Um Tempo de Nós escrita por BTrancafiada


Capítulo 2
Capítulo II: Formas de Agradecimento


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo e quero dizer que estou super feliz por receber comentários tão rápidos assim :D

Booa leitura :))



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/527789/chapter/2

Quando chegamos a casa em questão Stefan ficou rindo na porta enquanto eu fingia dúvida sobre convidá-lo ou não.

– Eu posso entrar, Senhorita Forbes? – Ele fez uma mesura.

– Sim, você pode, querido. – Eu sorri. Tirei a jaqueta e joguei no sofá e depois fui para o meu quarto tomar um banho.

Abaixei a maçaneta, aquele lugar era comum para mim, nas férias escolares sempre vinha eu e mamãe para cá, eu tinha cerca de 7 anos de idade.

Alisei os porta-retratos organizados na prateleira branca que ficava ao lado da porta do banheiro e logo as lembranças invadiram minha mente.

– Caroline, onde estão meus... – mamãe parou de falar assim que chegou à porta do meu quarto de férias. Eu ri e escondi o batom. – Carol, você não tem idade para se maquiar, querida. – Ela veio até a mim e se ajoelhou ao meu lado.

– Mas eu quero ficar bonita como você. – Argumentei, ela alisou meus joelhos.

– Você é linda e quando crescer ficará ainda mais!

Quem diria que a mãe amorosa que ela era se tornaria este tipo de mãe que é hoje. Na verdade, só a vejo como A Xerife e mais nada.

Quando está sem farda, ainda é Xerife, não há olhar materno para mim. É como se eu não tivesse mãe.

Terminei de tomar meu banho. Penteei meus cabelos, passei apenas um batom vermelho vivo e coloquei minha lingirie.

Quando terminei de abotoar a camisa vermelha xadrez ouvi um grito vindo lá de baixo. Stefan... Será que alguém havia o machucado, mas quem?

Ignorando tudo desci rapidamente pelas escadas. E o encontrei deitado no chão agonizando enquanto cacos de vidro espalhavam-se ao seu lado. Senti o cheiro ardente de cara, verbena.

– Stefan, o que houve? – perguntei, tentando não tocar em seu corpo totalmente coberto por verbena.

– Havia... verbena... no... – Sua voz saindo cortada, ele deu um grito e depois virou-se. Com a barriga para baixo e as mãos no peito ele terminou:

– No sangue.

Sem ter como tocá-lo, rasguei a cortina e coloquei sobre seu corpo. Ele berrou quando a verbena se esquentou em seus braços e com um pouco de dificuldade levei-o para o banheiro.

O banheiro era enorme. Maior do que o escritório. Tinha uma banheira grande fundida no chão e era todo espelhado.

A pia, as bordas das janelas, as bicas e outros detalhes mínimos era banhado a ouro – mamãe implorou a papai – e as toalhas de seda, isso era irritante, porque ao invés de nos secar parecia que “prendia” ainda mais a água em nosso corpo.

– Consegue se equilibrar? – perguntei a Stefan. Ele assentiu.

Abri a torneira e deixei que a água gelada invadisse a banheira de mármore, rasguei um pouco da seda da toalha e quando me virei, Stefan estava no chão desmaiado. Desacordado.

Chamei-o algumas vezes e não obtive resposta. Retirei a verbena de seu rosto e mão, retirei sua roupa e coloquei-o na banheira.

Esperei seu corpo escorregar e depois peguei o sabonete e a escova. Passei sabonete em seu peito e em suas costas e sentada na parte da escadaria da banheira comecei a escová-lo, aproveitei algumas vezes para beijar seu pescoço e dizer o quanto o desejava naquele momento.

Joguei-o para frente e escovei suas pernas, ri um pouco quando sua bunda apareceu entre as espumas transparentes.

Tirei toda verbena da sua parte superior. Quando chegou a parte íntima fiquei tão envergonhada que podia jurar que tinha corado!

Eu o balancei algumas vezes, como ele não acordou desci e peguei um pouco de sangue que eu tinha deixado debaixo da cama três dias atrás e voltei para o banheiro.

Despejei um pouco em sua boca, limpando os cantos, chamei seu nome mais algumas vezes e aos poucos ele foi acordando.

– Ainda bem. – suspirei aliviada. Ele sorriu e se sentou, eu fiquei apenas com a visão de suas costas enquanto ele me olhava pelo espelho.

– O que houve? –perguntou, pegando a toalha.

– Você, de algum modo, ingeriu verbena, Stef. E acabou caindo por todo seu corpo, eu limpei. – Expliquei, guardei o sabonete e a escova. Quando ele ficou em pé, eu ri e me virei para ele. – Menos naquele local.

Nós rimos um pouco e depois fomos caminhando. – Hm... Não tenho roupas.

– Tem algumas do meu... – Abaixei a cabeça, a lembrança em gritando em minha mente. Eu não podia me mostrar vulnerável. – Terceiro quarto à direita.

– Obrigada, vou caçar um pouco. – Descruzou os braços e fez menção de ir à escada.

– Mas... está nu! – exclamei, a voz saindo um pouco mais alterada do que o normal.

– Qual problema? Só tem nos dois aqui. – E desapareceu, a toalha caída no chão.

Dei de ombros. Fui arrumar seu quarto. Era o de hóspedes, mas tinha uma cama de casal e uma de solteiro no canto. Uma estante com livros, um guarda-roupa branco com uma porta e três gavetas, banheiro e uma varandinha que dava para os fundos.

Varri, limpei as janelas e os outros vidros, limpei as estantes, organizei os livros conforme letra alfabética e depois um vento forte entrou pela pequena janela, fazendo a roupa de cama desarrumar um pouco. Fui para cama e inclinada arrumei o lençol.

– Obrigada. – Ele agradeceu, estava encostado na porta com aquele sorriso de quem sabe algum segredo. Olhava para minha bunda e aí lembrei que eu estava apenas de calinha com o casaco xadrez tampando meu sutiã. Ri e tentei me esconder atrás do travesseiro.

– Eu vou... – Ele assentiu, dando passagem para eu passar pela porta.

Em uma velocidade incrível eu estava sendo esmagada na parede, estava no colo de Stefan, ele tirava minha calcinha enquanto com a outra mão esticava meu braço, rasgou minha camisa e me beijou. Tudo tão veloz!

Ignorei a malícia de meus pensamentos e fui me trocar.

Eu tive uma chance e a desprezei. Será que o queria mesmo apenas como amigo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Posto o próximo com apenas um comentário :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Tempo de Nós" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.