Coração de Soldado escrita por Incrível


Capítulo 15
Capitulo 15 - Despedidas e uma partida


Notas iniciais do capítulo

E ai gente? Mais um cap pra vcs. Ta muito longo esse cap.
Essa é a despedida de Leon aos seus mais queridos e a partida para a guerra, sei que ninguem quer isso (nem eu kkk) mas nem sempre tudo é um mar de rosas :) mesmo assim espero que gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/527864/chapter/15

Pov's Vilu

–Pra onde estamos indo? - pergunto.
– Vamos tomar café da manhã - responde Leon.
Eu ainda guiava a moto e Leon segurava o guidão caso eu não conseguisse controlar (até ele me trata como criança as vezes kkkkk).
Chegamos a uma padaria e la tomamos cafe da manhã: café com leite, pão de queijo, sonho (doce), bomba de chocolate....hummmm.
– Vai com calma ai - digo rindo a Leon que devorava um sonho. Ele riu.
– To aproveitando comer porcarias - diz de boca cheia e eu ri mais ainda.
– Porque?
– Ja comeu comida do exercito? - pergunta.
– Deixa eu ver...a ultima vez que eu comi uma comida do exercito foi... - digo sarcasticamente e ele sorriu.
– Ok...verdade. Bom o fato é que no exercito temos comida enlatada ou desidratada - faz uma careta - é horrivel.
– quando você voltar, comemos o que quiser - animo-o.
– ai sim - diz rindo - vamos então?
– Aonde?
– Você vai ver - diz misterioso.
Pagamos a conta e fomos ao local misterioso mas desta vez Leon dirigiu (só porque eu tava gostando...)
Chegamos a um local bem aberto, onde havia uma arvore cheia de flores vermelhas que caiam sobre o chão e um banco.
– É....lindo - digo chegando mais perto.
– Sabia que ia gostar - sorri e se senta no banco. Me sentei ao seu lado.
Ficamos em silêncio. Eu observava tudo tentando guarda-lo na memoria e Leon estava tentando me dizer alguma coisa, provavelmente.
– Uma vez, depois de termos brigado, eu sai andando de moto e acabei parando aqui - explica "do nada" olhando para o horizonte - desde então eu sempre vim aqui. Então eu fui embora pro exercito e depois que voltei pra B.A. nunca voltei pra esse lugar - se vira pra mim - mas agora eu estou indo embora. Te trouxe aqui porque quero que esse "meu lugar" seja "seu lugar" - sorri.
– Nosso lugar - digo pegando em sua mão e o beijo sem "aviso previo".
Foi a primeira vez que o beijei depois de ele avisar que iria embora. Era como se até meu corpo sentisse que demoraria para te-lo tão perto, porque fiquei toda arrepiada e uma ansiedade tomasse conta de mim.
– Vou sentir falta disso - diz perto de minha boca.
– Desse lugar? - pergunto confusa.
– Não...do seu beijo - diz me beijando calmo. Leon era sempre calmo comigo, o que o deixava nais terno - tenho uma musica pra te mostrar...vai ficar com você pra se lembrar de mim sempre - diz pegando o violão.

Si hay amor
Y nada más
No es necesario
Nada, nada más

Si hay amor olvídate
Del calendario
No hay nada, nada más

Donde voy, ahí vas
Me acompañaras
Donde vayas, iré
Y te seguiré

Hay amor en el aire
Acércate a mi
Apuesta por lo que siento

Hay amor en el aire
Tu confía en mi
Ya ves que no existe el tiempo

Solo el destino
Que a nosotros nos unió
Para siempre

Si hay amor
Y nada más
No es necesario
Nada, nada más

Si hay amor no existe
El abecedario
Nada, nada más

Donde voy ahí vas
Me acompañaras
Donde vas, iré y te seguiré

Hay amor en el aire
Acércate a mi
Apuesta por lo que siento

Hay amor en el aire
Tu confía en mi
Ya ves que no existe el tiempo
Solo el destino
Que a nosotros nos unió
Para siempre

Cuando escribo esta canción
Voy a robar tu corazón
No se pueden separar
Mis acuerdes de tu melodia

Hay amor en el aire
Acercate a mi
Apuesta por lo que siento

Hay amor en el aire
Tu confía en mi
Ya ves que no existe el tiempo

Hay amor en el aire
Acércate a mi
Apuesta por lo que siento

Hay amor en el aire
Tu confía en mi
Ya ves que no existe el tiempo

Hay amor en el aire

– Vilu, ja não existe tempo. Então, esqueça o calendario enquanto eu estiver fora. Aonde eu estiver você vai estar comigo, presente, e eu estarei com você, pensa em mim que eu to pensando em você. Acredite e confie em mim e no que sentimos, não desista desse amor- fala me olhando nos olhos - o destino nos uniu para sempre - sorri.
– Eu confio em você e no que sentimos, Leon. Jamais desistirei desse amor e te farei o mais presente possivel em minha vida nesse tempo - respondo entrelaçando nossas mãos.
– Jura pra mim?
– Juro. Sabe o que eu fiz esta noite? - pergunto retoricamente - eu escrevi uma musica com Angie - pego o violão - Agora você escuta essa musica e a guarda pra se lembrar de mim - sorrimos.
Por tu amor yo renascí
Y eres todo para mí
Hace frío y no te tengo
Y el cielo se a vuelto gris

Puedo pasar mil años
Soñando que vienes a mi
Porque esta vida no es vida sin ti.

Te esperaré porque a vivir tu me enseñaste
Te siguiré porque mi mundo quiero darte

Hasta que vuelvas te esperaré
Y haré lo que sea por volverte a ver

Quiero entrar en tu silencio y
El tiempo detener
Navegar entre tus besos y junto a ti crecer
Puedo passar mil años
Soñando que vienes a mi

Por que esta vida no es vida sin ti
Te esperare por que a vivir
Tu me enseñaste
Te seguire por que mi mundo
Quiero darte

Hasta que vuelvas, te esperare
Y haré lo que sea
Por volverte a ver

Te esperare aunque la espera sea un invierno
Te seguire aunque el camino sea eterno

Mi corazon no te puede olvidar
Y haré lo que sea
Por volverte a amar

Quando acabei, nao houve nada a ser dito porque Leon me abraçou, tirando o violão "do meio do caminho".
Um abraço estranho. Geralmente, quando Leon me abraçava, eu me sentia muito protegida e segura. Mas aquele abraço não me protegeu nem me fez perder o medo que eu sentia, porque Leon também tinha medo, e disso eu sabia.
Logo tivemos que ir para almoçar na casa de Leon. Chegando lá nos almoçamos com Larissa, Leonardo e Laura.
Decidimos algumas coisas: se Larissa precisasse eu cuidaria de Laura. Eu poderia entrar na casa dos Vargas sempre. Se Leon conseguisse entrar em contato em algum momento nos estariamos juntos.
Eu via o quanto os pais de Leon não aceitavam a ida dele, mas tentavam disfarçar, havia uma angustia em seus olhos.
Leon fez questão de fazer Laura dormir e enquanto isso eu e Larissa ficamos conversando la fora enquanto Leonardo lavava o carro.
–....e ai nos podemos passar seu aniversario aqui em casa - planejava Larissa sorridente.
Outra coisa que me incomodou por Leon ter de ir, era meu aniversario de 18 anos, que ocorreria em 3 meses. Talvez Leon nem estivesse presente numa data tão importante pra mim.
Sorri tentando disfarçar minha tristeza.
– Não fique assim querida - diz pondo a mão em meu ombro.
– Não tem como não ficar - respondo dando um sorriso de lado.
Leon se aproximou silenciosamente sem eu notar sua presença.
– não tem como não ficar o que? - pergunta me assustando.
Eu e Larissa ficamos quietas olhando uma pra outra tentando encontrar uma boa desculpa.
Acho que Leonardo percebeu nosso desespero, porque rapidamente jogou um jato d'agua em Leon, molhando suas costas.
– Ei - reclama Leon enquanto nos tres riamos - então vai ser assim? Ta bom - diz pegando um balde cheio de sabão e o jogando em mim e em Larissa desprevinidas.
– Agora você vai ver - me levanto furiosa pegando um balde de agua e correndo atras dele.
A partir dai foi agua pra tudo quanto é lado. Eu e Leonardo ficamos num time e Leon e Larissa no outro. Usavamos o carro como proteção, acho que depois daquele dia ele nunca precisaria ser lavado denovo kkkkk.
Depois de um tempo, Larissa e Leonardo sairam e eu e Leon nem percebemos, parecendo duas crianças correndo pelo quintal e completamente enxarcados.
– Leon - eu gritava - para....não...não - continuo a correr.
– Você é minha prisioneira agora - me apanha por tras, me deixando sem saida.
– Me solta - digo rindo - pensei que você era o mocinho e não o vilão - ri.
– sou o vilão mesmo - brinca comigo presa em seus braços.
– Então sabe que um principe vai vir me resgatar.
– Eu não vou deixar - diz e me pega no colo no "estilo noiva".
– me desce - brinco.
– vamos a sua cela - diz começando a andar. Fomos interrompidos por Leonardo que nos mandou tomar um banho e trocar de roupa.
Por sorte eu havia trazido uma bolsa com roupas, caso precisasse.

Pov's Leon

Ao cair da tarde eu e Vilu fomos pra uma praça perto da minha casa para vermos o por do sol. Eu me encostei numa arvore e Vilu se sentou entre minhas pernas, encostando a cabeça em meu peito.
– O que vamos fazer sem você? - pergunta Violetta olhando o por do sol.
– Vão ficar bem - pronuncio - vocês tem uns aos outros.
– Mas quem eu quero é você - diz olhando pra mim - não consigo me conformar com isso, Leon. E se algo mudar entre nós? - abaixa a cabeça deixando lagrimas cairem e tentando secar em minha camisa.
– Ei - envolvo meus braços ao seu redor - vamos continuar sempre como namorados - beijo o canto de sua testa.
– Como saberemos? E se alguem aparecer e mudar o que sentimos ou....coisa do tipo - diz entrando em desespero.
– Nada vai acontecer - tranquilizo-a. Vi que era hora de dar-lhe algo que estava guardado no meu bolso - olha - tirei o seu anel que eu dei no nosso 1° encontro.
– O que? - pergunta confusa, até que eu deslizo em seu dedo uma aliança grossa de prata - Meu Deus - olha pra mim. Entrelaço nossas mãos direitas juntando duas alianças de prata em nossos dedos anelares.
Havia colocado a aliança em meu dedo enquanto conversavamos (não me perguntem como kk).
– Violetta Castillo, mantenho um compromisso fiel e verdadeiro com você. Prometo te amar, não importa o quão longe eu esteja, o quão dificil seja, nem o tamanho da saudade muito menos as dificuldades que apareçerão, eu te amarei e estarei com você - digo olhando fundo nos seus olhos.
– Leon Vargas, prometo te amar e te esperar. Matenho um compromisso real e justo com você - diz sorrindo - Eu te amo.
– Eu te amo - respondo e lhe dou um beijo.
– Só uma curiosidade - diz Vilu brincalhona - você não esta me pedindo em casamento, neh?
– Não - falo entre risos - só queria que você tivesse uma prova concreta do meu amor. E também pros caras verem que você ja tem alguem e ficarem fora do seu caminho - ri mais ainda e ela beijou minha bochecha.
Naquela noite eu e Vilu acampamos la fora, no quintal. Estendemos um lençol no gramado, colocamos travesseiros, e por conta do frio minja mãe trouxe um cobertor.
– Aquela ali é o cruzeiro do sul - aponto para outra constelação.
– Nossa, onde aprendeu tanto sobre estrelas? - pergunta Violetta.
– Eu aprendi um pouco no exercito, mas Andrew foi o que me ensinou mais - digo indiferente.
– Você vai poder ver o cruzeiro do sul na guerra? - pergunta.
– Não, o Cruzeiro do Sul aparece no sul, como o proprio nome diz - sorrio - mas eu sei que vou ver aquela estrela - aponto para o ceu.
– Onde?
– Aquela mais luminosa de todas - aponto e ela concorda - Se chama Sirius e é uma estrela que pode ser vista de qualquer lugar do mundo. É uma das mais proximas da terra e é a estrela mais brilhante do céu noturno. Faz parte da constelação Cão Maior.
– Cão Maior? - pergunta mais boceja.
– Muito bem, esta na hora de dormir. Numa outra oportunidade eu conto - A abraço sorrindo.
– Haaaa - diz triste como uma criança - conte-me mais sobre as estrelas.
– Esta tarde, meu amor. Tenho de descançar, amanhã preciso estar bem disposto pois será um dia longo - falo como se ela fosse uma criança.
– Tem razão - diz - Boa noite.
– Boa noite - digo sentindo seu rosto em meu peito.
Dormimos sob a luz das estrelas.
No dia seguinte eu acordei as 7:30.
– Vilu....acorda - falo baixo com ela ainda em meus braços. Ela se remecheu e resmungou - Meu amor, eu tenho de ir embora - assim que ouviu isso ela abriu os olhos.
– Ta bom - se senta - vamos pra dentro.

Pov's Vilu

Entrando, nos tomamos café em silencio, ja pressentindo os momentos que se seguiriam.
Leon se retirou e tomou banho. Logo eu subi para ve-lo.
Entrando em seu quarto eu o encontro com a roupa do exercito: calça e camisa camuflada, sapato de cano alto e aquela "boina" na cabeça. Assim que me viu, sorriu.
– Como esta? - pergunto me aproximando. Eu o ajudo a abotoar a camisa.
– Eu...eu...estou com medo - gagueja e sorri.
– Sério? Você, Leon Vargas esta com medo? Inacreditavel - brinco.
– Eu sei mas, eu to com muito medo - diz envergonhado.
– Sempre que estiver com medo você segura isso - entrego meu colar que tinha um pingente "V".
– Obrigado - sorri mas depois fica serio - preciso iniciar a despedida aqui. Essa é a última vez que estaremos juntos sozinhos - olha fundo nos meus olhos.
– Tem razão. O que tenho pra dizer é: volte o quanto antes pra mim, faça o bem na guerra, não se esqueça de mim, não deixe de me amar, fique vivo, eu imploro, não morra. Eu vou te esperar e garanto que jamais vou me desapaixonar de você - digo intensamente.
– Eu vou sobreviver, vou amar e cuidar de você, vou sonhar e pensar em você todos esses dias. Te amo mais do que jamais achei que poderia amar alguem e peço que seja feliz e não se isole. Aguenta firme que eu to voltando pra você, pra nunca mais ir embora - diz serio.
Ele me beijou levemente e depois mais fortemente. Pelo jeito que iniciamos o beijo sabiamos que aquele seria o último. Algo feroz e sem controle. Serpenteio as mãos em seus cabelos e o puxava contra mimm e ele deslizou suas mãos por minha cintura me puxando pra mais perto. Apesar do ar começa a fazer falta, nenhum de nós cessou o beijo, como se quisessemos que nunca acabasse. Ele nos pressionou contra a parede tentando de algum jeito, permanecer ali pra sempre.
– Filho, temos de ir - ouço o pai de Leon chamar. Ele parou o beijo o mais delicado possivel mas relutante.
– Tenho que partir - diz ofegante ainda me pressionando na parede.
– Eu sei - respondo.
Esses momentos que irão se seguir eu não posso lhes contar com muitos detalhes. Não que eu nao queira contar, mas foram momentos de tanta angustia e ansiedade que meu cérebro tenta até hoje se esquecer.
Me lembro que no carro todos fomos em silêncio. E assim que chegamos ao aeroporto, encontramos papai.
Dez minutos apos o check-in de Leon e alguns outros soldados (que viajariam juntos), o voo foi "chamado" e estava na hora de ir.
Leon se despediu de seu pai e de sua mãe que começaram a chorar, pedindo pra que ele se cuidasse. Laura tambem teve de se despedir de Leon, e apesar de não entender eu pude ver em seus olhos a tristeza. Depois comprimentou meu pai e logo veio ate mim.
Eu unia todas as forças que tinha para não chorar.
– É a hora. Eu te amo - diz calmo.
– Eu te amo, se cuida - respondo mas começo a chorar. Ele me abraçou junto a seu peito, descançando o queixo sobre minha cabeça.
– Soldado Vargas - chama calmamente o supervisor do exercito.
Ele me soltou devagar, deu um beijo em minha testa e se virou, sem olhar pra mim.
O segui com meus olhos, até que ele desapareceu, em meio a tantas pessoas e entrou no portão de embarque.

Pov's Leon

O avião decolou. Pus a mão na janela começando a ver B.A. se afastar.
– Deixou algo, soldado? - pergunta meu companheiro de cadeira, soldado também.
– Não - suspiro - Deixei alguém - pronuncio baixo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não vaaaai Leoooonnn :'(
E agora? Como as vidas de Leon e Violetta ficarão após a partida do nosso galã ao exercito?
Isso vocês vão descobrir nos proximos caps de Coração de Soldado!!!
Obrigado pelas favoritações e pelos acompanhamentos. Continuem com os reviews, recomendações e favoritações, por favor :)
Até mais



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Coração de Soldado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.