Coração de Soldado escrita por Incrível


Capítulo 10
Capitulo 10 - Especial passado/futuro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Finalmente chegou o cap especial!!!!!
Muito obrigada por acompanharem, ja somam 50 acompanhamentos :)
Gente ficou um MEGA cap, quem quiser ler de pouquinho em pouquinho.....kkkkkkkkk



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Pov's Violetta

"Podemos pintar colores a alma, podemos gritar: Yeeehh, podemos volar sin tener alas, se la letra en mi cancion y tallarme en tu voz."
Acordei assustada, foi só ai que percebi que eu estava em casa...na NOSSA casa. Eu estava sendo chacoalhada. Ao focalizar meus olhos vejo Laura com seu ursinho na mão e o pijama de florzinhas que eu dei em seu 4° aniversário.
– Tia, ela acordou - diz ela com a voz cançada.
– Tudo bem, querida. Fique só de olho nela pra nada acontecer enquanto eu acordo o seu irmão - digo calma e carinhosamente. Ela corcorda e sai do quarto com seus passinhos lentos e cansados.
Fiquem com dó de Laura, era a primeira vez que ela dormia em nossa casa e ja tinha que ficar de olho em Linda que tinha seus 3 meses de vida.
Senti Leon atras de mim, respirando pesadamente. Seu braço esquerdo, forte e nu, estava em volta de mim, me protegendo. Senti seu peito em minhas costas, enquanto subia e descia com a respiração.
Me virei, ficando de frente pra ele sem deixar que seu braço "caisse".
– Leon... - chamo-o baixinho. Ele, num instinto natural, me abraça junto a seu peito. E eu rio com sua reação - Meu amor - digo um pouco mais alto.
– Hummm.... - murmura ele.
– O bebe acordou.
– Hãrrã...eu...ja vou, Vilu... Só mais....dois minutinhos - diz ele bem devagar e eu vejo que ele ja volta a dormir instantaneamente.
Meu lindo marido estava tão cansado, que apesar de ser a vez dele de ir ver a bebê, eu resolvi fazer o esforço de me levantar.
Me levantei da cama, tirando o seus braços cuidadosamente e saindo o mais silenciosamente possível.
Fui ao quarto todo lilas de minha filha. Ela chorava, ja cansada de tanto esperar uma resposta enquanto Laura ficava do lado de fora do berço, "vigiando-a".
Peguei-a cuidadosamente do berço, assim que me sentiu ela parou de chorar. A amamentei e logo ela ja estava dormindo. Laura ficou deitada em sua cama, chupando o dedo, tentando dormir.
Não queria coloca-la no berço, amava senti-la em meus braços, saber que ela era minha.
Braços fortes me envolvem junto a Linda, por traz.
– segura assim - diz Leon sorrindente com uma cara de sono e ageitando Linda em meu colo.
– Eu sei segurar a minha propria filha, Leon - digo fingindo estar brava.
– NOSSA filha - diz ele - são as duas joias da minha vida - ele olha carinhosamente para Linda e depois olha pra mim.
– Ei! E eu? - pergunta Laura abrindo os olhos.
– Você também é, baixinha, é meu diamante- diz Leon rindo - Vou beber água e ja volto pra cama - diz me dando um beijo na buchecha - Durmam bem meus anjos - diz dando um beijo na testa de Laura e Linda.
Resolvi descer para beber água também.
Chegando a cozinha vejo Leon bebendo agua. Ele estava com suas calças de pijama cinza e seus chinelos pretos, sem camisa; era seu vestuario normal, mas não pude deixar de ver como ele era lindo. Fiquei ali, adimirando-o.
– Você acha seu marido lindo, não é? - pergunta ele sorrindo largamente.
– Sempre! - respondo sorridente me aproximando dele.
– Você também é linda esposa minha - diz ele passando os braços por minha cintura.
– Dois anos de casados e você continua com essa frescura de "esposa minha" - digo rindo e ele me acompanha.
Paramos de rir e ele me beija calmamente. Eu passo minhas mãos por seus cabelos e o puxo contra mim, deixando o beijo mais intenso, tentando o aproximar mais (impossivel). Ele para o beijo abruptamente, querendo falar algo.
– As vezes eu não acredito que sou pai - diz ele.
– E eu que sou mãe -digo sorrindo com as mãos em seu ombro - parece que foi ontem que nos conhecemos.
–Não parece não - diz rindo - mas eu me lembro como se fosse ontem.
– Eu também! - digo.
– E como foi? - pergunta uma certa garotinha entrando na cozinha.
– O que esta fazendo acordada, pedacinho de gente? - pergunta Leon. Ele vai em sua direção e a pega no colo.
– Eu não quero dormir - responde com voz chorosa.
– Porque? - eu pergunto.
– Porque é minha primeira noite aqui, é algo especial - diz esfregando os olhos para despertar.
– Nisso ela tem razão, meu amor - digo e ele fica pensativo - Então? O que quer fazer de especial?
– Me contem como vocês se viram.
– Quer dizer quando nos conhecemos? - pergunta Leon e Laura concorda com seu vocabulario limitado por conta da idade.
– Ok, eu topo! - digo sorridente.
– Violetta - protesta Leon.
– Vamos lá, Leon. Vai ser divertido - peço.
– Ta bem, ta bem. Vamos lá - diz Leon e Laura comemora.
Nos sentamos na bancada da cozinha com um saco de salgadinhos e um pote com chocolate.
– Ta legal, eu começo - digo. Leon concorda e Laura também, sentada em seu colo.
– Sete anos atras, eu...- dizia mas Laura interrompe.
– Não. Tem que começa "direto". Como nos contos de fada - diz com os olhinhos brilhando.
– Ok - concordo - Então: ERA UMA VEZ...

Flash Back Vilu ON

– Mas eu ja estou cansada disso - protesto cruzando os braços e sento no sofá emburrada.
– Violetta, eu sei que é dificil, mas seu pai só quer o seu bem - consola-me Ramalho.
– Mas eu não aguento mais ficar trancada nessa casa, e só sair com ele ao meu lado. Eu não tenho amigos, não sei me relacionar com as pessoas e nem conheço minha propria cidade, apesar de morar nela desde que nasci. Tenho 15 anos e ja vou fazer 16, preciso de liberdade - justifico brava.
– Não fique triste minha pequena, vou fazer seu bolo favorito de chocolate - diz Olga tentando me animar. Eu sorrio.
– Obrigado, Olga. Mas tenho outros planos - digo me, levantando e indo pra meu quarto.
Troquei de roupa, peguei minha bolsa e voltei pra sala, indo em direção à porta.
– Violetta, o que esta fazendo? - pergunta Ramalho.
– Estou indo dar uma volta - digo firme.
– Mas seu pai não...
– Meu pai não esta aqui - interrompo-o - por favor, Ramalho me deixe ir - imploro.
– Eu não posso.
– Ora, Ramalho a menina só quer se divertir um pouco e você não pode negar que o Sr. German é muito protetor - diz Olga e ele fica pensativo - Além do mais, vai ser rápido e esta de dia.
– Promete se cuidar? - pergunta.
– Prometo - digo ja sorridente sabendo que ele ia deixar.
– Esta bem, vá. Mas não faça eu me arrepender disso - diz Ramalho sorrindo um pouco e eu os abraço.
– Obrigada, obrigada, obrigada - digo.
Saio completamente feliz, essa seria a primeira vez que eu sairia de casa sem a supervisão de um adulto.
Tentei aproveitar ao maximo meu tempo de liberdade: Fui ao parque, tomei sorvete, passeei pelos pontos turisticos de Buenos Aires e até encontrei um lugar chamado Restô, que é muito legal.
Já eram 15:30 quando resolvi voltar mas o problema foi que eu não consegui, porque não sabia onde ficava minha casa, em outras palavras: me perdi.
Andava de um lado pro outro, andando em circulos. Não sabia o que fazer: se ligasse pra Ramalho ele nunca mais me deixaria sair de casa. Se ligasse pra papai estaria morta. Se dissesse pra alguem que aos meus 15 anos não sei onde fica minha própria casa, ele riria de mim.
Me sentei na calçada, olhando os carros passarem e começando a entrar em desespero.
– O que aconteceu pra uma garota tão bonita ficar tão triste? - pergunta um garoto se sentando ao meu lado. Olhei-o: olhos marron-esverdeado que pareciam safiras brilhantes. O cabelo caia em uma franja. Usava uma camisa chadrez, azul e uma calça jeans colada ao corpo com um All star vermelho. Ele sorria fazendo aparecer lindas covinhas.
– Nada - respondo insegura.
– Nada? Pode me contar, não te conheço então não conto pra ninguem - diz brincando.
– Ta, eu...me perdi - digo envergonhada.
– aaaaa, isso? Eu te ajudo. Onde você mora? - pergunta mais serio e eu digo o nome da rua e o numero da casa.
– Eu sei onde é, posso te levar lá - diz sorrindo fraquinho.
– Não quero incomodar
– Será um prazer - diz sorrindo e me olhava diferente...
– Ok - respondo meio envergonhada me levantando e ele me acompanha.
Começamos a caminhar.
– Então...como você se chama? - pergunta.
– Violetta, e você?
– Que nome lindo, me chamo Leon.
– "Leon" também é bonito - digo sorrindo e me refirindo ao seu nome.
– Eu sei que sou lindo - diz brincalhão.
– Haahahaha que engraçado - digo em tom de ironia - quantos anos tem?
– 15, quase 16.
– Eu tambem!
– você não mora a muito tempo aqui não é? Vira aqui - pergunta e depois me orienta a virar na esquina.
– Moro desde que nasci.
– E como se perdeu?
– digamos que eu não saio muito de casa.
– Como assim?
– Meu pai é MEGA protetor e com isso eu sou "proibida" de sair de casa - explico.
– Então você fugiu? - pergunta e atravessamos a rua.
– não, ele não esta em casa e eu sai escondido.
– nós chamamos isso de "fugir" - diz rindo e eu o acompanho.
Agora eu ja reconhecia a rua de casa.
– Então, não vou te ver mais? - pergunta meio descepcionado.
– Não sei - respondo indiferente.
– Que pena eu...gostaria muito de te conhecer melhor - responde olhando em meus olhos e parando em minha frente porque ja haviamos chegado. Fiquei meio ipnotizada com suas safiras brilhantes.
– Eu...eu...posso...tentar sair outro dia - gaguejo sorrindo envergonhada e corando.
– Você fica linda corada - diz e segura minha mão direita. Meu coração acelera e eu fico se reação. O que esta acontecendo comigo? Ficamos ali, parados na frente da minha casa, de mãos dadas e olhando um pro outro por um tempo.
– Tenho que ir - digo soltando sua mão e me afastando.
– Violetta, espera - diz e eu volto - Me passa seu número? - pede e eu passo, depois eu pego o seu.
– Posso ir agora? - peço sorridente.
– Pode senhorita. Ja estou louco pra te ver novamente - diz e então me da um beijo na bochecha - Tchau.
– Tchau e...Leon? Agente se ve - digo sorrindo e entrando em casa enquanto ele sorri bobo.

Flash Back OFF

– Só isso? - pergunta Laura desapontada.
– Querida, foi assim que nos conhecemos - digo carinhosamente.
– Mas vocês não se casaram? - pergunta.
– Casamos, à 2 anos - responde Leon.
– E o que acontece entre o conhecer e o casamento?
– acontece o namoro - respondo.
– e como vocês começaram a "namoiá"?
– Foi num encontro que aconteceu nosso 1° beijo - responde Leon - e ai começamos a namorar.
– E como foi esse encontro? O que é um encontro - pergunta curiosa e pula pro meu colo.
– Um encontro é quando um garoto, convida uma garota pra sair e eles vão ao shopping, um restaurante, uma lanchonete...etc e se conhecem melhor - explico calmamente - e o nosso encontro foi bem legal.
– Contem pra mim? - pede - ta muito legal aqui.
– Meu amor, esta ficando tarde - Leon me avisa e eu concordo.
– Por favor, por favor, por favor, por favor, Lê - pede usando o apelido que deu a Leon e fazendo um biquinho.
– Ta, mas depois dessa é cama - cede ele.
–Eeeeee - vibra ela - Tia Violetta, você conta, e o Lê continua almentando - ela quiz dizer "explicando" - e fazendo as falas dele.
– Tudo bem - digo - ALGUM TEMPO DEPOIS...

Flash Back ON

Depois de uns tres meses me encontrando com Leon a tarde (enquanto meu pai estava ocupado com um enorme problema da empresa), eu o conheci muito e ele a mim também e acabamos nos tornando amigos....amigos.... Esse era um problema, apesar de eu nunca ter tido um amigo, acho que a sensação era diferente, não devia ser tão...tão...tão forte como o que eu sentia.
Ele tentou me fazer conhecer seus amigos, eu os conheci mas apesar disso não quis ser amiga deles. Nada pessoal, mas eu era muito timida, e muita gente conversando me deixavam desconcertada.
Reparei também em suas amigas: ele não agia com elas como agia comigo, era algo bem menos desconcertante do que conosco, por exemplo: ele não olhava nos olhos delas, nem tentava ficar tocando-as toda hora, e não ficava tão proximo delas como ficava comigo.
Voltando ao "hoje", ontem ele pediu pra nós "ficarmos de bobeira" hoje, e quando não entendi ele disse em alto e bom som.
– Você quer ter um encontro comigo, Vilu?
E eu aceitei, neh? Nunca tive um encontro e estou super-nervosa. Ele disse que sairiamos de tarde e de noite, ou seja, o encontro era dividido em duas partes. A primeira parte seria bem descontraida, mas ele não me contou onde nós iriamos.
Me arrumei o mais rapido que pude assim que meu pai saiu de casa.
Logo, Leon veio me buscar. Abri a porta.
– Nossa! Eu achei que eu estava bonito - diz Leon embasbacado, me olhando de cima a baixo. Eu estava com uma camieta regata soltinha branca, uma saia rosa-bebe, sapatilha e maquiagem basica com o cabelo solto. Ele estava com uma bermuda bege e mais uma de suas camisas xadres (só que de manga mais curta) roxa.
– Obrigado, e você esta realmente bonito - respondo sorrindo - Vamos?
– Vamos - responde e eu fecho a porta atras de mim. Ao trancar o portão, vejo que não vamos a pé. Leon estava de moto.
– Eu não vou subir nesse trósso - digo apontando pra moto.
– Você tem que subir, se não, nunca vai chegar ao local do nosso encontro - diz sorrindo um pouco.
– Eu te mato Leon - ameaço.
– Se me matar, não teremos um encontro - responde rindo e eu dou um tapa em seu ombro - Ai! Sobe Vilu, não confia em mim? - pergunta subindo na foto.
– confio - respondo. Ele coloca o capacete e me entrega outro.
Subi na moto, e assim que Leon a ligou o abracei com toda a minha força. Ele riu e eu quase lhe dei um beslicão.
Em 25 minutos chegamos, e adivinha aonde? A um parque de diversões!!!!!! Eu havia ido só uma vez ao parque de diversões, e eu tinha 5 anos.
– Não acredito - digo tirando o capacete enquanto deço da moto - um parque de diversões!! - vibro.
– Sabia que ia gostar - diz Leon sincero olhando pra mim.
– Eu amei!
– Vamos la, mas e se seu pai voltar?
– Olga esta me "cobrindo" - respondo - agora vamos lá - digo começando a correr igual uma criança entusiasmada.
Foi a primeira vez em minha vida que me senti completamente livre: fui a todos os brinquedos que queria (inclusive os que eu não queria, porque Leon escolhia todos que eu tinha medo. Dois exemplos disso foram a casa assombrada e a montanha-russa que nunca gritei tanto na minha vida kkkkk) comi muita besteira porque Leon me perguntava (a cada vez que passavamos por uma barraca de comida) se eu estava com fome. E com isso aproveitei muito, sem papai por perto e com Leon ao meu lado me fazendo rir o tempo todo.
Ja eram 17:30, o entardecer estava lindo enquanto eu e Leon andavamos pelo parque tranquilamente, dividindo um algodão doce e ele segundo meu urso (que ele havia ganhado pra mim numa barraca de brincadeiras, onde tinhamos que jogar bolas de basquete nas cestas) e eu ainda meio molhada (pela barraca de tiro com arma de agua kkkk).
– Amei o encontro Leon, nunca me senti tão feliz - digo sorridente.
– Que bom, eu tambem - responde com aquele sorriso de covinhas.
– Mas você ja deve ter ido varias vezes a esses parques.
– Sim mas dessa vez eu estou com você, e isso torna tudo especial - diz pegando minha mão e entrelaçando nossos dedos. Eu sorrio, envergonhada mais uma vez. Fico em silencio porque não sei o que dizer e somente sorrio fraco.
Voltamos pra casa e já estava escuro.
– Volto daqui 20 minutos - diz ele.
– Ok. Vou tentar sair o mais rapido que puder - respondo e ele sorri.
– Até logo, Vilu - diz.
– Até logo, Leon - respondo e passo pelo portão.
Uma escada estava a minha espera na janela do meu quarto. "Olga pensa em tudo" penso subindo as escadas.
Coloquei um vestido vermelho rodado da cintura pra baixo, deixei a maquiagem mais forte e coloquei um mini-salto preto.
– Eu vou ver como ela esta - diz papai enquanto sobe as escadas. "Ótimo" penso sarcasticamente. Deito em minha cama debaixo das cobertas, depois de apagar a luz.
Ele abriu a porta e como nem minha cabeça estava de fora da coberta eu não vi quando se aproximou da cama e se sentou nela.
– Oi, Vilu - começou ele calmamente - sinto muito por não ficar muito em casa nesse tempo, mas eu tenho uma otima noticia: ja resolvi o problema da empresa e apartir de amanhã ficaremos juntos novamente - diz e eu concordo.
– Tudo bem papai. Vai ser muito bom! Mas eu estou muito cansada - digo, apesar de saber que eram só 18:30.
– Tudo bem, pode descançar - ele responde e me da um beijo na testa por cima da coberta - durma bem.
– Durma bem também e...papai? Te amo.
– Também te amo - responde provavelmebte sorrindo pelo tom de voz.
Ele saiu e eu me desvencilhei das cobertas na hora e colocando alguns travesseiros no lugar onde eu deveria estar na cama.
Desci as escadas descalça e chegando ao chão eu coloquei o salto.
La fora eu o encontrei encostado na parede de casa. Vestia uma camisa social azul escura, uma calça social preta e os sapatos de bico fino e seus cabelos estavam um pouco molhados, por conta de um provavel banho.
Assim que me viu, sorriu largamente vindo até mim.
– Você se supera cada vez, Vilu - elogia.
– Olha quem fala. Faltou só a gravata e você ficaria identico ao meu pai - digo rindo e ele me acompanha.
– Acho que vim formal demais.
– Que nada, você esta otimo - elogio
– Obrigado. Vamos? - pergunta.
– Vamos - respondo e subimos na moto.
Logo, paramos e descemos da moto. Em um certo ponto ele vendou meus olhos e foi me guiando.
– Não me deixa cair - digo nervosa enquanto ele me guia.
– Claro - diz rindo - Violetta, cuidado!!! - ele fala em tom de alarme, e eu congelo de medo e dou um gritinho - brincadeirinha.
– Leon, se eu não estivesse dependente de você, te daria um soco - falo zangada.
Continuamos a caminhar, e logo eu ouvi pessoas conversando depois paramos e o chão começou a se mover, e Leon disse que estavamos num elevador porque eu comecei a entrar em desespero.
– Ja chegamos? - pergunto pela milesima vez naquele dia.
– Só mais um pouquinho - responde e logo ele abre uma porta e eu começo a sentir frio.
– Violetta, chegamos - ele diz e eu paro - vou tirar a venda - eu concordo.
Quando ele, atras de mim, tira a venda eu fico estasiada.
Estamos no terraso de um predio e o vento soprava forte. Mas o que me fez ficar estasiada foi a vista que eu tive: Dali,toda iluminada pelas luzes, consegui ver toda a cidade. Era linda, com a noite dando um destaque especial, os carros passando, e não poderia deixar de ver o Obelisco de Buenos Aires bem ao fundo ( N/A: gente, deixo um link pra vcs verem oq é esse Obelisco de Buenos Aires).
– Leon, é.....é lindo - digo sem desgrudar os olhos daquele lugar.
– Como se sente?
– Voando, livre, solta, completamente liberta - digo - obrigada - olho pra ele.
– Ainda não acabou - ele diz e aponta para o outro lado do terrasso onde tinha uma mesa e duas cadeiras. Eu sorri e ele nos guiou à mesa.
Jantamos, comigo a cada 3 minutos dando uma olhada pra vista e conversando com Leon.
– Então? As surpresas acabaram? Nossa achei que você fosse mais criativo - brinco.
– Não, falta mais duas - diz e liga um radinho que estava escondido atras da mesa, que começa a tocar uma musica lenta e constante.
Ele se levanta e me estende a mão, dança comigo, senhorita? - pede formalmente em tom de brincadeira.
– claro, cavalheiro - digo no mesmo tom, dando-lhe a mão.
Vamos até o centro do terrasso. Então eu coloco minhas mãos em seu ombro e ele coloca as suas em minha cintura. Começamos a dançar lentamente.
– eu não sei dançar - diz ele sorrindo.
– Finalmente encontrei algo que eu sei e você não sabe - digo sorrindo. Ele fica quieto e eu me calo. Sinto que ele esta meio tenso, com o passar do tempo.
Apesar de estar maravilhoso ali, resolvi quebrar um gelo depois de um longo periodo de silencio.
– tudo bem, Leon?
– Sim. Sabe porque esse encontro foi assim?
– Não - respondo curiosa.
– O parque de diversões, a vista da cidade, um jantar no terrasso de um predio...tudo isso foi....pra mostrar que o mundo pode ser bem interessante. Você aprendeu a ter um certo receio do mundo. O mundo é bom e ruim e eu gostaria de ter o privilégio e a honra de mostrar-lhe o lado bom. Violetta o mundo é lindo, e se você conhece-lo, vai se apaixonar. Posso te mostrar coisas que nunca viu nem imaginou ver, posso te mostrar um novo geito de ver o mundo - diz entre pausas.
– Obrigado Leon, realmente nunca vi nada parecido e...você é demais, me sinto muito bem ao seu lado - digo calma olhando para seus olhos.
– Eu também - diz me olhando serio.
– Leon, você disse que faltavam duas surpresas, onde esta a outra? - pergunto.
– Aqui - diz e nisso se inclina pra mim com sua boca indo em direção a minha.
Quando ja podia sentir sua respiração em minha boca ele esitou, ficando à centimetros de mim, provavelmente não querendo me assustar. E depois de algumas respirações fracas em que saboreamos o momento, ele selou nos labios, me dando o meu 1° Beijo.
Seus labios eram mais macios do que eu esperava, meu coração acelerou tanto que eu acho que até Leon podia ouvir. Senti como se estivesse flutuando, e de certa forma eu estava, pois Leon me ergueu um pouco pela cintura, deixando meus pés a alguns milimetros do chão. Segurei-me em seu pescoço, entrelaçando meus dedos ali.
Percebi que não conseguia respirar, e recuei um pouco, assim como ele. Ele me "pousou" no chão, e antes que o momento acabasse pegou meu rosto entre as mãos e me deu um leve e pequeno beijo carinhoso.
– Eu gosto muito de você - digo quando finalmente abro os olhos e percebo que ainda estou com minhas mãos em seu pescoço. Ele sorri.
– Eu também, gosto muito de você, Violetta - responde - o suficiente pra perguntar se você quer ser minha namorada - diz e eu sorrio mais ainda.
– Claro que sim - respondo um pouco mais alto. Então ele me abraça.
– Temos que ir, esta tarde - diz depois de ficarmos um tempo em silencio observando a cidade.
– Tem razão, vamos?
– Vamos - diz pegando minha mão e entrelaçando nossos dedos como tinha feito no parque.
Durante a "viajem" de volta me abracei novamente a Leon, sentindo uma alegria inexplicavel, algo parecido com a alegria do beijo. Uma sensação muito boa, de paz.
Chegando la, ele me disse:
– Violetta?
– sim?
– quero que fique com isso, é uma lembrança do dia de hoje - disse me entregando um envelope - Tchau - diz e me da um selinho.
– Tchau - respondo e o abraço - namorado - digo rindo em seu ombro.
– Tchau, namorada - diz rindo e me solta do abraço.
Vi a moto se afastar, e logo apos isso eu entrei, ja estava bem tarde. Quando eu cheguei ao meu quarto, troquei de roupa e deite-me na cama. Apos isso abri o envelope que ele havia me dado. Dentro havia um bilhete que dizia " Para a garota mais doce que eu ja conheci. Seu pai só quer o seu bem, e eu tambem. NUNCA SE ESQUEÇA DISSO" e um anel.
Sorri boba, enquanto lembrava do dia de hoje, o quanto a minha felicidade "bateu seu recorde", o quanto Leon me fazia bem. Ele se importava comigo, e MUITO, e eu sem dúvida alguma sentia o mesmo.

Flash Back OFF

– E eles viveram felizes para sempre - termino.
– Eeeeeee - vibra Laura batendo palmas e Leon sorria pra mim.
– você contou muito bem - diz Leon. Obviamente eu cortei algumas partes por conta de ela ter 4, quase 5 anos.
– Obrigada, meu amor. Não tem como me esquecer desse dia - digo.
– Mais uma, mais uma -.pede Laura.
– O que nos conversamos Laura? - pergunta Leon serio.
– Que seria só mais uma, e depois eu ia pra cama - diz meio chateada e abaixando a cabeça.
– Vamos la, pequena - diz sorrindo enquanto a pega no colo - te vejo la em cima, Vilu - fala e começa a se afastar.
– Lê, quando eu vou ter um namorado? - pergunta Laura curiosa.
– Quando tiver 30 anos, querida, quando tiver 30 anos - responde MEU MARIDO (isso ainda soava estranho pra mim) ja fora da cozinha.
Eu dei risada, sozinha com isso. Arrumei tudo na cozinha. Depois fui dar uma olhada em Laura, vendo que ela estava bem, eu fui pro quarto.
– Leon, você lembra quando...- dizia quando vi que ele ja dormia de bruços, tão cansado pelo trabalho duro na empresa.
Eu não me cansava taaanto dando aulas de dança e as vezes cantando em alguns shows, mas a empresa do pai dele, o frustrava muito. Sem contar que hoje, ou melhor, ontem (pois ja se passava das 3 da manhã), papai, Angie, Larissa, Leonardo e Laura vieram jantar aqui em casa.
Apaguei a luz, me deitei ao seu lado e lhe dei um beijo na bochecha.
Me aconcheguei a ele e logo comecei a entrar num sono profundo. Essa era nossa vida, e pensei no passado, quando tudo era bem diferente...


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Notas finais do capítulo

O que acharam do nosso cap especial????
Vocês não fazem ideia do quanto eu forcei minha mente a ser criativa essa semana pra conseguir postar logo... Por favor comentem oq acharam.
Antes que eu me esqueça, leiam NOSSA HISTORIA DE AMOR, escrita pela Miimi, se eu pudesse eu recomendava a fic mas como quase nunca entro no Nyah! Pelo pc, fica dificil (posto os caps pelo cel).
Bom...enfim. Espero que tenham gostado e peço humildemente que comente oque estão achando da historia e/ou do cap.
Beijos e até a proxima :)



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