Coração de Soldado escrita por Incrível


Capítulo 24
Capitulo 24 - Aposta


Notas iniciais do capítulo

Choveeeeeuuuuu!!!!! kkkkkkkkkk
Mais um cap basico bem Leonetta pra vcs, aproveitem pq o socego pode não durar por muito tempo..... (ameaçando vcs kkkkk)
Chega de conversa, vamos ao que interessa:



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– Vilu, se acalme - diz Fran pela quinta vez.

– Não dá, Fran - digo enquanto continuo andando de um lado pro outro, quase fazendo um buraco no chão.

– Senta, que logo.... - dizia ela mas o médico saiu da sala onde Leon estava sendo atendido.

– Doutor - digo me aproximando - como ele esta?

– Você esta acompanhando o Sr. Vargas? - pergunta o medico enquanto Fran se aproxima.

– Sim, como ele está? - pergunto.

– Ele teve de tomar soro pra conter a alergia, e ficou em observação, mas ja esta melhor - explica e eu e Fran suspiramos de alívio.

– Posso ve-lo? - peço.

– Pode, ele ja pode ir pra casa - finaliza.

– Obrigado, doutor - eu e Fran dizemos em unissono e ele ri fraco.

– É o meu trabalho - sorri - com liscença - se retira.

Eu adentrei logo a sala e vi Leon sentado na maca enquanto a enfermeira acabava de retirar o medidor de pressão do seu braço.

– Leon - me aproximo rapido e ele sorri.

– Da proxima vez eu pergunto o sabor do sorvete - brinca e eu rio.

– Você esta bem? - pergunto preocupada.

– Sim - diz sorridente.

– ótimo - digo mas depois fico seria - EU VOU TE MATAR DA PRÓXIMA VEZ QUE ME DER UM SUSTO DESSES.

– Tudo bem - diz rindo da minha cara - mas eu acho que você não suportaria viver sem mim - diz com um olhar encantador, me desafiando.

– Quer apostar? - arqueio uma sombrancelha.

– Claro, duvido que você fique o resto do dia sem me beijar - sorri.

– Feito - digo sorridente enquanto aperto sua mão.

Fomos embora. A Fran ja havia assinado os papeis pra Leon sair e os meninos levaram o carro de Leon pra casa. Com isso fomos a pé, e sabe o que aconteceu? Choveu..... Que "maravilha" neh?

Depois de acompanharmos Fran até a casa dela, seguimos para a casa de Leon ja que era mais perto.

A chuva ficou bem forte, começando a cair graniso. Por isso resolvemos parar debaixo da arvore da praça.

– O que fazemos? - pergunto.

– Esperamos - diz Leon tirando a camisa e a torcendo - cara, estamos enxarcados.

– Leon - protesto por ele tirar a camisa enquanto tento me secar (inutilmente).

– O que? - diz inocente.

– Esquece - digo enquanto ele se senta no chão encostando-se na arvore.

Me sento entre suas pernas, me encostando em seu peito nú enquanto ele passa seus braços por minha cintura encostando a cabeça em meu ombro.

Escutava a chuva caindo enquanto afagava os cabelos molhados de Leon.

– Lembra daqui? - pergunta Leon quebrando o silêncio.

– Claro - digo sorrindo enquanto ele levanta a cabeça me observando - muita coisa mudou.

– Pra melhor - comenta beijando minha tempora (N/A: gente, tempora é o espacinho entre o cabelo e canto do olho, pra quem não sabe) - bem melhor - respira me fazendo arrepiar.

– Meu pai disse que minha mãe adorava chuva - mudo de assunto olhando pra chuva caindo.

– Sente muito a falta dela, neh? - pergunta

– Sim...o que posso fazer é ficar o mais proxima possivel dela atravez de lembranças, fotos, lugares... - suspiro.

– Dificil - diz triste.

– Você não entende muito, neh? - olho pra ele.

– Você acha? Eu acho que não.

– Como assim? - pergunto encostando novamente em seu peito.

– Eu vou te contar uma historia - diz e eu concordo - era uma vez um garoto cheio de vida, ele era o primogenito (N/A: significa primeiro filho) e muito querido por seus pais - faz uma pausa voltando a encostar sua cabeça em meu ombro - e esse menino foi crescendo, assim como seu gosto pelas Forças Armadas. Assim que ele se tornou adulto, se alistou no exercito, deixando seus pais e seu pequeno irmão de 5 anos. Desde então ele seguiu carreira nisso - não entendia porque Leon me contava aquilo - seu irmão menor o admirava muito e contava os dias...as semanas...os meses...os anos... esperando que de alguma forma ele retornasse. Esse menino cresceu e recebeu a noticia de que seu irmão soldado havia morrido. Mas ele não aceitou esse fato e quis comprovar isso se alistando no exercito para ver se encontrava o irmão. A unica coisa que ele encontrou foi o túmulo do irmão - suspirou.

– Por que me contou isso? - pergunto confusa.

– Eu era o irmão mais novo, Violetta. Por isso eu fui pro exercito mais cedo - explica e eu fico assustada.

– Eu...não sabia - tento dizer.

– Eu sei que não - sorri - só quero que saiba que te entendo.

– Então foi por isso que você foi embora.... - concluo.

Ficamos em silencio por pouco tempo. A chuva havia se acalmado, então resolvemos ir pra casa.

Os pais de Leon haviam viajado por dois dias para negócios, levando consigo Laura.

Tomamos banho, eu no banheiro do quarto de hospedes, e Leon no do quarto dele. Ele havia colocado umas roupas dele pra eu usar enquanto as roupas secavam. As vesti, apesar de ficarem largas tinham o cheiro de Leon e eu não resistia àquele perfume.

Sai de la, ja com os cabelos penteados. Pelo barulho vindo do quarto de Leon ele ainda tomava banho.

Liguei pra casa e quem atendeu foi Angie e eu pedi pra ela "dar os pulos dela" pra não contar pra papai que eu estava na casa de Leon, e sim na casa da Fran, e que chegaria às 20 hrs.

Ja eram 18 hrs, então resolvi fazer o jantar. Procurei ingredientes para fazer algo bem gostoso. Com o que encontrei, fazeria um frango-assado, arroz e salada.

Enquanto ja estava com o frango no forno, e fazia o arroz, braços quentes se envolvem em minha cintura me fazendo dar um "pulinho" de susto.

– Que susto, Leon - digo sorrindo.

– Sou só eu, amor - diz me dando um beijo "estalado" na bochecha - Você esta tão linda com minhas roupas, sabia?

– Eu to ridicula, Leon - rio.

– Não ta não, pra mim esta perfeita - diz calmo e eu viro meu rosto em direção ao seu.
Ficamos com os narizes grudados e ele olhava incessantemente para minha boca. Eu não suportava a distancia e ja ia beija-lo quando lembrei da aposta que fizemos. Abaixei a cabeça, meio envergonhada, sem deixar ele ter algum efeito sobre mim. Ele riu, lembrando da aposta.

– Hum...que cheiro gostoso, o que você ta fazendo? - pergunta curioso, mudando de assunto.

– Comida - brinco.

– Jura? Não tinha percebido - diz irônico e nós dois rimos.

– Eu to fazendo arroz e frango-assado - digo.

– posso ajudar?

– Claro, você faz a salada - digo sorridente.

– Ta bom - diz se libertando de mim.

Logo ligamos o radio e ficamos cantando e dançando pela cozinha enquanto preparavamos a comida.

– Leon, tira o frango do forno que eu vou pegar meu celular - digo saindo da cozinha.

– Ok - concorda. Enquanto estou na sala escuto um grito - Aiii!!!!

– O que aconteceu? - corro para a cozinha. Encontro Leon com cara de dor.

– Queimei a mão - diz com voz chorosa.

– Impossível, você não estava usando as luvas? - pergunto e ele balança a cabeça negativamente - Eu mereço....só pode. Que pessoa, em seu estado normal de conciência, não usa luvas pra tirar algo do forno? - rio me aproximando.

– Eu, oras - diz emburrado como uma criança de 5 anos.

– vem vamos lavar isso - sorrio.

Depois de cuidar da queimadura de Leon, nós terminamos de preparar o jantar e sentamos à mesa, mortos de fome. Enquanto conversavamos, comiamos sem ligar pro tempo.

Depois ficamos assistindo TV, abraçados e enrrolados num cobertor, por conta do frio. Foi meio estranho, me sentia feliz de uma forma tão diferente, como se a casa fosse nossa; como se morassemos lá, juntos, desde sempre, como se.....estivessemos.....bem.......casados, pronto falei.

Eu não pensava em casamento, mas as vezes, quando eu estava com Leon....eu realmente sentia que minha vida seria com ele.

Tive de ir, pois se chegasse em casa nais tarde, papai me matava. Leon me levou de carro pra casa, ja vestida com minhas roupas secas.

– Não imagino minha vida sem você - diz Leon me olhando serio e se aproximando devagar.

– E eu muito menos - digo.

– Sabe, agente tava hoje la em casa e eu....vi que você será uma ótima esposa, ja sabe cozinhar - sorri.

– Quem garante que vamos casar? - pergunto brincalhona.

– Não quer se casar comigo? - pergunta no mesmo tom.

– Não, ser solteira é melhor - desafio.

– Tem certeza? - me encosta no portão de casa colocando as duas mãos nos lados de minha cabeça.

– Cla....Claro - gaguejo.

– Mesmo? - ele diz beijando a base da minha garganta. Ficando novamente hipnotizada, eu fecho os olhos.

– S-sim - digo indecisa e eu vi que ele sentia cheiro de vitória, beijando meu queixo e subindo para beijar o canto de minha boca.

– Não pode resistir à mim - diz vitorioso - Pode? - provoca.

– L-leon....eu.... - tentava resistir sentindo sua respiração em minha boca por conta de ele estar à milimetros de mim.

– Violetta - diz num sussuro quase inaldivel mas me fazendo arrepiar por inteiro.

BASTA!!!!!! NÃO IMPORTA A NOSSA APOSTA EU SÓ QUERO BEIJAR MEU NAMORADO PORQUE ELE É COMPLETAMENTE IRRESISTÍVEL!!!!! - Grito internamente.

Beijei-o com voracidade e intensamente, sem me importar com o resto, segurando seu rosto entre as mãos e ele passando seus braços por minhas costas. Nossos lábios sincronizados em seus encaixes perfeitos, fazendo uma dança incansavel e maravilhosamente perfeita.

– Ganhei - diz sorridente e sem folego assim que nos separamos.

– Que bom - brinco também ofegante - tenho que ir.

– Eu sei - beija minha testa e depois une nossas testas.

– Te amo, sabia?

– Sabia...e eu também - diz.

– "Eu também" o que? - pergunto arqueando as sombrancelhas.

– Eu também te amo - sorri larga e lindamente.

– Eu sei - me afasto - tchau.

– Tchau, Vilu - responde enquanto fecho o portão.

Apesar dos anos passarem e a memória ir com eles, uma coisa que eu não me esqueço, é que naquela noite eu senti que algo ruim estava por vir. Mas logo afastei esse pensamento e sorri sentindi verdadeiramente o amor DE Leon e POR Leon.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Agora vcs devem ter entendido o final do capitulo 8 neh?
Em fim, gente espero que tenham gostado e peço (pela milésima vez) que comentem, favoritem e recomendem.
Bjs, até mais