meninas sobre o show.

Chegamos à casa de praia, uns 15 minutos depois. Lá, a festa já estava rolando, com os outros alunos do Studio que ainda não estavam "se formando".

A casa de praia era gigantesca e bem aberta. Havia DJ, pista de dança, comes e bebes e tudo o que uma festa tem direito. Ao entrarmos fomos recebidos com aplausos pelos nossos colegas.

– Muito bem - diz Antônio quando o JD cessou a música - ai estão nossos formandos! Este foi um ano incrível, cheio de mudanças e progresso. Agora cada um seguirá o seu caminho, mas sempre tenham a certeza de que a música está em seus corações - diz - curtam a festa, ela é pra vocês! - finaliza se afastando enquanto o JD ja ligava o som novamente.

– Então, vamos aproveitar - grita Ludmi enquanto iamos para a pista de dança, fazendo todas rirem.

Leon estava na "noite dos garotos", o que dificultava minha aproximação, já que as garotas disseram "nada de garotos, a noite e nossa" e os garotos concordaram, dizendo "ficar de olho" em mim e Leon. Vez ou outra aparecia alguma assanhada, mas era só Leon olhar pra mim (do outro lado da pista) que ria divertido e dispensava a garota.

Queria ficar com Leon, sentia muita falta dele.

Uma hora enquanto eu dançava igual uma idiota ao lado das meninas, eu senti a nescessidade de olhar pra Leon. Para minha surpresa ele já olhava pra mim, e assim que fixei meu olhar nele, ele fez um sinal para a porta, gesticulando para "escaparmos". Concordei com a cabeça.

– Gente, to com muita sede, vou pegar uma água. Querem beber o que? - pergunto.

– Coca! - gritam animadamente.

Me afasto da pista, indo à mesa de bebidas. Parei na frente da mesa e olhei pra tras, elas nem olhavam pra mim, ocupadas demais gritando/conversando umas com as outras.

Sorri, largamente. Elas iam ter que pegar a Coca delas sozinhas, porque eu ia desaparecer.

Saí o mais rápido possível, disfarçando entre as pessoas, dançando até a saida. Assim que estava fora da casa, procurei Leon nos arredores da mesma. Logo o encontrei, encostado numa palmeira próxima a casa.

– Oi - sorri me aproximando.

– Oi - retribuiu o sorriso se desencostando da palmeira e entrelaçando nossas mãos.

Percebi que ele havia trocado de roupa, estava com uma calça jeans azul, camisa branca e descalço. Decidi tirar a minha roupa da festa e colocar uma roupa mais fresca. Pus uma regata leve e um shorts, ficando descalça também.

Caminhamos em silêncio pela praia. Leon me perguntava algumas coisas do Show e eu respondia rapidamente, fazendo o silêncio se formar novamente.

– Você esta bem? - pergunta.

– Sim, por quê?

– Não sei, você não está me respondendo direito - diz me olhando enquanto eu prestava atenção em sua camisa branca que estava desabotuada balançando com o vento, deixando seu peitoral definido à mostra.

– Bom, é que... aquilo que você falou antes do show...

– Você não gostou? - pergunta calmo.

– Esse é o problema, eu gostei e até mais - encosto minha cabeça em seu ombro - ninguém nunca me disse isso.

– Se tivesse dito, essa pessoa não estaria viva - ameaça Leon rindo fraco - você se assustou, foi isso?

– Sim, mas não do jeito ruim - concordo.

– Acho que eu também me assusto as vezes, quando percebo que não consigo parar de pensar em você. Mas isso é porque realmente nos amamos, não é uma paixão adolescente. Isso é algo que fica fora do nosso controle, aumentando gradativamente - explica.

Ficamos em silêncio por um tempo.

– Como vai ser agora? Quer dizer, tudo vai mudar - digo - vamos pra faculdade, seguir nossos caminhos...

– Nem sei que faculdade vou fazer - diz frustrado - eu não sei o que fazer da vida, Vilu.

– Vai encontrar algo que goste, eu sei que vai - animo-o - pode escolher música - digo.

– Não, essa é a sua área, pra você cantar é um estilo de vida, pra mim é um hobbie - conclui.

– E o exercito? - pergunto e ele aperta minha mão firmemente.

– Jamais - diz meio ameaçador mas alivia-se assim que foca o olhar em mim - você merece coisa melhor que um militar.

– Mas você gosta de ajudar as pessoas - digo.

– Não importa. Você vem em 1° lugar, não vou deixa-la sozinha com medo de eu não voltar, não vou deixa-la sofrer - diz parando na minha frente.

– Leon, faça o que gosta. Se é isso que quer eu vou apoiar, mesmo que tenhamos que ficar separados algumas vezes - digo calma - eu sei que você quer.

– Não, não quero.

– Quer sim.

– Não. Não suportaria ficar sem ver o seu rosto - coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e segura meu rosto entre as mãos.

– Te amo mais que tudo - digo tão naturalmente.

– Te amo mais que tudo - sorri me beijando.

Passei meus braços debaixo de sua camisa por sua cintura sentindo sua pele macia e a camisa roçar em meus braços enquanto ele entrelaçava uma mão em meus cabelos. Um beijo calmo que se tornava mais intenso a cada segundo. O ar se fez nescessário, então cessamos o beijo entre selinhos.

Sorri pra ele, encostando nossas testas, roçando a ponta dos nossos narizes um no outro.

Até então eu não tinha percebido que uma música lenta estava pairando no ar. Ao olhar por cima do ombro de Leon eu vi alguns casais dançando tranquilamente entre velas e petalas vermelhas espalhadas na areia.

Sorri involuntáriamente, vendo aqueles casais tão apaixonados. Leon seguiu meu olhar.

– Quer ir lá? - pergunta e eu somente concordo com a cabeça, entrelaçando nossas mãos.

Ao chegarmos ao local, eu e Leon fomos para o meio dos casais. Os outros casais, dançavam na posição de valsa (com uma mão na cintura, uma no ombro e segurando as mãos restantes), mas eu e Leon ficamos abraçados, nos movendo vagarozamente em circulos.

Encostei minha cabeça em seu peito sentindo o perfume de sua pele, enquanto ele descançava o queixo em minha cabeça. Podem ter se passado minutos ou horas, mas eu nem notei a diferença. O tempo realmente parava quando eu estava com Leon.

As pessoas foram saindo e saindo. Quando percebi só estavamos nós dois ali, a música ja havia sido encerrada e já começava a amanhecer.

– Ai estão vocês - diz Fran, de longe, de mãos dadas com Marco, acompanhada de toda a renca.

Eu e Leon paramos de "dançar" e caminhamos na direção deles.

– Estamos esperando nossa Coca até agora, Vilu - diz Ludmi fazendo todos rirem.

– Conseguiram fugir, neh? - diz Fede.

– O que fazem aqui? - pergunto.

– O Pablo mandou agente buscar vocês para irmos embora - diz Marco.

– Mas queriamos fazer outra coisa, além disso - diz Maxi com um sorriso malicioso.

– O que? - eu e Leon perguntamos inocentemente.

– Agora! - grita Fran.

Todos nos rodearam (os meninos rodearam o Leon, e as meninas à mim), nos pegando pelos braços e pernas e nos levando até o mar, entre risos deles e reclamações nossas.

– Me soltem! - grito.

– Banho de formatura! - grita Broadway - um - nos balançam uma vez.

– dois - diz Diego enquanto balançam-nos novamente.

– três - grita Naty enquanto nos balançam pela última vez e nos jogam na água.

Como o calor era forte, a água não nos parecia tão fria e foi bem gostoso. Assim que emergimos, eu e Leon olhamos um pro outro e concordamos com a cabeça, indo em direção aos outros que riam e começando à joga-los na água.

Logo, todos estavam encharcados e corriamos pela praia e na margem do mar brincando de pega-pega como crianças.

Infelizmente, tivemos de ir embora, começando agora uma nova fase de nossas vidas.


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Notas finais do capítulo

Gostaram???? Aa esqueci de agradecer lá em cima, pelas favoritações. Eu só não gosto de escrever muito nas notas iniciais porque eu ei q nessa hora agente ta eufórico pra ler e acaba lendo a nota inicial rápidamente kkkkk
Valeu pelo apoio, vcs são uns amores!
Tento voltar logo :)