Coração de Soldado escrita por Incrível


Capítulo 3
Capitulo 3 - Reencontros nada convencionais


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!



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Leon estava no Resto com uma bebe no colo dando uma mamadeira. Agora sem a barba eu o reconhecia facilmente.
–o que foi meu amor? - perguntou Diego vendo que eu não tirava os olhos de Leon.
– nada, é que aquele garoto estava no Studio hoje. - respondo desviando o olhar de Leon.
– aaahh, estão dizendo que essa bebe é filha dele - respondeu Diego. Eu rezava pra isso não ser verdade, mas porque um homem jovem estaria num lugar publico com um bebe tratando-o tao carinhosamente? - pessoal, que tal um pouco de musica?- disse ele mudando de assunto, enquanto todos concordavam subindo ao palco com os instrumentos.
Cantamos Ser Mejor, e eu só conseguia prestar atenção em Leon, no jeito que ele segurava a bebe balançando calmamente vendo-a pegar no sono, sorrindo pra ela.
Ele olhou pra cima quando estávamos ja no fim fixando seus olhos em mim. Ao final Diego me beijou (como de costume) e apos o beijo, Leon não estava mais no seu lugar.
Não sei o que deu em mim mas peguei minha bolsa, paguei minha parte e falei para o pessoal que precisava ir embora.
Sai olhando pra todos os lados para ver onde Leon estava. Ao longe o vi caído no chão e com isso comecei a correr ao seu encontro.
– Leon, Leon, consegue me ouvir? - perguntei mas ele estava inconsciente, fazendo- me entrar em desespero. Assustada eu comecei a apertar seu peito com todas as minhas forças - Vamos! Respira - dizia nada funcionava.
Ja ia chamar por socorro quando ele volta a respirar abruptamente.
– Leon - disse em alivio ajudando- o a levantar - o que aconteceu?
– longa historia - disse ele se encostando numa arvore e falando ofegantemente - Laura, onde ela esta? - Supondo que era o bebe apontei para o carrinho.
– esta aqui- disse.
– obrigado pela ajuda - respondeu ofegantemente - agora me reconheceu? - fala com um sorriso fraco no rosto.
– ja havia te reconhecido antes - respondi andando ja indo pra casa.
– e porque não falou comigo? - diz ele seguindo-me e empurrando o carrinho do bebe.
– não temos nada pra falar- respondo curta e grossa.
– claro que temos - respondeu ele nervosamente almentando o tom de voz.
– ta legal, tipo o que? - pergunto parando e me virando bruscamente. Antes que ele pudesse responder, voltei a falar - tipo o fato de você ter ido embora sem ao menos ter me avisado? ou o fato de você nunca ter me dado um telefonema pra eu saber como você estava e para você saber como eu estava? Ou o porque de você estar completamente mudado? Ou ainda por saber que você tem uma filha? - disse num tom de voz alto, firme e forte voltando a andar.
– Violetta - gritou ele muito alto me assustando. Me virei calmamente - eu fui embora porque precisava ir. E eu não te avisei porque não estavamos mais juntos. E porque eu ligaria? Você ja estava com o seu namoradinho - disse um pouco mais baixo. Ao ver que eu não ia responder, suspirou e continuou - e esta não é minha filha, é minha irmã. Esqueceu-se de quando eu disse que minha mãe estava gravida? - disse ja sem raiva nem gritando.
– não importa mais - digo me virando e indo embora.

Chegando em casa eu jantei com meu pai e ficamos num ambiente bem calmo. Apesar de ele ser muito super-protetor eu amava nosso tempo juntos. Assistimos um filme de comedia juntos que estava passando na TV. Nos comerciais eu pergunto ao meu pai ainda encostada em seu peito:
– pai....o que você faria se um....amigo que você nao via a muito tempo voltasse? - digo tentando parecer despreocupada.
– bem, eu não sei..... Acho que eu falaria com ele, perguntaria por onde ele esteve.
– Mas, e se ele tivesse ido embora donada?
– eu falaria com ele, apesar de qualquer magoa que eu tivesse por ele não ter me avisado que ia embora. Talvez existiria um motivo para ele ter ido embora, um motivo maior que a nossa amizade - respondeu Papai pensativamente.
– e se ele tivesse mudado?
– ninguem muda por completo, sempre existiria a nossa amizade, por maior que seja a mudança.....de alguma forma, algo dele, algo de nossa amizade sempre existiria. - respondeu ele me olhando curiosamente - porque, Vilu?
– por nada - respondo procurando algo para mudar de assunto. Nessa hora os comerciais acabam - o filme vai continuar.
Naquela noite o sono não chegava nunca, a chuva era forte e meus pensamentos mais ainda.
Eu me relembrava varias e varias vezes de nossa "conversa", Leon nunca havia gritado daquela forma comigo...
E se Leon tivesse ido embora por algo importante? Pra onde ele foi? Sera que ele estava assim tão mudado? O que eu devia fazer? porque ele voltou? .
De uma coisa eu tinha certeza: precisava falar com Leon, porque estudamos juntos agora e eu não posso estar sempre o evitando.

Pov's Leon

"- EMBOSCADA - eu ouvi o piloto (do caminhão que levava os soldado) gritar.
Uma bomba explodiu do lado do caminhão, fazendo-o quase virar. Segurei minha arma firmemente.
– VAI, VAI, VAI - diz o comandante. Todos os soldados descem do caminhão ja atirando.
Desci do caminhão ja dando um tiro certeiro num atirador que estava em um ponto estratégico, e me escondendo atras de uma casa.
Fiquei agachado esperando o momento certo para sair e atirar de surpresa. Escutava o barulho das bombas, gritos e choros de pessoas inocentes, tiros para todos os lados. Estávamos em um vilarejo pobre, lugar onde os terroristas mais gostavam de fazer ataques e emboscadas.
Ao ver uma movimentação ja me preparei para atirar, mas quem saiu da casa não foi um soldado, era minha mãe.
– filho - gritou ela aliviada e correndo para mim como se estivesse em casa e nada de mal estivesse acontecendo.
A próxima coisa que eu vi foi minha mãe caindo no chão com um tiro em seu peito."


– NÃOOOO- gritei me sentando abruptamente na cama. Alguns segundos depois vi que era só mais um pesadelo, e com isso me deitei novamente. Ao olhar para o relógio vejo que estou atrasado.
Levantei correndo colocando a primeira roupa que apareceu na minha frente. Antes de sair, abracei minha mãe por trás com toda a minha força, dando-lhe um beijo demorado na bochecha.
– Te amo,mãe - digo.
– eu também - diz ela meio confusa por meu comportamento.
Sai voando, correndo ate o Studio. Chegando la, entro atrasado na aula de Pablo.
– e por ultimo temos a dupla Violetta e...- ele para de falar com minha entrada brusca na sala- Leon onde esteve?
– Perdão Pablo, meu atraso é inaceitável e prometo que não ira se repetir, senhor - digo com voz firme olhando pra frente. Isso é outra "sequela" do exercito: tratar adultos, responsáveis e professores como se eles fossem meu comandante do exercito, o qual era muito rígido e me dava medo.
– Sim, tudo bem - diz Pablo estranhando meu comportamento - sente-se. Bom, continuando, a ultima dupla é Violetta e Leon - diz ele enquanto Violetta se vira para traz e me olha na ultima cadeira da sala, e eu permaneço com os olhos fixos em Pablo - quero este trabalho pronto na semana que vem. Agora podem ir.
Saindo da sala eu fiquei confuso, eu teria que fazer um trabalho com Violetta? Que trabalho era mesmo?
Fui interrompido de meus pensamentos esbarrando (sem querer) no namorado de Violetta.
– Me desculpe - respondo tentando ir embora, mas ele fica na.minha frente.
– "Me desculpe" ? É só isso que você diz apos quase me derrubar? Você sabe com quem esta falando? - diz ele falando alto e forte. Caso vocês ainda não tenham deduzido, eu odeio gritos, eu odeio gritos eu ODEIO gritos.
– não me importa quem você é - respondo alto, mas não gritando. Violetta chega.
– o que esta acontecendo - pergunta ela.
– Nada - Digo saindo.
– nada acabou, eu cuido de você mais tarde - diz ele, colocando a mão em meu ombro, me tirando do serio. Eu estava de costas.

"VOCÊ VAI DEIXAR?" "ELE ESTA TE HUMILHANDO", "FAÇA ALGUMA COISA", "VAMOS", "BATA AGORA", "MAIS FORTE", "QUEM É O MELHOR? QUEM É O MAIS FORTE?".
Como num impulso, num reflexo, como eu havia aprendido meu cotovelo foi ao encontro do nariz do namoradinho de Violetta.


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Notas finais do capítulo

Como ta ficando gente? espero que estejam gostando. Qualquer coisa é só manda um Review pra mim ;)
Comentem gente!
Beijos